NOSSOS HITLERS (parte 2)

Como Hitler conciliou idéias de Direita e Esquerda ao eleger inimigos comuns e manipular a todos

Continuando nosso aprendizado com o “professor” Hitler, podemos tirar ainda mais lições do que NÃO se deve fazer pra ter paz e diálogo no mundo. Desta vez gostaria de comentar sobre a ideologia dele. O cara cresceu num ambiente conturbado, com a República cambaleando em toda a Europa. Ditadores surgiam aqui e ali para ocupar o vácuo de poder, como Benito Mussolini (Itália), Francisco Franco (Espanha) e António Salazar (Portugal). Isso pra ficar só no ocidente da Europa, porque no Brasil tínhamos o famoso ditador Getúlio Vargas.

O comunismo se alastrava velozmente por toda a Europa. Seu ponto principal era a perda da propriedade privada e o controle das fábricas, o que fazia tremer (obviamente) toda a burguesia e agradava sobremaneira a massa cada vez maior de desempregados e trabalhadores em condições degradantes. Vários partidos arregimentavam essa massa febril, e um deles era o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, cujos “trabalhos” consistiam em ir prum bar e jogar conversa fora, falar mal do governo, essas coisas. Resumindo bastante, Hitler chegou, arrebatou todo aquele pessoal e, com um gigantesco senso de oportunidade (e muito cinismo) conseguiu equilibrar em suas fileiras pensadores de Esquerda (nacional socialista, lembram?) mesmo sustentando idéias de Direita, porque ambos os lados (Hitler e os comunistas) tinham ódio da “burguesia”. Tanto é que a ala esquerdista (de outros partidos) pediu aliança com os Nazi (acrônimo pra NAtionalsoZIalistische) quando o caldo estava esquentando, e aí entrou o oportunismo desse gênio do mal, que fez uma aliança (em segredo) com os industriais e burgueses prometendo que, se ele subisse ao poder, as propriedades privadas não seriam estatizadas. Assim, ele conseguia ter em suas mãos, contribuindo monetariamente para o partido (e, mais importante, dispostos a fazer o que Hitler mandasse) gente de todas as camadas sociais, desde o “perigoso” (pro Governo) desempregado até o mais alto (e influente) industrial.

Apesar de ter sido propositadamente dúbio na condução do Partido (e propositadamente vago em seus discursos, afinal essa era uma de suas técnicas de controle de massa), Hitler sempre deixou claro suas idéias anti-semitas, anti-eslavos (ou seja, todo o povo da URSS), anti-marxistas e um desejo férreo de expandir as terras do povo alemão para o leste (ou seja, em direção à URSS, que ele chamava de Espaço Vital). Uma olhada no Programa de Governo do Partido mostra que “o Partido, como tal, defende o ponto de vista de um Cristianismo positivo, sem todavia se ligar a uma confissão precisa.” Muito longe da idéia Marxista.

Uma coisa que deve deixar muita gente curiosa (ao menos eu fiquei, na escola) é “Como permitiram que Hitler invadisse tantos países, antes do mundo se juntar contra ele?” Pois é. Só vim descobrir no livro Diplomacia, de Henry Kissinger. Hitler já assumiu o poder pra poder controlar a expansão Comunista. Isso era assunto interno da Alemanha, ok. Só que, pro resto do mundo, ele foi visto como um MURO de proteção contra a “Invasão Vermelha” e isso interessava a todo o continente europeu. Hitler aproveitou-se dessa condição e começou a tomar territórios, como o Sarre (francês), se rearmou (violando o Tratado de Versalhes), anexou a Áustria e a Tchecoslováquia à Alemanha, tudo isso por vias diplomáticas (mas com muita intimidação pessoal de movimento de tropas, claro) e tudo isso com vista-grossa das duas grandes potências europeias na época, Grã-Bretanha e França. Tudo porque ELES achavam que Hitler estaria do lado deles contra o comunismo – e não era de bom tom desagradar um “aliado”. Só que, num outro golpe de gênio, Hitler assina com a URSS um tratado de não-agressão e juntos atacam a Polônia, aliada dos dois Impérios capitalistas!! Só aí começa oficialmente a 2ª guerra mundial! Quando pisaram no calo deles!

Bem, mas isso é só uma introdução histórica pra falar de algo que tem me preocupado recentemente, que é a reedição da batalha Direita x Marxismo. Ora, o frio só existe porque temos o quente. O escuro só existe porque conhecemos o claro. Da mesma forma, um sistema político só se reafirma enquanto ideologia quando existe um nêmesis, um inimigo. E o que tenho visto ultimamente é a perseguição de um certo setor da Igreja Católica a um inimigo invisível, que é o Marxismo Cultural. Você é a favor do aborto? Marxista. Não importam suas razões, é Marxista e vai pro inferno. Reforma Agrária? Inferno! Tanto é que o Papa trouxe de volta a imagem secular e ultrapassada de que o Inferno é algo real: é pra abrigar todos os novos Marxistas que nem sabem que o são!

Eu já sabia que o Ratzinger (agora Papa Bento XVI), quando ainda era Cardeal, “silenciou” o (então) frei Leonardo Boff por fazer parte da Teologia da Libertação. Porém, o Marxismo nela é utilizado como instrumento, não tendo fim em si mesmo. “Na Teologia da Libertação o marxismo nunca é tratado em si mesmo, mas sempre a partir, e em função dos pobres”, segundo Boff. O sentido último da teologia não é Marx, mas Deus. Nada que vá contra um Papa João Paulo II que, no primeiro contato com a população mais pobre do Brasil, no Morro do Vidigal, tirou seu anel de ouro do dedo e o deu de presente aos moradores da favela. E o Papa João Paulo II estava longe de ser Marxista ou admirador do comunismo. Era apenas HUMANO.

E agora temos um Papa que foi criado no regime totalitarista de Adolf Hitler. Com a máquina de propaganda nazista funcionando em força total. Imagine-se naquela época, aprendendo na escola sobre a superioridade da raça alemã sobre os judeus e eslavos de forma “científica”, ouvindo o endemoniamento do Marxismo nas rádios e revistas, participando (obrigatoriamente) da Juventude Hitlerista, sofrendo lavagem cerebral. Não é algo que a pessoa venha a gostar. Não duvido que ele não tenha gostado. Eu não gostaria mas, se estivesse lá, seria impossível não ser influenciado de alguma forma, especialmente na infância e adolescência.

E então Habemus Papam, e surge (ou ressurge) um movimento com força total de perseguição ao marxismo dentro do seio da Direita Católica. Coincidência? Eu preferiria que sim, mas a entrevista com o Padre Paulo Ricardo só confirma:

cancaonova.com: O que o Papa Bento XVI significa em todo esse contexto?
Padre Paulo Ricardo: O Papa Bento XVI, quando era professor na Alemanha, sofreu bastante com esse tipo de movimentação do marxismo cultural, porque este movimento não está presente apenas na Igreja do Brasil, mas também na Alemanha. E muitos teólogos tentavam adaptar o Evangelho ao marxismo, de modo que foram eles que mais criaram problemas para ele. Quando ele foi eleito cardeal em Roma, logo começou a combater a teologia da libertação marxista, tentando mostrar justamente que se tratava de um desequilíbrio e de uma traição ao Evangelho. Agora que é Papa, nós vemos claramente que Deus se manifestou ao escolher este homem para ajudar a Igreja do Brasil e do mundo inteiro a sair desta situação de querer ler o Evangelho através de uma visão sociológica e de uma agenda política que não tem nada a ver com o Cristianismo. Então, podemos dizer que a eleição de Bento XVI é a virada. Ele é, de alguma forma, o homem da providência e nós agradecemos a Deus por ter nos dado esse homem providencial.

(calafrios)

cancaonova.com: Como esta ideologia comunista mais afeta nossa vida de Igreja e influencia nosso pensamento?
Padre Paulo Ricardo: Ela afeta justamente pelo fato de que a teologia da libertação, aqui no Brasil e na América Latina, tem como ideal a implantação de uma sociedade parecida com aquela que os socialistas e comunistas esperavam, ou seja, uma sociedade igualitária, em que as pessoas sejam todas iguais. Por meio dessa teologia, esse tipo de leitura da Bíblia e da realidade bastante socializante e materialista foram entrando aos poucos em nossa maneira de ver o mundo e da visão da Igreja.

cancaonova.com: Como COMBATÊ-LA e se dar conta de que se trata de uma ‘ideologia marxista’, mesmo que disfarçada?
Padre Paulo Ricardo: A primeira coisa é compreendermos que, através da ideologia marxista, se tende a ler tudo a partir da sociologia. Então, quando, por exemplo, encontramos uma pessoa que começa ler a Bíblia e em todas as suas passagens tira alguma aplicação social, esse é um indício, um sinal bastante claro de que, talvez, ela esteja seguindo esse tipo de pensamento marxista. Sabemos que a Sagrada Escritura tem uma lição social, mas nós não podemos extrair dela apenas uma mensagem social.

(Tenha medo. Tenha muito medo…)

Então temos que extrair o que da Bíblia? O dízimo? A devoção? A hóstia? Se Jesus vivesse hoje seria acusado de Marxista pela Igreja Católica, tenho absoluta certeza, porque Jesus não seria hipócrita de, vindo hoje, com toda a sua Glória, sentar-se num Trono da Basílica de São Pedro e ditar normas desassociadas da VIVÊNCIA DO POVO, sem uma relação SOCIAL especialmente com o MAIS FRACO SOCIALMENTE (notem que Jesus falou que era mais fácil um camelo entrar no buraco de agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus, mas não fez distinção de rico ou pobre ao ir comer na casa dos Publicanos Levi e Zaqueu, que eram ricos mas eram ODIADOS / DESPREZADOS SOCIALMENTE pelo povo judeu. E o Sermão da Montanha? Será ele um monte de imagens metafísicas ou eram LIÇÕES PRÁTICAS DE COMPORTAMENTO SOCIAL?

Se a Igreja Católica, suposta “representante de Deus da Terra”, não é pelos pobres, quem será pelos pobres? Por isso que as Igrejas Evangélicas ganham tanto terreno enquanto a Católica perde mais e mais fiéis. João Paulo II quando esteve aqui procurou “combater os excessos do marxismo” e não extirpar qualquer idéia de cunho social. Rejeito completamente o controle do Estado sobre o patrimônio, e a desapropriação indébita, mas o Estado deve atuar no sentido de “repartir o pão”… aliás, de onde vem essa expressão, mesmo???

Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque fechais aos homens o Reino dos Céus; pois nem vós entrais, nem aos que entrariam permitis entrar.

Mateus 23:13

E por que COMBATER a Teologia da Libertação? Por que não torná-la mais cristã e menos marxista? Por que secar um rio turbulento, mas que sacia a sede de muitos que sentem sede? Por que não construir um dique? Por que não a conversa, o acordo? Talvez a resposta esteja novamente no livro Hitler vol 1, quando Hitler, antes de ter o poder, teve de lidar com idéias contrárias dentro do seu Partido, especialmente na ala esquerdista:

Tanto do ponto de vista institucional como do psicológico, o movimento estava definitivamente transformado numa organização totalitária, pois Hitler soubera, a partir deste ataque, e como de todos os conflitos do passado, reforçar sua posição e ganhar prestígio. Tinha explanado suas idéias de direção absoluta a alguns jornalistas escolhidos dentro do partido, pintando em largas pinceladas uma imagem de hierarquia e da organização reinantes na Igreja Católica. De acordo com esse modelo, afirmara ele, o partido deve erigir sua pirâmide de dirigentes sobre “um largo alicerce de diretores de consciência políticos (…) que ficam entre o povo, os quais transpõem os estágios de Kreisleiter e Gauleitier para chegar ao Senado e finalmente ao seu Führer-papa“. Como relatou um dos participantes, não recuou diante da comparação entre Gauleitiers e bispos, entre futuros senadores e cardeais e, em perturbadores paralelos, transpôs, sem qualquer escrúpulo, as noções de autoridade, obediência e fé, do domínio espiritual para o domínio leigo. Sem qualquer ironia, terminou seu discurso observando “que não queria disputar ao Santo Padre de Roma seu direito à infalibilidade espiritual – ou seja, eclesiástica – nas questões de fé. Não entendo muito dessas coisas. Mas, com mais razão ainda, creio que entendo de política. Espero, portanto, que o Santo Padre igualmente não discuta minhas pretensões. Proclamo assim, pra mim e para meus sucessores na direção do Partido dos Trabalhadores Alemães Nacional-Socialista, o direito à infabilidade política. Espero que o mundo se habitue a isso tão rápida e resolutamente como se habituou à instância do Santo Padre.

E ninguém mais o contestou.

Hitler Vol. 1; Joachim Fest
hitler bispo
Hitler com o Arcebispo Cesare Orsenigo, em 1935. Em 20 de abril de 39, Orsenigo celebrou o aniversário de Hitler, uma tradição iniciada pelo próprio Papa Pio XII

Por falar em autoritarismo e supressão da liberdade de expressão, que fim levou o Padre Marcelo Rossi?!

Atualização (20/02/2021):
Hoje sabemos o que aconteceu com Padre Marcelo Rossi.
E Quatorze anos depois, onde essa onda de Autoritarismo + Perseguição a um inimigo mutante e invisível + Fanatismo religioso nos levou?

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Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
1 maio de 2007 2:22 pm

Oi Francisco. Numa primeira leitura, eu também entendi assim. Mas, relendo, vai ver que ele abraçou UM metalúrgico. Lula só foi mencionado por ser o líder.

billy shears
billy shears
1 maio de 2007 5:16 pm

Excelente post. A década de 30, época em q floresceu os regimes autoritários, foi um terreno fertilizado pela crise do liberalismo político e econômico, marcado pela quebra da bolsa de N. York, q se tornou o epicentro desta crise. É nesse contexto que a luta de classes irá gerar um temor profundo nos ricos capitalistas, industriais e banqueiros. O q fará com q eles prefiram tolerar o advento de regimes autoritários em países onde a democracia é fraca para resistir ao turbilhão provocado pelas cada vez mais iminentes revoluções sociais. Porém, o digamos aliado de primeira hora, através dos delírios… Read more »

Thiago Alcalde
Thiago Alcalde
1 maio de 2007 8:54 pm

Nossa, se eu entendi corretamente, não há apenas lições práticas na bíblia? Principalmente no novo testamento? Puxa, Jesus foi o homem mais prático que já houve, pois de tudo conseguia extrair algo que valia para a existência atual e futura, sempre nos mínimos trabalhos de cada dia. O que Jesus mostra, tem um grande impacto social certamente, pois ele nos demonstra como deveríamos ser, e se fôssemos realmente bons, o mundo poderia mudar. O reino de Deus somos nós que fazemos, com nossas ações diárias, se todos nós vivêssemos sob esses preceitos de amor e caridade, precgnizado por Jesus, o… Read more »

Bruno H
Bruno H
1 maio de 2007 9:10 pm

Até onde eu sei, Jesus pregava uma revolução principalmente de cunho INDIVIDUAL.
O social, sempre foi (“apenas”) uma ferramenta.

De qualquer forma, concordo com o Hitler, a Igreja não tem nada que palpitar nesse tipo de questão, sendo contra ou a favor de ismos, como é contra o Marxismo, por exemplo.

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
1 maio de 2007 9:34 pm

Mas o homem (induvíduo) não é um ser Social? Ok, Jesus nunca quis transformar a sociedade, o que ele ensinou é que, cada um mudando, o mundo mudaria pra melhor. E essas mudanças são principalmente no nível social, da relação do EU com o OUTRO. Basta dar uma olhadinha no Sermão da Montanha.

Alan
Alan
2 maio de 2007 10:42 am

Aí eu tenho mais a visão do Bruno H tb!! Acredito q a gente tenha q ajudar os outros a descobrirem q a sociedade é uma verdadeira ilusão!! Nos relacionarmos com os outros para q qualquer atitude externa interfira o mínimo possivel em nossas atitudes e sensaçoes internas. Em miudos. Se relacionar com o fim de tornar o relacionamento “supérfluo”, desnecessário para nos sentirmos bem. Só precisamos de nós mesmos para estar bem. Acho q isso tem q ser feito aos poucos, e aí q entra a política e a sociedade. Através dela nos livraremos dela!! Amém Eu adoro essas… Read more »

Olim
Olim
2 maio de 2007 11:12 am

Alan: Hoje existem muitas pessoas que afirmam que a Sociedade é um ente inexistente. Mas o fato de que esse conceito não existir -a não ser como idelologia- não deixa de ser ele uma realidade, dentro de nossas circunstâncias, pois a sociedade é uma criação de nossa civilização. Por outro lado, fico pensando sobre o conceito de Comunidade que, creio, deva ser mais universal, verdadeiro, mais profundo e abrangente que o primeiro. Para se gerir, ou dominar, as sociedades foi criado a política, outro instituto de natureza real, circunstacial, mas não necessariamente Verdadeiro. A sociedade pode ser vista, estando fora… Read more »

Olim
Olim
2 maio de 2007 11:42 am

O interessante de tudo isso que discutimos no SDM é que sempre estamos tratando de assuntos que ao pé-da-goiaba tratam de Realidade e Verdade. O Real muitas das vezes não é a Verdade… Acho que a cada dia estamos aprofundando essa nossa Realidade e nos aproximando, assim creio, da Verdade. Os falsos profetas, os “gênios” das guerras, os enganadores, os corruptos, os imitadores, o egoístas, os governantes, os gurus, os científicos, etc. Tudo isso, e muito mais, estão no conceito da Realidade, mas que com o andar da carruagem da vida, muuto tempo depois, comprovamos que tudo aquilo foi um… Read more »

Alan
Alan
3 maio de 2007 8:17 am

Olim: Muito legal esse conceito de comunidade. E é essa a realidade que eu espero que aconteça num futuro próximo. Isso me lembra muito o conceito de considerar o planeta, ou o universo como um organismo vivo. Num organismo, cada parte, cada célula, cada substancia tem a função de trabalhar pelo todo, no caso, o organismo, e não trabalhar por si mesma, pois se o organismo ficar mal, a parte tambem vai perecer. Fazendo a analogia com as relações humanas, vemos que a grande maioria tenta trabalhar por si mesmo, esquecendo sua função no todo, a “comunidade”, que é o… Read more »

Olim
Olim
3 maio de 2007 10:34 am

Oi, Alan… Essa célula rebelde é a qual devemos aprofundar em meditações, compreensão e em ações reais, isto é, neste mundo(realidade) em que estamos inseridos e interagindo, quer queiramos ou não. Essa célula rebelde são o início da quebra da inércia do falso conforto em que vivemos, a falsa realidade que alimentamos a cada momento, a preguiça moral de cambiar em nós mesmo o quê deve ser aprofundado. Essa inércia deve ser rompida- e será!-, não como um desejo, mas simplesmente ser o quê nós somos. Acho que ao adentrarmos na nossa dimensão do Ser único e livre – e… Read more »

Alan
Alan
3 maio de 2007 1:05 pm

Q bonito Olim!!
To até emocionado!!
😥

😀

Valeu!! Disse tudo!!

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
3 maio de 2007 2:57 pm

A casula que o Papa Bento XVI usará na primeira missa no Brasil consumiu 15 km de linhas de ouro e prata. Casula é o nome dado à veste que cobre o corpo dos padres. http://noticias.terra.com.br/brasil/visitadopapa/interna/0,,OI1588508-EI8325,00.html Provavelmente a Igreja não vai desembolsar nada pela veste, já que deve ser uma “cortesia” da empresa Catarinense, mas este não é o ponto. O ponto é: Por que o representante de Deus na Terra, com um cajado que representa um Jesus estropiado e seminu na cruz, precisa se cobrir (quase que literalmente) de ouro? By the way, eu também não acho correto uma… Read more »

Olim
Olim
3 maio de 2007 3:09 pm

Oba, quero então sua Ferrari…!!!

Por favor…

Nem que seja o dízimo dela, pois já é suficiente para eu contruir uma Torre aqui no Sul.

😀

Olim
Olim
3 maio de 2007 3:29 pm

“Por que o representante de Deus na Terra, com um cajado que representa um Jesus estropiado e seminu na cruz, precisa se cobrir (quase que literalmente) de ouro?”

Para menter vivo a lei dourada do Me-Engana-Que-Gosto…

É uma palhaçada tudo isso, estamos em pleno Séc XXI… São quase 20 séculos de bombardeio de desinformação e falsa formação.

E continuamos a admitir essas coisas!!!

Tomara que ele invista numa segurança “divina” especializada, própria para um digno “representante do poder divino”, pois uma roupa dessa no Brasil é que nem banana para macaco.

Jussara
Jussara
3 maio de 2007 4:10 pm

Sobre a ascensão de Hitler na Alemanha, seria interessante assistir ao filme “O ovo da serpente”, de Bergman. Sobre a manipulação das massas, aqui no Brasil também aconteceu, principalmente no Sul, e posso dizer que, independente de saber que todos temos os dois lados da moeda (o bem e o mal), nós também sabemos se somos do bem ou do mal. Meu pai, na época adolescente e morando em Joinville (SC), foi “obrigado” a participar da “juventude nazista tupiniquim”, e por isso passou o resto da vida nos ensinando a tolerância, e a convivermos com as diferenças raciais, intelectuais, sexuais,… Read more »

Anônimo
Anônimo
16 fevereiro de 2009 10:59 pm

Tem uma interessante matéria (de ontem) na ISTO É, uma entrevista com o teólogo (ex-colega de Bento XVI na universidade) padre Hans Küng, 80 anos, um dos maiores teólogos da atualidade e uma referência mundial em religião, onde o padre diz que o ‘pontífice’ cercou-se de pessoas que não o questionam e fala tb das ligações da igreja com a Opus Dei. Tb faz referência muito positiva sobre Leonardo Boff, e afirma que o q foi feito com ele “Foi semelhante à Inquisição…” http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2049/o-papa-comete-um-erro-apos-o-outro-teologo-e-125900-1.htm ================================== Outra matéria: Comissão condena medidas antiterror de EUA e Grã-Bretanha Um estudo de três anos… Read more »

Francisco Minuzzi
Francisco Minuzzi
1 maio de 2007 9:26 am

No comentário anterior leia-se João Paulo II.

Francisco Minuzzi
Francisco Minuzzi
1 maio de 2007 9:24 am

Ao contrário do que consta em um dos links falando sobre o abraço de Paulo VI em Lula, este quando preso pela repressão, nunca foi torturado nos poucos dias que passou preso. Informe-se.

Claudia Gelernter
Claudia Gelernter
30 abril de 2007 9:59 am
Claudia Gelernter
Claudia Gelernter
30 abril de 2007 10:06 am

Acid, o texto que postou é muito bom! 🙂

O link que eu coloquei mostra outras informações sobre Hitler.

Abraços

Bono
Bono
30 abril de 2007 12:06 pm

Ainda não consigo entender direito oque motivava Hitler, provavelmente o mesmo que motiva a elite das Igrejas. Talvéz a ganância, e a sede pelo poder material, psicológico e espiritual sobre os outros. Mas não sei ao certo de onde vem essa ganância, e essa atração pelo poder. Talvéz seja fruto de uma repressão de natureza sexual, que acaba transformando essa energia em perversão, ou talvéz tenham origem no medo causado pela falta de amor.

Eduardo do Porto
Eduardo do Porto
30 abril de 2007 1:20 pm

Aquilo que mais me surpreende nos seres humanos (eu incluido) é a sua maravilhosa capacidade para amar e a sua horrorosa capacidade para odiar. Certo dia li uma reportagem sobre Christopher Newsom e Channon Christian, um jovem casal de namorados que, nos EUA, sua terra natal, foram raptados, torturados, violados e assassinados. Toda esta história está repleta de um ódio doentio quase sobre-natural (demoniaco). O que mais estranhei foi ter dado conta que eu desejava aos assassinos (que entretanto foram apanhados pela policia) ve-los serem torturados. Por outras palavras, encontrei em mim um potencial assassino!
Isto é assustador.
Cumprimentos

Olim
Olim
30 abril de 2007 1:31 pm

Dizem que a mente doentia de Hitler foi amplamente potencializada por uma loucura oriunda de uma sífilis…

Acho que o conceito de genialidade deva ser mais aprofundado, pois não considero aquele sujeito do bigode equilátero tão genioso. Não acho que exista a genialidade para construir/criar quando simultaneamente envolva o destruir/extinguir.

Talvez estajamos confundindo um termo nosso que implique em liderança.

Acho que aquele sujeito do bigode equilátero um líder que, diante de várias circuntâncias aliadas às necessidades de seu povo naquele momento, explodiu porque havia oxigênio suficiente para alimentar sua loucura.

Os post estão excelente, vou lê-lo com mais calma…

Organizações Tabajara
Organizações Tabajara
30 abril de 2007 2:47 pm

Calma, pessoal… Não gastem suas energias com esses bandidos históricos e com os da atualidade… “Seus probremas se acabaram-se”… Depois do tremendo sucesso do boneco do Judas Iscariotes, no início do Séc. I, as Organizações Tabajara lançaram a nova versão tupiniquin do pacote Saco de Pancada… É o boneco do “Hugo Morales”… Um boneco metade Diego Morales e outra Hugo Chávez, dois “gênios” de nossa América “Latrina” em um só, tudo pelo preço de um, já que um vale pelos dois, pois o outro é capacho( puxa-saco) do primeiro… História vai, História vem… Porrada vai, porrada vem… Não gaste suas… Read more »

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
30 abril de 2007 3:16 pm

O bispo d. Odilo Scherer, que assume a Arquidiocese de São Paulo no domingo, participou no dia 26/04/2007 da sabatina da Folha. Trechos marcantes: O bispo afirmou, porém, que procurar intelectuais dentro da igreja para assumir determinados postos “é secundário”. Dom Odilo Scherer minimizou hoje as cobranças de ampliação do diálogo de parte da sociedade ao papa Bento 16. Ele também disse que são normais as contestações de parte da sociedade em relação à Igreja Católica. O bispo acrescentou que a Igreja Católica tem propostas de humanidade, do que julga ser importante para o ser humano, como respeito à vida… Read more »

HLL
HLL
30 abril de 2007 4:50 pm

“…por exemplo, encontramos uma pessoa que começa ler a Bíblia e em todas as suas passagens tira alguma aplicação social, esse é um indício, um sinal bastante claro de que, talvez, ela esteja seguindo esse tipo de pensamento marxista…”

Pera aí.. o Padre tá querendo dizer, que se você lê a bíblia e tenta aplicar algo na prática, você é marxista???

Então nada de amar o próximo…
Isso agora é coisa de comunista!!!

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
30 abril de 2007 5:52 pm

Há 62 anos, exatamente neste dia, morria Adolf Hitler. Se a notícia se espalhou à tempo, talvez neste mesmo dia milhares, senão bilhões de sorrisos e suspiros de alívio ecoaram pelo planeta Terra. Não deixemos que a intolerância, a exploração religiosa, a manipulação de pessoas e a perseguição em massa de cidadãos por sua raça, condição ou ideologia voltem a ocorrer no Ocidente, como ainda ocorre na Índia, no extremo-oriente e, em forma pequena (mas crescente), no Brasil. Lembrem que o partido nazista não era nada e Hitler era ridicularizado por seu bigodinho…

Olim
Olim
30 abril de 2007 6:24 pm

Certa vez disseram-me que graças ao Hitler e seus assessores alucinados, principalmente o Mengueli(não sei se é assim que se escreve) muitos avanços na medicina foram realizadas graças às atrocidades daquele açougueiro, pois naquelas sessões de torturas conseguiam testar os limites do homem, teste de novas drogas, novas armas químicas e mecânicas, limites dos seres humanos, potencialidades em situações extremas, etc… Meu Deus, até hoje não consegui aprender aquela instrução em sala de aula de que muitos avanços foram possíveis graças a loucura de seu bando. Que avanço se sustenta numa morte sofrida, penosa, desumana, compulsória, sem defesa, fraco, desorientado,… Read more »

Olim
Olim
30 abril de 2007 6:34 pm

Se existe alguma genialidade nesse extinto projeto de homem é a da covardia.

Se existe um aprendizado em tudo isso é que temos essa eterna vergonha coletiva de que isso tenha ocorrido.

Se existe uma preocupação atual é que isso jamais ocorra, mas o quê o jamais em mentes separatistas, preconceituosas, ardis, gananciosas…?

Esse jamais está diuturnamente em minhas idéias, reflexões, ações e sempre,ou às vezes, temos um escorregão que nos tira do equilíbrio.

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
30 abril de 2007 8:42 pm

“Normalmente, a identificação e manutenção de uma persona leva a uma negação da sombra. Este problema se torna mais complexo quando a visão que o ego identificado com a persona tem de si e do mundo é sob o prisma da Privatio Boni, pois em nível psicológico, o mal é freqüentemente visto, vivenciado e identificado com a sombra. Se a Privatio Boni diz que o mal não é real e eu aceito isso como verdade, a minha visão interna é de que eu não possuo sombra. Esta falsa constatação é extremamente prejudicial para a economia psíquica, pois, visto que para… Read more »

Luiza
Luiza
30 abril de 2007 11:23 pm

pra quem acha q existe livre-arbítrio…
toda a história mostra q basta algum poder para acessar o melhor e o pior do inconsciente coletivo e a massa ignara responde sempre do mesmo jeito.
as reações humanas são muito previsíveis. Há lampejos de consciência sim, e há alguns despertos que podem escolher quem serão no Universo.
mas todos nós estamos fortemente condicionados pela Matrix…
Força e fé e resistência para sair dela é o que desejo a todos nós.

Greyhawk
Greyhawk
1 maio de 2007 1:25 am

Ditadores sanguinários!!! Isso não é problema. Os ditadores terrenos estão em todo o lugar, impondo aos outros suas vontades doam a quem doer!

Bono
Bono
1 maio de 2007 9:05 am

Há ainda muito oque se aprender sobre o mal. Interessante essa teoria da Privatio Boni, é uma forma de negar o mal e, como toda negação, torna o objeto negado ainda mais perigoso.

Acho que o mal só é a privação do bem se o bem for nossa consciência e aceitação. Acho que é impossível ser cruel quando se está plenamente conscientemente, parece ser sempre necessário um certo grau de alienção, negação e inconsciência para se praticar crueldades.

Bono
Bono
1 maio de 2007 9:21 am

Acho que estou sendo contraditório.

caso mateus
caso mateus
30 abril de 2007 8:41 am

Curioso! SAlazar também era cunha com cunha, com o Cardeal cerejeira, que na eleição de João Paulo 2 ficou em segundo lugar.Já agora, no conclave, em que bento 16 foi eleito o segundo mais votado foi tb português: D. Saraiva Martins, que , tem um perfil e forma de ser completamente diferentes

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