Friedrich Nietzsche foi um filósofo niilista (cético) alemão que viveu entre 1844 e 1900. O seu pensamento revela a influência da filosofia grega e da obra de Arthur Schopenhauer. Nietzsche tentou provar que os valores tradicionais – representados, principalmente, pelo cristianismo – tinham perdido poder na vida das pessoas. Expressou este pensamento na sua famosa proclamação: “Deus está morto“.
Acho que o que Nietzsche quis mesmo foi dar uma “sacudida na galera”; afinal até hoje o cristianismo não é seguido. Nem mesmo os 10 mandamentos, muito mais antigos, são seguidos, e a nova geração nem sequer sabe quais são eles. Acho que Nietzsche se arretou com a burrice generalizada do populacho e resolveu proclamar uma nova ordem (assim como Raul Seixas) principalmente com o livro Assim falou Zarathustra. Foi escrito como uma paródia ao estilo bíblico pseudo-moralista. É cheio de coisas que soam presunçosas, mas também é recheado de coisas que só podemos entender agora, aos olhos universalistas. Afinal, como ele mesmo disse, “não escrevia para as pessoas de seu tempo”. Sejam então formalmente apresentados a algumas máximas do livro:
Que semelhança temos com o vaso de rosa que treme apenas porque o oprime uma gota de orvalho?
Sempre há alguma loucura no amor. Mas sempre há algum método na loucura.
Eu só acredito em um Deus que saiba como dançar.
E quando eu vi meu demônio, eu o encontrei sério, completo, profundo e solene: ele era o espírito da seriedade (gravidade), através do qual todas as coisas caem.
Nós o derrotaremos não com ódio, mas com gargalhadas. Venha, vamos destruir o espírito da seriedade!
Agora eu sou luz, agora eu posso voar; agora eu me vejo por trás de mim mesmo. Agora dançou um Deus em mim.
Assim falou Zarathustra.
Referência:
Capítulo do “Assim falou Zarathustra”: Da Virtude Dadivosa;
Íntegra do Assim falou Zarathustra;
O Deus do humor, de Laerte;
O Estilo do filósofo Nietzsche;
José Laércio do Egito – Quem foi Zarathustra
Ecce Homo… Friedrich Nietzsche era ateu niilista e tinha um QI 180. O que equivale a menos de 2% da humanidade. 🙂
2° Do ponto de vista do niilismo reativo: momento da consciência européia: Até esse momento a morte de Deus significa a síntese, na idéia de Deus, da vontade de nada e da vida reativa. Mas a vida reativa cresce, e abdica da própria vontade de nada, que era, afinal, ainda uma vontade. O homem reativo mata Deus, segrega assim seu próprio ateísmo feito de um aprofundamento das forças reativas. Esse o quarto sentido da morte de Deus: Deus sufoca por amor à vida reativa. 3° Do ponto de vista do niilismo passivo: momento da consciência búdica: o Cristo verdadeiro, descontando… Read more »
-Deus tem mais de mil nomes:
dinheiro
ídolos
gurus
carro
cigarro
drogas
o Salvador
livros
desejos insatisfeitos
sexo neurótico
status
sonhos
muletas
casa
hobbies
cinema
TV
rádio
e a pergunta POR QUÊ?
(Raul Seixas)
Acid. Este post é de 2003. Mais novo, provavelmente numa época em que vc não era tão “cuidadoso” quanto se esperasse. Pois bem, já passou tempo suficiente pra vc chegar a conclusão que Nietzsche não tem lugar aqui… Vamos evitar o embaraço, por favor – ver Nietzsche com os chamados “olhos universalistas” é quase tão deturpante quanto dizer que Nietzsche era o ‘patrocinador’ do Nazismo por exemplo…
Eu continuo vendo-o assim. Talvez não tão florido quanto vc acha q eu vejo, mas uma pessoa q traz um novo paradigma, mais alinhado com o pensamento espiritualista do séc 21 do que com a filosofia do seu tempo. Inclusive ele poderia estar participando da discussão DEUS EXISTE tranquilamente com suas idéias… e, de certa forma, ESTÁ.
Acid, Não tente sugerir que “Nietzsche no fundo está dizendo aquilo que os demais filósofos estão querendo dizer”… nem tampouco tente aproximar a filosofia de Nietzsche daquilo que vc chama de “pensamento espiritualista do sec21″… Não há lugar para Nietzsche aqui… Ou vc deleta TODOS os seus pots anteriores, ou vc deleta os posts sobre Nietzsche. “afinal até hoje o cristianismo não é seguido” .. o que vc ta sugerindo com isso? que Nietzsche, assim como você, está “insatisfeito” com a hipocrisia do cristianismo moderno? sim, de fato Nietzsche critica a hipocrisia do homem moderno que se diz “cristão”. Mas… Read more »
Nietzsche devce ser algum tipo de Deus ou demônio pra você, pra surgir uma reação tão limitada de sua parte… Infelizmente pra vc o post vai ficar aqui, junto com os posts essencialmente não-cristãos, como ufologia, judaísmo, budismo, sufismo, etc…
Nietzsche – Deus morreu?
Oswaldo Giacóia fala sobre as idéias de Nietzsche e a confrontação com o mundo contemporâneo; nesse trecho, volta à polêmica da morte de Deus.
O fernando tem razão. Nietzche interpreta o cristianismo como fraqueza, no que está redondamente enganado. Até Renato Russo, inspirado em cartas de Paulo, sabe que compaixão é fortaleza, ter bondade é ter coragem, etc.
Gozar é fácil, sacrificar-se com consciência, para algo útil, é difiícil. Nietzche é para os fracos.
– Morre um Deus na cruz e nasce outro, que refaz seu pai à sua imagem (ainda o amor à vida reativa); é esse o segundo sentido da morte de Deus: o Pai morre, o Filho refaz um Deus. Aparentemente destacado de suas premissas odiosas, torna-se necessário somente um pouco de fé, sendo com isso necessário que o amor da vida reativa se torne universal. – O terceiro sentido da morte de Deus é a apropriação de São Paulo da morte de cristo; essa interpretação torna a dívida impagável (cristo morre para pagar os nossos pecados); Deus paga a si… Read more »
Deleuze, Nietzsche e a filosofia. “Deus morreu.” A fórmula “Deus morreu” não é uma proposição especulativa, mas uma proposição dramática, que opera a síntese da idéia de Deus como tempo, o devir, a história, o homem. Existir ou não-existir deixam de ser determinações absolutas que derivam da idéia de Deus, mas a vida e a morte tornam-se determinações relativas que correspondem às forças que entram em jogo. Deus morre de múltiplas maneiras: 1° Do ponto de vista do niilismo negativo: momento da consciência judaica e cristã: A idéia de Deus exprime a vontade de nada. O ódio à vida em… Read more »
…Agora dançou um Deus em mim.
Lindo…..fortalece o desejo de continuar a batalha contra a MATRIX….
Não sei porque as pessoas têm medo de dizer quem foi Nietzsche e o que ele era… eu li quase todas as obras e biografias dele (Assim Falou Zaratustra, Para Além do Bem e do Mal, O Anticristo, Nietzsche em busca do super-homem…), Nietzsche era ATEU, quando ele disse “Deus esta morto” é no sentido literal, simplesmente o de que Deus não existe. O super-homem é alguém que não acredita em Deus e está além do bem e do mal, ele é um tirano, busca o seu objetivo doa a quem doer, não interessa o que aconteça, o que importa… Read more »
Então Nietzsche era um ATEU dos mais esquisitos, pois em Vontade de Potência, no item 462, ele escreve: “Afastemos a mais alta bondade da idéia de Deus – ela é indigna de Deus. Afastemos da mesma forma a mais alta sabedoria – ela é vaidade dos filósofos, que têm na consciência a loucura desse monstro de sabedoria que seria Deus: pretendiam que Deus se lhes assemelhasse tanto quanto possível… Não! Deus, a mais alta potência – isso basta! Dele resulta tudo, dele resulta tudo – ‘o mundo’!” E no livro Assim Falou Zaratustra: “Homens superiores – assim diz a populaça… Read more »
O trecho completo é “Do homem superior Quando pela primeira vez estive com os homens, cometi a loucura do solitário, a grande loucura: fui para a praça pública. E como falava a todos, não falava a ninguém: e de noite tinha por companheiros saltimbancos e cadáveres; eu próprio era quase um cadáver! Mas a nova manhã trouxe-me uma nova verdade: aprendi então a dizer: ‘Que me importam a praça pública e a populaça, e as orelhas compridas da populaça!’ Homens superiores, aprendei isto de mim: na praça pública ninguém acredita no homem superior. E se teimais em falar lá, a… Read more »
ora, interpreta esse negocio direito ai fera=]
“perante Deus” é o que o populacho, o rebanho diz.
Nietzsche seria contra muito do que se encontra neste blog…
Sou estudante de filosofia, estou no terceiro ano da faculdade e, como tal, aprendi que a interpretação de um filósofo exige dedicação aos seus textos, integralmente, a fim de que não se tome um autor por aquilo que nele queremos enxergar para justificar nossas próprias idéias. Digo isso porque as controvérsias que aqui se expressam em torno de Nietzsche não são muito diferentes das verificadas entre os doutos no assunto, embora as últimas sejam mais elaboradas, certamente. Sem dúvida, trata-se de um filósofo muito instigante, paradoxal e cujas interpretações variam entre aquelas que nele enxergam um ateísmo confesso e aquelas… Read more »
Na boa … o que que Nietzsche tá fazendo aqui? Ao lado de Buda, Jesus, Alan Kardec, “Deus” (virtude), Sócrates, Platão…?
eu hein… água e óleo não se misturam minha gente.
Por conta de pensamentos assim é que estamos nesse mundinho de Timores Lestes, Iraques, Haiti…
…Agora dançou um Deus em mim.
Lindo…..fortalece o desejo de continuar a batalha contra a MATRIX….
pois bem, esse mesmo “desejo de continuar a batalha contra a Matrix”, para Nietzsche, é um sintoma de niilismo. Ou seja, ‘sair da matrix’ é exatamente a mesma coisa que ‘buscar Deus’ (a verdade, o mundo real, etc.’)
a própria noção de “matrix” em nietzsche não faz sentido, porque ele nega fortemente esse preconceito que faz uma divisão entre mundo verdadeiro e mundo “aparente” (matrix).
continuo sem entender Nietzsche de nada!!!