FASCISMO ETERNO

O blog “PÁGINA DO E” colocou um texto enorme do escritor italiano Umberto Eco, produzido originalmente para uma conferência proferida na Universidade Columbia, em abril de 1995, numa celebração da liberação da Europa. No texto completo, que pode ser lido lá no blog, Eco fala de suas lembranças de menino, que cresceu sob o fascismo de Benito Mussolini, e é muito interessante pra quem gosta de 2ª guerra mundial. Já na segunda parte, que está logo abaixo, ele apresenta uma lista de características que julga típicas daquilo que chama de “Ur-Fascismo“, ou “Fascismo eterno” – e que continua, segundo ele, a ser uma ameaça nos dias de hoje. Prestem atenção e vejam se não reconhecem características de governos, partidos, veículos de comunicação e até mesmo religiões:

FASCISMO ETERNO

O fascismo não era uma ideologia monolítica, mas antes uma colagem de diversas idéias políticas e filosóficas, uma colméia de contradições. É possível conceber um movimento totalitário que consiga juntar monarquia e revolução, exército real e milícia pessoal de Mussolini, os privilégios concedidos à Igreja e uma educação estatal que exaltava a violência e o livre mercado? O partido fascista nasceu proclamando sua nova ordem revolucionária, mas era financiado pelos proprietários de terras mais conservadores, que esperavam uma contra-revolução. O fascismo do começo era republicano e sobreviveu durante vinte anos proclamando sua lealdade à família real, permitindo que um “duce” puxasse as cordinhas de um “rei”, a quem ofereceu até o título de “imperador”. Mas quando, em 1943, o rei despediu Mussolini, o partido reapareceu dois meses depois, com a ajuda dos alemães, sob a bandeira de uma república “social”, reciclando sua velha partitura revolucionária, enriquecida de acentuações quase jacobinas.

A despeito dessa confusão, considero possível indicar uma lista de características típicas daquilo que eu gostaria de chamar de “Ur-Fascismo“, ou “fascismo eterno”. Tais características não podem ser reunidas em um sistema; muitas se contradizem entre si e são típicas de outras formas de despotismo ou fanatismo. Mas é suficiente que uma delas se apresente para fazer com que se forme uma nebulosa fascista.

1. A primeira característica de um Ur-Fascismo é o culto da tradição. O tradicionalismo é mais velho que o fascismo. Não somente foi típico do pensamento contra-reformista católico depois da Revolução Francesa, mas nasceu no final da idade helenística como uma reação ao racionalismo grego clássico.

Na bacia do Mediterrâneo, povos de religiões diversas (todas aceitas com indulgência pelo Panteon romano) começaram a sonhar com uma revelação recebida na aurora da história humana. Essa revelação permaneceu longo tempo escondida sob o véu de línguas então esquecidas. Havia sido confiada aos hieróglifos egípcios, às runas dos celtas, aos textos sacros, ainda desconhecidos, das religiões asiáticas.

Essa nova cultura tinha que ser sincretista. “Sincretismo” não é somente, como indicam os dicionários, a combinação de formas diversas de crenças ou práticas. Uma combinação assim deve tolerar contradições. Todas as mensagens originais contêm um germe de sabedoria e, quando parecem dizer coisas diferentes ou incompatíveis, é apenas porque todas aludem, alegoricamente, a alguma verdade primitiva.

Como consequência, não pode existir avanço do saber. A verdade já foi anunciada de uma vez por todas, e só podemos continuar a interpretar sua obscura mensagem. É suficiente observar o ideário de qualquer movimento fascista para encontrar os principais pensadores tradicionalistas. A gnose nazista nutria-se de elementos tradicionalistas, sincretistas ocultos. A mais importante fonte teórica da nova direita italiana Julius Evola, misturava o Graal com os Protocolos dos Sábios de Sião, a alquimia com o Sacro Império Romano. O próprio fato de que, para demonstrar sua abertura mental, a direita italiana tenha recentemente ampliado seu ideário juntando De Maistre, Guenon e Gramsci é uma prova evidente de sincretismo.

Se remexerem nas prateleiras que nas livrarias americanas trazem a indicação “New Age”, irão encontrar até mesmo Santo Agostinho e, que eu saiba, ele não era fascista. Mas o próprio fato de juntar Santo Agostinho e Stonehenge, isto é um sintoma de Ur-Fascismo.

2. O tradicionalismo implica a recusa da modernidade. Tanto os fascistas como os nazistas adoravam a tecnologia, enquanto os tradicionalistas em geral recusam a tecnologia como negação dos valores espirituais tradicionais. Contudo, embora o nazismo tivesse orgulho de seus sucessos industriais, seu elogio da modernidade era apenas o aspecto superficial de uma ideologia baseada no “sangue” e na “terra” (Blut und Boden). A recusa do mundo moderno era camuflada como condenação do modo de vida capitalista, mas referia-se principalmente à rejeição do espírito de 1789 (ou 1776, obviamente). O iluminismo, a idade da Razão eram vistos como o início da depravação moderna. Nesse sentido, o Ur-Fascismo pode ser definido como “irracionalismo”.

3. O irracionalismo depende também do culto da ação pela ação. A ação é bela em si, portanto, deve ser realizada antes de e sem nenhuma reflexão. Pensar é uma forma de castração. Por isso, a cultura é suspeita na medida em que é identificada com atitudes críticas. Da declaração atribuída a Goebbels (“Quando ouço falar em cultura, pego logo a pistola”) ao uso frequente de expressões como “Porcos intelectuais”, “Cabeças ocas”, “Esnobes radicais”, “As universidades são um ninho de comunistas”, a suspeita em relação ao mundo intelectual sempre foi um sintoma de Ur-Fascismo. Os intelectuais fascistas oficiais estavam empenhados principalmente em acusar a cultura moderna e a inteligência liberal de abandono dos valores tradicionais.

4. Nenhuma forma de sincretismo pode aceitar críticas. O espírito crítico opera distinções, e distinguir é um sinal de modernidade. Na cultura moderna, a comunidade científica percebe o desacordo como instrumento de avanço dos conhecimentos. Para o Ur-Fascismo, o desacordo é traição.

5. O desacordo é, além disso, um sinal de diversidade. O Ur-Fascismo cresce e busca o consenso desfrutando e exacerbando o natural medo da diferença. O primeiro apelo de um movimento fascista ou que está se tornando fascista é contra os intrusos. O Ur-Fascismo é, portanto, racista por definição.

6. O Ur-Fascismo provém da frustração individual ou social. O que explica por que uma das características dos fascismos históricos tem sido o apelo às classes médias frustradas, desvalorizadas por alguma crise econômica ou humilhação política, assustadas pela pressão dos grupos sociais subalternos. Em nosso tempo, em que os velhos “proletários” estão se transformando em pequena burguesia (e o lumpesinato se auto exclui da cena política), o fascismo encontrará nessa nova maioria seu auditório.

7. Para os que se vêem privados de qualquer identidade social, o Ur-Fascismo diz que seu único privilégio é o mais comum de todos: ter nascido em um mesmo país. Esta é a origem do “nacionalismo”. Além disso, os únicos que podem fornecer uma identidade às nações são os inimigos. Assim, na raiz da psicologia Ur-Fascista está a obsessão do complô, possivelmente internacional. Os seguidores têm que se sentir sitiados. O modo mais fácil de fazer emergir um complô é fazer apelo à xenofobia. Mas o complô tem que vir também do interior: os judeus são, em geral, o melhor objetivo porque oferecem a vantagem de estar, ao mesmo tempo, dentro e fora. Na América, o último exemplo de obsessão pelo complô foi o livro The New World Order, de Pat Robertson.

8. Os adeptos devem sentir-se humilhados pela riqueza ostensiva e pela força do inimigo. Quando eu era criança ensinavam-me que os ingleses eram o “povo das cinco refeições”: comiam mais frequentemente que os italianos, pobres mas sóbrios. Os judeus são ricos e ajudam-se uns aos outros graças a uma rede secreta de mútua assistência. Os adeptos devem, contudo, estar convencidos de que podem derrotar o inimigo. Assim, graças a um contínuo deslocamento de registro retórico, os inimigos são, ao mesmo tempo, fortes demais e fracos demais. Os fascismos estão condenados a perder suas guerras, pois são constitutivamente incapazes de avaliar com objetividade a força do inimigo.

9. Para o Ur-Fascismo não há luta pela vida, mas antes “vida para a luta”. Logo, o pacifismo é conluio com o inimigo; o pacifismo é mau porque a vida é uma guerra permanente. Contudo, isso traz consigo um complexo de Armagedon: a partir do momento em que os inimigos podem e devem ser derrotados, tem que haver uma batalha final e, em seguida, o movimento assumirá o controle do mundo. Uma solução final semelhante implica uma sucessiva era de paz, uma idade de Ouro que contestaria o princípio da guerra permanente. Nenhum líder fascista conseguiu resolver essa contradição.

10. O elitismo é um aspecto típico de qualquer ideologia reacionária, enquanto fundamentalmente aristocrática. No curso da história, todos os elitismos aristocráticos e militaristas implicaram o desprezo pelos fracos. O Ur-Fascismo não pode deixar de pregar um “elitismo popular”. Todos os cidadãos pertencem ao melhor povo do mundo, os membros do partido são os melhores cidadãos, todo cidadão pode (ou deve) tornar-se membro do partido. Mas patrícios não podem existir sem plebeus. O líder, que sabem muito em que seu poder não foi obtido por delegação, mas conquistado pela força, sabe também que sua força baseia-se na debilidade das massas, tão fracas que têm necessidade e merecem um “dominador”. No momento em que o grupo é organizado hierarquicamente (segundo um modelo militar), qualquer líder subordinado despreza seus subalternos e cada um deles despreza, por sua vez, os seus subordinados. Tudo isso reforça o sentido de elitismo de massa.

11. Nesta perspectiva, cada um é educado para tornar-se um herói. Em qualquer mitologia, do “herói” é um ser excepcional, mas na ideologia Ur-Fascista o heroísmo é a norma. Este culto do heroísmo é estreitamente ligado ao culto da morte: não é por acaso que o mote dos falangistas era: “Viva la muerte!” À gente normal diz-se que a morte é desagradável, mas é preciso enfrentá-la com dignidade; aos crentes, diz-se que é um modo doloroso de atingir a felicidade sobrenatural. O herói Ur-Fascista, ao contrário, aspira à morte, anunciada como a melhor recompensa para uma vida heróica. O herói Ur-Fascista espera impacientemente pela morte. E sua impaciência, é preciso ressaltar, consegue na maior parte das vezes levar os outros à morte.

12. Como tanto a guerra permanente como o heroísmo são jogos difíceis de jogar, o Ur-Fascista transfere sua vontade de poder para questões sexuais. Esta é a origem do machismo (que implica desdém pelas mulheres e uma condenação intolerante de hábitos sexuais não-conformistas, da castidade à homossexualidade). Como o sexo também é um jogo difícil de jogar, o herói Ur-Fascista joga com as armas, que são seu Ersatz fálico: seus jogos de guerra são devidos a uma invidia penis permanente.

13. O Ur-Fascismo baseia-se em um “populismo qualitativo”. Em uma democracia, os cidadãos gozam de direitos individuais, mas o conjunto de cidadãos só é dotado de impacto político do ponto de vista quantitativo (as decisões da maioria são acatadas). Para o Ur-Fascismo os indivíduos enquanto indivíduos não têm direitos e “o povo” é concebido como uma qualidade, uma entidade monolítica que exprime “a vontade comum”. Como nenhuma quantidade de seres humanos pode ter uma vontade comum, o líder apresenta-se como seu intérprete. Tendo perdido seu poder de delegar, os cidadãos não agem, são chamados apenas pars pro toto, para assumir o papel de povo. O povo é, assim, apenas uma ficção teatral. Para ter um bom exemplo de populismo qualitativo, não precisamos mais da Piazza Venezia ou do estádio de Nuremberg.

Em nosso futuro desenha-se um populismo qualitativo TV ou Internet, no qual a resposta emocional de um grupo selecionado de cidadãos pode ser apresentada e aceita como a “voz do povo”. Em virtude de seu populismo qualitativo, o Ur-Fascismo deve opor-se aos “pútridos” governos parlamentares. Uma das primeiras frases pronunciadas por Mussolini no parlamento italiano foi: “Eu poderia ter transformado esta assembléia surda e cinza em um acampamento para meus regimentos”. De fato, ele logo encontrou alojamento melhor para seus regimentos e pouco depois liquidou o parlamento. Cada vez que um político põe em dúvida a legitimidade do parlamento por não representar mais a “voz do povo”, pode-se sentir o cheiro de Ur-Fascismo.

14. O Ur-Fascismo fala a “novilíngua”. A “novilíngua” foi inventada por Orwell em 1984, como língua oficial do Ingsoc, o Socialismo Inglês, mas certos elementos de Ur-Fascismo são comuns a diversas formas de ditadura. Todos os textos escolares nazistas ou fascistas baseavam-se em um léxico pobre e em uma sintaxe elementar, com o fim de limitar os instrumentos para um raciocínio complexo e crítico. Devemos, porém estar prontos a identificar outras formas de novilíngua, mesmo quando tomam a forma inocente de um talk-show popular.

Depois de indicar os arquétipos possíveis do Ur-Fascismo, permitam-me concluir. Na manhã de 27 de julho de 1943 foi-me dito que, segundo informações lidas na rádio, o fascismo havia caído e Mussolini tinha sido feito prisioneiro. Minha mãe mandou-me comprar o jornal. Fui ao jornaleiro mais próximo e vi que os jornais estavam lá, mas os nomes eram diferentes. Além disso, depois de uma breve olhada nos títulos, percebi que cada jornal dizia coisas diferentes. Comprei um, ao acaso, e li uma mensagem impressa na primeira página, assinada por cinco ou seis partidos políticos como Democracia Cristã, Partido Comunista, Partido Socialista, Partido de Ação, Partido Liberal. Até aquele momento pensei que só existisse um partido em todas as cidades e que na Itália só existisse, portanto, o Partido Nacional Fascista. Eu estava descobrindo que, no meu país, podiam existir diversos partidos ao mesmo tempo. E não só isso: como eu era um garoto esperto, logo me dei conta de que era impossível que tantos partidos tivessem aparecido de um dia para o outro. Entendi assim que eles já existiam como organizações clandestinas.

A mensagem celebrava o fim da ditadura e o retorno à liberdade: liberdade de palavra, de imprensa, de associação política. Estas palavras, “liberdade”, “ditadura” – Deus meu -, era a primeira vez em toda a minha vida que eu as lia. Em virtude dessas novas palavras renasci como homem livre ocidental.

Devemos ficar atentos para que o sentido dessas palavras não seja esquecido de novo. O Ur-Fascismo ainda está a nosso redor, às vezes em trajes civis. Seria muito confortável para nós se alguém surgisse na boca de cena do mundo para dizer: “Quero reabrir Auschwitz, quero que os camisas-negras desfilem outra vez pelas praças italianas!”. Ai de mim, a vida não é fácil assim! O Ur-Fascismo pode voltar sob as vestes mais inocentes. Nosso dever é desmascará-lo e apontar o indicador para cada uma de suas novas formas – a cada dia, em cada lugar do mundo. Cito ainda as palavras de Roosevelt: “Ouso dizer que, se a democracia americana parasse de progredir como uma força viva, buscando dia e noite melhorar, por meios pacíficos, as condições de nossos cidadãos, a força do fascismo cresceria em nosso país” (4 de novembro de 1938). Liberdade, liberação são uma tarefa que não acaba nunca. Que seja este o nosso mote: “Não esqueçam”.

Trechos de Umberto Eco, O Fascismo Eterno, em “Cinco Escritos Morais”, Tradução: Eliana Aguiar, Editora Record, Rio de Janeiro, 2002.

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Elielson
Elielson
4 dezembro de 2009 4:34 am

…Devo dizer que as vezes sou tentado a acreditar, que a roda de poder, não sendo um sistema que afaste os mais gananciosos e egoistas, parece manter uma certa qualidade corrupta, abrigando o mal num extremo em que ele fica exposto. A sabedoria-padrão-inofensiva dos interpretes criticos (como eu) tbm é recheada de vontade (vê-se que é pelo reconhecimento que ocorre a valorização do ato PODEROSO), já que a própria manifestação é uma escalada ou uma queda do sentimento, que repudia como se acatasse. Reis da terra só fingem melhor, tornam-se micro-buracos-negros-holograficos-desalmadoss, e talvez alcancem os focos de poder por serem… Read more »

Mcnaught
Mcnaught
4 dezembro de 2009 7:32 am

Kiabo Azul…

aham, isso mesmo.

Apesar de sempre achar que nunca podemos generalizar, acredito que este 40% pode diminuir muito rs. Ainda mais se colocarem o dinheiro “vivo´´ na frente da pessoa rs. Eita que a cueca vai ficar com volume pra tudo quanto é lado rs.

[]´s

Mateus
Mateus
11 dezembro de 2009 7:48 am

Com certeza vivemos em uma ditadura, mas atualmente encontrou-se uma maneira muito mais eficaz de controle sobre o povo. Pra que exercito nas ruas se temos a TV educando o povo? E no futuro será ainda melhor, teremos a TV Digital! Que Maravilha!!!!! Quanto a questão da tradição, precisamos ter muito cuidado…assim como não podemos e nem devemos ter aversão ao “desenvolvimento”, isso vale também para as tradições. Tradições são o que diferenciam povos e culturas, atualmente com o processo de “globalização” as tradições locais estão se perdendo e se transformando na cultura do dominador. Esse fato é bastante perigoso,… Read more »

luciano gonçalves coelho
luciano gonçalves coelho
14 dezembro de 2009 7:04 am

Meu caro Acid, sempre li seus artigos no Somostodosum e mesmo vc pedindo para não acreditar no que vc escrevia, pois não é tão culto quanto parece, cheguei a conclusão que depois desse dois artigos sobre o fascismo instalando uma ditadura aqui no Brasil com Lula e Dilma eu passei realmente a acreditar que vc está totalmente equivocado, ou pertence a algum ramo das cinco famiglias donas da mídia tupyniquin, ou seja os frias, os marinhos, os civitas, os saads ou mesquitas, pois as suas idéias são literalmente em cima do que tanto eles batem, baseados em artigos do morto-vivo… Read more »

luciano gonçalves coelho
luciano gonçalves coelho
15 dezembro de 2009 8:43 pm

Meu caro Acid, nunca fui petista, nunca fui cabo eleitoral de ninguém. Tenho 68 anos, sou médico, natural do Recife, e vim trabalhar em Minas Gerais há 38 anos e acabei aqui ficando. Posso testemunhar que ao longo desses anos passei a ser um animal político desde os 12 anos, quando do suicídio de Getulio e meu pai me deu um jornal para que eu entendesse o momento em que o país passava. Nunca mais desgrudei das noticias. Bebia tudo que lia sobre política e políticos e posso te afirmar que nunca deixou de existir corrupção entre eles e as… Read more »

Acid
Acid
15 dezembro de 2009 11:27 pm

Bem, vc falou o que pensava, eu falei o que pensava, é assim que se faz a democracia. Ninguém precisa realmente ganhar debate. Mas não posso deixar de acrescentar uma nota irônica, tendo em vista a notícia que vi logo após seu comentário, e que sintetiza bem nossa discussão: enquanto vc fala do Brasil “bem na fita”, no exterior, eu me preocupo com o Brasil que eu gostaria de ver DAQUELE PT (que NÃO era o partido do “rouba mas faz”) que eu acreditei que levantaria meu país, não só com ações de efeito pro exterior, ou pro desdentado, pro… Read more »

Anônimo
Anônimo
16 dezembro de 2009 4:41 pm

Caroneando…

E o silêncio também de seus próprios adversários em relação as invetigações sobre lula no final dos anos 90.

Acid
Acid
16 dezembro de 2009 5:43 pm

E o conveniente esquecimento sobre o caso Celso Daniel, e sobre o mensalão que “nunca existiu”. Não se pode esquecer que Lula foi eleito da primeira vez com apoio praticamente irrestrito da imprensa (inclusive a Globo) e que o plano econômico do governo Lula é uma declarada continuação do iniciado pelo time de FHC (aliás, lembro bem da campanha, de Lula garantindo que não mexeria nada).

luciano gonçalves coelho
luciano gonçalves coelho
16 dezembro de 2009 10:27 am

Sem querer plagiar o Cristo, “em verdade, em verdade vos digo”, as nossas diatribes são absolutamente em prol de um país mais justo, mais fraterno e menos violento.Eu não penso nunca em partido político. Penso em homens de bem, como bem escreveu Kardec. A minha insatisfação é com essa imprensa tendenciosa e que sempre se locupletou e favoreceu aqueles a que ela elege, blindando outros corruptos de partidos que ela se associa. Tá acontecendo a Confecon e as grandes emissoras de TV, e os jornalões estão boicotando, pois temem novas regras para “liberdade(ou libertinagem)de expressão, quando na verdade elas querem… Read more »

alguns neutrinos
alguns neutrinos
16 dezembro de 2009 2:35 pm

Luciano Coelho,

O que o colega teria a nos dizer sobre as relações entre o nosso presidente e o Foro de São Paulo, e o assombroso silêncio da mídia por mais de dez anos acerca deste?

NonSenzo
NonSenzo
22 dezembro de 2009 3:30 pm

Incoerente este texto com o resto de textos postados. Voto (seja onde isso for) para o fim da intolerância e da análise política unicéfala.

kiabo azul
kiabo azul
3 dezembro de 2009 8:56 pm

mcnaught
na época do mensalão, fizeram uma pesquisa mostrando que 60% dos entrevistados aceitariam o mensalão se estivessem na politica. Agora resta saber qtos dos 40% falaram que não aceitariam por esta sendo entrevistado ali na hora… é por isso que sempre falo: vai tirar esses politicos e botar quem?? tem o ladrão ostensivo, como os politicos corruptos e os ladrões latentes que são os que por exemplo não devolvem o troco errado.

il duce
il duce
3 dezembro de 2009 3:33 pm

10 Ways YOU Can Fight Fascism Around the World

http://www.brainsturbator.com/articles/10_ways_you_can_fight_fascism_around_the_world/

<< Links são nossos amigos >>

Mcnaught
Mcnaught
3 dezembro de 2009 1:46 pm

Existe tb o fato de que muita gente fica revoltada, porque tb gostaria de estar com a cueca cheia de dinheiro.

É a revolta a base de inveja, a boca ofende enquanto a mente diz: ´´Ai, como eu queria aquela grana toda.´´

Sim, o ser humano é um animal político… e corrupto.

[]´s

adriano
adriano
1 dezembro de 2009 10:05 pm

Os últimos textos sobre política foram realmente muito bem selecionados/ elaborados. Apresentam uma visão mais sóbria e idéias mais concretas do que os textos de tom desesperado que estão pululando por aí!

Enfim… também acho que no Brasil as coisas venham pendendo fortemente pra esse lado.

Lionheart
Lionheart
2 dezembro de 2009 6:43 am

Adriano, de onde você tirou essa questão da foto?
Sinceramente, não acho que o presidente Lula tenha pensado muito antes de fazer o famoso comentário da “marolinha”. Penso que foi mais um palpite impulsivo, tão próprio da personalidade dele. Agora, se os fatos confirmarem tal palpite, melhor para nós! E para ele também.
Cá entre nós, parece até que o “my man” nasceu com o @#& virado pra lua! rsrsr

Elielson
Elielson
2 dezembro de 2009 7:43 am

Cada nucleo tem seu fascismo, resultando numa reunião de loucos onde os fulanos que não gostam de beltranos elegem os ciclanos, os ciclanos contratam o melhor publicitário, e este por sua vez, sim, é um sincretista-ocultista do mal que quando não faz o melhor apelo dramático ao repasse de responsabilidade ao modelo de homem perfeito que inventa para que o eleitor mesmo não o sendo acredite que exista, faz apenas ocupar uma posição onde assina notas de serviço prestado, já que propaganda vem da idéia e o profissional cobra quanto quiser do governo para tê-la, idéias que coincidentemente não só… Read more »

Pers
Pers
2 dezembro de 2009 10:04 am

Ah, se o Lula quisesse um terceiro mandato, tava fácil, mas ele não quer. Essa de “totalitário” não cola.

O PT é um lixo, mas o resto é um lixo mais fedorento.

Acid
Acid
2 dezembro de 2009 10:25 am

Vc acha que Dilma não é Lula? O PT tentou aprovar no Congresso por TRÊS vezes a recandidatura de Lula, mas todas as vezes repercutiu muito mal na imprensa, aí blindam Lula dizendo que ele não sabia, que o pedido foi feito “espontaneamente”, que era pra comprar Panetone pras crianças, essas coisas com as quais estamos acostumados…

adriano
adriano
2 dezembro de 2009 10:34 am

Lionheart,

essa questão caiu na prova do Enade, causou bastante polêmica. Parece que teve mais coisa, além disso.

Acid
Acid
2 dezembro de 2009 11:03 am

O Brasil já está no aquecimento para as Olimpíadas 2016! Na construção de cinco hospitais no Pará, a Construtora Camargo Corrêa pagou propinas para o PT e o PMDB. R$ 260 mil para um e R$ 130 mil para o outro.
http://www.prosaepolitica.com.br/2009/12/02/procuradora-ve-propina-a-pt-e-pmdb/

Jussara Gonzo
Jussara Gonzo
2 dezembro de 2009 1:13 pm

Fascismo, totalitarismo, absolutismo… estas coisas jamais vãod esaparecer, sabe por quê? Porque o ser humano é, esencialmente, uma criatura fraca e apavorada, que não suporta provações e responsabilidades. Por isso a maiora prevere eleger um “líder forte” e ser guiado… no final, se tudo der errado, a culpa será do tal líder.

Fellini
Fellini
2 dezembro de 2009 5:54 pm

Muito legal vc ter encontrado este texto do Eco.

Saindo da Matrix escreveu:

Prestem atenção e vejam se não reconhecem características de um certo governo e uma certa religião

Resp:

Está dificil…quantas chances eu tenho? Rsss…

Mas se não estou equivicado a palavra “tradição” é muito utilizada por aqui…talvez seja uma pista.

🙂

Solius - uns poucos neutrinos
Solius - uns poucos neutrinos
4 dezembro de 2009 2:42 pm

“vejam se não reconhecem características de um certo governo e uma certa religião”

Não amigo. O Fascismo, inclusive, tem as mesmas origens anti-cristãs de outras ideologias totalitárias. Ademais, vale dizer que se por um lado meu discurso traz por vezes alguns elementos perenialistas, por outro, isto não significa que eu esteja totalmente de acordo com tudo o que é dito pelos representantes daquele pensamento.
Ainda, a visão evoliana sobre o Fascismo é algo que vale a pena uma pesquisada. Só não desenvolvo agora por aqui por falta de tempo.

Abraço

Coringa
Coringa
2 dezembro de 2009 7:54 pm

Por que o Brasil é um ótimo ‘terreno’ para fascistas e outras corjas? Cerca de 28% da população brasileira ainda pode ser classificada como analfabeta funcional, enquanto somente 25% dominam plenamente o uso da língua. O estudo do IPM mostra ainda que ir à escola não é garantia de aprendizagem: 10% dos brasileiros que estudaram até a 4ª série são analfabetos e apenas 6% atingem o nível pleno de alfabetização. Entre os que cursaram ou cursam da 5ª a 8ª série, apenas 24% ainda permanecem no nível rudimentar e apenas 15% podem ser considerados plenamente alfabetizados. obs: Há diversos conceitos… Read more »

Fellini
Fellini
2 dezembro de 2009 9:52 pm

E por falar em educação, minha homenagem aos professores:

http://www.youtube.com/watch?v=uceVhIgNGVg

Raça heróica…

🙂

Shaka Kama-Hari/ Rafael Vilaça
Shaka Kama-Hari/ Rafael Vilaça
1 dezembro de 2009 11:30 pm

Sim, o fascismo está tão vivo quanto seus atuais líderes: http://www.youtube.com/watch?v=VRJaeTi1Lxo&feature=player_embedded Berlusconi é um fascista assumido. E o mais interessante é que a Itália é um berço de antagonismos: De liberais à conservadores, de comunistas à fascistas e de católicos à humanistas seculares… Sobre a questão do parlamento: “Cada vez que um político põe em dúvida a legitimidade do parlamento por não representar mais a “voz do povo”, pode-se sentir o cheiro de Ur-Fascismo.” Creio que essa frase exprima o sentido totalitário da palavra, porque na mesma Itália assim como nos países nórdicos está florescendo a filosofia da Democracia Direta… Read more »

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