O EU NO BUDISMO E O LIVRO DOS MORTOS

O “eu” no Budismo é apenas uma ilusão causada por 5 partes agregadas que causam o apego e a crença de que elas formam um eu.

O EU NO BUDISMO E O LIVRO DOS MORTOS

O Dalai Lama nos fala, numa extensa e detalhada introdução ao Livro Tibetano dos Mortos (em inglês, The Tibetan Book of the Dead: First Complete Translation), sobre o “eu” e a reencarnação. Ele começa esclarecendo um ponto muito importante e pouco divulgado do budismo: no ocidente têm-se a crença de uma alma indivisível, pura, separada da mente (que chamamos de “eu” ou “ego”, enquanto a alma é referida como “Eu”). No budismo não há uma coisa assim, pois o que nós chamamos de “eu” é um agregado de valores, todos inter-relacionados e em constante mudança, o que inclui especialmente os 5 agregados do apego:

O corpo (Rupa);
Os sentimentos (Vedana);
As percepções (Samjña);
Construções mentais (Samskara);
A consciência (Vijñana).

Estes cinco agregados não são um “eu”; a crença em um eu (Satkayadrsti) emerge desses cinco agregados, que causam o apego e a crença de que estas partes são um “eu”. A coisa é mais complexa, e o ciclo que envolve o apego e a crença num “eu” é demonstrado em 12 passos, que são os doze elos da originação interdependente. Tudo isso está agindo por meio da causa e efeito, numa cadeia complexa que poderia ser comparada a um relógio suíço.

Esse conceito, que os budistas chamam de Anatta (do sânscrito anâtman, ou não-alma) pode ser sintetizado na frase “não há coisa alguma com um eu“. Está de acordo com a doutrina do desapego, levada ao extremo de desapegar daquilo que compõe um “eu” e nos mantém aprisionados na Matrix. Então a dúvida que surge na mente ocidental, acostumada a uma “alma” é: “e como surgiu a PRIMEIRA idéia de alma que nós temos, e que nos levou à consciência, que deu origem às construções mentais, que deu origem à matéria, que deu origem às percepções e aos sentimentos?“. Dalai Lama nos fala que se originou de um pequeno despertar de consciência, que está ligado a outro despertar de consciência, e outro, e outro, num continuum parecido com o dilema que os cientistas enfrentam com o Big Bang (o que veio antes do Big Bang? E antes? E antes?).

Jogue o jogo da “Existência” até o fim… do começo…

John Lennon; Tomorrow Never Knows

Você pergunta: “Então, se não existe alma, como pode haver reencarnação?“. Não há problema algum, se você prestou atenção ao segundo parágrafo. Nós acreditamos tanto ser um “eu” que mantemos nossos elementos agregados mesmo depois da morte. Mas não exatamente todos, como o Dalai Lama frisa no livro. Como há elementos dependentes do seu veículo físico (corpo) – como a percepção, os condicionamentos e preconceitos derivados do seu meio – os sentimentos, que podem ser resultados de sua criação nessa vida, esses podem se perder ao abandonarmos o corpo (e cessar o estímulo, como um músculo que atrofia por falta de uso). Acredita-se que, se você morrer velho e esclerosado, pode perder sua memória em vida e não a recuperar na morte (ao contrário do que acreditamos no espiritismo, por exemplo), não porque a memória “morra” com o cérebro, mas por falta de condicionamento do agregado de recordar ainda em vida (e um distanciamento Corpo x Mente). Se alguém morre jovem, com total energia Corpo x Mente, pode reencarnar mantendo todo o seu “falso eu”. Mas o que o Dalai Lama fala é que essas memórias podem durar no máximo alguns anos, porque há causas e efeitos que acabam por sobrepujar a relação Corpo x Mente anterior. Poderíamos comparar a idéia de “eu” com a idéia de Karma e causa-efeito usando como exemplo o céu: Se hoje está chovendo é por conta de elementos que se combinaram ontem ou horas antes para causar aquele efeito, mas, sem que percebamos, outros elementos podem estar se combinando neste momento para, no outro dia, fazer um belo dia ensolarado; e ainda assim chamamos o “palco” de céu. Da mesma forma, nós mudamos continuamente (com a combinação de elementos perceptíveis e imperceptíveis, numa relação de causa e efeito) em vida e, mesmo sabendo que não somos mais os mesmos de 20 ou 30 anos atrás (mentalmente e inclusive fisicamente, pois quase todas as células do nosso corpo já morreram e foram substituídas por outras), ainda nos consideramos “nós mesmos”, numa linha temporal. Em nenhum momento no budismo se considera que o que está se reencarnando é outra pessoa, e sim aquele “agregado de consciência” que pode estar totalmente transformado ou não, a depender muito de inúmeras variantes que fazem essa engrenagem cósmica funcionar.

Este pensamento não é só uma teoria que está empoeirada num livro e trazida somente como curiosidade, pois é o cerne do budismo: a impermanência de tudo (inclusive o “eu”), a não-identificação com nada (inclusive o “eu”) e, consequentemente, o fato de que não se deve rotular alguém como algo, porque para o budismo não existe um assassino, mas uma consciência imersa na ignorância e que cometeu erros, mas que pode sair da ignorância, até porque toda a nossa experiência neste plano de existência é um grande convite para a mudança, mesmo que não nos apercebamos (leiam ou releiam a parábola Angulimala Sutta de Buda e vocês a entenderão com novos olhos). Há aí um forte componente psico-social no budismo, pois pra essa doutrina não existe nada quebrado que não possa ser consertado, pois ambos são condicionamentos baseados na causa e efeito. Como disse o proprio Buda no momento da iluminação: “Essencialmente todos os seres vivos são Budas, dotados de sabedoria e virtude, mas como a mente humana se inverteu através do pensamento ilusório, não o conseguem perceber“. Isto é aplicado na prática em Pernambuco, pelo NEIMFA, na promoção da resiliência em adolescentes que vivem em situação de risco dentro da cidade / favela do Coque.

Mais ainda: dentro dos conceitos da doutrina, os budistas são ensinados a não alimentar ilusões sequer de Iluminação (a “meta” do budismo!), como podemos ver no ensinamento do patriarca chinês Lin-chi, no séc. IX:

“Seguidores do caminho, se você desejar ver o Dharma claramente, não se deixem ser iludidos. Se você se voltar para o exterior ou para o seu interior, o que quer que você encontre, mate-o. Se você se encontrar com o Buda, mate o Buda; se você se encontrar com os patriarcas, mate os patriarcas; se você se encontrar com Arhats, mate os Arhats; se você se encontrar com seus pais, mate o seu pais; se você se encontrar com seus parentes, mate seus parentes; então, pela primeira vez, você verá claramente. E se você não depender das coisas, haverá emancipação, haverá liberdade.”

Lin-chi

A finalidade deste ensinamento não era, obviamente incentivar o homicídio (um dos preceitos budistas é não matar), mas sim o desapego, não só das coisas físicas como das tradições, das cerimônias, da expectativa de uma iluminação por conta de certas práticas. Esse é o ensinamento budista mais valioso, exposto da forma mais radical e efetiva (não tomada literalmente, claro).

O que é um pouco mais teórico é a crença de que esses agregados habitam três mundos, que se subdividem em outros níveis (ou reinos). Pra facilitar pra nossa mente ocidental, vou chamar esses mundos de “dimensões”, já que estamos acostumados com o conceito:

budismo roda da vida peq
A roda do Samsara e os diferentes reinos (clique para ampliar)

DIMENSÃO DO DESEJO (KAMA-LOKA)

Onde o móvel (a motivação) é o desejo. É esta a dimensão que habitamos. Ela se subdivide em 5 reinos:

O Reino do Inferno (onde habitam as mentes dominadas pela raiva e pelo ódio);
O Reino dos Fantasmas Famintos (mentes dominadas pela ganância ou cobiça. Neste estado, nunca podemos obter o que queremos, nem podemos desfrutar da comida ou bebida que desejamos desesperadamente como fantasmas famintos);
O Reino Animal (mente que caiu sob a influência da cegueira, da estagnação mental e da estupidez. Nesse estado não é possível praticar o Dharma);
O Reino Humano (a primeira das existências nos reinos superiores. Os humanos são praticamente os únicos seres dotados com as condições necessárias para o progresso espiritual, assim com as faculdades que permitem a prática e a compreensão do Dharma);
O Reino dos Deuses Invejosos (quando o karma é, acima de tudo, positivo, porém misturado com a inveja, a causa é o nascimento no reino dos deuses invejosos. Este é um estado feliz, dotado com muitos poderes e prazeres mas, por causa da força da inveja, há constantes brigas e conflitos. Os deuses invejosos opõem-se aos deuses que são seus superiores e brigam entre si mesmos. Parece ter inspirado o roteiro de Cavaleiros do Zodíaco, ou as tragédias gregas);
O Reino Divino (karma positivo combinado com pouquíssimo karma negativo resulta em um renascimento nos estados divinos, onde os deuses se comprazem em serem adorados. É alguém como o Shaka de Virgem, que ainda quebra-pau ocasionalmente com os deuses invejosos);

DIMENSÃO DA FORMA SUTIL (RUPA-LOKA)

buda reencarnacao

Ela se subdivide em 17 reinos. Os seres nestes estados têm uma forma sutil e corpos extremamente grandes, luminosos; suas mentes conhecem poucas paixões, poucos pensamentos; e eles desfrutam de uma felicidade incrível. A paixão predominante é o orgulho sutil – os seres destes reinos acham que atingiram algo superior e vivem um tipo de auto-satisfação. Estes estados da dimensão da forma sutil correspondem aos quatro níveis de concentração meditativa, caracterizados pela transcendência progressiva da investigação, da análise, da alegria e do êxtase.

DIMENSÃO SEM FORMA (ARUPA-LOKA)

Finalmente, além até mesmo deste quatro níveis de concentração do reino da forma, pode haver o nascimento no reino sem forma. Os seres deste reino não experienciam qualquer sofrimento severo e virtualmente não têm quaisquer paixões; eles permanecem apenas em uma forma extremamente sutil. Eles têm apenas o quinto agregado da individualidade – a consciência – ainda presente como uma ignorância sutil que lhes dá o sentimento de existir neste corpo sem forma. Essa idéia, que permanece em suas mentes, é um tipo de estagnação mental que impede a realização da natureza última da mente e que acaba por agir como uma mãe que dá a luz aos outros agregados. Tais deuses ainda estão sujeitos à morte e à transmigração e, por não terem o poder de permanecer em sua condição divina eternamente, sofrem e acabam tendo de renascer em um reino inferior.

Isso porque todos estes estados são transitórios e condicionados: todos eles são parte da roda do Samsara. Para ser livre do Samsara, a consciência em si deve ser definitivamente transformada na sabedoria primordial, a sabedoria da iluminação.

O LIVRO DOS MORTOS

Por anos, desde que foi publicado pela primeira vez, o Bardo Thodol tem sido meu companheiro constante, e dele tirei não apenas muitas idéias estimulantes e descobertas, mas também muitos insights fundamentais… Sua filosofia contém a quintessência do criticismo psicológico budista; e, como tal, pode-se verdadeiramente dizer que é de uma superioridade sem par. (…)
Não apenas as “coléricas” mas também as deidades “pacíficas” são concebidas como projeções da psique humana, uma idéia que parece demasiado óbvia ao esclarecido europeu, porque faz com que se lembre de suas próprias simplificações banais. Mas embora o europeu possa facilmente explicar essas divindades como sendo projeções, ele seria absolutamente incapaz de defini-las como reais ao mesmo tempo. O Bardo Thodol consegue fazer isso porque, devido às suas mais essenciais premissas metafísicas, ele tem o europeu esclarecido e o ignorante, ambos, em desvantagem. A idéia sempre presente, a presunção calada do Bardo Thodol, é o caráter anti-nominal de toda afirmação metafísica e também a idéia da diferença qualitativa dos vários níveis de consciência e das realidades metafísicas condicionadas por elas. O pano de fundo deste livro incomum não é o europeu “um ou outro – ou”, mas uma afirmação magnífica, “ambos – e”. Esta afirmação pode parecer censurável ao filósofo ocidental, pois o ocidente adora a clareza e não a ambiguidade; consequentemente, um filósofo se agarra à situação “Deus é”, enquanto outro se agarra tão ardentemente quanto o primeiro à negação, “Deus não é”.

Carl Gustav Jung
buda bodhisatva

No Budismo, acredita-se que os hábitos de uma pessoa em vida podem afetar o seu renascimento. Se alguém tem o hábito de recitar o nome do Buda Amitabha, sua mente tem grandes chances de estar com Amitabha. Se essa pessoa se depara com um acidente e se lembra de recitar o nome do Buda Amitabha no momento de sua morte, esse gesto pode ajudá-la a renascer na Terra Pura da Bem-aventurança. Assim sendo, o Livro Tibetano dos Mortos não é, como muitos pensam, somente um guia para renascer num corpo humano. Ele é um guia para a LIBERTAÇÃO do Samsara ou, no mínimo, uma evolução de consciência que leve esse “falso eu” a um reino / dimensão superior. A volta em corpo humano é considerada uma falha, mas uma falha menor, haja visto que, se você condicionar sua mente a agir como um político brasileiro, pode voltar como animal irracional ou mesmo uma pedra.

Hábitos são inicialmente teias de aranha; depois, fios de arame.

Provérbio Chinês

O Buda descreveu a prática de seus ensinamentos como “ir contra a corrente”. A luz firme do estado desperto revela o quanto somos empurrados no fluxo dos condicionamentos passados e hábitos. No momento em que decidimos parar e olhar o que está acontecendo (como um nadador repentinamente mudando seu curso para nadar em outro sentido), nos encontramos sendo golpeados por correntes poderosas que nunca nem suspeitávamos existir – justamente porque até esse momento estávamos vivendo totalmente sobre seu comando.

Stephen Batchelor; The Awakening of the West

Com toda essa doutrina envolvendo a desidentificação com o “eu” e o conhecimento dos meandros da morte (todos no Livro dos mortos) os budistas mais avançados se tornaram famosos por se “desligarem” pra sempre de seus corpos quando desejam, ou seja, uma morte programada. O primeiro teria sido o próprio Buda, Siddhartha (embora as más línguas digam que foi por envenenamento com carne de porco estragada). Mas a tradição budista é farta de relatos assim, como o do mestre Ch’an Te-pu, da Dinastia Sung: Certo dia, ele juntou os discípulos ao seu redor e disse: “Estou prestes a deixar vocês. Embora eu esteja curioso sobre o tipo de arranjos funerários que vocês irão preparar para mim, não estou certo se terei tempo de voltar para apreciar suas oferendas. Sendo assim, em vez de nós nos preocuparmos uns com os outros depois da minha partida, porque não gastamos um tempo juntos e desfrutamos das oferendas agora?” Os discípulos sentiram que seu mestre estava agindo estranhamente, mas não ousaram desobedecer. Prepararam o serviço funerário e prestaram homenagem ao seu mestre pensando que se tratava de um jogo. No dia seguinte, Te-pu de fato morreu. Alguns de vocês podem pensar que é muito estranho alguém preparar uma cerimônia funerária antes de morrer. Mas, na realidade, isso é bastante bem-humorado e prático. Um velho ditado chinês capta bem esse sentimento: “Oferecer uma gota d’água para uma pessoa enquanto ela está viva é melhor do que oferecer a ela fontes d’água após ela ter partido desse mundo“. É melhor respeitarmos nossos pais enquanto estão vivos do que dar a eles um funeral requintado quando morrerem.

Ou seja, apesar do não-eu, do desapego para com a morte, o budismo não é niilista, e foca numa significação da vida (a VIDA nunca é negada) em favor do próximo. Tanto que há um título budista que é o Bodhisattva, um ser que atingiu a capacidade suprema de iluminar-se e abandonar o Samsara (ou seja, alcançar o Nirvana) mas não o faz, por pura compaixão pelos seres, e então retorna a este reino, ajudando as pessoas a alcançarem a libertação (Jesus, por exemplo).

No budismo tibetano há uma relação estreita entre a morte e o sono. Em ambos os casos, os laços que prendem esses agregados se afrouxam e é possível alcançar outros níveis, reinos ou mundos, e continuar trilhando o Dharma em busca do Nirvana. Ainda assim, o budismo não difere o estado do sonho da vigília: Nos dois casos se vive uma ilusão. Para auxiliar neste processo de clareamento da consciência durante o sono, existe o Yoga do sono (Dream Yoga, ou Milam), técnica tibetana baseada no Yoga Nidra:

As Upanishads referem-se a quatro estados de consciência: vigília (jagrat), sonho (svapna), sono (sushupti) e o quarto estado (turiyavastha). A Maitri Upanishad descreve-os, respectivamente, assim:

“O estado em que se vê com os olhos, o estado em que é possível mover-se em sonhos, aquele em que se dorme profundamente e o que está além do sono profundo. Esses são os quatro estados. Desses quatro, o quarto é superior aos demais.”

Maitri Upanishad

O quarto estado é o sono profundo, sem sonhos. É o único estado onde a mente (chitta) não está ativa, ou seja, não há qualquer conteúdo psico-mental. O sono é então uma experiência de inexistência não-consciente. Pode-se por isso dizer que no sono profundo a consciência do ego (ahamkara) se dissolve temporariamente. Quando isso acontece, e no sono predomina o equilíbrio (sattva), experimenta-se, ainda que de forma limitada, a felicidade suprema (ananda). Isso explica porque, depois de uma noite de sono profundo, é comum a pessoa acordar com uma sensação de leveza e bem-estar, e explica também porque tantos buscam refugiar-se dos seus problemas no sono. No entanto, para a mente não-treinada não existe discernimento (viveka) neste processo. E, para que a libertação seja alcançada é imprescindível que se esteja consciente do processo. Não sendo assim, permanece-se na ignorância existencial (avidya) que assalta o ser humano não-iluminado. O Yoga Nidra busca exatamente trazer à consciência esse processo de você ser dono do seu próprio sono e atingir níveis de relaxamento que podem ir muito além do conseguido comumente na meditação.

Outra prática natural que simula a perda do “eu” é o orgasmo. Os franceses o denominam la petite mort (a pequena morte) por conta disso, e Freud – claro – estudou o assunto no seu livro Além do princípio do prazer. Ele conjugou as pulsões sexuais e as pulsões do ego – anteriormente concebidas como antagônicas – como pulsão de vida (Eros, a tendência a manter e ampliar a vida adquirida) e pulsão de morte (Thanatos, que ele definiu como “princípio de Nirvana”). As duas apresentam semelhanças na tendência à integração ao Todo e diferenças na forma de realização da integração: na pulsão de vida cada elemento conserva sua individualidade, enquanto na pulsão de morte perdem-se os limites diferenciadores das individualidades. Esta característica de impelir o organismo para a integração ao Todo é um aspecto fundamental do que Freud chama de “compulsão à repetição“, onde a repetição está a serviço do prazer, mesmo que o resultado imediato seja um desprazer. Pulsão de vida e pulsão de morte seriam as duas faces de uma mesma moeda em constante rodopio, sem que jamais pudéssemos distinguir uma da outra. Embora a sexualidade seja pulsão de vida, o gozo seria pulsão de morte. Um bom exemplo de pulsão de morte com compulsão à repetição aconteceu na Rússia, onde duas loiras apostaram 6 mil dólares com Sergey Tuganov que ele não transaria com elas por 12 horas seguidas. Após ingerir um frasco inteiro de Viagra e ter as melhores 12 horas de sua vida, o russo ganhou a aposta e minutos depois atingiu a iluminação, abandonando este corpo e alcançando o Nirvana (Sergey seja louvado!). A idéia de iluminação e sexo misturados não é estranha ao budismo, haja visto que existe na literatura chinesa e japonesa o “Buda do Sexo”, que “ilumina” suas parceiras durante o ato sexual (qualquer semelhança comigo é mera coincidência).

Freud também fala de uma “lei biológica da atenção”, onde o “eu” tem uma tendência inata a ocupar percepções, ou seja, identificar-se com o que capta do exterior, introjetar elementos externos para o interno. Mas, para que os estímulos externos sejam percebidos, é necessário não apenas que tais estímulos alcancem o organismo, mas que as representações constituídas por eles sejam também ocupadas pelo “eu”. Pelo menos a mim me pareceu similar ao processo de identificação com o “eu” no budismo.

Pode-se ainda experimentar a dissociação do “eu” através do efeito das drogas (legalizadas ou não), mas Heath Ledger, Elvis, Jimmy Hendrix, Jim Morrison e Janis Joplin provavelmente não recomendariam hoje esse método. Até porque, usando da química para alterar seu organismo você não mantém o equilíbrio (sattva) nem o discernimento (viveka). É como botar uma criança de 4 anos pra jogar Mario 64: ela vai se divertir, talvez passe das primeiras fases, mas nunca vai explorar o verdadeiro potencial do jogo como ele foi planejado pelo deus Miyamoto. Em 1964, os pesquisadores Timothy Leary, Ralph Metzner e Richard Alpert (os 3 com PHD) resolveram conduzir pesquisas sérias e interessantes com o LSD na Universidade de Harvard. Eles descobriram que o Livro Tibetano dos Mortos se prestava a “guiar” uma viagem no ácido com maior “segurança” e de maneira “positiva”, e assim lançaram um livro intitulado A experiência psicodélica: Um manual baseado no Livro Tibetano dos Mortos, que NÃO É uma tradução do livro dos mortos, mas algo baseado (como o título já diz) nele. John Lennon se inspirou nesse livro pra compor a música Tomorrow Never Knows.

bandeira da espanha Ler em espanhol (por Monica Aliss)

Referência:
Sleeping, Dreaming, and Dying: An Exploration of Consciousness with the Dalai Lama

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Lucas
Lucas
2 abril de 2021 8:33 pm

Spiritual Reality / Realidade Espiritual – Viagem Interna (Português) https://www.youtube.com/watch?v=UQCovqqfrjA “Realidade Espiritual” é uma explanação visual clara sobre meditação e experiências meditacionais. Está é a primeira vez que as verdades espirituais foram colocadas numa forma vídeo-visual. O vídeo explica os meios de se obter a saúde perfeita, o poder da memória, bons relacionamentos, felicidade e sucesso. “Viagem Interna” mostra a ENERGIA CÓSMICA, que é a fonte de todas existências e ligação entre cada coisa. Este filme é um “banco do saber”, pois com ele, é possível compreender as mais elevadas Experiências de Meditação, tais como: o Terceiro Olho, Viagens Astrais,… Read more »

Zezão
Zezão
23 dezembro de 2020 1:45 pm

Uso de drogas é um estrupo da mente, forçando entrega daquilo pelo qual não se faz jus, pois não houve trabalho e exercicio, logo não pode haver entrega.

Lucas
Lucas
7 junho de 2010 5:03 am

segunda-feira, 22 de março de 2010
O Buda ( Un Buda DVDrip 2005 )
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http://www.filmeja.com/2008/12/o-buda-un-buda-dvdrip-2005.html
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Anônimo
Anônimo
8 junho de 2012 6:17 pm

Acid

se o eu não existe, a natureza búdica da pessoa tb não existe?

depois da iluminação a pessoa não evolui mais? ou evolui só q iluminada?

valew!

Irmão do Goethe
Irmão do Goethe
13 junho de 2012 9:30 am

Falta alguma coisa, porque, então, pra quê esse apego, essa necessidade de se livrar da ilusão ? Resta esse apego, no fim.

Irmão do Goethe
Irmão do Goethe
16 junho de 2012 6:32 am

O budismo nos diz que tudo é ilusão. Mas isso não pode ser entendido em seu sentido lógico, porque seria autocontraditório, autodestrutivo, nadificante. “Tudo é ilusão” somente pode ser entendido como retórico, pedagógico, a dizer “quase tudo é ilusão”. A dizer “suas verdades são transitórias, cresçam vocês e suas verdades” Pois senão, aquele budismo nadificante NADA nos diz, a mim, a Goethe e a nossos irmãos Não nos digam, como Kant dizia, que a verdade é eternamente inalcançável Nós e nosso irmão Espinosa estamos dentro das coisas Não nos digam que nós próprios somos ilusão. Nós e nossas irmãs místicas… Read more »

Anônimo
Anônimo
17 julho de 2012 10:05 pm

223 – A alma se reencarna imediatamente após ter se separado do corpo

_ algumas vezes reencarna imediatamente; porém com mais frequência, depois de intervalos mais ou menos longos. ..

LE

sabia q podia ligar as duas coisas, só assim pra explicar o bardo.

Anônimo
Anônimo
2 setembro de 2012 9:03 pm

“LUCIDEZ NA VIDA E NA MORTE” – CEBB SC

http://www.ustream.tv/recorded/13422883

Anônimo
Anônimo
28 outubro de 2012 11:49 am

Acid…

se não sou um “eu” o q sou?

Anônimo
Anônimo
29 outubro de 2012 9:23 am

perguntei pro Monge Genshô, ele disse: Boa pergunta!

http://opicodamontanha.blogspot.com.br/

Anônimo
Anônimo
11 novembro de 2017 10:51 pm

Samyutta Nikaya XII.52 Upadana Sutta Apego Em Savathi. “Bhikkhus, quando alguém permanece contemplando a gratificação nas coisas passíveis de apego, o desejo aumenta. Do desejo como condição, o apego [surge]. Do apego como condição, o ser/existir. Do ser/existir como condição, o nascimento. Do nascimento como condição, então o envelhecimento e morte, tristeza, lamentação, dor, angústia e desespero surgem. Essa é a origem de toda essa massa de sofrimento. “Como se uma grande massa de dez … vinte … trinta ou quarenta carregamentos de madeira estivesse queimando, e nessa fogueira um homem jogasse de tempos em tempos um tanto de capim… Read more »

Martyn
Martyn
27 dezembro de 2011 7:53 am

05 – O que é BUDA?

Deve ficar claro que Buda não é um nome próprio, é um titulo, é um estado de consciência. Significa iluminação. Existe um estado de consciência iluminada que todos nós podemos atingir. Uma energia “búdica”. Sidharta não foi o primeiro Buda nem o ultimo.

http://www.espiritualismo.hostmach.com.br/budismo.htm

Martyn
Martyn
26 dezembro de 2011 7:39 am

Acid…

o q é um ser iluminado pra vc??? q conceito vc tem de um ser iluminado???

Anônimo
Anônimo
24 janeiro de 2018 11:02 am

As Características do Não-Eu

Anatta-lakkhana Sutta

http://www.acessoaoinsight.net/sutta/SNXXII.59.php

Anônimo
Anônimo
11 março de 2018 9:15 pm

Soul

According to Bronkhorst, referring to Frauwallner, Schmithausen and Bhattacharya,

It is possible that original Buddhism did not deny the existence of the soul.

https://en.wikipedia.org/wiki/Pre-sectarian_Buddhism

Martyn Stubbs
Martyn Stubbs
28 agosto de 2010 11:18 pm

BUDDHA BAR III sacral nirvana
>>>
http://www.youtube.com/watch?v=TKGNMRQelUc

Martyn Stubbs
Martyn Stubbs
18 janeiro de 2011 8:19 am

Os sabichões desta idade negra em que vivemos não querem se dar conta de que “Eu superior” ou “Eu inferior” são duas seções do mesmo Ego pluralizado… Como superior e inferior são duas seções de uma mesma coisa, não é demais estabelecer o seguinte corolário: “Eu superior” e “Eu inferior” são dois aspectos do mesmo Ego tenebroso e pluralizado. O denominado “Eu divino” ou “Eu superior”, “alter ego”, ou algo do estilo, é certamente uma trapaça do mim mesmo, uma forma de autoengano. Quando o Eu quer continuar aqui e no além se autoengana com o falso conceito de um… Read more »

Emmanuel
Emmanuel
6 março de 2011 5:48 am

Muito esclarecedor o texto, ainda mais se tratando deste assunto tão complexo. Tenho o livro tibetano dos mortos comigo e confesso q eh muito dificil para condensar as ideias ali contidas. Sempre tive o pensamento que a consciência seria algo além da nossa existência, sempre pensei da seguinte maneira: nosso cérebro seria um tipo de válvula para a nossa consciencia, alguns teriam essa valvula mais aberta ou mais fechada, alguns apenas pingando, outros jorrando a consciencia. Cara, vc acabou de acabar com a minha esperança rsrsrs Se até nossa consciencia faz parte desse agregado de valores do “eu”, o q… Read more »

Roberto
Roberto
26 julho de 2011 1:34 pm

Esses dias atraz eu li um livro muito interessante que se chama “sintese para despertar consciencia”

O cara colocou antigas citacoes de diversos mestres sobre eus, ego ,alma, explicando detalhadamente e falando sobre o adormecimento da consciencia.
Tem citacoes de aristoteles piragoras e varios santos explicando como funcionam os eus em nossa mente.
Achei o livro incrivel e recomendo para quem gosta deste tipo de leitura, é imperdivel

Martyn
Martyn
29 novembro de 2011 10:25 am

Uma explicação sobre o mantra de seis sílabas, Om Mani Padme Hum: http://youtu.be/HAtyUUbk-pg Om fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino dos deuses. O sofrimento do reino dos deuses surge da previsão da própria queda do reino dos deuses [isto é, de morrerem e renascerem em reinos inferiores]. Este sofrimento vem do orgulho. Ma fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino dos deuses guerreiros (sânsc. asuras). O sofrimento dos asuras é a briga constante. Este sofrimento vem da inveja. Ni fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino humano. O sofrimento dos… Read more »

Martyn
Martyn
6 dezembro de 2011 2:38 pm

Livro Tibetano dos Mortos, O
W.y. Evans-wentz

http://www.submarino.com.br/produto/1/39274/livro+tibetano+dos+mortos,+o

acabei de encontrar esse livro na loja… to esperando meu pai chegar pra pedir dinheiro pra comprar

Martyn
Martyn
26 dezembro de 2011 7:32 am

O Amanhã Nunca Se Sabe

http://youtu.be/rTMOSCh7aJU

Desligue sua mente, relaxe e flutue correnteza abaixo
Não é morrer, não é morrer
Estabeleça todos os pensamentos, renuncie aos nulos,
É brilhante, é brilhante.
Você ainda pode ver o significado de dentro
É ser, é ser
O amor é tudo e o amor é todos
É saber, é saber
E a ignorância e o ódio choram os mortos
É crer, é crer
Mas ouça a cor dos seus sonhos
Não é deixar pra trás, não é deixar pra trás
Portanto, jogue o jogo “Existência” até ao fim
Do início, do início

http://letras.terra.com.br/the-beatles/297/traducao.html

Anônimo
Anônimo
14 novembro de 2012 7:48 am
Adriana
Adriana
12 janeiro de 2013 7:05 pm

Ácido,

Tenho o Livro Tibetano dos Mortos em português (de Portugal). Comprei online.

Um abraço e obrigada pelo site.

Adriana

Anônimo
Anônimo
7 fevereiro de 2013 5:43 pm

Ernesto Bozzano – A Crise da Morte

Segundo o depoimento dosEspíritos que se comunicam

http://pt.scribd.com/doc/89900018/Ernesto-Bozzano-A-Crise-Da-Morte

um neutrino
um neutrino
28 março de 2016 10:23 am

O “eu” é essencialmente estabelecido não só pela matéria, mas também pela forma substancial, objeto que não pertence a nenhuma corrente das neurociências e jamais pertencerá. Portanto, estas indicam que o “eu” é acidentalmente mutável, mas não podem indicar que o seja essencialmente. E não é, tal como já demonstrado pelo aristotelismo.

Anônimo
Anônimo
28 março de 2016 1:25 pm

Oi Neutrino, o argumento do Buddha é bem simples para explicar que esse “eu” não é nosso ‘eu”… “Eu tenho filhos, eu tenho riquezas”, pensando assim, o tolo se preocupa. Se nem ele é dele mesmo, como seriam dele filhos e riquezas? Dhp 62 [Nota 3 – Verso 62] Atta hi attano natthi (nem ele é dele mesmo): os tolos se consideram como possuidores de filhos e riquezas, mas na verdade, nem eles próprios são “deles”. Se o “eu” “deles” pertencesse a eles, eles poderiam controlá-lo como quisessem. Mas eles envelhecem, decaem; adoecem; coisas inesperadas acontecem com eles, dessa forma,… Read more »

um neutrino
um neutrino
29 março de 2016 7:39 pm

Sim, caro, é de fato bastante simples, e já teve lá certa eficiência no campo prático. No entanto, não funciona como descrição da realidade: “forma dat esse rei”. A sensação de pertença é de fato ilusória, mas não a percepção da própria existência. Ao contrário do que sugerem as correntes budistas tradicionais, o ente criado não se confunde essencialmente com a Causa das causas, que é necessariamente puro ato.

Abraço

Lucas Oliveira
Lucas Oliveira
29 março de 2016 11:46 pm

eu ia continuar discutindo. mas fui pesquisar la nos comentários do tópico “Deus Existe?” e ja tinha gente usando os Suttas do Cânone em Pali nos argumentos e mesmo assim vc continua falando que só sua filosofia salva. mas, aproveitando o embalo… Em Savatthi. Então, ao amanhecer, a bhikkhuni Vajira se vestiu e tomando a tigela e o manto externo foi para Savatthi esmolar alimentos. Depois de haver esmolado alimentos em Savatthi e de haver retornado, após a refeição, ela se dirigiu ao bosque dos Homens Cegos em busca de isolamento. Então, Mara, o Senhor do Mal, desejando despertar medo,… Read more »

outro neutrino
outro neutrino
1 abril de 2016 9:52 pm

Caro, “ja tinha gente usando os Suttas do Cânone em Pali nos argumentos e mesmo assim vc continua falando que só sua filosofia salva.” Aclaremos: o realismo moderado do aristotelismo é a linha de investigação da realidade que fornece maior precisão em seus resultados, mas não salva: o que conduz à salvação é a religião. Demais disso, o simples constar no Cânone em Pali está longe de ser atestado de veracidade. Se algo se propõe a descrever a realidade, que trace as boas linhas de um processo investigativo que abarque objetos empírica e dialeticamente verificáveis, erigido sobre um arcabouço sólido… Read more »

Lucas Oliveira
Lucas Oliveira
6 abril de 2016 9:47 pm

Longa é a noite para o insone, longa é a légua para o cansado, longo é o samsara para os tolos, que não conhecem o verdadeiro Dhamma. Dhp 60 [Nota Verso 60] Samsara: o perpétuo ciclo dos seres de vida em vida, o ciclo vicioso do nascimento, morte e renascimento, para o qual os Budistas aspiram dar um fim. O renascimento não é visto pelos budistas como uma continuação da vida, mas sim como uma perpetuação da morte. Nós somente renascemos para morrermos de novo. “Vida eterna” é uma ilusão. A vida não é nada além de nascimento, envelhecimento e… Read more »

Lucas Oliveira
Lucas Oliveira
16 agosto de 2017 11:55 am

Fantasmas da Montanha Todos os reinos de existência e todos os seres se originam da mente. Por essa razão é muito melhor que você foque exclusivamente em sua própria mente. Lá você encontrará todo o universo. Sob a liderança de Ajaan Khamphan, o monastério de Phu Gao desenvolveu-se em um ambiente espiritual vibrante onde monges e monjas diligentemente focavam em suas práticas meditativas. Ajaan Khamphan viveu sob tutela de Ajaan Sao por muitos anos e dirigia os assuntos monásticos com o mesmo espírito que seu famoso mentor. Em Phu Gao, um harmonioso senso de fraternidade prevalecia, todos vivendo juntos em… Read more »

Lucas Oliveira
Lucas Oliveira
26 abril de 2017 11:37 am

O que acontece na morte? O mestre de meditação S. N. Goenka explica, e ensina a “real preparação” Sua descrição é bem menos detalhada do que o complexo Livro Tibetano dos Mortos, e também é mais coloquial, traçando comparações com trilhos de trem. Como Goenka claro no texto, o que define o que acontece com o “trem” de cada um na hora da morte depende unicamente do que existe em cada um, na mente de cada um, nos karmas e tendências de cada um. “Não há passageiro algum no trem“, diz ele, “exceto a força dos sankhaaras acumulados”. Em outro… Read more »

Lucas Oliveira
Lucas Oliveira
18 julho de 2017 11:15 am
Anônimo
Anônimo
25 março de 2016 8:17 pm

Neuroscience apóia a crença budista de que “eu” não é constante, mas em constante mudança. …One neuroscience paper, published in Trends in Cognitive Sciences in July, links the Buddhist belief that our self is ever-changing to physical areas of the brain. There’s scientific evidence that “self-processing in the brain is not instantiated in a particular region or network, but rather extends to a broad range of fluctuating neural processes that do not appear to be self specific,” write the authors. Thompson, whose work includes studies of cognitive science, phenomenology and Buddhist philosophy, says this is not the only area where… Read more »

Anônimo
Anônimo
10 setembro de 2015 5:36 pm

Sam Harris: The Self is an Illusion http://www.youtube.com/watch?v=fajfkO_X0l0 “Forma é como uma massa de espuma; sensação uma bolha de água; percepção uma miragem; formações volitivas uma bananeira; consciência, um truque de mágica, assim explica o Parente do Sol. Não importa como alguém os observe, e investigue com cuidado, eles parecem vazios e ocos quando alguém os vê com cuidado. Com relação a este corpo aquele com a profunda sabedoria ensinou que com o abandono de três coisas a forma é descartada. Quando a vitalidade, calor e consciência partem deste corpo físico, este ali permanece descartado: Alimento para outros, desprovido de… Read more »

Eduardo Buchs
Eduardo Buchs
8 fevereiro de 2013 9:30 am

Alguém conhece o caminho do Bushido

Anônimo
Anônimo
10 maio de 2013 1:31 pm
Thiago
Thiago
22 novembro de 2013 8:09 pm

para os 6 mundos são estados mentais (todos eles me parecem padrões mentais, “Sowftware” de como enchergar o mundo.

Lucas Oliveira
Lucas Oliveira
8 agosto de 2016 11:45 am

Yama é a morte – Yama é quase sinônimo de Mara. Mara: a figura da “Tentação” no Budismo. Ele é frequentemente chamado de “Mara, o Senhor do Mal” ou Namuci (“o não libertador”, o adversário da libertação). Mara aparece nos textos tanto como um ser real (um deva) e, como a personificação do mal e das paixões, da existência mundana e da morte. Há cinco conceitos de “Mara” no Budismo: (1) A morte em si (maccu mara); (2) Os cinco agregados (khanda mara); (3) As contaminações mentais (kilesa mara); (4) As fabricações mentais (sankhara mara); (5) Uma divindade chamada Mara,… Read more »

Lucas Oliveira
Lucas Oliveira
7 fevereiro de 2017 8:00 pm

“At the monastery, the monks are also mediums, and the fishermen consult them. The spirits of the dead speak through their mouths. Others are called lok angkouy because their bodies remain ‘seated’ while they take leave of them to inspect the surroundings of the village and discover the cause of the misfortunes of those who consult them.”

santidhammo.blogspot.com.br/2011/11/theravada-tantra.html

Lucas Oliveira
Lucas Oliveira
2 novembro de 2016 1:59 am

23. Que é o espírito?

“O princípio inteligente do Universo.”

a) — Qual a natureza íntima do espírito?

“Não é fácil analisar o espírito com a vossa linguagem.
Para vós, ele nada é, por não ser palpável.
Para nós, entretanto,
é alguma coisa.
Ficai sabendo: coisa nenhuma é o
nada e o nada não existe.”

O Livro dos Espíritos

alguma coisa??? espiritismo falando de não-eu?

Lucas Oliveira
Lucas Oliveira
30 novembro de 2016 6:36 am

Buddha Amitabha Song

youtube.com/watch?v=gtOlT-VvmsI

Lucas Oliveira
Lucas Oliveira
17 dezembro de 2016 2:10 pm

Excelente explicação de Ajahn Paññāvaddho sobre paticca-samuppada! Devido a tais sutilezas, os fatores de Paṭiccasamuppāda sao dificeis de interpretar usando a linguagem convencional. O meu entendimento deles e algo assim: “avijjā paccaya sankhāra” significando que avijjā e a ignorancia fundamental dentro de si mesmo, uma nuvem de ilusao que e extremamente profunda e onipresente. A ignorancia produz o kamma que leva a todas as condicoes para o nascimento. Dependente da existencia dessas condicoes, ou sankhāras, vinnāṇa surge. Aqueles primeiros tres fatores, avijjā, sankhāra e vinnāṇa, nao sao dependentes de existencia fisica humana – com certeza sao estados mentais. O fator… Read more »

Felip.ek@hotmail.com
Felip.ek@hotmail.com
5 setembro de 2015 6:47 am

Olá,

Sei que estou comentando muito tempo depois da postagem mas é que só agora que a li… gostaria de saber do autor da pagina se me poderia abrir um espaço por e.mail, ou algum meio outro, para lhe tirar algumas dúvidas especificas?
Agradeço a atenção e aguardo…

Subsumer
Subsumer
8 fevereiro de 2013 7:51 am

Não importa se o Eu é real ou ilusório, pois continua sendo Presença.

Não faz diferença se a dor é real ou ilusória, se ela continua doendo.

Anônimo
Anônimo
6 novembro de 2010 4:54 pm

Terence Mckenna – Como sair do Matrix

http://www.youtube.com/watch?v=xXpkSgWv27M

Olim
Olim
26 março de 2009 11:36 am

Oi, Renato Pinheiro…

Obrigadão pela luz à minha compreensão.

Cara, é difícil pacas a filosofia budista.

Obrigado, mais uma vez..

kiabo azul
kiabo azul
26 março de 2009 11:52 am

Eu não creio q Deus seja mutavel, mas o que Ele cria sim, é mutavel tanto q a evolução vai ao infinito, mas enquanto não trancendermos a existencia, ficaremos preso no yin yang(que é o que cria o movimento das coisas) e ai sim ficaremos nessa de apego a algo/desapego/apego a algo/desapego, etc… A falta de apego/objetivo/desejo/vontade não cessa o movimento pois isso é um pedacinho do yin yang. Qdo transcendemos a existencia ai sim nós vamos além do yin yang e chegamos ao uno e com isso nós tornamos deuses(relativo) e o movimento cessa(relativamente). Agora qdo falo acabar c/… Read more »

João
João
26 março de 2009 2:11 pm

fantástico!
complicado, mas fantástico.. preciso de um tempo pra digerir tudo isso… é uma interpretação a respeito das coisas que com certeza, exige um trabalho árduo no campo da reforma íntima para se entender de verdade.

Fausto
Fausto
26 março de 2009 2:51 pm

O apego vem do querer e não do ser.

Sendo, tudo flui. O apego é não deixar fluir.

Pers
Pers
26 março de 2009 4:41 pm

Sabem, essa questão do mutável/imutável, que é transposição do tema apego/desapego, já aparecia na filosofia grega antiga, com Parmênides (“o Ser é Uno e imutável”) e Heráclito (“Tudo flui”). Como conciliar ? Penso que a filosfia de Hegel (bem entendida, e talvez, expandida) concilia. Mas isso é uma looonga história…

Test Pilot Yui
Test Pilot Yui
26 março de 2009 7:07 pm

No Silmarillion de Tolkien há o “deus” Aulë que fazia suas obras subordinadas ao divino sem no entanto ter apego a elas, apenas pelo prazer de fazê-las. Nesse ponto sou da opinião de que a impermanência absoluta acabaria destruindo completamente o que existe antes mesmo de se iniciar. É mais provavél que vivamos uma existência aonde funcione uma “impermanência da impermanência” para que haja limites também para ela e as coisas do mundo tenham uma chance. Havia antigamente em uma cultura a tradição de que o homem era habitado por 3 Deuses. Com o advento da psicologia descobriu-se que na… Read more »

Lia
Lia
26 março de 2009 7:41 pm

Acho que Test Pilot Yui disse exatamente o que tava me coçando na mente pelo texto (e que Pers mencionou sobre o mutável/imutável). “É mais provavél que vivamos uma existência aonde funcione uma “impermanência da impermanência” para que haja limites também para ela e as coisas do mundo tenham uma chance.” Isso faz mais sentido pra mim que a impermanência completa em si mesma, onde a essência cíclica só ocorreria no que ela contém, e não nela mesma. É claro que, no fundão da classe rabiscando na carteira como estou, não poderia imaginar como é essa existência sutil livre de… Read more »

Pers
Pers
26 março de 2009 9:19 pm

Pois é, Test Pilot Yui, a “impermanência da impermanência” é mais ou menos a solução de Hegel (aplicada à filosofia), expressada assim “O Absoluto que contém o relativo”, isto é, o Absoluto (impermanência) não é somente a perfeição completa, mas para ser completa há de conter também a relatividade (transitoriedade). Assim penso do “Todo”: há o Absoluto (perfeição) e o Relativo (imperfeição). Mas o Absolutão mesmo, “aquele do qual nada se pode pensar de maior”, não admite nada fora dele, logo abarca também o relativo. É por isso que Deus precisa de homens, ou melhor, é por isso que o… Read more »

Renato Pinheiro
Renato Pinheiro
26 março de 2009 9:39 pm

Lia – Why? Where? Whaaat? —– “Esse reino sem paixões parece realmente algo estagnado, mesmo que você possa “cair” dele. Por que voltar? Cair, ralar pra subir, subir, rezar pra cair… acho que não entendi mesmo. Só se for mesmo, uma impermanência impermanente =P” —- É .. alguma coisa fica meio que pendurado no nada!.. Mas pra uma visualização mais tátil, imagine o relógio prosseguindo no tempo.. tenha um pensamento, volte e medite no relógio avançando seus cíclos.. e depois volte ao pensamento! Veja..perceba e sinta a impermanência em todos os MOMENTOS! É questão de um pouquinho de prática nada… Read more »

Renato Pinheiro
Renato Pinheiro
26 março de 2009 11:32 am

Pers – View trought the other side ——————- “Mas se você quiser preencher esse ponto “B” com alguma idéia, vai estar faltamente errado, pois você não é Buda/perfeito/uno com Deus, então o seu ponto “B” será inevitavelmente ilusório. Esse é o verdadeiro sentido de se desapegar de “tudo”, “tudo” é tudo o que não é o ponto “B”, que você entente completamente somente quando for Buda/perfeito/uno com Deus, e aí então é que cessa a transitoriedade, mas então cessa. Há um grande ponto “B”. Impreenchível.” ————– É talvez possa ser uma questão dual, em que a iluminação ocorra com o… Read more »

Pers
Pers
25 março de 2009 7:51 pm

Mas kiabo, o universo, Deus, o Tao, o Buda, tem um movimento. Se fosse completa a ausência de apego/objetivo/desejo/vontade, tudo estaria absolutamente imóvel. Mas não está, a existência é dinâmica. Logo, há um caminho, um movimento, um sentido. De ponto “A” a ponto “B”. “B” é apego/desejo/objetivo/iluminação. Você pode até dizer que já é iluminado, mas então tem que “tomar consciência” dessa iluminação, o que acaba sendo a mesma coisa. O fato é que há um movimento, uma dinâmica, logo, uma meta, um caminho, uma evolução. Mas se você quiser preencher esse ponto “B” com alguma idéia, vai estar faltamente… Read more »

kiabo azul
kiabo azul
25 março de 2009 4:24 pm

Pers Acredito q toda verdade é paradoxal(pois se existe, então é dualista), apesar de nem todo paradoxo ser verdade. Fala-se q devemos buscar a iluminação, mas na verdade não devemos buscar nada pois nós já somos iluminados.Não faz sentido Deus sendo perfeito criar algo imperfeito, mas vivemos num mundo de 3ª dimensão e mtas coisas tem q ser explicadas considerando(erradamente) o tempo linear(passado, presente, futuro) p/ podermos entender, e é isso q ocorre qdo se fala q: “devemos buscar a iluminação”, mas as mesmas pessoas q falam isso, depois dizem q não há busca alguma, mas sim o buscador e… Read more »

springles
springles
25 março de 2009 8:32 am

Ácido, bom dia!

Acho que to começando a desconfiar do pq. do teu pseudonimo, ácido…rsss…tu anda lendo tanta coisa diferente que parece que tá doidão, pra quem vê a cena…
Quando citar uma Upanishad, talvez fosse legal dizer qual, né?

Outra coisita…Talvez fosse interessante um breve comentário sobre o significado de Vijñana, já que é um termo cuja compreensão é bem delicada, me parece…

Valeu, Namastê aos amiguinhos!

springles
springles
25 março de 2009 8:54 am

Entendendo o fenomeno da vida como uma experiência nossa, cada “um” como corpo;sentimentos;percepções;construções mentais e, fundamentalmente, consciência (Vijñana),segue o trecho de Yo Soy Eso, de Sri Nisargadatta Maharaj, disponível tambem em ingles com o mesmo título, I Am That. Espero que ajude… “Obviamente, toda cosa experimentada es una experiencia. Y en toda experiencia surge el experimentador de ella. La memoria crea la ilusión de la continuidad. En realidad cada experiencia tiene su propio experimentador y la sensación de identidad se debe al factor común en la raíz de todas las relaciones experimentador-experiencia. Identidad y continuidad no son lo mismo. De… Read more »

Olim
Olim
25 março de 2009 11:48 am

Achei superlegal este post, embora me sinta como um aluno do pré-escolar tendo aulas de física quântica na NASA.

Merece ser lido, relido, trocentas vezes…
Eu fico também me perguntando como os budistas podem afirmar sobre estas divisões e subdivisões de dimensões, com tanta profundidade… Ou são só suposições?

Valeu…

George Luiz
George Luiz
25 março de 2009 12:17 pm

Na parte (…”Se essa pessoa se depara com um acidente e se lembra de recitar o nome do Buda Amitabha no momento de sua morte, esse gesto pode ajudá-la a renascer na Terra Pura da Bem-aventurança.”) Seria capaz da mesma sitação acontecer se o nome de Jesus Cristo for empregado?

Renato Pinheiro
Renato Pinheiro
25 março de 2009 12:18 pm

Olim – on the quest for questions! —————– “Eu fico também me perguntando como os budistas podem afirmar sobre estas divisões e subdivisões de dimensões, com tanta profundidade… Ou são só suposições?” —————– Bem Olim, levando em consideração a época e o contexto onde a doutrinação do budismo foi criada, e pela prévia fonte das essências básicas desta religião, o pensamento metafísico de um paralelo comum entre o mundo físico e o mundo “energético”.. ou astral, ou espiritual.. ou o mundo do lado de lá.. é bem referenciado. Aí é que entra a necessidade da simbologia, são tantas.. Quem não… Read more »

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
25 março de 2009 11:34 am

Oi, Springles! Se eu for detalhar cada coisa que cito, o post fica sem foco. Além do que, os comentários servem pra isso, também (como vc fez). Quanto ao Upanishad vc pode pegar detalhe de capítulo e livro no link do parágrafo onde ele é mencionado.
Abraços

"Q"
"Q"
25 março de 2009 12:27 pm

Só uma singela contribuição:

“No budismo tibetano há uma relação estreita entre a morte e o sono. ”

No “estreita”.

Há também versões onde:

Morpheus é o deus do sonho.
Hypnos é o deus do sono.

E Hypnos e Thanatos que são irmãos.

Morpheus sendo filho de Hypnos.

Pers
Pers
25 março de 2009 12:58 pm

Como se pode se desapegar de tudo ? Não devemos buscar o amor, ou a expansão da consciência ? Buscar não implica ter apego ao que se busca ? Acho que o budismo prega esse radical desapego apenas por método. Explico: no fundo, no final, há sim um objetivo a alcançar, uma motivação, um apego. O Buda tem um apego, e por esse apego ele se move. Mas como só se apreende a grandeza dessa motivação quando se for Buda, então qualquer conceito ou idéia que nossas pobres cabeças involuídas estabeleçam como objetivos ou apegos é ilusória, conterá sempre uma… Read more »

Wesley
Wesley
25 março de 2009 3:05 pm

Bom, infelizmente eu não pude ler o texto todo, por preguiça. Sim, preguiça mesmo, qual é, atire a primeira pedra então! Mas a parte em que o texto fala do desapego serve para mim. Tem dias em que eu acordo me achando ateu. Tem dias em que eu acordo me achando budista, cristão, e por aí vai. Mas sempre gosto de me informar sobre tudo isso, até p/ ter certeza (ou não) do que estou fazendo.
P.S: outro dia eu leio o meio do texto. Só li o início e o fim.

Lia
Lia
26 março de 2009 10:18 pm

Talvez seja Renato, eu é que não saberia =)

Mas um momento igual ao próximo momento igual ao próximo momento… nem faria diferença ter um relógio sob os pés.

Ah, sinceramente… adoro minhas paixões. Acho que vou me ralar no samsara até o sol engolir meus agregados.
Daí quem sabe…

anonimo 22
anonimo 22
26 março de 2009 10:53 pm

De todos os mistérios da vida expostos nesse e em todos os outros textos do site, ao menos uma coisa podemos afirmar sem sombra de dúvidas, Miyamoto é realmente o Deus do entretenimento.

Pers
Pers
26 março de 2009 11:33 pm

Então, podemos vislumbrar essa megaestrutura, a meta-dinâmica universal, e é importante, mas não é tudo. Aliás, é quase nada, é um pouquinho. Porque há muito, muito, muito a descobrir para conquistarmos a arte de viver cada momento da maneira mais bela.

Wesley
Wesley
29 março de 2009 4:43 pm

Hoje está muito mais frio só por causa disso!!!!!!!!!!!!!!

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
2 abril de 2009 12:38 am

O demônio grandão é Yama, o Senhor da Morte.
http://en.wikipedia.org/wiki/Yama

As cabeças em cima são apenas adornoscomment image

Mais informações sobre outros elementos do quadro aqui, em inglês
http://www.1000ventures.com/business_guide/crosscuttings/life_wheel_buddhism-mandala.html

Arrigo
Arrigo
1 abril de 2009 11:12 pm

Esse texto é um dos mais abrangentes dos quais eu já li. Tirei algumas dúvidas, e com certeza adquiri outras também. é impressionante como me sinto bem sempre que termino de ler um texto aqui! Por mais distinto de mim que ele seja, sempre há uma certa conexão. Ainda andei pouco, mas estou dando passos maiores agora… Gostaria de esclarecer uma curiosidade minha à cerca da imagem da roda do Samsara: O que é esse demônio (?) que segura a roda? E o que seria essas cabeças flutuantes no topo dele que soltam fumaças? Sei que são só simbolos para… Read more »

victor
victor
2 abril de 2009 10:50 am

acid, bom dia!
a um tempo eu estou querendo ler o livro tibetano dos mortos, mas não sei se alguma edição em português é confiavel. você indicaria alguma?
grato
victor

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
2 abril de 2009 12:58 pm

Bem, na introdução o autor fala que seguiu muito uma tradução anterior, que talvez esteja disponivel em portugues (só não lembro qual). Mas, mesmo essa não é completa. A única completa é essa em inglês. Soube que a ed. Martins Fontes (acho) está se preparando pra traduzi-la pra portugues.

Emmanuel
Emmanuel
4 abril de 2009 7:51 pm

Cara, por favor, pode indicar uma pagina q tenha mais desses desenhos,? são muito bons , abraço

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
4 abril de 2009 10:55 pm
Leamdro Màrck
Leamdro Màrck
5 abril de 2009 6:14 pm

Olá a todos, Eu gostaria de comentar que este não é só um dos melhores textos sobre samsara que li aqui, como o nível dos comentários de todos foram muito elucidativos: Kiabo, Pers, Renato etc. Como trabalhador apomêtra, no trabalho na casa, temos experiências práticas em nosso trabalho terapêutico com personalidades passadas apegadas em seus gostos a tal ponto de promover a total desordem do organismo e da psique atual criando parasitas energéticos e sistemas de simbiose completamente vampirizadores muitas vezes desencadeando os chamados transtornos psiquiátricos que a cada dia multiplicam-se em novos rótulos e variações nos consultórios médicos. O… Read more »

wm
wm
5 junho de 2009 5:19 pm

DIMENSÃO DO DESEJO (KAMA-LOKA)
hehehehehehehe

Renato Pinheiro
Renato Pinheiro
28 março de 2009 10:58 pm

Acid — On TV!
——-
“E, considerando que o brasileiro é um banana que não sai nas ruas pra protestar por coisas muito mais bizarras (gasto de dinheiro público), até que ficar em casa no escuro não é pedir muito. E ainda pode ligar a TV…”
——-

Deveríamos é desligar a TV e sair por aí!
Encontrar mais gente!
e olha que é gente pra c*

Abraços 😉

O Ciber-Ativista
O Ciber-Ativista
28 março de 2009 8:10 pm

ah…concordo com o Acid ai acima, principalmente na parte que o brasileiro é um banana, apesar que adianta alguma coisa sim, não resolve o problema, mas ja contribui muito com outras coisas além de um simples protesto… No site da propria WWF, mostra que os resultados do earth hour em 2007 na australia (qnd tudo começou), q só tendo 2,2 milhoes de participantes, ja contribuiu para um queda de 10,2% no consumo de energia, equivalendo a 24,86 toneladas de CO2, o que também equivale a tirar 48,613 carros de circulação por uma hora….imagine agora que querem chegar a 1 BILHAO… Read more »

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
28 março de 2009 3:31 pm

Kiabo, assim como vc, eu e milhares de pessoas adorariam ter um painel solar. Mas vc sabe o quanto custa? É uma pequena fortuna, que leva mais de 3 anos pra se pagar, e ainda não é tão eficiente quanto deveria estar (já que é uma tecnologia com mais de 20 anos). Ainda asism, por que o governo não abre linhas de credito, como fez com o gás veicular??? O que queremos com o protesto (basta apagar as luzes) é mostrar que há pessoas querendo soluções melhores e mais rápidas pra preservar os recursos naturais, usar energia limpa, ter alguém… Read more »

Renato Pinheiro
Renato Pinheiro
27 março de 2009 1:06 pm

Lia – Tudo por uma esmeralda! ——————– “Ah, sinceramente… adoro minhas paixões. Acho que vou me ralar no samsara até o sol engolir meus agregados. Daí quem sabe…” ——————– Pois é! Não vejo nada de errado nas paixões agregadas!!.. A questão talvez não seja a qualidade do apego/desapego.. e sim a funcionalidade .. ou função do apego/desapego.. É até pq paixões são bacanas.. coisas que só aconteceriam por algum desapego, concorda? É só viajar no relógio.. que de tal metáfora supõe que a mente esta subjugada ao tempo.. (a máxima de que pra toda a “ferida” o tempo “cicratiza”)… Sendo… Read more »

Renato Pinheiro
Renato Pinheiro
27 março de 2009 1:13 pm

.. ops

é “cicatriza”..
afe nem com as ferramentas ultra-mudernas de correção ortográfica.. malditos símbolos.. 😛

Test Pilot Yui
Test Pilot Yui
27 março de 2009 4:09 pm

Lia:

Oi.

Eu também achei curioso notar como as perspectivas influiam no processo descritivo.

Pers:

Oi.

Estava imaginando aqui algumas culturas que tentaram construir um processo descritivo sempre com atributos especializados ou generalizados. Conforme você disse, eu suponho que a impermanência seja um atributo complementar a outros atributos de sustentação na natureza.

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
27 março de 2009 7:41 pm

OFF
Amanhã, 28 de março, às 20h30, junte-se ao resto do mundo num protesto que consiste em apagar as luzes por 1 hora. Demonstre sua preocupação com o aquecimento global.
http://www.wwf.org.br/informacoes/horadoplaneta/

perdido no espaço
perdido no espaço
27 março de 2009 8:14 pm

Como cantava Cazuza: Nós somos cobaiasssssssssss de Deeeuuuuuuuuuuss. Tomem chá de cogumelo e tentem entender que não há o que entender. A perdição é a salvação;

perdido no espaço
perdido no espaço
27 março de 2009 8:42 pm

e não se esqueçam de ler vcs sabem quem.PS/ AMÚSICA INDICADA ÉEXTRAORDINARIAa

Lia
Lia
27 março de 2009 11:39 pm

Ah Renato, agora entendi (acho)!

Talvez até venha mais cedo o dia em que eu me desapegue dessa minha idéia malcriada sobre o que não conheço, e encontre outra que conheço menos ainda =)

Test Pilot Yui:
Se for assim a relatividade é bem mais relativa do que relativamos mesmo =)

Maíra
Maíra
28 março de 2009 12:43 am

HORA DO PLANETA
Participe. Apague as luzes por 1 hora, entre 20:30 e 21:30, amanhã, dia 28/03/2009.

kiabo azul
kiabo azul
28 março de 2009 10:24 am

essa hora do planeta eu vejo tipo assim: vou desligar tudo em casa pois assim eu posso dizer q faço a minha parte p/ ajudar o planeta. Pq não compra um painel solar q distribui energia p/ casa inteira? Pq n fura um poço ou procura na net(e tem!) um esquema de captação da agua da chuva? Eu moro em Apartamento c/ meus pais, mas qdo morar sozinho em minha casa vou fazer isso imediatamente(antes q me perguntem: e vc faz isso por acaso?)

Lucas
Lucas
5 junho de 2010 10:06 pm

DJ Aqeel – Tu Tu Hai Wahi, Siddharta Vol 1.
>>>
http://www.youtube.com/watch?v=USuTWUKtoiQ

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