EVOLUÇÃO DA CONSCIÊNCIA

Neste fim de semana bati um papo com meus primos sobre a evolução através das experiências, e falava sobre Jung e a busca da individuação, através do equilíbrio entre pensamento e sentimento, intuição e sensação. Muito antes Sócrates já falava do equilíbrio na educação dos guerreiros (que deveriam também aprender música) e várias das idéias foram se encaixando no modelo de evolução em espiral que tinha visto nas aulas do CEPEC. Resolvi brincar um pouco em cima disso, fazendo um novo modelo:

cuscuz1
Modelo de evolução da consciência, mais conhecido nos meios esotéricos como “cuscuz evolutivo”

Esse modelo (que serve apenas como apoio visual para falar de algo tão abstrato) mostra a evolução da consciência como uma espécie LP, com suas faixas que vão da borda para o centro (que seriam as “órbitas”, onde nós giramos como os planetas giram em torno do sol) compondo uma subida cônica contínua, como numa montanha. O centro seria a união, o TODO, o Self. A maioria das pessoas ficam pelas bordas, por pura inércia (força centrífuga e gravidade), guiadas pelo instinto, pela lei do menor esforço, pelo desejo e pelas circunstâncias, sem muita consciência de si mesmo. À medida que vamos adquirindo entendimento, galgamos um ponto de altura, ainda na mesma “órbita”, mas já acima da compreensão geral do seu grupo consciencial.

cuscuz2
Os círculos vermelhos são as alturas dentro do mesmo raio de cada “órbita”. Na “órbita” central já não há necessidade de gradação de altura

Talvez a pessoa nessa faixa fique orgulhosa de seu “conhecimento”, mas mal sabe ela que ainda está na periferia. Mas é o destino de todos nós sermos atraído para o centro, alguns mais rápido, outros mais devagar. Alguns procuram um atalho: em vez de subir essa montanha em espiral (uma caminhada mais suave e onde se curte mais a paisagem, o que proporciona um grande aprendizado) seguem uma linha íngreme direto para o topo. Essa é a porta estreita, que Jesus e Buda nos falam. Nada contra quem quer apreciar a paisagem: cada um tem seu ritmo de caminhada, e só evoluímos quando aprendemos a respeitar e compreender cada pessoa em cada nível dessa espiral. Afinal, quem vê a paisagem do alto da montanha pode até prever o próximo movimento de quem está embaixo, ver suas dificuldades na escalada e ajudar com alguma orientação sobre qual o melhor caminho a tomar.

Aí entramos no Dharma: todos nós temos aptidões naturais para alguma coisa. Isso significa que já cumprimos aquela espiral em alguma encarnação, e quando podemos exercer plenamente essa aptidão, significa que estamos rodando na mesma órbita novamente, mas um pouco mais acima (como uma mesma nota musical, só que uma oitava acima). Um Senna, ou um Schumacher, possuem imensa vantagem sobre um Rubinho. Mas quem garante que o aperfeiçoamento de um talento é o ideal para a “subida do cuscuz”? Às vezes ficamos tão concentrados em fazer o nosso melhor que esquecemos de melhorar nossas imperfeições. Não se pode buscar o caminho dos extremos e negligenciar o desenvolvimento do espírito. Rubinho pode ser até um perdedor nas pistas, mas um vencedor em casa, como um bom pai, bom marido, boa pessoa… ao menos não se tem notícia de Rubinho quebrando hotel ou esmurrando jornalistas…

Mas a própria natureza humana nos impulsiona a viver novas experiências. Alguém que já atingiu o máximo de sua habilidade em certa coisa, mesmo que sinta prazer naquilo, vai chegar um tempo em que não irá satisfazer-se mais, o que acarreta um extremo vazio. É o caminho pendular dos extremos: muitos dos soldados que lutaram na 2ª guerra mundial desejavam que, quando tudo aquilo terminasse, fossem passar o resto da vida numa cidade bucólica, ou uma fazenda, algo longe de qualquer barulho. Já Senna compensava a agitação das corridas com uma forte introspecção natural. Mesmo os extremos servem para o aprendizado, ninguém deixa de crescer e aprender. Mas este é o caminho longo e prazeroso, com muitas armadilhas que podem fazê-lo rodar na mesma órbita (que seria o Samsara) por muito, muito tempo…

Saiba que quem não se altera na tristeza ou na alegria, e em ambas se mantém firme, é digno da eternidade (Krishna; Bhagavad Gita 2:15)

Então meu primo me apareceu um exemplo extremo e condenável: o assassino. Será que um serial killer está evoluindo ao cometer seus crimes? Infelizmente (e felizmente) a resposta é sim, embora ele esteja tornando sua vida bem mais difícil. Felizmente porque cada assassinato é um pequeno passo em direção à lição de não-matar, e uma pedra a mais que ele terá de carregar nas costas em sua penosa caminhada. Vejamos então a parábola budista do assassino Angulimala, que é bastante ilustrativa:

ANGULIMALA SUTTA

Gautama, o Buda, andava de um vilarejo a outro, acompanhado de seus discípulos, pregando a Verdade. Certa vez, seguiam por uma estrada fechada, quando depararam com alguns guardas do rei. E eles disseram:
— Voltem e sigam por outro caminho, porque por estas paragens está escondido um perigoso assassino, conhecido por Angulimala. Dizem que já matou 999 pessoas, das quais cortou um dedo de cada uma e fez um colar e está à procura da milésima para completar seu colar de 1000 dedos. Por isso o Rei mandou bloquear a estrada, para evitar que algum incauto seja a próxima vítima. Você pode pegar uma estrada mais longa à frente.

Mas Buda disse:
— Se eu não for, quem irá? Somente duas coisas são possíveis: ou eu o mudo (e eu não posso perder esse desafio) ou eu fornecerei o dedo que lhe resta para realizar seu desejo. De qualquer forma, eu vou morrer algum dia e me queimarão numa pira funerária. Acho que é melhor realizar o desejo de alguém e dar paz de espírito a esta pessoa. Ou ele me matará ou eu o matarei.

Então Buda continuou a caminhada, com seus discípulos desta vez bem de longe, acompanhando a cena. Finalmente encontrou Angulimala, que estava sentado em uma rocha. Angulimala mal pôde acreditar no que via: “Pessoas em grupos de dez, vinte, trinta e até quarenta seguiram por esta estrada e assim mesmo foram minhas vítimas. E agora esse monge vem sozinho, sem companhia, como que empurrado pela fé. Por que eu não deveria matar esse sujeito? Ele nunca ouvira falar de Siddhartha Gautama, mas podia sentir que este homem era especial, com um imenso carisma que tocava de alguma forma seu coração. Já não sabia se queria realmente matar aquele homem, embora quisesse muito o milésimo dedo.

— Então, de espada em punho, Angulimala gritou: “PARE! Não dê nem mais um passo, ou a responsabilidade pela sua morte não será minha. Talvez não saiba quem eu sou!”
E Buda respondeu:
— E você sabe quem você é?
— Esse não é o ponto! Aqui não é a hora ou lugar para discutir essas coisas. Sua vida está em perigo! – Disse Angulimala.
— Pois eu já penso diferente: sua vida está em perigo.
Angulimala riu:
— E eu que pensava que eu era louco… você é que é louco, aproximando-se desse jeito! Depois não diga que eu matei um homem inocente. Não quero matá-lo, posso achar outra pessoa para completar o colar, mas não me force a fazê-lo, andando em minha direção!
— Você está totalmente cego. Não pode ver uma coisa tão simples: eu não estou me movendo em sua direção, você é que está vindo até mim.
— Que maluquice!! Todos podem ver que é você que está se movendo e eu estou parado nesta rocha!
A verdade é que, desde o dia em que alcancei a iluminação, não me movi nem um centímetro. Estou centrado, totalmente centrado, sem movimento. É sua mente que está continuamente se movendo em círculos, sem parar. E você ainda me diz que eu devo parar. Você deve parar! Eu já parei há muito tempo. Eu me abstenho da violência para com os seres vivos, mas você não tem nenhum refreamento em relação àquilo que tem vida: Essa é a razão porque eu parei e você não.
— Parece que sua loucura é incurável. Você está destinado a ser morto. Sinto muito, mas o que mais eu posso fazer?

buda angulimala

Então Angulimala levantou sua espada, mas suas mãos estavam tremendo. Ele já havia matado tantas pessoas, mas nunca havia sentido essa fraqueza. Então Buda falou:
— Por que hesita? Você é um grande guerreiro, e eu sou apenas um pobre mendigo. Você pode me matar, ficarei feliz por satisfazer seu desejo de completar o colar. Minha vida já foi muito útil e assim minha morte também o será. Mas antes de cortar minha cabeça, ao menos satisfaça meu último desejo, como também vou satisfazer o seu de completar o colar, disse Gautama.
Angulimala, que àquela altura faria qualquer coisa para evitar aquela morte, respondeu: “o que quer?”
— Quero que corte um galho daquela árvore tão florida. Um galho que tenha bastante flores para que eu possa sentir sua fragrância pela última vez, pediu o Buda.
Angulimala golpeou um galho com o facão e foi entregá-lo, quando Buda disse:
— Essa é apenas a metade do meu desejo. Agora quero que você cole outra vez esse galho na árvore.
— Que tipo de louco você é? Como vou colar o galho na árvore outra vez?
— Se você não pode criar, não tem o direito de destruir. Se você não pode dar a vida, não tem o direito de dar a morte a nenhuma criatura.

Seguiu-se um momento de silêncio, de transformação. A espada caiu das mãos de Angulimala, que caiu aos pés de Buda, dizendo:
— Eu não sei quem você é, mas seja lá quem for, leve-me para o lugar onde você vive. Inicie-me.

Os discípulos de Buda, que ao longe escutavam, aproximaram-se e disseram: “Não inicie este homem! Ele é um assassino de pessoas inocentes!”
Mas Buda disse:
— Se eu não iniciá-lo, quem o fará por ele? E eu admiro a coragem deste homem, que lutou sozinho contra o mundo, apenas com uma espada. Agora ele lutará contra o mundo usando a consciência, que é muito mais afiada que qualquer espada. Eu lhes falei que um de nós iria morrer hoje. Angulimala está morto. Quem sou eu para julgá-lo?

E assim Angulimala foi iniciado.


Assim se dá a evolução. Mesmo um assassino cruel aprenderá o valor da vida, talvez de forma mais marcante e duradoura do que aquele que nunca passou por esta experiência. Então não nos apressemos em julgar os que estão mergulhados na ignorância, pois eles podem estar sedimentando a sua espiral de evolução, para poderem realizar um importante salto no nível de percepção.

Vemos a mesma lição em um sutta mais moderno, O Senhor dos Anéis (As duas torres), de J. R. R. Tolkien:

– Não sinto nenhuma pena de Gollum. Ele merece morrer.
– Merece! Suponho que sim. Muitos que vivem merecem morrer E alguns que merecem viver morrem. Você pode dar-lhes a vida? Então não seja tão ávido para condenar à morte em nome da Justiça, temendo por sua própria segurança. Nem mesmo os sábios conseguem ver os dois lados.

Mas, e o resultado das ações de Angulimala? E seu karma? Bastou se converter pra “virar santo”? Bem, a história continua:

Após Angulimala ter se convertido em um dos Arahants, certo dia ele tomou sua tigela e foi para a cidade de Savathi, para a coleta habitual de alimentos. Naquela ocasião alguém jogou uma pedra e atingiu o corpo de Angulimala, outra pessoa jogou um pau que também o atingiu, e outra jogou um pedaço de cerâmica. Então, com o sangue jorrando da sua cabeça cortada, com a sua tigela quebrada e com o seu manto externo rasgado, o venerável Angulimala foi até Buda, que falou: “Agüente, brâmane! Agüente, brâmane! Você está experimentando aqui e agora o resultado de ações pelas quais você poderia ser torturado no inferno durante muitos anos, por muitas centenas de anos, por muitos milhares de anos.”

Referência:
Parábola budista adaptada do Angulimala Sutta e do cap. 24 do livro “A grande peregrinação”, de Osho.

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Lucas
Lucas
9 junho de 2021 2:09 am

Cientista sugere que a consciência humana cria a nossa realidade

https://hypescience.com/a-consciencia-humana-cria-a-realidade/

Radical Chic
Radical Chic
1 dezembro de 2004 10:35 am

Andrei P.,
me desculpe, não era essa a minha intenção, mas entendi o recado.

Abraços!

Liza
Liza
1 dezembro de 2004 10:59 am

Pessoas, Cada história é única e especial… Sabemos que não existem formulas mágicas, nem receitinhas, para viver a vida. As experiências vão, mas o aprendizado fica. O que todos buscam é se autoconhecer. Tentar conhecer quais são as próprias potencialidades, encarar os erros cometidos, transcendê-los mudando o modo atual de vida e crescer como ser humano. Aqui mesmo no blog tem um comentário que fala disso: “Que é preciso buscar, sim, o conhecimento, a informação e a cultura, mas também se deve ter a coragem de experimentar a vida, o amor e compartilhar”. Tem um trechinho de um texto que… Read more »

B. Badaud
B. Badaud
1 dezembro de 2004 9:42 pm

po, Radical, mas esta história me lembra uma outra questão..
bom, em primeiro lugar, concordo muito plenamente com a conclusão: vencer a si mesmo é sem dúvida nenhuma o maior desafio que há.
mas…
como e quando, é possível distinguir o que é ‘determinação’ do que é ‘teimosia’?
imagino que a resposta seja ‘ouça seu coração’.
mas a gente sabe, por várias vezes somos desafiados, como o moço da sua história foi.
talvez daí a importância maior de estar sempre de ‘antenas limpas’, como me disseram uma vez.
pra captar as respostas.
será?

Radical Chic
Radical Chic
2 dezembro de 2004 9:05 am

B.Badaud, “acho” que deve ser por aí mesmo…rs Tô aprendendo a ouvir meu coração ainda!

No Orkut eu até brinquei uma vez, disse que meu coração só me botava em fria… Mas na verdade, como alertou o Acid na época, esse era o Ego e não o coração. E pra ouvir o coração de verdade, temos que nos despir do Ego,né? Mas como é difícil!

Na história, se o jovem tivesse saído para “mostrar serviço”, estaria agindo pelo Ego. Mas cumpriu a sua missão, que era tomar conta do castelo, passando por cima da vontade de se tornar um herói.

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
2 dezembro de 2004 3:59 pm

Assunto importante, dentro do tema espiritualista:

Cientistas holandeses anunciam que adolescentes e jovens adultos que fumam maconha com freqüência estão aumentando o risco de desenvolver mais tarde sintomas psicóticos, como comportamento bizarro e mania de perseguição.

http://br.groups.yahoo.com/group/voadores/message/47145

Radical Chic
Radical Chic
2 dezembro de 2004 4:42 pm

Por falar nisso, Acid, o Wagner está programando uma palestra onde falará da influência das drogas e do RPG na adolescência (e outros jogos na infância)… Lembrei do seu post sobre isso.

Andrei P
Andrei P
4 dezembro de 2004 2:41 am

Radical, o comentário foi direcionado ao Acid. Só quis dizer que é raro alguem ter idéias, ou pelo menos interpretações próprias, ao inves de simplesmente fazer citações superficiais. E eu gosto do jeito que ele escreve, sem arrogância ou ar superior. Seguindo a bela parábola que você enviou, nosso principal inimigo é a Vaidade, acima de tudo.

Quanto ao seu Caibalion, continue. O espírito precisa sempre de elementos originais para articular melhor suas próprias criações .Desculpe se me fiz entender de maneira errada.

Luz para todos,
A.

Patricia
Patricia
4 dezembro de 2004 4:48 am

Eu sempre acompanho as mensagens do site e tenho permanecida calada por um bom tempo. Gostaria apenas de parabenizá-lo e parabenizar a todos os visitantes do site pelas discussões, que são muito interessantes e produtivas. Esse post trouxe uma questão muito interessante e eu vi que vocês chegaram a comentar sobre os princípios hemréticos. Assim como a Radical colocou, eu também entendo que o caminho do meio (como costuma-se falar no budismo) tem tudo a ver com os princípios do ritmo e da vibração. Gostaria muito de trocar impressões sobre os 7 princípios. Eles são realmente de uma importância impressionante.… Read more »

Pema Namgyal
Pema Namgyal
5 dezembro de 2004 1:44 pm

Gosto muito de seu site. Poucos conseguem unir tantos temas de forma responsável e instrutiva. Esse texto, em especial, marcou muito meu dia.
Obrigado,
metta,
Pema Namgyal
[Wilton Ávila]

Radical Chic
Radical Chic
5 dezembro de 2004 9:57 pm

Andrei, agora eu que peço perdão por ter entendido errado… Fiquei pensando que realmente deve ser chato para alguém ler a respeito de princípios herméticos sem estudar o assunto. E o Acid havia comentado sobre passar os princípios “mastigados”. Hoje durante o II Encontro Dimensionalis, o Wagner Borges falou sobre o Taoísmo… E na hora caíram várias fichas em minha cabeça, pq por exemplo, o Yin e Yang nada mais são do que o princípio de Polaridade de Hermes Trismegisto… E isso já fica fácil de associarmos, pelo próprio símbolo (a esfera dividida em duas cores, cada uma com uma… Read more »

Patricia
Patricia
6 dezembro de 2004 9:02 pm

Adorei sua idéia Radical! Eu também tenho uma enorme vontade de conversar com outras pessoas sobre isso.

Acid, obrigada pelo scrap que vc deixou na minha página do orkut. Eu realmente acredito que você tem uma missão, mesmo sem lhe conhecer pessoalmente. E tenho certeza que outras pessoas também pensam isso!

Eliana Amancio
Eliana Amancio
28 dezembro de 2004 11:33 am

Gostaria de entrar em contato,
gostaria de saber como???
Existe um endereço para enviar um e mail??
Beijos
Eliana

Lucas Oliveira
Lucas Oliveira
8 dezembro de 2016 9:32 am

“Senhor, já que (…) eu não tenho pão, nem vinho, nem altar, elevar-meei,acima dos símbolos, até a pura majestade do Real e vos oferecerei, eu,vosso sacerdote, sobre o altar da Terra inteira, o trabalho e a fadiga doMundo.”

(Teilhard de Chardin).

Anônimo
Anônimo
10 março de 2019 1:01 am

Algumas frases do filme:

“Lembranças podem ser dolorosas, esquecer pode ser uma bênção.”

“Toda tristeza suportável desce pelo rio feito água potável”.

“Ser comum é uma bênção.”

“A vingança é um ciclo vicioso.”

“Quem tem grande poder tem uma grande responsabilidade.”

http://oficinadeideias54.blogspot.com/2014/08/kung-fusao.html

Radical Chic
Radical Chic
1 dezembro de 2004 5:32 pm

Acabei de ler isto: “O escudo mágico” Era uma vez, num reino muito distante que existia um rei magnífico e este rei era o único no reino que tinha no seu escudo mágico uma estrela de ouro que brilhava como a luz do sol. Todos os cavalheiros no reino possuíam um escudo mágico. De acordo com suas atitudes e seu heroísmo o escudo poderia alcançar um brilho como não havia igual. Mas para surgir uma estrela no escudo era necessário um heroísmo muito grande. E havia um jovem muito impetuoso no reino que queria muito uma oportunidade para mostrar que… Read more »

Liza
Liza
1 dezembro de 2004 8:22 am

Segundo o mestre indiano Paramahansa Yogananda em um de seus escritos, ele diz que:
“A consciência do homem fala com ele todo o tempo, e está constantemente incitando-o para que mude e se comporte corretamente.”
“Não importa quais são suas dificuldades, se você não desistir, estará progredindo em seu esforço contra a correnteza.”

aneouro
aneouro
30 novembro de 2004 11:23 pm

Faço minhas as palavras da
Hellen :” estou mais para uma sem-terra evoluida” e aprendendo sempre com vc..

Radical Chic
Radical Chic
30 novembro de 2004 11:45 am

Outra coisa que esqueci de escrever! Em uma das últimas palestras, o Wagner comentou que os “Magos Negros” são geralmente aqueles que se prenderam muito tempo somente ao bem… Que para haver equilíbrio, é necessário dosar as duas forças, sem ser muito “santinho” também…rs Vc pode dosar isso sendo “sacana” como o Lázaro, o Wagner, sem ser “maldoso”. Pelo princípio de vibração tem tudo a ver. Se vc caminha sempre na direção Norte, uma hora chegará ao Sul. E segundo Hermes Trismegisto, vc pode “neutralizar” o Princípio do Ritmo (depois da tempestade vem a bonanza… ou não há mal que… Read more »

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
30 novembro de 2004 12:41 pm

Radical, fala mais desses princípios de forma mastigadinha! Desde que comecei o blog que eu venho tentando “traduzir” os princiípios herméticos mas qualquer metáfora que eu bole ainda não faz jus ao conteúdo…

B. Badaud
B. Badaud
30 novembro de 2004 12:43 pm

Radical, tenho pensado nisso. Sobre o bem e o mal que há em cada um. E na diferença entre um assassino, que transforma sua maldade em atos, e uma pessoa comum, que reconhece, não nega a maldade em si, mas que, tendo reconhecido, busca compreensão, e busca agir da forma que considera correta. Quer dizer, eu não sou só boa, reconheço isso, mas busco que as minhas ações não sejam prejudiciais a ninguem, busco canalizar e direcinar meu instinto destrutivo. Mas sei por experiência própria que não é fácil, que a sombra por definição não é visível, e que sempre… Read more »

B. Badaud
B. Badaud
30 novembro de 2004 12:48 pm

Ah, Acid, entendi que o contexto do assassino é particular, e não deve ser julgado, porque ele está em um estágio diferente de evolução. Entendo isso. Digo que não posso me permitir prejudicar alguém, a partir do momento em que eu alcanço a consciência disso, em talvez um estágio mais evoluído neste tipo de experiência, de prejudicar conscientemente a outras pessoas.

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
30 novembro de 2004 1:12 pm

O exemplo do assassino é perfeito, e mostra exatamente isso que você falou: tomada de consciência.

Radical Chic
Radical Chic
30 novembro de 2004 1:52 pm

Puxa Acid, tá difícil passar “mastigado”. O que estou tentando fazer é justamente isso, “traduzir” os princípios herméticos…rs Eu entendo qdo leio, mas não encontro uma forma “didática” de passar isso. Dei o exemplo do “norte”, mas acho que compliquei e não fui clara. Se eu pensar em alguns exemplos melhores, te mando antes por e-mail pra não ficar embananando demais os outros leitores…rs B.Badaud, eu também penso nisso direto… Deu pra entender direitinho, mas eu também ainda não cheguei à nenhuma conclusão de como “canalizar” isso de forma correta, sem prejudicar os outros e sem me prejudicar também. Ainda… Read more »

Marcela Tizo
Marcela Tizo
30 novembro de 2004 2:53 pm

Conforto-me ao ler os comentários desse blog e vr que existem mais pessoas do que imagino que passaram por esta tomada de consciência e fazem o possível para avançar nesta escalada evolutiva, levando com elas outros que precisam de um empurrão. Mas como é difícil ser compreensivo! Como é duro observar tantos erros primários sem poder muitas vezes fazer nada. Mas, o que tenho tentado fazer é lembrar sempre que todos, estejam eles mais alto ou mais baixo, fazem parte desta mesma espiral, e que haverá sempre um degrau mais alto, haverá sempre algo mais a aprender e quem sou… Read more »

Kendy
Kendy
30 novembro de 2004 3:10 pm

Acid,
Adoro o blog. Leio todos os dias.

B. Badaud, acredito que um dos melhores jeitos de salvar-se de si mesma é através do auto-conhecimento.

Liza
Liza
30 novembro de 2004 5:10 pm

Através de uma auto-transformação também.

B. Badaud
B. Badaud
30 novembro de 2004 5:55 pm

Pois é, Kendy, como já dizia a esfinge, ‘conhece-te a ti mesmo’, né..

Radical, é exatamente isso, vc entendeu o que eu tentava dizer.

E concordo com a Marcela, é sim um conforto saber que não se está só, em certos questionamentos.

🙂

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
30 novembro de 2004 6:34 pm

A auto-culpa é a pior forma de encarar sua jornada, porque aquilo vai lhe servir como uma âncora evolutiva, sempre lhe fazendo olhar para trás. O que é preciso é desenvolver a compreensão: fui ignorante, errei, agora devo lutar para diminuir minha ignorância e não errar mais. Ou seja, como dizia Buda: reconhecer o problema, procurar a CAUSA dele dentro de você, e eliminá-la de dentro de você (e não sair por aí eliminando defeitos nos outros). Quando o assassino foi choramingar pra Buda, ele falou algo como “agora aguente! Você agora tem algo que não tinha: consciência, e com… Read more »

Leo
Leo
30 novembro de 2004 7:20 pm

Olá pessoas Para variar vou só jogar uma coisa aqui: Vcs já pensaram se o presidente do EUA não seria um “bushguimala”??? Soa estranho? Talvez, mas pode ser que tenha lógica. VCs sabem a estórinha do avatar? Auqela em q estava um avatar batendo um lero com Brahma,e este perguntou:-” meu querido filho, tu queres reencarnar como 10 encarnações divinas do bem ou 8 encarnações do mal?”(lembrem-se q senão me engano no bhagavad diz algo sobre isso, é preciso estar em desequlibrio o mundo para um avatar chegar aqui). Então o avatar diz q gostaria das 8 “do mal” pois… Read more »

Radical Chic
Radical Chic
30 novembro de 2004 8:41 pm

O duro é pensar que não tem auto-culpa, que tudo foi digerido e eliminado e descobrir que vc simplesmente passou por cima daquilo, ignorou, mas não “se perdoou” como deveria (qdo o problema vem à tona da forma que vc menos esperava: no físico). Vc sente o qto ainda rumina a situação, qdo ela sai do inconsciente para te cutucar no presente. Qdo vc lembra do que viveu e sente a dor que há muito tinha sido deixada pra trás… sinal de que não estava resolvida de verdade como vc pensava. E é impressionante a capacidade do nosso cérebro em… Read more »

Andrei P
Andrei P
30 novembro de 2004 10:59 pm

Acid, faz tempo que te acompanho, dica do franco atirador, mas dessa vez se superou: “cuscuz evolutivo” é o máximo. É cansativo ver gente citando nomes e livros que porcamente entendeu, assumindo uma postura superior aos pobres mortais. Bom humor e descernimento pessoal são fundamentais. Parabéns.

Radical Chic
Radical Chic
30 novembro de 2004 11:37 am

Ontem à noite eu estava lendo “O Caibalion” e o “princípio da vibração” e o de “ritmo” falam sobre isso. No momento estou juntando tudo e colocando as idéias em ordem…rs A parábola budista me deu muito o que pensar!

Abraços!

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