JUNG: PERSONA COMO SEGMENTO DA PSIQUE COLETIVA

No post A mente dos profetas coloquei um trecho do psiquiatra suíço Carl Jung, onde ele nos fala que, através da anexação das camadas mais profundas do inconsciente (chamado por ele de “inconsciente coletivo”), se produz uma ampliação da personalidade que pode levar ao estado de “semelhança a Deus”. Vejamos agora a versão mais completa do capítulo do livro O eu e o inconsciente (do próprio Jung), onde estava inserido o referido texto, para compreendermos melhor o processo:

Tal estado ocorre mediante o mero prosseguimento do trabalho analítico, através do qual são devolvidas à consciência partes reprimidas da personalidade, somadas a certas qualidades básicas e impessoais da humanidade, fato este que provoca uma ampliação, que pode ser encarada como uma consequência desagradável da análise.

A personalidade consciente parece-nos um segmento mais ou menos arbitrário da Psique Coletiva. Ela resulta do desconhecimento a priori de fatores humanos fundamentais, da repressão mais ou menos involuntária de uma série de elementos psíquicos e característicos que poderiam ser conscientes, e cuja finalidade é estabelecer aquele segmento da Psique Coletiva a que demos o nome de Persona. A palavra Persona é realmente uma expressão muito apropriada, porquanto designava originalmente a máscara usada pelo ator, assinalando o papel que este ia desempenhar na peça. Se tentarmos estabelecer uma distinção exata entre o material psíquico consciente e inconsciente logo nos encontraremos diante do maior dilema: no fundo teremos de admitir que as afirmações acerca do inconsciente impessoal são coletivas. Acontece porém que a Persona, sendo um recorte mais ou menos arbitrário e acidental da Psique Coletiva, cometeríamos um erro se a considerássemos no todo como algo de individual. Como seu nome revela, ela é uma simples máscara da Psique Coletiva, máscara que aparenta uma individualidade, procurando convencer aos outros e a si mesma que é individual, quando na realidade não passa de um papel ou desempenho através do qual fala a Psique Coletiva.

Ao analisarmos a Persona, dissolvemos a máscara e descobrimos que, aparentando ser individual, ela é, no fundo, coletiva. Deste modo surpreendemos “a pequena divindade humana” em sua origem, o Deus geral personificado pela Psique Coletiva. Por fim, com espanto, percebemos que a Persona não é mais que a máscara da Psique Coletiva.

Seria porém incorreto encerrar o assunto sem reconhecer que há algo de individual na escolha e na definição da persona; embora a consciência do eu possa identificar-se com ela de modo exclusivo, o si mesmo inconsciente, a verdadeira individualidade, não deixa de estar sempre presente, fazendo-se sentir de forma indireta. Assim, apesar do eu consciente identificar-se com a Persona – essa figura de compromisso que aparentamos diante da coletividade –, o si mesmo inconsciente não pode ser reprimido a ponto de tornar-se imperceptível. Sua influência manifesta-se principalmente nas manifestações contrastantes e compensadoras do inconsciente.

Uma vez abolidas as repressões de ordem pessoal, a individualidade e a Psique Coletiva começam a emergir, fundidas uma na outra, liberando as fantasias pessoais até então reprimidas. Aparecem sonhos e fantasias, que se revestem de um aspecto diferente, mas que possuem uma característica infalível: seu caráter “cósmico”, tais como tempo e espaço infinitos, a enorme velocidade e a extensão dos movimentos, conexões “astrológicas”, analogias telúricas, lunares e solares, etc. O aparecimento evidente de elementos cósmicos indica a situação daquilo que chamamos “semelhança a Deus”. Esta circunstância é anunciada muitas vezes por sintomas peculiares: sonhos em que se voa através do espaço, a modo de um cometa, ou se tem a impressão de ser a terra, o sol ou uma estrela; ora se é extraordinariamente grande ou extraordinariamente pequeno, ou então, como um morto, chega-se a um lugar estranho, num estado de alheamento, confusão, loucura, etc. Pode-se também experimentar sentimentos de ordem corporal, por exemplo, que se é enorme, gordo demais; submersões ou ascensões infinitas, inflação corporal ou vertigem. Psicologicamente, esta situação é caracterizada por uma falta de critério acerca da própria personalidade ou sobre aquilo que realmente se é; ou então a pessoa se sente particularmente segura em relação àquilo que aparentemente se tornou.

JUNG: PERSONA COMO SEGMENTO DA PSIQUE COLETIVA

“Quem é você?”, perguntou a Lagarta.
Não era uma maneira encorajadora de iniciar uma conversa. Alice retrucou, bastante timidamente:
“Eu – eu não sei muito bem, Senhora, no presente momento – pelo menos eu sei quem eu era quando levantei esta manhã, mas acho que tenho mudado muitas vezes desde então”.

Lewis Carroll – Alice no país das maravilhas

A influência, por parte do inconsciente, pode manifestar-se sob a forma de uma recaída na neurose, sob a forma de uma “semelhança a Deus” positiva ou negativa, como já foi dito; ou de outras formas que se caracterizam por uma desorientação relativa à posição da individualidade. É este um estado ao qual se deve pôr fim o mais depressa possível, pois é muito grande sua analogia com um desequilíbrio psíquico. A essência da maioria dos desequilíbrios psíquicos não-orgânicos se caracteriza pelo fato de que a função do consciente é reprimida e substituída em grande parte pelo inconsciente. A função da realidade é usurpada pelo inconsciente, que toma o valor de realidade. Os pensamentos inconscientes soam como vozes, tornam-se plásticos como visões, perceptíveis como alucinações corpóreas, ou então se transformam em idéias fixas de natureza demente, prevalecendo sobre a realidade.

De modo semelhante, mas não idêntico, o inconsciente é deslocado para o consciente, através da dissolução da Persona na Psique Coletiva. A diferença relativamente à perturbação psíquica reside no fato de se poder liberar o inconsciente por meio da análise consciente; pelo menos é assim no início da análise, quando as fortes resistências culturais contra o inconsciente ainda devem ser superadas. Mais tarde, depois da remoção de barreiras antiquíssimas, o inconsciente costuma manifestar-se com maior espontaneidade, até mesmo jorrando, às vezes, por assim dizer, no consciente. Nesse estágio é grande a analogia com uma perturbação do equilíbrio psíquico (como, por exemplo, os momentos de inspiração que, no gênio, têm uma semelhança pronunciada com estados patológicos). Só se pode falar numa verdadeira doença mental quando o conteúdo do inconsciente toma o lugar da realidade consciente.

Tentativas de libertar a Individualidade da Psique Coletiva

a) Restabelecimento regressivo da Persona

Sendo insustentável a identificação com a Psique Coletiva impõe-se, como já foi dito, uma solução radical.
Há dois caminhos que levam à dissolução do “estado de semelhança a Deus“: o primeiro é a possibilidade de tentar restabelecer regressivamente a Persona anterior, visando sujeitar o inconsciente através de uma teoria redutora; por exemplo, considerando-o “nada mais do que” uma manifestação da sexualidade infantil reprimida, ou repudiar o inconsciente como algo de inútil, infantil, carente de sentido, absurdo e obsoleto. Não há mais nada a fazer senão dar de ombros, negar-lhe o valor e resignar-se. Se o indivíduo quiser voltar a uma vida razoável deverá reconstituir, da melhor maneira possível, o segmento da Psique Coletiva a que chamamos Persona, silenciar os acontecimentos da análise, deixando-os de lado e se possível esquecer que possui um inconsciente. Poderá ater-se às palavras do poema Fausto, de Goethe:

“Conheço demasiadamente o círculo da terra,
O mais além é vedado ao nosso olhar;
Tolo! Quem para lá dirige os olhos ofuscados
Inventa seu duplo nos abismos do ar!
Decida-se aqui e não se perca além;
Para o homem bom o mundo tem finalidade
Sem que se perca em vão na eternidade!
O que distingue, bem pode dominar.
Deixá-lo seguir ao longo dos terrestres dias;
Que os fantasmas assombrem, segue sua via,
Ao caminhar encontra a dor e o contentamento,
Mas ai! para sempre o eterno descontente.”

Goethe; Fausto

Tal solução seria perfeita se o homem pudesse desembaraçar-se por completo do inconsciente, privando-o de sua libido, de forma a torná-lo inativo; mas como a experiência mostra não se pode privar o inconsciente de sua energia, ele continua atuante; não só contém a libido, mas é sua fonte mesma, a partir da qual fluem os elementos psíquicos originários, os pensamentos de tonalidade afetiva ou os sentimentos de tonalidade reflexiva e todos os germes indiferenciados das possibilidades formais e dos sentimentos. Seria, portanto, ilusório acreditar que através de alguma teoria ou método mágico poder-se-ia esgotar a libido do inconsciente, eliminando este último.

Não é fácil analisar o inconsciente e portanto situá-lo. Ninguém lhe arranca a força atuante por muito tempo. Tentar fazê-lo é iludir-se, é reeditar o habitual processo de repressão. Ainda em Fausto, Mefistófeles deixa uma possibilidade aberta, que não se deve negligenciar, pois ela corresponde a uma realidade. Ele diz a Fausto, a quem repugna “a loucura da magia” e que de bom grado renunciaria à cozinha das bruxas:

“Pois bem, eis o caminho mestre
Sem médico, dinheiro ou bruxaria:
Retorna à vida campestre,
Cava e lavra descuidado
Conserva-te e à tua mente
Num círculo bem limitado
Come da terra somente;
Animal entre animais, esterca
O campo que cultivares.”

Goethe; Fausto

Quem tiver verdadeiramente a possibilidade de viver tal vida, não correrá jamais o risco de naufragar em outras possibilidades, uma vez que sua natureza não o incita a um problema que ultrapassa sua capacidade de apreensão. Mas se ele deparar com o grande problema, não terá nem mesmo aquela saída.

b) A identificação com a Psique Coletiva

Este é o segundo caminho para libertar a individualidade. Ele equivale a aceitar o estado de “semelhança a Deus”, exaltado agora como um sistema. Em outras palavras, o indivíduo é o feliz possuidor da grande verdade, que ainda estava à espera de ser descoberta, o senhor do conhecimento escatológico para a salvação das nações. Tal atitude não implica a megalomania em sua forma direta, mas sim na forma atenuada e conhecida do profeta e mártir. As mentes fracas correm o risco de sucumbir a esta tentação, porque se caracterizam geralmente por uma boa dose de ambição, amor-próprio e ingenuidade descabida. Abrir a passagem da Psique Coletiva significa uma renovação de vida para o indivíduo, quer seja agradável ou desagradável. Todos querem agarrar-se a esta renovação: uns, porque assim aumentam sua sensação de vida, outros, porque vêem nisso a promessa de um conhecimento mais amplo. Por conseguinte ambos, se não quiserem renunciar aos grandes valores enterrados na Psique Coletiva, deverão lutar de um modo ou de outro, a fim de manter a ligação recém-descoberta com os fundamentos originários da vida. A identificação parece ser o caminho mais curto, pois a dissolução da Persona na Psique Coletiva é um convite formal para as bodas com este “mar da divindade”, apagando-se toda memória nesse abraço. Este traço de misticismo é característico dos melhores indivíduos e é tão inato em cada qual como a “nostalgia da mãe”, nostalgia da fonte da qual provimos.

Como já mostramos anteriormente, há na raiz da nostalgia regressiva, concebida por Freud como uma “fixação infantil” ou “desejo incestuoso”, um valor e uma necessidade especiais. Tal fato se revela com clareza nos mitos em que o herói é o melhor e o mais forte dentre os homens de seu povo; é ele que segue essa nostalgia regressiva, expondo-se deliberadamente ao perigo de ser devorado pelo monstro do abismo materno. Mas é herói, afinal de contas, justamente porque não é devorado, vencendo o monstro, não uma, porém muitas vezes. A vitória sobre a Psique Coletiva, e só ela, confere o verdadeiro valor, a captura do tesouro oculto, da arma invencível, do talismã mágico ou daquilo que o mito determina como o mais desejável. Assim, pois, o indivíduo que identificar-se com a Psique Coletiva ou, em termos do mito, que for devorado pelo monstro, nele desaparecendo, estará perto do tesouro guardado pelo dragão, mas involuntariamente e para seu próprio mal.

Esta opinião se afigura como a única válida para o homem contemporâneo, que sente e pensa dentro dos moldes científicos; isto não se verifica, porém, em relação aos assim chamados homens cultos, cujo número é extraordinariamente grande e que não concebem o cientificismo como um princípio da ética do pensar superior ao seu próprio espírito; a ciência, para eles, é apenas um meio que apóia os dados da experiência interior, proporcionando-lhes uma validez geral. Ninguém que se dedique à psicologia pode dissimular que ao lado de um número relativamente limitado dos que cultuam o cientificismo ou o tecnicismo, pululam na humanidade os representantes de um princípio inteiramente diverso. A astrologia floresce hoje como sempre. A Christian Science inunda a América e a Europa. Centenas de milhares de pessoas, deste e do outro lado do oceano, são adeptos ferrenhos da Teosofia e da Antroposofia. Quem pensar que os Rosacruzes são uma lenda do passado vê-los-ia ainda hoje vivos como outrora, se tivesse os olhos abertos. A magia popular e as ciências ocultas também não morreram. Não se acredite porém que só a ralé está ligada a essas superstições. Todo mundo sabe que é preciso subir muito para encontrar os representantes do outro princípio.

Quem se interessar pela verdadeira psicologia humana deve considerar tais fatos. Se uma porcentagem tão grande do povo sente a necessidade inextinguível desse pólo oposto ao espírito científico, então podemos estar certos de que a Psique Coletiva em todo indivíduo – por mais que se incline para a ciência – possui na mesma medida esta exigência psicológica. Um certo ceticismo e criticismo “científico” da nossa época não são mais do que compensações frustradas do impulso supersticioso, forte e profundamente enraizado na Psique Coletiva. Já presenciamos a sujeição total de cabeças excessivamente críticas a essa exigência da Psique Coletiva, seja direta, seja indiretamente, ao transformarem sua teoria científica particular num fetiche.

Assim sendo, o perigo da sujeição à Psique Coletiva, mediante o processo da identificação, não é pequeno. Quando ocorre a identificação, dá-se um retrocesso, cria-se um disparate a mais e, além de tudo, trai-se o princípio da individuação sob a máscara da ação individual, na névoa da presunção de que se descobriu o seu ser mais profundo. Na realidade, não se descobriu o seu ser mais profundo, mas sim as eternas verdades e erros da Psique Coletiva. Na Psique Coletiva perde-se justamente de vista o seu ser mais profundo.

Por isso, a identificação com a Psique Coletiva é um fracasso, que termina de forma tão lamentável como no primeiro caminho, que separa a Persona da Psique Coletiva.

Continua

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Ancião
Ancião
10 março de 2008 11:13 pm

minhas filhas dizem isto tirando onda com minha cara.
É derivado dos rosacruzes sim. Tem a biografia dele. Você conhecia? caso positivo o que acha? Já li umas tres vezes, nestas profecias que agente encontra sempre há algo de convicente mas as datas sempre são diferentes. Eu fico naquela, seja o que Deus quiser. Combina com a idéia do Universo multidimensional, quero dizer…eu acho.

Tashi
Tashi
7 março de 2008 12:12 pm

Oi Anciao, Nao consegui abrir o link que voce deixou. Concordo com voce que a ciencia muitas vezes desvaloriza as experiencias misticas e religiosas, e eh por isso que admiro Jung, ele de uma maneira cientifica atraves de muita pesquisa e estudo das religioes, mas principalmente atraves de sua busca e propria experiencia e vivencia, trouxe um novo entendimento nessa area, mostrou que essas experiencias sao em comum no ser humano, independente da religiao, Pais, raca e costumes, e dai a conclusao da psique coletiva (totalidade) e de todos os outros conceitos da psicologia de Jung. Depois da psicologia analitica… Read more »

Olim
Olim
7 março de 2008 10:47 am

Se quiserem ter um “material-guru” que poderá levar meses, anos, séculos, trocentas eternidades(ou nada de tempo algum) para compreender (ou não!): “Nossa Luz Interior”, de J. Krishnamurti. Um livro bem pequeno, mas que comporta infinitas profundidades. Quando lê e se relê parece que o conteúdo é sempre novo, mas -assim creio- nós é que mudamos(tipo o lance da colher se curvando no filme Matrix). Por outro lado é um livro que não recomendo a ninguém, pois é uma imersão em terrenos movediços que as revoluções internas nos convocam a encarar aquilo que menos compreendemos: nós mesmos. Como nada é realmente… Read more »

Ancião
Ancião
7 março de 2008 3:11 am

“…ir devagarzinho resgatando seu pequeno inconsciente (sombra, complexos, etc) e assim liberando o inconsciente coletivo, e nesse movimento a consciencia nao se perde no inconsciente…” Oi Tashi, Intuitivamente acho que é bem por aí, desta forma que você expôs consegui levar meu barco um pouquinho mais afastado da praia. Processo de individuação, atingir a talidade, será algo assim? (http://www.chalegre.com.br/zendo/texts/index.php?id=103) Uma das coisas que percebo é que os mestres de tradições orientais milenares descobrem as coisas mas estas não são aceitas. Até que um cientista chega a mesma ou perto da mesma conclusão de forma puramente intelectual e a rebatize com… Read more »

Emanuelly
Emanuelly
6 março de 2008 8:47 pm

A ultima frase eh uma fala do filma O senhor dos aneis,antes de serem atacados por uma criatura vinda das aguas ,diante de uma caverna selada..

Tashi
Tashi
6 março de 2008 12:20 pm

Tiagotroll, Muito bonito esse conto que voce postou, de fato, aqueles que dissolvem sua individualidade na psique coletiva, parecem como loucos, ou muitas vezes se tornam loucos por perderem de vista a realidade, mas nesse caso, ele se assemelha a louco mas nao perdeu a realidade de seu objetivo, e segue em frente em busca do tesouro (a princesa) e se tornar Rei, me lembrei do livro do Jung, Mysterium Coniunctionis, que eh o estudo da separacao e composicao dos opostos psiquicos segundo a Alquimia. Lah ele fala da simbologia do casamento alquimico e do nascimento do novo Rei jah… Read more »

Emanuelly
Emanuelly
6 março de 2008 11:52 am

So acho que eesa tarefa de “peitar “ o inconciente eh tarefa de herois…E não eh tarefa pra maioria da humanidade,reles guardadores de porcos,camponeses e aldeões(eu estando ai incluida^^). O inconciente Eh AQUELE CUJO NOME NÃO PODE SER PRONUNCIADO^^.Eh o monstro do Abismo.Eh aquilo que EH e oa mesmo tempo o que não eh.. So em falar dele sinto um temor vago no coração.Perde-se nele eh encontrar a dissolução final,a morte do espirito.Prefiro viver com minha pequena chama de individualidade,mesmo que mesquinha ,insignificante e burra. Pra que tentar analizar o que ele eh,se não conseguimos doma-lo???Se ele eh força bruta… Read more »

gadarf
gadarf
6 março de 2008 10:59 am

Muito interessante.

Mcnaught
Mcnaught
6 março de 2008 8:27 am

“Já presenciamos a sujeição total de cabeças excessivamente críticas a essa exigência da psique coletiva, seja direta, seja indiretamente, ao transformarem sua teoria científica particular num fetiche.´´
Olha só a alfinetada rs…

Bruno vc esta empolgado mesmo com esse planeta, rs. Vou pesquisar a respeito de suas dicas. Valeu.

[]´s

bruno
bruno
5 março de 2008 11:28 pm

BOMBA: nós provamos, pelo site da NASA, que o Nibiru existe e dá uma volta em torno do Sol a cada 580 anos. Veja em nossa lista http://br.groups.yahoo.com/group/expansaodaconsciencia

Quem quiser discutir o assunto, por favor, entre na lista. É gratuita e sem fins comerciais.

tiagotroll
tiagotroll
7 março de 2008 4:02 pm

Acredito que meu comentário anterior tenha de alguma forma ofendido (?!) os leitores deste Blog (talvez por isso tenham sido ignoradas minhas palavras), aqueles a quem ofendi peço desculpas (isso inclui você Acid…), mas sabem como é “Littera scripta manet, verbum at inane perit” o que está dito está dito, no julgo as máscaras são mecanismos úteis na vida de todos, não do ponto de vista transcendental, mas muito pelo contrário nas relações aparentemente ordinárias do dia a dia, onde aqueles que se identificam com essa máscara teatral ou mesmo confundem O Existir com um mero papel social (EGO), está… Read more »

Coringa
Coringa
7 março de 2008 4:13 pm

De minha parte, não vi nada de ofensivo em seu comentário Tiagotroll…achei inclusive bastante pertinente ao tema e bem interessante.

Tashi
Tashi
7 março de 2008 5:06 pm

Ola Tiagotroll, Tambem nao vi nada de ofensivo em seu coment, e concordo com o Coringa, bem pertinente ao tema. Dificil eh quebrar a identificacao da consciencia ao ego, por isso como voce disse, eh um processo que se repete continuamente num movimento circular em espiral em direcao ao centro. O Tolo jah eh livre dos conceitos da sociedade, caminha por si-mesmo em busca da realizacao, independente da opiniao alheia, observe que nele o ego jah nao exerce influencia em oposicao a sua busca, mas pelo contrario, eh fiel a voz interior. Esse eh o caminho, nos reconciliarmos primeiro com… Read more »

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
10 março de 2008 10:14 pm

Sacanagem essa do 1.0… hehehhe
E quando a pessoa é ágil mentalmente, é o que? 2.4?

E esse site que vc linkou? É um derivado dos Rosacruzes?

Ancião
Ancião
10 março de 2008 9:22 pm

SDM, este seu site é simplesmente extraordinário, tento acompanhar todos os temas mas lentamente para não me perder nos detalhes. Minhas filhas costumam me chamar de 1.0 quando me contam uma história qualquer porque fico ruminando o assunto um tempão para não entender errado. Queria saber se alguém conhece esta profecia planetária que achei neste link: http://svmmvmbonvm.org/Revel.pdf
Acho que é algo parecido com esta do Nibiru.

Coringa
Coringa
9 março de 2008 1:17 pm

pô, mas convenhamos, existem as ‘interpretações’ não conspiratórias. A interpretação ‘séria’ em relação ao assunto, é baseada nas traduções das tábuas Sumérias, que faz referência a um planeta cuja órbita ‘excêntrica’ completa-se a cada tantos séculos e, segundo cálculos, esta aproximação ao nosso sistema dar-se-ia agora. Paranóias à parte, somam-se à isto o calendário Maia e outras ‘previsões’ históricas que parecem ‘conspirar'(rs) para tais especulações.
Td bem que falta maior embasamento científico massss, no mínimo, é curiso/interessante, não é?

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
9 março de 2008 12:58 pm

Pra quem curte teoria da conspiração a moda agora é NIBIRU, o tal Planeta X.

http://www.yuwie.com/videos/watch.asp?r=488034&id=2632

Pode até ter alguma verdade nisso tudo (afinal, aquela noticia do silo na Noruega com as sementes da Terra realmente me assustou) mas a parte em que o video sugere que Nibiru é uma estação de batalha (deathstar?!) pra Aliens que querem nos escravizar é hilária, e só por isso recomendo o vídeo!

bruno
bruno
9 março de 2008 4:31 pm

para quem gostou do assunto nibiru ou planeta x, convido voces a visitarem a comunidade a qual faço parte http://br.groups.yahoo.com/group/expansaodaconsciencia/

Estamos discutindo o assunto há alguns dias e estamos tentando ficar mais na parte da ciência, física, astronomia, além de possíveis provas arqueológicas, biblicas e de povos antigos. Ou seja, mais na logica e razão, sem fanatismo sobre teorias apocalípticas ou ufológicas/espíritas. E parece que o assunto é muito interessante e curioso, sendo o estudo serio, sem fanatismos ou ceticismo, de suma importância.

Entao, entrem e serão bem-vindos.

http://br.groups.yahoo.com/group/expansaodaconsciencia/

Tashi
Tashi
9 março de 2008 6:43 pm

… continuando o off topic, (e peco licenca ao Acid), lendo voces sobre Nibiru, dei um viajada legal (rsrsrs)…. Dizem que nosso sistema Solar tem o sol como simbologia do Cristo Cosmico, ou a consciencia cristica, entao fazendo a analogia da posicao do nosso planeta Terra, que esta mais ou menos proximo do Sol e do planeta Nibiru que esta bem longe, podemos concluir que a Terra esta bem mais evoluida no sentido de poder portar a luz da consciencia, ou seja, tem as condicoes necessarias pra manifestacao da vida, i.e. “dessa consciencia”… Nossa orbita em torno do Sol eh… Read more »

Bono
Bono
9 março de 2008 6:04 pm

Cássia Eller – O segundo sol

http://www.youtube.com/watch?v=DbLA3efgf_M

Anônimo
Anônimo
7 março de 2008 8:32 pm

Oi Bruno, interessante o assunto sobre NIBIRU, e o final do texto diz: (primeiro site na pesquisa sobre nibiru no google):

“Todo o movimento orbital do megasistema tem uma duração de 200 milhões de anos. Este grande ciclo deve completar uma revolução em 21 de dezembro de 2012, data prevista pelos maias para a deflagração de uma catástrofe mundial apocalíptica.”

Sempre apontam para esta data!

Coringa
Coringa
7 março de 2008 7:36 pm

Talvez o CAOS não exista, e seja somente a nossa dificuldade ou incapacidade diante do incognocível, do ‘complexo’, do alabirintado, do ambíguo, do enigmático, do inexplicável…

billy shears
billy shears
5 março de 2008 10:57 pm

Acompanho a série “Lost” e as palavras do Krishnamurti, que o Olim postou chamaram a minha atenção, para o fato que elas tem muito a ver com o comportamento do personagem Locke, sobretudo em sua relação com a ilha.

Apesar de que o seu passado ainda o assombre, ele consegue “entender” a ilha como nenhum outro personagem, talvez com exceção do Ben, ex-líder dos Outros, que por isso acabou rivalizando com ele.

Desculpe se ficou off topic, mas quem vê a série vai entender.

Valeu.

Coringa
Coringa
5 março de 2008 4:58 pm

off topic

Gostei dessa Olim…

“quem pratica o caminho do meio são os motoboys” 😆

Fiat Lux
Fiat Lux
5 março de 2008 10:04 am

Tem razão Olim, confesso que fui precipitada, mas o Acid tá fazendo muito suspense e minha ansiedade falou mais alto…rs

Mas tb acho que ele tem razão em demorar, pois esse assunto é tão complexo que precisa ser digerido aos poucos!

Olim
Olim
5 março de 2008 9:47 am

Fiat Lux,por isso pretendo esperar a continuação do post…
Não tenho a mínima idéia da surpresa das palavras de Jung.

(hehhe)

Fiat Lux
Fiat Lux
5 março de 2008 9:33 am

Sair da Matrix seria então, por acaso, dissolver essa máscara da psique coletiva?
E como fazer? E como saber? E o que sobraria da personalidade do indivíduo?

Larissa
Larissa
4 março de 2008 9:02 pm

O comentário não é especificamente sobre o post de hj. Só vim explanar que eu posso “rodar” a internet e sempre páro no saindo da matrix. Hoje, fui ler sobre Platão e o encontrei no “todos somos um”. Obrigado por preencher literalmente todos os vácuos – virtuais e psíquicos.

Abraços

Coringa
Coringa
4 março de 2008 7:59 pm

Esse texto tá 10 Acid…acertou na mosca!

bruno
bruno
4 março de 2008 5:43 pm

faça um post sobre os dois videos feitos no polo sul sobre o Nibiru (planeta X) e publicado no youtube

http://br.youtube.com/watch?v=2AmdazwAcgw
http://br.youtube.com/watch?v=aPw78L_yhE0

cara, os gringos só falam nisso…

Olim
Olim
4 março de 2008 8:09 am

Acid, continua com o post…

Para mim tem sido um tremendo esforço ler este post.

Só hoje, bem no início da manhã, com uma certa traquilidade e concentração é que pude comprendê-lo melhor (acho…rs).

Está demais!
Grande abraço!

Anônimo
Anônimo
3 março de 2008 11:08 pm

A consciência individual forma a coletiva. Ao mesmo tempo, a nossa vida e a do nosso planeta são influenciadas pela consciência coletiva!

tiagotroll
tiagotroll
3 março de 2008 5:42 pm

A margem de qualquer ordem o louco pode ser o primeiro ou o último arcano do Tarô. Ele é uma figura extravagante como o mago, mas ao contrário deste, demonstra não ter nenhum senso estético, misturando estilo e cores sem nenhum critério, ele deixa claro o conflito que domina seus sentimentos e passa uma imagem de decadência (um vagabundo), vejamos o porquê? O tolo é a carta número zero do tarô. Não tem número porque, na história da vida que são os Arcanos Maiores (arquétipos universais), o tolo é a inocência do que ainda não se conhece (da nova experiência),… Read more »

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
5 março de 2008 10:25 am

Pois é, Fiat. Aposto que metade dos leitores do blog ainda nem leu. O livrinho “O Eu e o inconsciente” de onde tirei isso é bem fininho, mas levei MESES pra lê-lo.

bruno
bruno
5 março de 2008 10:55 am

Cade o post sobre o Nibiru (Planeta X)?????????

De fato ele está vindo em direção a Terra e muitos já sabem disso.

http://br.youtube.com/watch?v=2AmdazwAcgw
http://br.youtube.com/watch?v=aPw78L_yhE0

Desde agosto de 2007 eu sinto que algo está para ocorrer. E vocês, estão “sentindo” algo também??

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
5 março de 2008 11:31 am

Eu estou sentido que, quanto mais pedirem, menos eu me interessarei pelo assunto.

Coringa
Coringa
5 março de 2008 4:37 pm

hmmm…acho que já saquei o ‘terceiro caminho’- o caminho do meio. Não se pode optar pela ‘persona/máscara’ em detrimento da psique coletiva ou seja, reprimí-la. Tb não se pode anular ou reprimir a persona/máscara para ‘tornar-se’ a própria psique coletiva. O caminho do meio seria ‘ESTAR’ na psique coletiva porém, ‘mantendo’ sua persona/máscara. Assim, se a persona/máscara fosse um peixe e a psique coleltiva o oceano, não deveríamos negar/sair do oceano em nome de ‘minha’ identidade ‘peixe’. Da mesma forma não deveríamos nos ‘dissolver’, perdendo nossa ‘indentidade’, neste oceano. ================================= Não sei se fui muito feliz na explicação mas me… Read more »

Coringa
Coringa
5 março de 2008 3:56 pm

Em relação ao tema, onde diz: “A personalidade consciente parece-nos um segmento mais ou menos arbitrário da psique coletiva (…) cuja finalidade é estabelecer aquele segmento da psique coletiva a que demos o nome de persona” Uma boa analogia (sem preconceitos, é claro) pode ser feita em relação à linguagem da astrologia. Assim, temos os SIGNOS (12 – áries, touro, leão, etc) que seriam o equivalente às ‘máscaras/personas’, cada qual com suas características. Estes signos/personas podem ainda combinar-se (12 x 12), advindo daí outros ‘tipos’ de ‘personas/máscaras’. Cada um deles seria UMA ‘manifestação’ mais ou menos ‘arbitrária’ do conjunto/totalidade humana.… Read more »

Olim
Olim
5 março de 2008 3:37 pm

Aqui quem sempre pratica o caminho do meio são os motoboys…heheh Bueno, quando eu for um político vou criar a o anteprojeto “Lei do Caminho do Meio”, pela qual todos deverão caminhar sempre pelo caminho do meio… Ai daquele que andar pelas extremidades do caminho do meio. Os volantes de direção dos carros serão postos no centro do veículo. Nunca existirão filas nos bancos e outras repartições públicas, pois só haverá a fila do meio. Só se poderá votar no candidato do meio. O filho preferido será o do meio. Os meios justificarão os fins, que serão os próprios meios.… Read more »

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
5 março de 2008 3:11 pm

Dá pra adiantar que a solução é o caminho do meio…

Olim
Olim
5 março de 2008 3:06 pm

Num sei, mas tenho um pressentimento de que Krishnamurti falava algo similar: (desculpas pela caixa alta) ““A VERDADE É UMA TERRA SEM CAMINHO. O HOMEM NÃO CHEGARÁ A ELA ATRAVÉS DE ORGANIZAÇÃO ALGUMA, DE QUALQUER CRENÇA DE NENHUM DOGMA, DE NENHUM SACERDOTE OU MESMO UM RITUAL, E NEM ATRAVÉS DO CONHECIMENTO FILOSÓFICO OU DA TÉCNICA PSICOLÓGICA. ELE TEM QUE DESCOBRI-LA ATRAVÉS DO ESPELHO DAS RELAÇÕES, POR MEIO DA COMPREENSÃO DO CONTEÚDO DA SUA PRÓPRIA MENTE, MEDIANTE A OBSERVAÇÃO, E NÃO PELA ANÁLISE OU DISSECAÇÃO INTROSPECTIVA. O HOMEM TEM CONSTRUÍDO IMAGENS EM SI PRÓPRIO, COMO MUROS DE SEGURANÇA – IMAGENS RELIGIOSAS,… Read more »

Fiat Lux
Fiat Lux
5 março de 2008 3:02 pm

Brincadeirinha Acid,
é que eu entendi o que o Olim falou, a continuação do post ajudaria(ou não?) a esclarecer melhor o assunto…tá difícil até de comentar…dá pra adiantar mais alguma coisa??

Fiat Lux
Fiat Lux
5 março de 2008 2:59 pm

E qtos meses para compreendê-lo, vc demorou?

bruno
bruno
5 março de 2008 2:38 pm

errei, na verdade o site da NASA é http://www.nasa.gov/ e nao .com

E é para digitar PLANET X na busca, nao PLANETA X

bruno
bruno
5 março de 2008 2:11 pm

sei que você está com medo de falar sobre tal assunto. Mas tudo bem, desta vez não é apenas via lado espiritual, místico, esotérico, ufologico ou o que deseja chamar, mas com evidencias científicas, técnicas, matemáticas, arqueológicas e físicas de que catástrofes ligadas a tal astro pode ter ocorrido no passado e pode ocorrer novamente muito provavelmente ao redor de 2012. O tal planeta não é uma piada ou fantasia de esotéricos ou lunáticos. Quer prova? Apenas faça o seguinte, acesse nasa.com e na pesquisa digite NIBIRU ou PLANETA X, veja o primeiro resultado da busca. Apos visite este site…… Read more »

bruno
bruno
3 março de 2008 3:59 pm

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