BUDISMO E PSICANÁLISE: UM CAMINHO POSSÍVEL?

Por Caio Garrido

“O objetivo de toda vida é a morte.”

Freud
Kitaro – Kagero

Somos seres simbólicos… Seres de imaginação e de identificação. Travamos uma luta conosco e com a vida diariamente. Luta esta, vista e revista em nossas ansiedades, medos e lutos inexoráveis. Vivemos no passado e no “por vir”. Nunca estamos presentes no aqui e agora. A Psicanálise e algumas filosofias orientais, como o Budismo, apresentam várias características singulares, mas também características onipresentes e entrelaçadas entre si. Tanto a Psicanálise quanto o Budismo prerrogam a “presença” no aqui e agora, de maneira a abraçar o acaso e o novo, sem estar a todo tempo atravessado por fantasmas do Inconsciente e por ilimitadas lembranças do passado, e nem na expectativa de um futuro criado a todo o momento em nossas mentes ávidas.

Monges budistas tirando foto com celular. Foto de Monica Leticia Lima.

O Budismo fala muito no conceito de Vazio. O que é o “Vazio”? Vazio é a presença pura, incondicional e nua da consciência humana. É o estar vivo. É este Vazio que possibilita o Tudo. Muito diferente do niilismo, que trata da perda de sentido para a vida. Este estar vivo, esta presença pura e constante, que sempre esteve conosco, mas que de alguma forma nos esquecemos e nos distanciamos, é a presença que nos faz criar, dar sentido ao mundo, nos identificarmos com o mundo, as pessoas, com as coisas, e criar conceitos.

Vemos o mundo através de Filtros. Filtros de percepção. Tanto a Psicanálise, como a Meditação, as religiões e filosofias transcendentes, como o Budismo, tratam de alterar esses filtros, proporcionando uma renovação constante deles, ou eliminação de muitos deles, descartando as fixações de nossas mentes e trazendo a possibilidade de estar no mundo de forma mais relaxada, compassiva e integrada. Apesar disso, o homem sempre será um criador de conceitos, basicamente um ser desejante; se não quer desejar algo, ou não deseja algo, deseja a idéia de não-desejar.

A Psicanálise vem ocupar um canal de nominar ou dar sentido ao Vazio, através de seus próprios conceitos. Já o caminho do budismo consiste em justamente se liberar dos conceitos, e apenas sentir; é ver a vida a partir de outro nível, que ultrapassa a dualidade Inconsciente / Consciente, Ego / Não Ego, Coração / Mente, Racional / Intuitivo, e outras mais, mostrando-nos a prática do Percebimento. O que o Princípio de Prazer nos diz? Diz que, após um acúmulo de tensão, nos liberamos dessa tensão através do prazer. No Budismo há a velha máxima dita por Buda que fala que o nascimento é sofrimento, envelhecimento e doença são sofrimento, e morte é sofrimento. Mas, ao mesmo tempo, Buda ensinou que existe uma causa para o sofrimento, existe um fim para o sofrimento e existe um caminho de prática que dá um fim ao sofrimento. No Budismo toda felicidade ou prazer atingido na vida nada mais é que uma diminuição do sofrimento, mas que é totalmente fugaz e impermanente, sendo o objetivo de dar fim ao sofrimento o verdadeiro objetivo da vida, que é atingido quando chegamos ao Nirvana (libertação espiritual ou Iluminação). Então podemos ver que Freud e Buda não estavam tão longe em termos de se entender a penúria do homem e as vicissitudes de seus desejos, prazeres e satisfações. Libertação nada mais é que a libertação das emoções negativas.

Essa tensão que está enraizada em todos nós nada mais é a “agressividade” acumulada e não direcionada para fins positivos. Será que não podemos relacionar isso à chamada Pulsão de morte, descrita por Freud? Procuramos resgatar um “estado anterior de coisas”. Como diz Freud no livro Além do Princípio do Prazer: “o objetivo de toda vida é a morte”, é o desejo de voltar a ser uma substância inanimada, inorgânica. Freud diz também: “Em última instância, o que deixou sua marca sobre o desenvolvimento dos organismos deve ter sido a história da Terra em que vivemos e de sua relação com o Sol”. Isso mostra o que Freud nos quer dizer, ou o que podemos interpretar do que ele disse, que seria o fato de o Sol impor uma “energia”, energia essa que criou e desenvolveu a vida. Essa energia podia ser descrita como uma “carga”. Uma carga que todos nós procuramos despejar, nos aliviar o tempo todo em nossas vidas. E pode ser liberado através justamente do prazer. Esta “carga” pode tanto compreender essa energia primeva, na qual devemos nos livrar, mas também pode compreender toda a teia organizada em nossa mente, principalmente no inconsciente, que traz todos os traumas conscientes e inconscientes das relações com nossos pais, familiares, amigos, “inimigos”… , ou seja, todas as fantasmagorias neuróticas existentes em nossas mentes. Se levarmos em conta esse conceito de “carga”, fica uma proximidade muito grande com aquilo que atende pelo nome de Karma.

O karma espiritual nada mais é que uma lei de causa e efeito. Esse karma está embutido em nós de tal forma que não tem uma limitação que podemos descrever racionalmente. É uma causa-efeito, mas não tão aparente quanto possa parecer. Uma relação que pode ser vista e revista e comparada à Psicanálise é a compulsão à repetição. Na compulsão à repetição todos os nossos comportamentos condicionados entram em jogo, que aparece na gente como se fosse uma trilha inconsciente neuronal que sempre refaz o mesmo caminho e não deixa espaço para a criatividade e espontaneidade. E uma forma de transformação psíquica disso só pode ser viabilizada por via do Outro, e se “destituindo” de si próprio ou da preocupação excessiva como o próprio Ego ou a auto-imagem.

O instinto de Eros nos diz que buscamos sempre esta tal de transcendência com o Outro. Procuramos nos ligar ao outro, às pessoas. São os chamados Instintos de Vida em contrapartida aos Instintos de Morte ou Pulsão de Morte. Eis que surge o amor no meio disso tudo , que é o que nos gera e que dá vazão aos nossos sentimentos. O amor respira a vida. Muitos dizem, em relação ao desejo, que a nossa “carne é fraca”, mas se vermos a realidade profunda do amor e do desejo, podemos dizer que a inscrição do desejo se encontra na alma, e não na carne. O amor é a forma de encontramos uma certa fusionalidade com o outro, uma volta à sensibilidade infantil do amor glorioso e oceânico, que um dia pairou por nós como completude. O amor é a via justamente também da saída da repetição de comportamentos e de certas identidades ao que costumamos chamar de “Eu”. Através do amparo e desamparo encontrados na relação amorosa se articula uma série de encontros e desencontros com o outro e consigo mesmo.

Como articular uma nova forma de desamparo? Pode haver um descompasso que se trava entre o sujeito e a sua procura de amparo no amor. A criança, no seu amparo materno, seja no campo intra-uterino ou na relação com a mãe não tem absoluta consciência disso, mas essa relação – e respectivas consequências psíquicas advindas dela – comandam e dão princípio a todo o “vir a ser” da pessoa. No amor, há uma procura de fechar esse buraco do desamparo, um chamado “prazer negativo”. Negativo, pois procura reparar uma perda. Isso já é um aspecto muito clássico do ponto de vista psicanalítico, mas a questão fundamental em que devemos nos remeter é: Será que existe um ponto onde pode haver uma passagem? Uma espécie de transcendência disso tudo no próprio amor? Existe um mais além no amor? A consciência da experiência no mundo “adulto” é mais absoluta em relação à da criança. Consciência, que se diga aqui, é a plena consciência racional e emocional desse chamado “amor”. Bion diz no seu livro Transformações que, por definição, o termo “consciente” relaciona-se a estados dentro da personalidade: consciência de uma realidade externa é secundária à consciência de uma realidade psíquica interna. Ele ainda diz: “Realmente, consciência de uma realidade externa depende da capacidade da pessoa tolerar ser lembrada de uma realidade interna”.

Consciência do afeto, do sentimento, das sensações vividas no próprio corpo, e do corpo em contato com o outro. Isso, absolutamente, está longe da expectativa de fusionalidade. Mas o que de bom pode despertar disso, o que de fato não está ligado nem envolvido com a “agressividade” humana, pode-se dizer que pode haver até uma “agregação” de valor interno e até espiritual muito maior do que pode ter acontecido durante o período da relação mãe-bebê.

Monges budistas crianças com copo de milk shake ou chá com canudo. Foto: Ben the man.

Tal possibilidade de pequena transcendência cotidiana reside no fato da experiência ser um fato consciente, onde existe uma consciência reinante sendo vivida na inter-relação entre duas pessoas. Isso não poderia ser muito mais forte e “real” do que a não lembrada vivência narcísica com a mãe? Vivência essa enlutada e distante… Distante do possível prazer presente, prazer esse visível e até positivo, transcendendo a simples cauterização do desamparo. Fato este, consciente, dissociando-se da idéia de inconsciente e pré-consciente. Há uma incredulidade; Um descrédito dos mais desavisados.

Achamos que realmente fomos expulsos do paraíso sem ao menos nunca “realmente” termos estado lá?

Enquanto o amor nos chama, o que também clama por nós é a Compaixão. Aliás, o que é compaixão? É entender no outro essa grande falta que nos corrói e constrói. Essa falta que nos move, mas que pode ser compreendida no outro, também. O Outro não é algo que corrupta sua mente. O outro deve ser visto como alguém tão “castrado” quanto você mesmo. No Budismo há a clara intenção de, na busca pela transcendência, mostrar que ela pode ser realizada via solidão meditativa. A meditação como investigação e redenção de si mesmo é positiva. Mas
isso não tira a necessidade de se estar com o outro, aprender com o outro.

A meditação pode transformar toda essa “carga” ou esse karma? O Dharma é o resultado e forma singela dessa transformação. O conceito de Dharma é se doar aos outros, ter compaixão pelas dificuldades dos outros (inconscientes, fantasiosas e reais), e pelo sentimento e sofrimento dos outros. O Dharma é enxergar o lado positivo da vida, resignificar, mas não de uma maneira feita por uma tentativa imposta pelo consciente, e sim de uma maneira verdadeira e real, de uma mente já transformada, acolher o outro em sua essência, em seu chamado. Não é gostar da personalidade do outro, mas é compreender incondicionalmente a vida que está fluindo por detrás de todas as máscaras e percepções não reais dos outros, e acolher o outro psiquicamente.

Freud e Carl Jung photoshopados como monges. Autor: Acid. Foto original: Luo Shaoyang.

Nossa consciência é como um campo. Um campo onde são plantadas várias coisas durante a vida. E tudo o que acontece de bom ou de ruim gera marcas nesse campo da consciência. E a Psicanálise, onde entra nisso tudo? Em tudo, praticamente… O Saber da Psicanálise consiste em ir além do Princípio da Causalidade. Então, de que forma essa causalidade se dá em nós? Essa causalidade é atemporal; é uma causalidade de transferência, de posterioridade, associativa, paradoxal, e do acaso, isto é, não se limita a um objeto que pode ser catalogado, digerido, e demonstrado por x + y = z. Nesse jogo de energias estão os instintos de vida e morte. As representações psíquicas são limitadas para dar conta do nível de energia da Pulsão de Morte. A Pulsão de Morte tenta desfazer as ligações psíquicas. E é característica e tarefa de nossa instância psíquica, nosso “Eu”, nunca se satisfazer, justamente para dar conta desta “energia”. Isso o Budismo fala claramente, de que não há satisfação mundana. O homem procura a todo o momento a realização, a satisfação, mas logo que há uma certa satisfação já é necessário outro desejo para cumprir com a tarefa de ser feliz. Ser feliz parece ser sempre uma tarefa a ser cumprida, e nunca apenas “Ser” é o bastante, nunca apenas estar aqui e agora, com a mente clara e vívida, sem desejos, podendo permanecer “aqui” em um estado de pleno contentamento.

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Lucas
Lucas
3 dezembro de 2022 9:22 pm

Cinco preceitos do budismo podem estar ligados a um menor risco de depressão
Estudo sugere que a prática moral pode amortecer ligações conhecidas entre altos níveis de estresse e depressão
Resumo:
Um novo estudo sugere que pessoas com altos níveis de neuroticismo e estresse podem estar em maior risco de sintomas depressivos, mas essas ligações podem ser atenuadas para pessoas que observam os cinco preceitos do budismo – um sistema fundamental de ética para os seguidores da religião.

https://www.sciencedaily.com/releases/2022/11/221130151514.htm

Lucas
Lucas
3 dezembro de 2022 9:23 pm
Reply to  Lucas
Acid
Acid
10 dezembro de 2009 9:31 pm

Sara quem?

Anonymous Gourmet
Anonymous Gourmet
10 dezembro de 2009 8:47 pm

e aí cês leram Caim do saramago?

deborah
deborah
1 dezembro de 2009 6:05 am

Obrigada. Tudo isso vem de encontro ao meu pensamento. Amém!!

deborah
deborah
28 novembro de 2009 10:10 pm

Krishna, Osho, Mirdad, “O profeta” de Gibran, Zaratustra, JESUS!!!!

o que quer dizer esse caleidocópio do universo? símbolos, signos, parábolas,psicanálise, budismo, sonhos? que vibe é essa?????

Fellini
Fellini
29 novembro de 2009 4:59 am

Deborah escreveu:
Krishna, Osho, Mirdad, “O profeta” de Gibran, Zaratustra, JESUS!!!!
o que quer dizer esse caleidocópio do universo?

Resp:
Instigante, não? Eu acho tudo muito criativo…e as vezes destrutivo…

http://www.youtube.com/watch?v=aXf8c0sLkIU&feature=related

Essa estética de Bollywood me fascina…. um crássico da safra de 71.

=============================

Deborah escreveu:
símbolos, signos, parábolas,psicanálise, budismo, sonhos? que vibe é essa?????

Resp:
A “vibe” eu não sei, mas parece que a orde é pra marchar:

http://www.youtube.com/watch?v=BSpVEIGBfDg&feature=related

minuto de deus!-(kiabo azul)
minuto de deus!-(kiabo azul)
23 novembro de 2009 12:23 pm

hora du capeta
vc não é imperfeito; vc simplesmente não vivencia sua perfeição. Estamos quites 😉

Old-Ex-Pringles
Old-Ex-Pringles
23 novembro de 2009 7:26 am

Ae Caio, bom texto, mandou bem!

Nesse nivel, quando o Dual quer olhar pro Todo…me parece que cada termo aplicado deveria ser no começo explicado, pra homogeneizar o entendimento…talvez fosse util…

Exemplo de termos-chave, com significado pouco preciso no texto, em função da decodificação pessoal:

consciência
mente
eu
amor
homem
personalidade

Ácido, escrevi umas páginas aqui, pode mandar um endereço pra que eu remeta?
Se quiser usar, retalhar, emendar, dividir, modificar…fique a vontade…

Hora du capeta!
Hora du capeta!
23 novembro de 2009 7:00 am

“Da msm forma que se Deus é perfeito, é impossivel ele criar coisas imperfeitas.”
Eu sou imperfeito logo Deus não existe. Quod est demonstratum

have
have
16 março de 2010 6:16 pm

A hierarquia de necessidades de Maslow, é uma divisão hierárquica proposta por Abraham Maslow, em que as necessidades de nível mais baixo devem ser satisfeitas antes das necessidades de nível mais alto. Cada um tem de “escalar” uma hierarquia de necessidades para atingir a sua auto-realização. Maslow define um conjunto de cinco necessidades descritos na pirâmide. necessidades fisiológicas (básicas), tais como a fome, a sede, o sono, o sexo, a excreção, o abrigo; necessidades de segurança, que vão da simples necessidade de sentir-se seguro dentro de uma casa a formas mais elaboradas de segurança como um emprego estável, um plano… Read more »

have
have
16 março de 2010 6:18 pm
Anônimo
Anônimo
26 novembro de 2013 6:57 pm

“É o vazio, tudo é vazio, as coisas só vêm para ir embora”: as descobertas de Jack Kerouac em Vagabundos Iluminados

http://dharmalog.com/2013/11/26/vazio-budismo-vagabundos-iluminados-jack-kerouac/

Anônimo
Anônimo
2 abril de 2013 8:48 am
Anônimo
Anônimo
23 maio de 2012 3:19 pm

Excerto Retiro Shamata com Wallace e tradução de Jeanne Pilli, CEBB Viamão

http://youtu.be/VZCWZWuny54

Martyn Stubbs
Martyn Stubbs
31 janeiro de 2011 7:10 am

Ele também elimina o julgamento de que reinos não materiais são melhores (ou piores) que os materiais — uma tendência de algumas religiões New Age. A experiência de ver e falar com criaturas do tipo deva no transe de DMT é apenas isso: ver e falar com outros seres. Nem melhor, nem pior e nem mais ou menos confiável, do que qualquer um ou qualquer outra coisa.

http://pistasdocaminho.blogspot.com/2008/11/dmt-molcula-espiritual.html

have
have
16 março de 2010 7:13 pm

Se a liberdade, o indeterminismo e a responsabilidade por sua própria vida parecem ao homem opressores, ele pode então tentar abrir mão desta liberdade, esperando que os outros façam por ele suas escolhas. O homem passa então a justificar-se através dos determinismos sociais, biológicos, culturais ou religiosos. Perde-se nas preocupações cotidianas, nas pequenas mesquinharias do dia-a-dia. Abre mão de sua individualidade, torna-se inautêntico, “mergulha em uma espécie de anonimato que anula a singularidade de sua existência. Perde-se no meio dos outros Dasein, buscando a justificativa de seus atos num sujeito impessoal, exterior. (….) torna-se massa, alheia-se de si mesmo. Com… Read more »

have
have
16 março de 2010 6:22 pm

Maslow discovered that most self-actualized people do not have the same sense of humor as the average person. For example: they do not laugh at hostile humor (hurting someone to laugh), superiority humor (laughing at someone’s short comings), or authority-rebellion humor (laughing at unfunny, smutty jokes)[14]. A self-actualizing person’s sense of humor relates to philosophy and finding humor in humans who forget their place in the universe or when they act foolishly. It doesn’t attack people, rather states a message that happens to be funny. Self-actualized people don’t merely tell jokes to laugh, but to send a message or educate;… Read more »

have
have
16 março de 2010 6:21 pm

there are similarities between Maslow’s hierarchy of needs and the final stages of Taoism and Zen Buddhism. The similarities deal directly with the higher needs, starting with the self-actualization need. Maslow regards self-actualizing people as largely free from the power of society’s rules and making decisions based upon their beliefs not the accepted norms of society. In Taoism and Buddhism people free themselves of worldly possessions, thus freeing themselves from societal pressures and power. The self-actualized person most likely[original research?] will not have the same freedom from society as the Zen Buddhist or Taoist, but all three beliefs find their… Read more »

deborah
deborah
30 novembro de 2009 8:42 am

são sugestões? a vibe é instigante, surpreendente e enlouquecedora…..

por favor, me esclareça tudo isso.

Fellini
Fellini
30 novembro de 2009 12:27 pm

São sugestões que penso que vc não deve seguir por mais instigantes que sejam a não ser claro, que vc queira correr o risco de enlouquecer. O que posso fazer, como sou crente cético, é compartilhar minha crença com voce.Então ajoelhe-se e ore comigo: Creio na realidade do mundo exterior, independente de uma mente perceptiva. Creio na natureza física da realidade objetiva, isto é, na inexistência de espíritos e deuses. Creio no caráter puramente físico-biológico da mente e da consciência, como epifenômenos do organismo que se extinguem inteiramente com sua morte, não havendo nenhuma espécie de prorrogação da vida da… Read more »

kiabo azul
kiabo azul
20 novembro de 2009 8:10 pm

concordo c/ alex.
Da msm forma que se Deus é perfeito, é impossivel ele criar coisas imperfeitas. O criador e a sua criatura são um só, igual à dança e o dançarino… Quem é limitado não pode conhecer o ilimitado, como o amor de verdade.

Coringa
Coringa
20 novembro de 2009 5:37 pm

Esta definição talvez possa ajudar:

Catexia (investimento psíquico) — Faz alusão, em psicanálise, à união da energia psíquica com um objeto externo ou interno, uma atividade, uma parte do corpo, uma idéia, etc., fazendo a representação mental desse construtor psicológico ser dotada de maior ou menor valor psíquico e lhe dando maior ou menor importância dinâmica. Descatexizar ou desinvestir é retirar desse objeto a energia psíquica a ele ligada, que fica assim disponível para ser reinvestida em outro objeto.
http://pt.wikisource.org/wiki/Hist%C3%B3ria_das_Psicoterapias_e_da_Psican%C3%A1lise/XII/I

Pers
Pers
20 novembro de 2009 2:31 pm

“Se o homem é finito, então nunca conheceremos o amor em sua forma pura e infinita…”

Não entendi a relação causal, Alex JB, por que você acha isso ?

O homem é finito, mas expansível.

Caio
Caio
20 novembro de 2009 2:00 pm

Acid, pra facilitar peguei a definição de Catexia no Wikipedia:
Catexia ou investimento é o processo pelo qual a energia libidinal disponível na psique é vinculada à representação mental de uma pessoa, idéia ou coisa ou investida nesses mesmos conceitos.
Descatexizar ,portanto, é algo como desfixar, fazer “luto” dos “objetos” ao qual nos apegamos para poder mover a energia libidinal para novos “objetos”.
Abrs!

Alex J.B.
Alex J.B.
20 novembro de 2009 10:40 am

Se o homem é finito, então nunca conheceremos o amor em sua forma pura e infinita…

Acid
Acid
19 novembro de 2009 9:29 pm

Foi mals, Caio. Eu quando vi essa palavra fui no dicionário Houaiss e só achei descatequizando. O que significa descatexizando?

Pers
Pers
19 novembro de 2009 8:52 pm

Não sei se entendi bem, mas amor não é amparo/desamparo, nem é do tipo duas peças que se encaixam, as lacunas de um sendo preenchidas pela presença do outro, e vice-versa. Não é isso. Isso é sexo :), mas não amor. Há uma boa analogia que vou repetir aqui. O Todo é Deus/Criatura, Absoluto/Relativo, Infinito/Finito. Essa a dicotomia fundamental, em 3 de suas formas percebidas pela civilização. Aplicando a conhecida lei esotérica “Assim como é em cima, é embaixo”, temos por exemplo, como determinar o que é um triângulo. Um triângulo é um recorte do espaço. Repare, o espaço é… Read more »

Caio Garrido
Caio Garrido
19 novembro de 2009 4:46 pm

Fala acid! queria saber essa resposta tbem… rs

Só pra constar, tem um erro ortográfico na exposição acima. Eu escrevi “descatexizando” (correto)(vemd e catexia) e não descatequizando que é como foi publicado o texto…

Valeu!
Abrs

Pers
Pers
21 novembro de 2009 3:50 am

Kiabo, então não existem coisas imperfeitas, é isso que quer dizer ?

kiabo azul
kiabo azul
21 novembro de 2009 9:01 am

isso.Não é a toa que os sabios falam tanto em aceitação. Somos nós que criamos conceitos de bem/mal, bonito/feio, certo/errado, etc… eu acredito que o universo se move de forma perfeita e cabe a nós aceitarmos tudo, inclusive que alguns escolhem desenvolver a conciencia por meio da dor e outros pelo amor. Repare que jesus sabia por exemplo materializar coisas como alimento. Pq ele não acabou c/ a fome do planeta materializando toneladas de alimentos se a fome é uma coisa ruim de acordo c/ nossos conceitos? Eu acredito que é pq existem pessoas que precisam passar pela fome p/… Read more »

Raíza
Raíza
22 novembro de 2009 8:12 am

Interessante.

Tenho uma dúvida, nada a ver com o assunto.

Consegui um texto muito bem explicado sobre 2012 e como ele nos influencia cosmicamente, gostaria de compartilhá-lo aqui no Saindo da Matrix, como faço? Procurei o contato daqui do blog e não achei. :~

Caio
Caio
21 novembro de 2009 7:36 pm

Pers, vc falou muito bem aí:
“Cada nosso amor é um recorte do Amor infinito” abrs!

Pers
Pers
21 novembro de 2009 4:53 pm

O Universo é mais vivo do que supõe nossa longínqua interpretação do budismo.

E agora eu, taciturno, me tornei o mais falador do blog.

Doravante poupar-vos-ei do meu exagero.

kiabo azul
kiabo azul
21 novembro de 2009 4:43 pm

meditação não é esforço; é ausencia de esforço.



Qdo amamos alguem de verdade, só de olhar ou tocar a pessoa, nós mergulhamos num vazio e ficamos em paz e felizes. Não há esforço.


Logo depois de orarmos, nós tb mergulhamos num vazio mto profundo e pacificador… uma leveza surge no ser e é mto bom!


Pelo menos eu por experiencia propria acredito nisso e sinto.

Pers
Pers
21 novembro de 2009 4:41 pm

Mas kiabo, ao contrário, enquanto existe esforço é que está certo. Pense numa escada, se você está parado, não está fazendo esforço, se está fazendo esforço é porque está subindo. Eu pensava até que no final da jornada não haveria esforço, mas depois me lembrei que Jesus disse que “o Pai trabalha ainda e eu também”. Então meu amigo, a porta larga é enganosa. Vá pelo caminho estreito, aquele de que se disse “são poucos os que o escolhem”.

kiabo azul
kiabo azul
21 novembro de 2009 4:36 pm

pers
Eu tb já pensei que não eramos perfeitos, mas, eu tb já pensei e continuo pensando que se Deus é infinitamente bom e misericordioso, ele não ia querer que a gente se esforçasse p/ conseguir algo, pois fica parecendo que nós precisamos ralar(sofrer) p/ depois conquistar a felicidade, como se Deus gostasse de nos ver sofrer. Quem gosta de esforço é o ego e as pessoas realizadas não fazem esforço nenhum p/ ser altruistas pois elas transbordam de amor. Eu creio que as coisas tem que fluir… se existe esforço é pq há algo de errado

Pers
Pers
21 novembro de 2009 4:04 pm

Num certo sentido você está certo, kiabo, pois se a dor existe, é porque deveria mesmo existir. Se existe a dinâmica de sofrer e vencer, ser pequeno e crescer, evoluir, então é porque deveria mesmo ser assim.

E é por isso que Deus não nos criou perfeitos, é porque a existência do mérito é mais bonita que a perfeição gratuita.

Pers
Pers
21 novembro de 2009 3:55 pm

and love is not a victory march
it´s a cold and it´s a broken hallelujah

Anônimo
Anônimo
19 novembro de 2009 3:59 pm

Pergunta pra quem sabe mais do que eu:

Há alguma diferença “organizacional” ou “hierárquica” nas cores das vestimentas do monges da primeira foto?

Valeu

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