O DEUS DE EINSTEIN E ESPINOSA

Quando, em 1921, perguntado pelo rabino H. Goldstein, de New York, se acreditava em Deus, o físico Albert Einstein respondeu:

“Acredito no Deus de Espinosa, que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, e não no Deus que se interessa pelo destino e pelas ações dos homens”.

Albert Einstein
Albert Einstein

Einstein enfrentou críticas, e o cardeal O’Connel, de Boston, publicou uma declaração na qual dizia que a Teoria da Relatividade “encobre com um manto o horrível fantasma do ateísmo, e obscurece especulações, produzindo uma dúvida universal sobre Deus e sua criação”. Hoje o Papa parece conviver bem com a idéia de Deus ser uma força por trás do Big Bang, conciliando (na medida do possível) ciência e religião.

Seis anos depois, em uma carta escrita a um banqueiro do Colorado, Einstein explica: “Não consigo conceber um Deus pessoal que influa diretamente sobre as ações dos indivíduos, ou que julgue, diretamente criaturas por Ele criadas. Não posso fazer isto apesar do fato de que a causalidade mecanicista foi, até certo ponto, posta em dúvida pela ciência moderna. Minha religiosidade consiste em uma humilde admiração pelo espírito infinitamente superior que se revela no pouco que nós, com nossa fraca e transitória compreensão, podemos entender da realidade. A moral é da maior importância – para nós, porém, não para Deus“.

No artigo Religião e Ciência, que faz parte do livro Como vejo o mundo, publicado em alemão em 1953, Einstein escreve: “Todos podem atingir a religião em um último grau, raramente acessível em sua pureza total. Dou a isto o nome de religiosidade cósmica e não posso falar dela com facilidade já que se trata de uma noção muito nova, à qual não corresponde conceito algum de um Deus antropomórfico (…) Notam-se exemplos desta religião cósmica nos primeiros momentos da evolução em alguns salmos de Davi ou em alguns profetas. Em grau infinitamente mais elevado, o budismo organiza os dados do cosmos (…) Ora, os gênios religiosos de todos os tempos se distinguiram por esta religiosidade ante o cosmos. Ela não tem dogmas nem Deus concebido à imagem do homem, portanto nenhuma Igreja ensina a religião cósmica. Temos também a impressão de que hereges de todos os tempos da história humana se nutriam com esta forma superior de religião. Contudo, seus contemporâneos muitas vezes os tinham por suspeitos de ateísmo, e às vezes, também, de santidade. Considerados deste ponto de vista, homens como Demócrito, Francisco de Assis e Spinoza se assemelham profundamente”.

Quem foi Espinosa, a inspiração para Einstein?

Bento de Espinosa foi um dos grandes filósofos racionalistas do século XVII, juntamente com René Descartes. Nasceu nos Países Baixos em uma família judaica portuguesa e é considerado o fundador do criticismo bíblico moderno. Foi profundo estudioso da Bíblia, de obras religiosas judaicas e de filósofos como Sócrates, Platão, Aristóteles, Demócrito, Epicuro e Lucrécio.

Foi excomungado pela Igreja devido aos seus pensamentos em relação a Deus. Espinosa ficou considerado como maldito por muitos anos após sua morte. Quem recuperou sua reputação foi o crítico Lessing, em seus Diálogos com Jacobi, em 1784. Na sequência, o filósofo foi citado, elogiado e inspirou pessoas como os teólogos liberais Herder e Schleiermacher, o poeta católico Novalis e o grande Goethe.

Em Haia, onde morreu, foi construído um monumento em homenagem a Espinosa, assim comentado por Ernest Renan em 1882:

“Maldição sobre o passante que insultar essa suave cabeça pensativa. Será punido como todas as almas vulgares são punidas – pela sua própria vulgaridade e pela incapacidade de conceber o que é divino. Este homem, do seu pedestal de granito, apontará a todos o caminho da bem-aventurança por ele encontrado; e por todos os tempos o homem culto que por aqui passar dirá em seu coração: Foi quem teve a mais profunda visão de Deus”.

Ernest Renan

A visão de Deus de Espinosa

Espinosa defendeu que Deus e Natureza eram dois nomes para a mesma realidade. Ele afirmou que Deus sive Natura (Deus ou Natureza, em latim) era um ser de infinitos atributos, entre os quais a extensão (sob o conceito atual de matéria) e o pensamento eram apenas dois conhecidos por nós.

Deus não é entendido por Espinosa como um Ser à parte e/ou externo ao mundo, que o governa como um engenheiro ou habilidoso artesão, mas sim de forma muito sutil e holística a Divindade da Ordem Eterna da Natureza, muito superior ao entendimento fragmentado e antropomorfista humano. É, enfim, o Grande Uno que se expressa nos Muitos a que se faz a partir de Si mesmo. Uma visão estranha ao modo ocidental, mas bem de acordo com as mais sofisticadas concepções orientais do Divino.

Will Durant estabelece a seguinte comparação entre o sistema ético de Espinosa e os sistemas clássico e cristão: “Hoje só subsistem três sistemas de ética, três concepções de caráter ideal e de vida moral. Uma é de Buda e Jesus, que dá preponderância às virtudes femininas; que considera todos os homens igualmente preciosos; que resiste ao mal contrapondo-lhe o bem; que identifica virtude com amor e se inclina, em política, para a ilimitada democracia. Outra, é a ética de Maquiavel e de Nietzsche, que dá preponderância às virtudes masculinas, que aceita a desigualdade dos homens; que se deleita nos riscos do combate, da conquista e do mando; que identifica virtude com poder e exalta a aristocracia hereditária. Uma terceira é a de Sócrates, Platão e Aristóteles, que nega a aplicabilidade universal quer das virtudes masculinas, quer das virtudes femininas; que considera que somente os espíritos maduros e bem informados podem decidir, de acordo com as circunstâncias, quando deve imperar o amor e quando deve imperar o poder; que identifica virtude com inteligência e advoga no governo uma mistura de democracia e de aristocracia. O que distingue a ética de Espinosa é que ela reconcilia inconscientemente essas filosofias aparentemente hostis e as enlaça numa unidade harmoniosa e nos apresenta, desse modo, um sistema de moral que é o do pensamento moderno.”

A filosofia de Espinosa tem muito em comum com o estoicismo, mas difere muito dos estoicos num aspecto importante: ele rejeitou fortemente a afirmação de que a razão pode dominar a emoção.

Um outro pensador, que eu coloco no mesmo nível de Espinosa, é Eckhart de Hochheim (1260–1327), mais conhecido como Mestre Eckhart (em reconhecimento aos seus títulos acadêmicos). Foi um frade dominicano, conhecido por sua obra como teólogo e filósofo, mas especialmente por suas visões místicas. O psicólogo Carl Jung escreve sobre ele em seu livro Aion: Estudos sobre o simbolismo do Si-mesmo:

A teologia de Mestre Eckhart conhece uma “divindade” à qual não se pode atribuir nenhuma outra qualidade exceto a da unidade e do ser. Ela “atua”; ainda não é dona de si própria e representa uma coincidência absoluta dos opostos. Entretanto, sua natureza simples é, quanto à forma, sem forma; quanto ao devir, sem devir; quanto à essência, sem essência, e quanto ao conteúdo, sem conteúdo.

Até onde a lógica humana alcança, a unificação dos opostos equivale a um estado de inconsciência, pois o estado de consciência pressupõe uma diferenciação e uma relação entre o sujeito e o objeto. Somente quando o Pai, “que flui” da divindade, isto é, de Deus, “percebe-se a si mesmo”, é que “se torna consciente” e “se contrapõe a si próprio como pessoa”. É deste modo que o Filho emana do Pai como conceito que este último tem de sua própria essência. Na sua unidade original “Ele nada conhece”, exceto o “Uno supra-real” que Ele é. Do mesmo modo que a divindade é essencialmente inconsciente, assim também o é o homem que vive em Deus. No seu sermão a respeito dos “Felizes os pobres de espírito” (Mateus 5:3), diz o Mestre:

“O homem que tem esta pobreza, tem tudo o que era quando não existia, em absoluto, nem para si, nem para a verdade, nem para Deus; e mais: deve tão-somente tomar consciência de si próprio, tal como se nele não existisse nenhum conhecimento de Deus. Quando o homem se encontra na eterna forma de Deus, então nele já não vive outra coisa: o que vive é o que ele próprio era. Por isso dizemos que o homem deve conhecer-se apenas a si mesmo, como se não tivesse outra coisa a fazer, deixando Deus realizar nele o que lhe aprouver. Que o homem seja apenas o que era quando veio de Deus.”

Eckhart de Hochheim

É por isso que Eckhart diz que o homem deve “conceber” Deus da seguinte maneira:

“Tu deves concebê-lo tal como Ele é: um não-Deus, um não-espírito, uma não-pessoa, uma não-imagem; e mais: como um ser uno, puro, luminoso, isento de toda dualidade, e neste uno devemos mergulhar por toda a eternidade, do nada para o nada. Assim Deus nos ajude! Amém.”

Eckhart de Hochheim

O pensamento universal e abrangente de Mestre Eckhart conhece, sem o saber, tanto a primitiva experiência indiana quanto a gnóstica, e é inclusive a mais bela flor da árvore do “livre espírito” que caracteriza o início do século XIV. Por certo que os escritos do Mestre permaneceram sepultados no esquecimento durante 600 anos, uma vez que “seu tempo ainda não havia chegado”. Só no século XIX é que se encontrou um público em condições de avaliar de perto a grandiosidade do pensamento de ECKHART.

Semelhantes afirmações a respeito da natureza de Deus constituem transformações das imagens de Deus, em paralelo com as mudanças que se verificam na consciência do homem, sem que se possa precisar sempre qual é a causa um do outro. A imagem divina não é uma invenção qualquer, mas uma experiência que ocorre espontaneamente ao indivíduo, fato que qualquer um pode saber à saciedade, desde que não prefira o obcecamento dos conceitos ideológicos à clareza da verdade. Por isso a imagem de Deus (de início, inconsciente) tem condições de modificar o estado de consciência, do mesmo modo que este pode introduzir suas correções na imagem (consciente) de Deus. É óbvio que isto nada tem a ver com a veritas prima (verdade primeira), o Deus desconhecido, como poderíamos provar de algum modo. Psicologicamente, porém, a idéia da agnosia (não-conhecimento, inconsciência) de Deus é da máxima importância, na medida em que ela assimila a identidade da divindade com a numinosidade do inconsciente; deste fato dão testemunho a filosofia do Atman e do Purusha, no Oriente, e Mestre Eckhart — como vimos — no Ocidente.

E assim Jung termina sua análise sobre a doutrina de Eckhart, que o filósofo Schopenhauer comparou a Buda:

“Se formos à raiz das coisas, veremos que Sakiamuni (Buda) e Mestre Eckhart ensinam a mesma coisa, só que o primeiro se atreveu a expressar suas idéias de forma clara e positivamente, ao passo que Eckhart é obrigado vesti-los com a roupa do mito cristão, e assim ter de adaptar suas expressões”.

Schopenhauer; O Mundo como Vontade e Representação

Eckhart foi acusado de heresia pelo Papa João 22, mas ficou famoso pelas suas defesas, que refutaram todas as acusações. Foi discretamente “reabilitado” pela Igreja no séc XX, através do Papa João Paulo II.

Conclusão

Enso (Tao)

Minha idéia de Deus já expressei aqui no blog muito antes de conhecer Espinosa ou Eckhart, e é similar, baseada no Taoísmo e no Hinduísmo, e desenvolvida no Budismo (que considero a “última jornada da mente”, o mais próximo que se pode chegar de entender esse mecanismo no qual estamos imersos). Minha “idéia-Deus” não vê lados, engloba a Totalidade. Mas acredita sim no poder Divino que reside em nós, e se manifesta pela Vontade (e aí está minha ponte com Nietzsche e aquele pastiche de O Segredo).

A minha “crítica” a Einstein é ele acreditar que Deus seja apenas Ordem, não jogando dados com o Universo. A Totalidade contém em si a Ordem e o Caos. Se Deus fosse um mero ordenador, não seria mais do que um computador poderosíssimo. E o que veio antes do computador? O próprio hinduísmo coloca Brahman anterior a Brama (o Criador) e Vishnu (o Ordenador). “Deus é mais” hehehe.

Na época do meu post de 2002 achava que não, mas hoje penso SIM que Deus possa “jogar dados com o universo”. E o Karma pode estar no meio desse jogo de dados. Como já mencionei aqui, o budismo explica que ao longo das vidas assumimos “personagens”. Em palestra com o Lama Padma Samten, ele desenvolveu mais o tema pra explicar que nem sempre o personagem que você acha que foi em uma vida passada é realmente seu espírito de HOJE encarnado naquele tempo. Isso é mais explicado no post sobre o “Eu” no budismo. Padma Samten disse que o conceito de reencarnação no budismo parece às vezes contraditório porque o estamos analisando de DENTRO do Samsara. Não temos acesso ao quadro todo. E esse reconhecimento de nossa ignorância / envolvimento é a coisa mais bela que o budismo pôde oferecer ao tema, pois amplia o espectro e nos faz ver coisas como o Tsunami do Japão de uma perspectiva menos vingativa (“o povo fez isso no passado e agora está pagando, huahuahua!“) e – ironicamente – mais cristã (“Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes“). Os japoneses foram os nossos irmãos mais velhos, que receberam (pela terceira vez) a responsabilidade de lidar com a irresponsabilidade humana em relação à radioatividade. A tristeza e consternação de hoje se traduzirá em benefícios para uma futura geração, que (espera-se) não dependerá desse tipo de energia.

“Vamos caçá-lo, porque ele aguenta. Porque ele não é um herói, é um guardião silencioso, um protetor zeloso”.

Diálogo final do filme Batman: O cavaleiro das trevas

Vou compartilhar com vocês um exemplo musical de caos e ordem, que representa um pouco minha visão de Deus. Sempre fui uma pessoa que gosta muito de ordem, de organização, mas de forma saudável, não chega a ser um TOC. Isso se reflete também no meu gosto musical, que privilegia a harmonia. Solos “virtuosi” de rock progressivo, do jazz e da música clássica me deixam irritado com a desincronia (que eu interpreto em minha mente como uma assimetria). Eis que, nos idos de 1998, procurando conhecer o trabalho de uma famosa cantora pop japonesa, me deparei com a música a seguir:

Namie Amuro – Toi e moi

Minha primeira reação ao chegar ao final da música foi deletá-la. Essa música me dava um curto-circuito cerebral por conta de sua percussão sem sentido e mudança rápida de estilos (rap japonês (!) com baladinha, mistura de inglês com japonês, etc). Mas depois de 1 hora me peguei cantarolando a melodia, e um conflito se estabeleceu em meu cérebro, que rejeitava e ao mesmo tempo queria aquilo. Recuperei a música da lixeira e passei a ouvi-la uma, duas, três vezes seguidas… sempre estranhando-a, às vezes reclamando pra mim mesmo da agonia da bateria x calma do refrão. Pensei em tentar eliminar as batidas com filtros, mas era uma tarefa impossível. Depois eu passei a semana inteira ouvindo, e não é que eu prestava cada vez mais atenção (e dava valor) à bateria? De alguma forma eu senti que ela COMPLETA a música de uma maneira que a tornava ÚNICA. Ainda hoje a ouço de vez em quando, pois confesso que me causa uma sensação de estranheza e beleza, uma harmonia no caos que eu ainda não decifrei / decodifiquei racionalmente.

Talvez ela remeta musicalmente ao meu símbolo interior da Totalidade, que todos nós temos e se manifesta das mais variadas formas; mas mais comumente como a Imagem de Deus (Imago Dei). É algo que também pude verificar na terapia, ao exprimir essa Totalidade através de figuras (símbolos) opostos, perturbadores. É por isso que encerro com o comentário de Jung, que sintetiza o que vimos no post de hoje:

“Se a Psicologia se apodera destes fenômenos, só o pode fazer quando renuncia expressamente a fazer julgamentos metafísicos, e desiste da presunção de sustentar uma convicção que sua experiência científica pretensamente autoriza. Mas não é isto que vem ao caso. O que a Psicologia pode constatar é única e exclusivamente a existência de símbolos plásticos cuja interpretação, a priori, é totalmente incerta. O que se pode dizer com alguma certeza é que os símbolos apresentam um certo caráter de totalidade e por isso, presumivelmente, significam “totalidade”. Via de regra, trata-se de símbolos “de unificação”, isto é, de conjunções de opostos. Eles surgem do entrechoque da consciência com o inconsciente e da confusão causada por este choque, que os alquimistas chamavam de Chaos (caos) ou Nigredo (escuridão). Empiricamente, tal confusão se expressa sob a forma de inquietação e de desnorteamento. Este simbolismo circular e quaternário aparece então sob a forma de um principio ordenador compensatório, que apresenta a unificação dos opostos conflitantes como já realizada e prepara um estado de inquietação salutar (“redenção”). De início, a única coisa que a Psicologia consegue constatar é que o símbolo da totalidade expressa a totalidade do indivíduo.”

Referência:
Blog do Caleo – O Deus de Espinosa;
Cosmologia, Einstein e Deus

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O.q.N.s
O.q.N.s
22 março de 2011 11:14 pm

Bom, nao sei como foram realizadas tais pesquisas, mas se usaram questionarios tipicos para esses levantamentos, normalmente so perguntam se pessoa segue alguma religião estabelecida, e nao entram em detalhes sobre espiritualidade. Se essa pesquisa seguiu esses moldes, elas so indicam uma mudança na postura social e nao no sentimento religioso em si.

Dohko de Libra
Dohko de Libra
25 março de 2011 11:47 am

Ok, se está dando certo prá você, e o número de leitores é maior, faça o que for melhor prá você. Mas que está a cada dia mais próximo do “Padrão Globo de Qualidade”, isso está… coisa que você sempre lutou contra. Mas como vc disse, as coisas mudam. “Não dá mais pra eu sair escrevendo qualquer besteira que me venha na cabeça[…]” E isto não é “sair da matrix”, supostamente a essência desse blog? Enxergar mesmo que por pequenas frestas o mundo “fora da caverna de sombras”? Imagine-se dizendo isso a Platão? As sombras não seriam o modo “comum”… Read more »

Andre Luis Aquino
Andre Luis Aquino
25 março de 2011 3:17 pm

Eu vou sentir falta daqui. Mas se aproxima a hora das coisas não serem mais como são.Eu vou sentir falta do instantâneo, da velocidade dos acontecimentos, de tudo aqui que é imediato e rápido.Eu vou sentir falta da agitação das cidades, das multidões, das festas, das baladas, das bagunças, dos fogos de artifício. Mas é chegada a hora de saber que nada disso vai existir no futuro. Deus, para aqueles que tem fé, ou o universo, para aqueles que crêem apenas na razão, colocou diante de nós, desde o inicio, dois caminhos.E durante muito tempo trilhamos o caminho que nos… Read more »

Anonymous Gourmet
Anonymous Gourmet
25 março de 2011 6:01 pm

Qual a relação disso tudo poderia ter a ver com Schlleiermacher? chega ao “panteismo racionalista”??

Solius
Solius
1 abril de 2011 7:39 pm

Amigo Acid, “A Totalidade contém em si a Ordem e o Caos. Se Deus fosse um mero ordenador, não seria mais do que um computador poderosíssimo.” Deus não pode ser a totalidade, ou teríamos que assumir ser Ele corruptível, o que seria absurdo. Caos é ausência de ordem, esta uma perfeição. A ordem perfeita é concebível; já o caos perfeito é uma impossibilidade, visto, p.e., que todas as coisas existentes são ordenadas a um fim. E veja que o fato de um ser ser ordenado a um fim não significa que este seja necessariamente cumprido. Há tipos distintos de livre-exercício… Read more »

Anônimo
Anônimo
5 abril de 2011 5:36 pm

As pessoas querem ‘olhar pra fora da caverna’ (E não direciono isso ao colega Dohko), mas ao mesmo tempo não estão dispostas a se confrontarem com um monte de assuntos, de fatos, evidências, verdades, que lhes causariam surpresa e repúdio. Fica um discurso auto-contraditório. Pra olhar pra fora da caverna, primeiro eu tenho que ter a humildade de me perceber dentro dela. Parece óbvio isso, mas não é tão simples assim. A barreira do orgulho, da auto-suficiência existencial moderna (Mergulhada nas profundidades do RELATIVISMO MORAL e na ‘busca interna’ de sentido) é difícil de superar mesmo e ninguém tem coragem… Read more »

Ike, do âmago da civilização vaporizada
Ike, do âmago da civilização vaporizada
5 abril de 2011 5:49 pm

A Verdade não tem volta.

Sei que sei…

Sei que não sei…

Não sei que não sei.

Mas parece que é o ‘não sei que sei’ que tem tomado o tempo e a energia dos filhos da Nova Era Aquariana.

Tentar trazer à tona uma sabedoria que estava sempre guardada no ‘âmago’ da minha ignorância presunçosa só com a força do meu pensamento (Limitado, diga-se, justamente por essa presunção “iluminada” do novo-homem moderno e sua desistência de não mais olhar para o céu e se abrir para as possibilidades do infinito).

PS: O coment anterior tb é meu. Sorry.

Ike, do âmago da civilização vaporizada
Ike, do âmago da civilização vaporizada
5 abril de 2011 6:26 pm

Mcnaught, Seria natural, normal, quando nos deparamos com uma ‘alma gigante’ (Acima da média, da mediocridade reinante), reverenciá-la, admirá-la, homenagiá-la, premiá-la… Isso já denunciaria em mim que eu não sou tão burro assim (É uma EVIDÊNCIA DE INTELIGÊNCIA reconhecer que alguém é maior do que eu, que sabe mais do que eu)… Só que nesse país imenso e manso chamado Brasil essa lógica se inverteu totalmente. E essa inverção trouxe consequências desoladoras pra todos nós, no momento em que os PIORES dentre nós na sociedade se tornaram os PARADIGMAS, a ‘medida de aferição’ moral, intelectual, artística, empresarial, farmacêutica… E até… Read more »

felipe da SIlva
felipe da SIlva
9 abril de 2011 1:15 am

Ola amigo gostaria de saber se vc acredita ou nao em divindades e se vc tem msn e canal no you tube?abraço

Andreh Torres
Andreh Torres
25 março de 2011 9:35 am

Acid, muito grato por nos apresentar Bento de Spinoza, estou lendo o Ética e estou simplesmente maravilhado com o conteudo. 🙂

Muito grato! 😀

Anônimo
Anônimo
24 março de 2011 8:30 pm

rsrs…essa do Ribamar tá boa!rs

Dohko de Libra
Dohko de Libra
23 março de 2011 8:03 am

De acordo com o texto, se o universo fosse um supercomputador, aí sim seria exatamente como mostrado no filme “Matrix”, sem tirar uma vírgula. Mas qual o problema? Quem há de provar que não? Ou que sim? Só podemos filosofar… Obs: deixe eu contar um sonho ue tive esta noite. Foi um dos sonhos mais conscientes que tive. Eu conversava com uma pessoa que aparentemente eu não conhecia. Mas de uma hora p/ outra eu tive consciência total de que era um sonho, e que aquela pessoa fazia parte de mim. Então eu perguntava as coisas para ela com imensa… Read more »

João
João
23 março de 2011 2:30 pm

(espero não estar fazendo um off topic muito grande)
masssss….

O pessoal do Bule Voador acabou de fazer a tradução do segundo vídeo que postei a alguns dias:

http://www.youtube.com/watch?v=DHyQ20ljh0s

Anônimo
Anônimo
23 março de 2011 2:55 pm
Rodrigo
Rodrigo
23 março de 2011 9:22 pm

Ei acid! Vc puxou o maior saco do Obama quando ele foi eleito, apagava os comentarios de todos que era contra a sua opinião… Puxa o saco dele agora..rsrrs… Fala que ele é enviado de Deus… entre outra besteiras que vc dizia… Ele é humano com erros e acertos como qualquer um outro!!! Mas por ser presidente dos Estados Unidos, é bem provável que mais erre do que acerte. Obama pouco está ligando para o mundo. Cuidada com o que vc diz pois os seu fiéis podem te abandonar. Eai…rsrsr… É adeus para a sua religião… essa que vc quer… Read more »

João
João
24 março de 2011 1:24 am

Cara na minha opinião, as reformas no sistema público de saúde americano eram mais do que necessárias, pois o serviço para quem não pode custear um plano de saúde é péssimo e inumano(eles realmente não fazem mais do que o básico por alguem que não tem dinheiro para o um serviço completo) e quanto ao Obama injetar dinheiro do Fed nas empresas em bancarrota… isso vai contra todos os princípios das águias da industria norte-americana, mas eles literalmente pediram por isso!(lol) Voltando o caso um pouco para a atualidade pode ser ver a decizão acertada dele em fazer política de… Read more »

Mcnaught
Mcnaught
24 março de 2011 3:56 pm

Olá. Faz tempo que num passo por aqui. Well, por vários motivos. Um deles é a questão tempo, outra, é o curso natural da vida, que nos leva a novos rumos, outras pesquisas, assuntos, etc… Daí mudamos, por isso o amigo ae acaba percebendo como muda a qualidade do blog e dos comentários. Pq nada permanece o mesmo. Mas esse fluxo é natural, mesmo num blog as coisas podem ter seus altos e baixos. Faz parte da mudança. Por citar a rede glóbulo, essa parte da homenagem que fizeram para Espinosa pareceu o Faustão quando fala: – Ai vem o… Read more »

Mcnaught
Mcnaught
24 março de 2011 4:29 pm

Sr.SDM… “acreditar que Deus seja apenas Ordem.´´ Mas ele diz: “ na harmonia´´ e essa hamonia não estaria ligada ao “equilibrio´´ das coisas??? Caos e Ordem? “A ideia de uma disposição finalista das partes de um todo remonta a ideia de um universo previamente organizado, com leis que o regem. Disposições harmônicas dizem respeito a disposições que refletem essas leis, essa organização natural. Por isso, uma das características do pensamento antigo é a necessidade de conhecimento da natureza, das leis do universo, para a aquisição de um estado de equilíbrio, para atingir a harmonia.´´ Acho que quando citam a harmonia,… Read more »

Olavo Salompas
Olavo Salompas
20 abril de 2011 12:31 pm

Boa tarde! Esta é a minha primeira participação neste site. Desejo paz a todos, sabedoria a alguns e paixão a ninguém. Muito interessante o post, a ponto de me fazer refratar algo que parecia óbvio para mim. “A filosofia de Espinosa tem muito em comum com o estoicismo, mas difere muito dos estoicos num aspecto importante: ele rejeitou fortemente a afirmação de que a razão pode dominar a emoção.” Digo, se o que diferencia o Homem é o pensamento, é da RAZÃO a sua origem. Se é a EMOÇÃO que predomina, não é o Homem que se manifesta. Portanto, me… Read more »

O Vegetal
O Vegetal
20 abril de 2011 3:01 pm

pois é comum a RAZÃO se deteriorar quando a EMOÇÃO é forte, mas neste momento não é mais o Homem quem age, mas o mamífero homem, que como o crocodilo, mata para viver. ——– sinto reflexos das partes ideolígica obscuras e bem escondidas do socialismo fabiano no ar, batman! 😀 isso ai, o homem racional, elitista, que se separou da emoção animal, o homem-máquina, ele não mata pra comer, ele vai no supermercado e compra o defunto pronto, e quem mata são aqueles seres de classe inferior, os homens mamíferos emotivos! 😀 😀 enaltação da razão -> socialismo fabiano ->… Read more »

Ike, do âmago da civilização vaporizada
Ike, do âmago da civilização vaporizada
20 abril de 2011 9:39 pm

Quem acredita em ‘dawkins’ acredita em qualquer coisa…

Quem acredita em qualquer coisa vê o que quer em qualquer lugar…

Perdendo a razão pra afirmar qualquer coisa…

E elevando as minhas emoções ao critério máximo do ato de pensar…

E é nesse momento que o “crocodilo da realidade” começa a me mastigar. ;¬)

o vegetal
o vegetal
6 maio de 2011 8:48 am

Von olavon: Bom dia …, me parece evasivo você saber que uma abelha pode contar até 5 e não saber se ela ama a flor que a alimenta. O tal do vegetal: Parece um raciocínio limitado o seu. Contar é um ato quantitativo, e amar é um ato qualitativo. Não se mede o amor matematicamente, nem bem racionalmente. Conhece a história do robô japonês que foi programado com o algoritimo do amor vindo de uma economista que ganhou o nobel de economia por isso? O que o robô fez? Ficou possessivo com uma das cientistas e a impediu de sair… Read more »

Olavo Salompas
Olavo Salompas
6 maio de 2011 1:06 pm

Bom dia …, não sabia que você era o Vegetal. Veja bem, quem falou que a abelha era racional só por saber contar até 5 foi você! Mas, agora, já diferenciou a questão em raciocínio quantitativo ou raciocionio qualitativo. Qual é o seu ponto afinal? O meu ponto é que se não existe razão num evento ele não é humano, e que Espinosa – amor dei intelectualis – foi mal citado no texto.. Por outro lado, se o ofendi, peço desculpas!

Coringa
Coringa
1 setembro de 2011 2:45 am

Einstein e seu conceito de ‘Deus’: “Era, naturalmente, uma mentira o que você leu sobre minhas convicções religiosas, uma mentira que está sendo sistematicamente repetida. Eu não acredito em um Deus pessoal e nunca neguei isso, mas manifestaram claramente. Se há algo em mim que pode ser chamado de religioso então é a admiração ilimitada pela estrutura do mundo tanto quanto a nossa ciência pode revelar. “ (Albert Einstein, citado no livro “Albert Einstein, o Lado Humano”) “Minha religiosidade consiste de uma humilde admiração pelo espírito infinitamente superior que se revela nos pequenos detalhes que podemos perceber com nossa mente… Read more »

Anônimo
Anônimo
1 setembro de 2011 2:47 am

“…A imagem divina não é uma invenção qualquer, mas uma experiência que ocorre espontaneamente ao indivíduo, fato que qualquer um pode saber à saciedade, desde que não prefira o obcecamento dos conceitos ideológicos à clareza da verdade…”

(trecho do texto principal – O Deus de Einstein)

Pers
Pers
1 setembro de 2011 4:32 pm

Sobre a questão do “Deus pessoal”, eu digo o seguinte: Deus não é pessoal e também não é impessoal, porque “pessoa” é um termo com definição indeterminada. Mas, desde que “pessoa” seja uma consciência, ou melhor, um recorte da consciência plena, a consciência plena em si (Deus) é e não é pessoal. É pessoal, na medida em que é consciência, e não é pessoal, na medida em que não é recorte, é inteira (infinita, absoluta, etc). Ou seja, não é adequado usar esses termos para nos referir a Deus, de modo que é errado falar que Deus é pessoal, e… Read more »

Fellini
Fellini
1 setembro de 2011 8:06 pm

Ola Pers, Não se definiu ainda o que seja consciência portanto sua definição de deus fica vaga. Entretanto a ciência, particularmente a neurociência, tem como certo que a consciência é fruto do processamento cerebral da matéria. TODAS as experiencia induzem que a consciência é produto direto da mecânica cerebral. Vc muda o cérebro muda a consciência. Nunca ninguém provou que a consciência poderia existir sem o cérebro, muito pelo contrario. NENHUMA EXPERIENCIA OU CASO SERIO REFUTOU A HIPOTESE DE QUE O CEREBRO É RESPONSAVEL PELA MENTE OU CONSCIENCIA ! E PORTANTO A CIENCIA ASSUME O MONISMO MATERIALISTA NO QUESITO CONSCIENCIA.… Read more »

neutrinos outros
neutrinos outros
1 setembro de 2011 8:23 pm

Caro Pers,

“Deus não é pessoal e também não é impessoal, porque “pessoa” é um termo com definição indeterminada.”

Pode-se dizer que seja pessoal, se nos desviarmos um pouquinho só do Direito e das questões etimológicas e nos basearmos na definição de São Tomás: por ‘pessoa’ entende-se “substância individual de natureza racional”. Ela abarca e resolve magistralmente uma série de questões.
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Vê como o Fellini está mais dodói do que antes? Tem males que o tempo não cura.

OutraVez
OutraVez
29 maio de 2012 9:22 pm

“The word god is for me nothing more than the expression and product of human weaknesses, the Bible a collection of honourable, but still primitive legends which are nevertheless pretty childish. No interpretation no matter how subtle can (for me) change this.” – Albert Einstein

E ponto final.

Olavo Salompas
Olavo Salompas
3 maio de 2011 11:45 am

Bom dia …, me parece evasivo você saber que uma abelha pode contar até 5 e não saber se ela ama a flor que a alimenta. Você escolhe o que quer saber ou só quer contradizer? Por outro lado, não seria possível que sua pesquisa sobre abelhas tenha levantado que, também elas, possuem algum grau de consciência, e seguindo a lógica de Espinosa, sentisse amor pelo que a alimenta? amor dei intelectualis

Anônimo
Anônimo
2 maio de 2011 7:22 pm

rsssssssssssssss

Manuela
Manuela
25 abril de 2011 8:28 pm

Como é que é, Ike?

Quem acredita em Dawkins acredita em qualquer coisa?

Pois sou mais ele do que esse monte de baboseira psicodélica, inclusive a pretensão de alguns de AFIRMAR que “os japoneses foram os nossos irmãos mais velhos, que receberam (pela terceira vez) a responsabilidade de lidar com a irresponsabilidade humana em relação à radioatividade”.

HAHAHAHAHA, muito LSD ou sálvia dá nisso.

Ike, o Mártir McFly, do âmago do vulcão. desligando... 'PÍ'
Ike, o Mártir McFly, do âmago do vulcão. desligando... 'PÍ'
27 abril de 2011 9:34 pm

Quem disse essa baboseira à respeito dos japoneses?!

Olavo Salompas
Olavo Salompas
2 maio de 2011 3:03 pm

Olá “O Vegetal”, sinto não ter essa base teórica que você apresenta para poder discutir vocábulos e palavras. Desse modo vou me ater ao meu ponto, explicando-o novamente e esperando uma colocação mais pessoal sua. Espinosa não admite a emoção humana sem a razão. Se é desprovido de razão, não é humano.

Olavo Salompas
Olavo Salompas
2 maio de 2011 3:14 pm

amor dei intelectualis

...
...
2 maio de 2011 3:42 pm

Se é desprovido de razão, não é humano.
—-

baruch não sabia, mas hj sabe-se que as abelhas contam até 5. pra aritimética básica é preciso uma razãozinha em algum lugar nas abelhas contadoras? E se é preciso razãozinha prelas contarem 1,2,3,4,5, elas, as abelhas, têm essa razãozinha, e assim, são humaninhas?

como dizem os alquimistas, olhe a natureza, depois filosofe sobre. não o contrário.

Olavo Salompas
Olavo Salompas
2 maio de 2011 6:41 pm

Olá … ! Como bom alquimista você deve saber o que poucos sabem, talvez as abelhas…
Por outro lado, a mesma abelha que sabe contar até 5, não fica apaixonada pela flor só por que ela é cheirosa, certo?

...
...
2 maio de 2011 6:52 pm

Por outro lado, a mesma abelha que sabe contar até 5, não fica apaixonada pela flor só por que ela é cheirosa, certo?
——

ai vc entra na subjetividade da abelha. Sou humano e não abelha, logo não posso lhe responder por ela. 😉

Fellini
Fellini
2 maio de 2011 7:20 pm

As abelhas contam até 5. E as formigas com suas avançadas e complexas estrategias militares, estão sendo estudadas para o desenvolvimento de algoritmos avançados de formação e táticas militares. A maior formiga do planeta é brasileira. Trata-se da tocandira, que habita o Estado de Goiás. Ela mede 4 centímetros e tem uma ferroada tão doída que virou rito de passagem para índios locais: “Quando o menino se tornava um guerreiro, era obrigado a colocar a mão numa luva cheia de tocandiras”. Mas tamanho nem sempre é documento. Outra formiga daqui da terrinha, a minúscula lavapé, de 2 milímetros, está entre… Read more »

Octavio Pinheiro Machado Milliet
Octavio Pinheiro Machado Milliet
7 abril de 2014 11:22 pm

Olá caro amigo! Sou um Espinosano convicto, li quase a obra inteira, menos metade do Tratado Teológico Político. Eu gostaria de propor uma pequena correção no seu texto: Bento Espinosa foi um dos grandes filósofos etc etc. Nasceu nos Países Baixos em uma família -De judeus marranos, judeus convertidos ao cristianismo por conta da perseguição da igreja católica. Estudioso da Bíblia, etc etc. Foi excomungado, não pela Igreja católica, mas sim pela comunidade judaica (judeus marranos ainda mantém suas tradições, seus conselhos e etc). Sofreu o chamado “Cherem”, excomunhão das mais graves do judaísmo. Pronto, essa foi a correção. Talvez… Read more »

Critico
Critico
13 julho de 2016 8:21 pm

Você é burro cara.

Lucas
Lucas
17 março de 2011 10:48 pm

Caramba, já venho acompanhando esse blog a muito tempo, eu só não levava muito a sério o nome, eu achava que era um blog de coisas bobas, que grave engano.
Parabéns e obrigado, seus artigos têm me ajudado muito, esse tipo de material precisa ser mais divulgado, isso ajuda muito as pessoas.
Minha visão de Deus é bem parecida com essa apresentada, só que eu o vejo só como a ordem, se bem que ordem e caos são termos muito relativos, afinal, a natureza parece um caos, mas na verdade é pura ordem.

Letipantufas
Letipantufas
17 março de 2011 11:43 pm

Acho que a definição de Espinoza é a melhor para o que chamamos “Deus”. Olhando para a Natureza, vemos que ela não é moral ou imoral, boa ou má, mas sim possui um equilíbrio e uma inteligência que escapa ao nosso alcance. Deus seria a energia que tudo move, e para essa energia imanente, não há moralidade!
Olhando novamente a Natureza, vemos que ela é amoral… Nós que precisávamos de códigos de conduta para podermos viver em sociedade, mas foi uma adaptação evolutiva, talvez, e não uma imposição divina!!!!
E… eu sou uma guria, Vinicius ;D

Felipe
Felipe
17 março de 2011 11:47 pm

Grande Acid. Ótimo post, como sempre né =]
Um abraço.

Barangari
Barangari
17 março de 2011 11:51 pm

Eu acredito que a divindade está no caos como na ordem; mesmo não sendo ‘controlado’, o caos tem sua função de caOsar (rá) mais uma faceta do divino, pois que nem toda ordem é boa. Assim como o bem e o mal coexistem, mas é a bondade suprema que persiste.
Acho que viajei demais, mas enfim, o sono tá pegando…
Belo post, Acid!

Pers
Pers
18 março de 2011 6:29 am

Letipantufas disse : “Olhando novamente a Natureza, vemos que ela é amoral” Letipantufas, esse é o grande, grande erro. A ética não é somente convencional, a ética é ontológica. Explico porque: o deus de espinosa não é só ordem, é conscência, de modo que nossas consciências são pedaços, recortes (de-finições) da consciência infinita (isso é Espinosa). Então, agir egoisticamente é tentar destacar esse pedaço do todo, o que, além de impossível, é simplesmente um engano, um equívoco, uma ignorância da “verdade”. Agir altruisticamente é agir coerentemente com a “verdade” de que todos somos um só. E isso não é apenas… Read more »

Lionheart
Lionheart
18 março de 2011 9:32 am

Sempre considerei Einstein, para todos os efeitos, um ateu. Eu acho que essas formas “alternativas” de religiosidade sempre resvalam no ateísmo. Ou você acredita em um deus ou não acredita, o resto é puro jogo de palavras ou malabarismo mental.

Martyn Stubbs
Martyn Stubbs
18 março de 2011 9:45 am

Vós sois deuses = João, 10:34.

Vós podeis fazer o que eu faço e muito mais = João, 14:12.

cegonha
cegonha
17 março de 2011 9:10 pm

mto bom!
sobre a musica progressiva talvez isso aqui faça vocÊ rever os conceitos, assim torço! hehe
http://www.youtube.com/watch?v=JCVnDx9e0zE

Maíra
Maíra
17 março de 2011 7:20 pm

Acid,
Adorei o post. Parabéns!

Lucas Oliveira
Lucas Oliveira
13 julho de 2016 8:47 pm

Mas saiba que eu estou em você. Mas você não está em mim.

letras.mus.br/raul-seixas/48312/

Puro Ato Puro!!!

JCastle
JCastle
17 março de 2011 11:14 am

Particularmente estou vendo que o Tsunami está desencadeando várias coisas positivas, todos estão admirados com a calma e ordem com que o povo japonês está lidando com a situação e o problema atômico parece estar conscientizando nossos governantes a dar mais importância ao investimento em fontes alternativas de energia.

Letipantufas
Letipantufas
17 março de 2011 11:27 am

Olhando em perspectiva, talvez. Massss não acho que o saldo dessa tragédia seja positivo. Olhem quanta morte, quanta destruição, falta comida, as pessoas perderam tudo… A egrégora do Japão deve estar puro desespero.

JCastle
JCastle
17 março de 2011 11:31 am

Infelizmente, quase sempre, nós aprendemos apenas na base da porrada.

Rodrigo Ferreira
Rodrigo Ferreira
17 março de 2011 12:04 pm

Muito bom o artigo! Me interessei mais em conhecer mais sobre este ponto de vista.

Acid
Acid
17 março de 2011 12:56 pm

É como o jCastle disse. Infelizmente MESMO, a porrada é o modo como a humanidade evolui mais rapidamente. Da carnificina praticada na 2ª guerra tiramos boa parte da tecnologia que hoje usamos. Seria tão bom que acelerássemos nossa evolução apenas através de projetos pacíficos e revolucionários, como o foi a viagem do homem à Lua, mas esse foi apenas um oásis no meio do deserto.

raph
raph
17 março de 2011 1:22 pm

Se ainda não leram “Ética” de Espinosa, leiam, é praticamente obrigatório por se tratar de uma das mais consistentes exposições lógicas sobre o que quer que seja Deus.

No Brasil é publicado pela Editora Autêntica. Existe inclusive uma versão Latim/Português…

http://www.autenticaeditora.com.br/autentica/344

Abs
raph

Vinicius
Vinicius
17 março de 2011 5:17 pm

É bem verdade que só aprendemos na base da porrada, como disse o JCastle. Mas concordo com (o? a?) Letipantufas. O saldo poderia ser positivo. Poderia ser usado para nos conscientizar, tomar o exemplo, aprender com os erros dos outros e, por exemplo não permitir que as chuvas de verão do Brasil causassem o mesmo efeito que o tsunami/terremoto/desastre atômico do Japão em termos de mortes, pânico e feridos. Poderia. Mas não vai ser. Estamos afundados demais na letargia e eu duvido muito que no final das contas o exemplo japonês valha a tragédia com seus milhares de mortos que… Read more »

o.que.nada.sabe
o.que.nada.sabe
18 março de 2011 10:27 am

Ética e moral são duas coisas distintas, a primeira é a forma como o ser se relaciona com o todo, buscando uma harmonia, e a segunda são normas e regras definidas exclusivamente pela cultura para uma estruturação social. A natureza não segue normas culturais, portanto é amoral. Mas não é antiética.
____________________________

“Ou você acredita em um deus ou não acredita, o resto é puro jogo de palavras ou malabarismo mental.”

Sob esta ótica, todos somos ateus de alguma forma, ou teríamos que acreditar em todos os deuses já “catalogados”.

Felipe
Felipe
18 março de 2011 10:40 am

“Ou você acredita em um deus ou não acredita, o resto é puro jogo de palavras ou malabarismo mental.”

Lembrei desse post do blog “Tipografia do inferno”
http://tipografiadoinferno.wordpress.com/2011/02/23/aristoteles-linguagem-a-dualidade-do-eletron/

cegonha
cegonha
18 março de 2011 12:27 pm

sou espinhozo desde pekenino! hehe

Letipantufas
Letipantufas
21 março de 2011 10:21 am

Ô Ike, tu distorceu minhas palavras.

Gosta de uma polêmica, né, guri???

;D

João
João
21 março de 2011 3:18 pm

gente assistam a esses vídeos inspiradores narrados por Carl Sagan que acabei de encontrar no youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=mKCNw182L_E

http://www.youtube.com/watch?v=j2oXFWKpJiA

Coringa
Coringa
21 março de 2011 9:04 pm

Em boa hora este ótimo texto do Acid!

Em boa hora também (e até complementar ao texto), são estes vídeos narrados por Carl Sagan, indicados pelo João.

🙂

Valeu!

Coringa
Coringa
21 março de 2011 9:11 pm

“…A imagem divina não é uma invenção qualquer, mas uma experiência que ocorre espontaneamente ao indivíduo, fato que qualquer um pode saber à saciedade, desde que não prefira o obcecamento dos conceitos ideológicos à clareza da verdade…”

(trecho do texto principal – O Deus de Einstein)

🙂

o.que.nada.sabe
o.que.nada.sabe
22 março de 2011 9:54 am

“Tu deves concebê-lo tal como Ele é: um não-Deus, um não-espírito, uma não-pessoa, uma não-imagem;”

Quando leio Mestre Eckhart, sempre me vem a mente esse poema do Crowley:

“Uma rosa vermelha absorve todas as cores, menos a vermelha;

Vermelha, portanto, é a única cor que ela não é.

Essa Lei, Razão, Tempo, Espaço, toda Limitação, cega-nos à Verdade;

Tudo o que sabemos sobre o Homem, Natureza, Deus, é apenas aquilo que eles não são;”

Jester
Jester
22 março de 2011 11:29 am

Ike,
A cantora que o Gilmour “pegou”, é a Kate Bush, célebre por Wuthering Heights. Só não consigo entender aonde isso se encaixa. Não estaria você se referindo à música do Floyd “The Great Gig In The Sky”, cantada pela Clare Torry (que o Gilmour não pegou)?
Abraços.

Anonimo
Anonimo
22 março de 2011 4:12 pm

Vcs já viram isso? Um estudo indica que a religião pode acabar em 9 países.

http://www1.folha.uol.com.br/bbc/892208-estudo-indica-que-religiao-pode-acabar-em-9-paises-ricos.shtml

Anonimo
Anonimo
22 março de 2011 4:14 pm

Só um adendo ao meu último comentário, o interessante da notícia é que isso está ocorrendo mais em países RICOS…

Test Pilot Yui
Test Pilot Yui
19 março de 2011 6:58 pm

Na bíblia é possível ler que Deus era o verbo “ser” em que Se comunicando com o homem por meio do verbo, Deus usa um tipo de linguagem. O verbo “ser” estabelece uma relação de preservação consigo mesmo. Ser é a força que sustenta os seres e aquilo que está vivo na direção da sobrevivência e da existência. Ao expandir o conhecimento do significado da palavra “preservação” descobrimos que aquilo que se preserva pode também se multiplicar o qual é fundação de todos os sistemas reprodutivos. Deixar de procurar Deus é ficar ignorante quanto as possibilidades que o significado da… Read more »

Dohko de Libra
Dohko de Libra
24 março de 2011 1:59 pm

[OFF] Acid, é a primeira vez que falo isso: o blog está precisando de uma boa renovação. Ok, sei o que vc vai dizer, que não obriga ninguém a vir, que faz do jeito que vc quiser, etc… É que você é tão preocupado com os trolls e em não ser ofendido nem ofender ninguém que seu blog virou uma espécie de “Rede Globo”. Tudo é “de acordo com…”, “sugere que…”, “do ponto de vista de…”. Não há nenhuma idéia realmente sua (ou muito poucas). Isso é chato p/ car¨&#*. Bom, sei lá, talvez vc esteja ocupado demais com seu… Read more »

Letipantufas
Letipantufas
18 março de 2011 2:23 pm

Pers!
Eu não quis dizer que a amoralidade da Natureza vá justificar a falta de ética. Só quis dizer que Deus não possui uma personalidade que se preocupa com nossas pequenas misérias humanas. Mas eu acho que se nos conectarmos a essa Energia Suprema (seja lá como quiserem chamar, Deus, G.A.U., Javé, …), seja através de boas ações, seja através de orações, estaremos evoluindo com o Todo. ;D

Bruno
Bruno
18 março de 2011 2:29 pm

Acid,parabéns mais uma vez pelo trabalho que vc vem realizando… Concordo muito com vc e com alguns leitores,sobre esta concepção de Deus… Gostaria de reforçar sobre esta questão da “ordem e caos” com a filosofia de Santo Agostinho. Quando ele afirma “A má vontade é, por conseguinte, a causa eficiente de toda obra má, porém nada é causa eficiente da má vontade.” “Quando a vontade, abandonando o superior, se converte às coisas inferiores, torna-se má, não por ser mal o objeto a que se converte, mas por ser má a própria conversão. Portanto, não é causa da vontade má o… Read more »

Pers
Pers
18 março de 2011 4:40 pm

O_que_nada_sabe, não há definição precisa para os termos. Ambos significam “costumes”, em grego e latim.

Na história da filosofia houve quem fizesse distinção formal, informal ou não fizesse distinção. Então depende de quem está falando, da época, etc.

Antes eu usava o termo “moral”, que tinha costumava carregar algo mais substantivo que “ética”. No entanto, o uso desse termo na sociedade passou a ficar muito vinculado à sexualidade, e por isso “moralidade” virou palavrão, sinônimo de caretice. Questão de época, lugar e uso.

Então agora, para referir ao ente ontológico, em português, uso “ética”.

Acid
Acid
18 março de 2011 4:45 pm

Muito bom, Bruno. Essa última parte do texto de Aquino me parece um alerta pra o tipo de coisa que descambou na inquisição, ou na invasão árabe, ou seja, levar o “bem” (ou pelo menos a idéia desordenada que se faz do bem) às últimas consequências.

HiroNakamura
HiroNakamura
18 março de 2011 8:30 pm

Voltando ao começo do tópico com Einstein, alguém que consiga relaxar lendo “A Doutrina Secreta”, não deve ser menos que um gênio.

“É um livro muito estranho e até disse ao Prof. Heisenberg, meu companheiro em física, para adquirir um exemplar e pô-lo na sua mesa de trabalho. Aconselhei-o a mergulhar nele quando se senti-se preocupado com certos problemas. O estranho deste livro é poder relaxá-lo ou talvez inspirá-lo… Por exemplo, olhe aqui o que ela diz e me intrigou a mim e me espanta como está em consonância com a física moderna…”

o.que.nada.sabe
o.que.nada.sabe
18 março de 2011 8:59 pm

Salve Pers

>>>O_que_nada_sabe, não há definição precisa para os termos. Ambos significam “costumes”, em grego e latim.<< Realmente, na filosofia a distinção destes termos ainda é meio nebulosa, e eu deveria ter explicado melhor por que fiz tal distinção, sorry. A meu ver, a confusão aconteça devido a tradução do grego pro latim: êthica=mores. Em grego, ethica tem dois sentidos: um é a intenção da ação, caráter, que é intimo e outro é o costume adquirido através da assimilação dos valores sociais. "Mores" da conta só do segundo sentido (valores sociais). Dessa forma, etimológicamente falando, moral é definida pela cultura, pela sociedade, e ética é definida apenas em parte, de resto é uma "intenção", que pode ser ou não independente dos preceitos morais adotados. Abraços

Ike, do âmago do vulcão Rorschach,
Ike, do âmago do vulcão Rorschach,
18 março de 2011 9:53 pm

Letipantufas, “[…]Deus não possui uma personalidade que se preocupa com nossas pequenas misérias humanas.” Só pelo fato de haver ‘montanhas de injustiças’ se acumulando pelo mundo não me dá o direito de definir Deus como algo impessoal. Não possuímos afeição, empatia pelo outro?! E isso não é “ensinado” pra ninguém. É algo permanente e intrínseco na humanidade (E tb na natureza). Praticamente nascemos com essa capacidade. E, como ninguém (Até agora) “si nasceu” por vontade própria, o que então levaria um ‘Criador impessoal’, indiferente a condição humana (Que não liga pra nada nesse baixo ventre), fazer com que nós tivéssemos… Read more »

Ike, do âmago do vulcão Rorschach,
Ike, do âmago do vulcão Rorschach,
18 março de 2011 10:07 pm

Cara, esse negócio do Caos e Ordem na música que vc expôs tão bem, eu já senti com o Pink Floyd; com o disco ‘Vitalogy’ do Peral Jam (O Mov. Grunge talvez, meio que sem querer, manuseou isso de forma até então inédita tb… Melodia, distorção, tristeza, beleza); com aquela cantora- qual é mesmo o nome dela?- que o David Gilmour pegou…

abs ‘bagunçados’

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