JUNG: A MENTE DOS PROFETAS

No livro O eu e o inconsciente o psiquiatra suíço Carl Gustav Jung analisa o delicado equilíbrio entre as partes que compõem a Mente, o Consciente e o Inconsciente, e nos coloca diante de questões fantásticas pro campo da psicologia e metafísica, como a possibilidade da Persona (a “máscara” a qual nos revestimos pra atuar como indivíduo) ser um mero recorte (algo emprestado) da Psique Coletiva, o que nos faz meditar sobre o quanto somos indivíduos e o quanto somos produto do meio…

Mas, não foi por isso que resolvi fazer este post, e sim pra mostrar um trecho onde nosso querido Jung disseca um tipo psicológico muito em voga nos meios esotéricos (e esquisotéricos), e já falado aqui no blog: o Profeta (ou ajudante de profeta).

Porquanto creia que é legal receber (e divulgar) comunicações de cunho espiritual, especialmente se forem pra nos alertar de coisas que possamos corrigir pro futuro, quando isso ganha contornos de culto, obsessão ou dogma, até mesmo com prejuízos para a própria pessoa, aí é caso pra psicólogo. Pessoas nesse caso (e seus seguidores) normalmente ficam revoltadas por achar que psicólogo é caso pra doido varrido, gente em camisa-de-força, e não se aplica pra os “gloriosos contatados” das orbes celestiais, mas vale sim, porque o tal contatado tem mente como qualquer pessoa e está sujeito às influências do inconsciente – pessoal e coletivo – como qualquer um!

É aí que entra o texto de Jung, que nos mostra que o inconsciente sempre tenta compensar (equilibrar) o conteúdo do consciente, geralmente (mas não necessariamente) com oposições. Quando há um desequilíbrio, causado por uma consciência falha, entra em ação a atividade automática do inconsciente, visando a geração de um novo equilíbrio. Mas Jung aponta que tal meta será alcançada sempre que a consciência for capaz de assimilar os conteúdos produzidos pelo inconsciente, isto é, quando puder compreendê-los e digeri-los. Se o inconsciente dominar a consciência, desenvol-ver-se-á um estado psicótico. No caso de não prevalecer nem processar-se uma compreensão adequada, o resultado será um conflito.

Assim, no capítulo IV (“Tentativas de libertar a individualidade da psique coletiva“) Jung nos fala que “se os conteúdos do inconsciente chegarem à consciência, como o indivíduo reagirá? Será dominado pelos conteúdos? Aceita-los-á credulamente? Rejeita-los-á? O primeiro caso significa paranóia ou esquizofrenia; o segundo torna o indivíduo um excêntrico, com certo gosto pela profecia, ou então pode fazê-lo retroceder a uma atitude infantil, apartando-se da sociedade humana; o terceiro significa a restauração regressiva da persona”. Mas é o segundo caso o que mais nos interessa:

Identificação com a psique coletiva

A segunda possibilidade seria a identificação com o Inconsciente Coletivo. Isto equivaleria a aceitar a inflação, exaltada agora como um sistema. Em outras palavras, o indivíduo poderia ser o feliz proprietário da grande verdade que o aguardava para ser descoberta, o senhor do conhecimento escatológico para a salvação das nações. Tal atitude não implica necessariamente a megalomania em sua forma direta, mas sim na forma atenuada e mais conhecida do reformador, dos profetas e mártires. As mentes fracas correm o risco de sucumbir a esta tentação, uma vez que geralmente se caracterizam por uma boa dose de ambição, amor-próprio e ingenuidade descabida. Abrir a passagem da psique coletiva significa uma renovação de vida para o indivíduo, quer seja agradável ou desagradável. Todos querem agarrar-se a esta renovação: uns, porque assim aumentam sua sensação de vida, outros porque vêem nisso a promessa de um maior conhecimento, ou então esperam descobrir a chave que transformará suas vidas. No entanto, os que não quiserem renunciar aos grandes tesouros enterrados na Psique Coletiva deverão lutar, de um modo ou de outro, a fim de manter a ligação recém-descoberta com os fundamentos originários da vida. A identificação parece ser o caminho mais curto, pois a dissolução da persona na Psique Coletiva é um convite direto para as bodas com o abismo, apagando-se toda memória nesse abraço. Este traço de misticismo é característico dos melhores indivíduos e é tão inato em cada qual como a “nostalgia da mãe”, nostalgia da fonte da qual proviemos.

(…)

Não pretendo negar, em geral, a existência de profetas autênticos, mas, por cautela, começarei duvidando em cada caso individual; o assunto é sério demais para que se aceite levianamente alguém como um verdadeiro profeta. Se for este o caso, ele mesmo lutará contra toda pretensão inconsciente a esse papel. Portanto, se num abrir e fechar de olhos aparecer um profeta, seria melhor pensarmos num possível desequilíbrio psíquico.

Mas além da possibilidade de converter-se em profeta, há outra alegria sedutora, mais sutil e aparentemente mais legítima: a alegria de ser o discípulo de um profeta. Esta técnica é ideal para a maioria das pessoas. Suas vantagens são: o odium dignitatis, isto é, o da responsabilidade sobre-humana do profeta, que é substituído pelo otium indignitatis, que é muito mais suave: O discípulo é indigno; senta-se modestamente aos pés do “Mestre” e se protege contra os próprios pensamentos. A preguiça mental torna-se uma virtude; pelo menos, é possível aquecer-se ao sol de um ser semidivino. Pode desfrutar do arcaísmo e infantilismo de suas fantasias inconscientes sem esforço algum, pois toda a responsabilidade é deixada ao Mestre. Através da divinização do Mestre, o discípulo se exalta, aparentemente sem que o perceba. Além disso, não possui a grande verdade (que, naturalmente, não foi descoberta por ele), recebida diretamente das mãos do Mestre? É óbvio que os discípulos sempre se unem com solidariedade, não por laços afetivos, mas com o propósito de confirmar suas próprias convicções, sem esforço, engendrando uma atmosfera de unanimidade coletiva.

Há, porém, uma forma de identificação com a Psique Coletiva, que parece muito mais recomendável; alguém tem a honra de ser um profeta, assumindo desse modo uma perigosa responsabilidade. Outro indivíduo, por seu lado, é um simples discípulo, administrador do grande tesouro que o Mestre alcançou. Sente toda a dignidade e o peso de uma tal posição e considera uma obrigação solene, ou mesmo uma necessidade moral, denegrir todos os que pensem diferentemente; sua preocupação é fazer prosélitos e iluminar a humanidade, tal como se ele mesmo fosse o profeta. São estas as pessoas que, se ocultando atrás de uma persona aparentemente modesta, irrompem de repente na cena do mundo, inflacionadas pela identificação com o Inconsciente Coletivo. Tal como o profeta, é uma imagem primordial da Psique Coletiva, o discípulo do profeta também o é.

Em ambos os casos, a inflação provém do Inconsciente Coletivo e a independência da individualidade é lesada. Mas uma vez que nem todos possuem a força de uma individualidade independente, a fantasia do discípulo é talvez a mais conveniente. As gratificações da inflação decorrente representam, pelo menos, uma pequena compensação pela perda da liberdade espiritual. Nem devemos subestimar o fato de que a vida de um profeta, real ou imaginário, é cheia de tristezas, desapontamentos e privações; assim, pois, o bando de discípulos e a gritaria dos hosanna têm o valor de uma compensação. Tudo isto é humanamente tão compreensível, que quase deveria surpreender-nos se conduzisse a algo mais além.

bandeira da espanha Ler em espanhol (por Teresa)

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tiza
tiza
15 janeiro de 2008 10:30 pm

Off Topic:PAZ Apometria_Psiquismo_Mediunidade; (Ou o que toda Miss deveria dizer e fazer ao invés de apenas sonhar com a Paz Mundial..) “….O que expomos aqui são muitas informações novas e queremos que encarem como informação e não como verdades. As verdades só podem ser encontradas por cada um de nós, quando vividas e experimentadas em nossos interiores. As informações que aqui foram expostas são extremamente conflitantes com a maioria das religiões, com a ciência e muitas culturas. Não estamos interessados em saber qual a crença de cada um, nem tampouco estabelecer um conflito entre nossas ideologias. Hoje, nosso trabalho é… Read more »

Jungnauta
Jungnauta
23 janeiro de 2008 7:23 pm

Por falar em profecias…

Jan Val Ellam – Grupo Atlan de Natal – 12-11-2007

http://orbum.org/web/index.php

E a saga continua!

Geninha
Geninha
17 janeiro de 2008 11:31 am

Tiza, ainda estou te lendo..tá meio corrido pra mim…Mais tarde volto. Bjs!

Geninha
Geninha
17 janeiro de 2008 11:13 am

“Mal corresponde ao mestre aquele que nunca passa de discípulo. “ Então! É mais uma afirmativa de que Jung está errado no seu modo de expressar, perjorativo. Um discípulo que se rende a preguiça do pensar, não é um discípulo. As religiões/filosofia pregam e estimulam o pensar: “Levanta-te e anda!”. Lá em Romanos, por exemplo, está escrito: “Não vos conformei com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente.” Romanos12:2 “E por que não quereis tomar minha Coroa? Venerais-me! Mas que aconteceria se sua veneração um dia acabasse? Tome muito cuidado para que uma estátua não te esmague!” Acredito… Read more »

Valdir
Valdir
7 março de 2022 4:31 am
Reply to  Geninha

Não é sobre espírito de equipe. É sobre não se desvanecer em padrões sociais que destroem sua individualidade. Se conhecesse um pouco sobre Jung, compreenderia que o próprio, entendeu que o propósito do humano é a individuação, e nisto está contido o desenvolvimento do amor pela humanidade e consequentemente a atitude de trabalhar em equipe e desenvolver atitudes que contribuam para o avanço desta.

Fábio K.
Fábio K.
17 janeiro de 2008 11:06 am

OFF TOPIC. Alguém já leu O Erro De Descartes, do neurologista português Antônio Damásio? Estou o lendo, e o caso de Phineas Gage me instigou muito a ponto de acreditar que a mente só pode ser considerada como tal, se o cérebro estiver anatomicamente intacto e as funções neuroquímicas estiverem dentro dos padrões. Sendo que os meios pelos quais podemos alterar as funções neuroquímicas se dá através dos sentidos. Portanto, não só a anatomia do cérebro seria responsavel pelo desenvolvilmento da razão, emoção e sentimento, mas também o meio ao qual o indivíduo está inserido. Acid, quando tiveres algum tempo… Read more »

Mc
Mc
17 janeiro de 2008 10:51 am

Oi Tiza. Eu tenho o livro “Quando Nietzsche Chorou´´ pq quando se estuda filosofia (tive por 1 ano essa matéria) quem não fica fascinado por Nietzsche rs. Ja disse aqui que admiro quando vc escreve pq o que importa são as coisas vividas. Exemplos que são dados através da experiência. (viveu, sentiu, melhor pode falar a respeito). “Eu não gostei do que ví e viví com os muito Freudianos;´´ Freudianos… Nietzschianos… vc sabe bem como são pessoas com essas denominações rs. Fora isso, claro que é hyper normal a gente ter a preferência. Isso é bem simples. E aceito por… Read more »

tiza
tiza
17 janeiro de 2008 9:58 am

Mc, Ninguém existe sem o outro; a vida é mesmo continuidade e seu significado maior se traduz na convivência e nas referências passadas ou atuais. Concordo com vc em teoria; não em vocabulário ; mas vc tem o seu e eu tenho o meu ;cada um na sua . Não neguei nada do que vc disse. Não neguei a contribuição de Freud em momento algum ; só citei sua incoerência saber/viver;e o seu extremismo(“Não basta falar sobre a paz, é preciso pensar, sentir, agir e viver em paz.”Provérbio Shenandoah ); é só trocar os termos e teremos Freud.Coerência E saber… Read more »

Mc
Mc
17 janeiro de 2008 7:47 am

Toda vez que vc cita o nome Freud, em qualquer lugar, tipo: sala de aula, sala de bate-papo, bar, padaria, local de trabalho, etc… sempre, mas sempre mesmo, de imediato alguém responde: ´´ eu prefiro Jung.´´ Agora, por que eu estou dizendo isso? Porque comecei a perguntar, também de imediato para as pessoas, para elas me falarem o porque preferem Jung e citar trechos de sua obra, etc… A cada 10 pessoas, cerca de 09 vão enrolar e não vão dizer quase nada, e uma (ou outra) vai citar algumas de suas frases (muito boas, claro). E há “poucas´´ exceções,… Read more »

tiza
tiza
17 janeiro de 2008 5:48 pm

Geninha nossos problemas acabaram; principalmente porque falamos agora só há uma lingua portuguesa em todo mundo ….
Escreveremos autoestrada assim ; o hifen foi pro s..o; só não vão juntar rr; ^chapeuzinho agora só o vermelho ; a trema só se usa em nomes próprios de covardes; e o que é pior a idéia ficou sem acento…..Só podia ser coisa de “portugueses” (os de piadas gente ); as mudanças maiores ficaram para eles; ex donos (?) da palavra….Levaram tanto ouro que lhes cortaram a língua.

http://www.scrittaonline.com.br

tiza
tiza
17 janeiro de 2008 12:49 pm

OI Mc, Desculpe se lhe julguei também. É que justamente aqui,lí dois comentários do Acid e do Marcel nos quais diziam que grande maioria da escola Freudiana e outras tantas , considerava Jung meio alienado em questões sociais ,feiticeiro ,pouco científico, individualista demais ,enfim….um “tipo” dentro da Psiquiatria e isto realmente mexeu comigo. Eu o admiro muito , e embora a minha amiga Geninha não creia ; ele não era cético ; só que denominava diferenteimente o que o religava ao todo (religião é isto ; religar-se ao divino )porque não era teólogo , e sim Psiquiatra ( que aliás… Read more »

Geninha
Geninha
17 janeiro de 2008 4:36 pm

Tiza…certa vez escrevi um texto sobre Pagu e a musica de Rita Lee, quando escrevia e vivia rodeada de filósofos e professores, muito queridos e amados. Antes de surtar! 🙂 Não sabia que vc tinha estudado psicologia, que legal! Eu sou do mundo da matemática, sempre fui… Nos últimos tempos ando querendo voltar a estudar, e estudar psicopedagogia 🙂 Depois do surto psicótico passei a me interessar mais por coisas que antes me entediavam… Falar sobre arquétipos me dava sono, hoje fico deslumbrada… Acho que é mais vontade de justificar muito do que penso do que aptidão… Tenho até certo… Read more »

Geninha
Geninha
25 março de 2021 9:32 am
Reply to  Geninha

😂😂😂
Que figura!

Esses dias estava pensando em abrir uma escolinha… projetando esse antigo sonho na filha que hoje estuda jornalismo…

Conversa com ela num dia… no dia seguinte, vi um terreno com a placa;

“Vende-se!
Ótimo para escola”.

O desejo era de montar uma escolinha estilo a de Sabina Spielrein… 😂

Um dia motivos pelos quais também “não aprovava” muito Jung. O relacionamento dele com ela.

Geninha
Geninha
25 março de 2021 9:44 am
Reply to  Geninha

Conversava*
Um dos*

Perdida no tempo/intenção.

Há questões que… 😂

gadarf
gadarf
17 janeiro de 2008 8:15 pm

Muito bom o post.

lex
lex
21 janeiro de 2008 8:18 pm

URGENTE! QUEM LEU E PODE COMENTAR OU TROCAR IDÉIAS SOBRE: “Memórias, Sonhos e Reflexões”, PRINCIPALMENTE SOBRE O CAPÍTULO “VISÕES”…

URGENTE!!!!

lextriumpho@yahoo.com.br

Eder Gomes
Eder Gomes
21 janeiro de 2008 2:26 pm

Um ditado budista (acho??):
O objetivo primordial do discípulo, é matar o Mestre!

Paulinha
Paulinha
21 janeiro de 2008 1:25 pm

O inconscinete e o consciente seriam polaridades da mente? Se inconsciente sempre tenta compensar (equilibrar) o conteúdo do consciente… A dualidade é essencialmente uma expressão do ritmo e o ritmo é sempre uma compensação. Existem compensações na natureza, na física, na vida diária, então teria também na mente. Porque não, não é? É um ditado que diz, quanto mais alto, maior a queda. Será que precisamos ter sempre um vibração alta, altíssima? Ou aquela que anula essa compensação? Ou pelo menos tentar? É o caminho do meio.. hum.. acho que Buda estava certo. =P Para que uma pessoa possa fugir… Read more »

Paulinha
Paulinha
21 janeiro de 2008 12:27 pm

Adorei… Toda vez que não tiver tempo,irei dar mais livros para o acid, ele compartilha e assim a gente se beneficia também, né? hihi… =* Quanto ao Tao, existe a lei da compensação: A Lei da Compensação (Versão Original) “O que é imperfeito será perfeito; No fim, tudo retorna à perfeita integridade”. Lao Tsé O que é imperfeito será aperfeiçoado; O que é torto será endireitado; O vazio, preenchido; O gasto, renovado; O insuficiente, aumentado; O excessivo, dissipado. É por esta razão que O sábio abraça a Unidade tomando-a por modelo do universo. Como nunca se põe em evidência, brilha;… Read more »

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
19 janeiro de 2008 10:15 pm

Olá Pedro. Eu acredito que podemos ver o “confronto” com o inconsciente coletivo inflado quando Buda e Jesus foram “tentados” pelo “demônio”. Taí uma pesquisa interessante que poderia virar tese de mestrado em psicologia 🙂

Pedro
Pedro
19 janeiro de 2008 8:17 pm

fico imaginando a posiçao de nossos estimados mestres espirituais:
seja buda, ou cristo nao importa
qual seria a relaçao verdadeira do inconciente coletivo e os processos mentais ocorrido na conciencia de ambos ??

Coringa
Coringa
19 janeiro de 2008 10:33 pm

Nossa, e que tese! Ótimo insight!!

emanuelly pontes
emanuelly pontes
19 janeiro de 2008 3:44 pm

Os homens controem telescopios potentes…aprendem sobre o infinito,sobre nebulosas longinquas..mas não observam seus proprios pensamentos. Construimos microcospios que vêem os minimos detalhes das celulas.a estrutura atomica das substancias eh amplamente conhecida….mas não nos aventuramos dentro da nossa alma.Quem eh que pode dizer sobre os pensamentos humanos???Quais as reais causas da esquizofrenia,da depressão?Muitos tem uma vida dificil e tem saude mental,enquanto outros de vida facil e dourada caem nos precipicios da loucura….O que nos faz sonhar e ter pesadelos???comida pesada??(Eu ja comi montes de lasanha de noite edormi como carneirinho^^)Impressoes da vidadiaria??? O que nos da forças pra viver mais um… Read more »

lex
lex
16 janeiro de 2008 10:29 pm

Estou terminando de ler “Memórias , Sonhos ,Reflexões”, depois comento o post, mais instrumentalisado…

por Hora, Jung é o cara…

principalmente por dizer que Freud era um neurótico aprisionado pelo sexo e pela sua teoria como um sacerdote é por sua fé…

Foda né…

perdoem a linguagem…

Anônimo
Anônimo
16 janeiro de 2008 6:53 pm

Sugestão: ei Acid, vc podia preparar um post sobre I Ching – O Livro das Mutações, aquele oráculo milenar chinês. Livro este que tem até prefácio por Jung. ; )

Bia
Bia
15 janeiro de 2008 7:18 am

Para quem estiver na cidade de SP e tiver interesse em conhecer um pouco mais sobre o mundo junguiano, está em cartaz uma peça do Sergio Brito, “Jung e eu”, um monologo muito fascinante e inteligente. Fui assistir no último domingo e me surpreendi, não lembrava dos estudos do Jung, pois o vi faz um bom tempo na faculdade. Nesta peça pude entender um pouco mais. Vale a pena. Estará em cartaz no Sesc Pinheiros até fevereiro. Entre no site do Sesc SP para ver detalhes.
Um abraço a todos.
Matrix parabéns pela idéia de manter um blog.
Bia

Lucellia
Lucellia
15 janeiro de 2008 6:58 am

Oiee achei interessante seu blog,
Será que eu sou uma profeta? 😕
Beijos

tiza
tiza
15 janeiro de 2008 12:56 am

“Este Senhor -Carl Gustav Jung- vai dar o que falar…. “Nossa consciência não se cria a si própria ; emana de profundezas ainda desconhecidas”* “A oração aumenta a luz da estrela ” * “Nós nos movemos aqui no campo de singularidades individuais , que não prestam à comparação (….)O estabelecimento de uma ordem lógica, ou mesmo a simples possibilidade de ordenação segundo os nossos conceitos me parece por hora , fora de nosso alcance. Podemos descreve-lo ou pelo menos esboça-lo por meio de analogias apropriadas ; sua essência mais profunda , porém , é a singularidade da experiência de vida… Read more »

Thiago Alcalde
Thiago Alcalde
14 janeiro de 2008 11:07 pm

Notei neste texto, um comentário velado sobre muitas religiões e politicas também…
O tal discípulo indigno pode ser invocado para mostrar aquela crença num salvador que apenas dele é a responsabilidade pela nossa salvação, e que não devemos agir por conta própria, apenas esperando a sua ajuda misericordiosa.
Tal atitude, creio eu, tem que ser extirpada do nosso viver, para que possamos realizar qualquer progresso em nossa vida moral e política!

keyller
keyller
14 janeiro de 2008 10:32 pm

…deixando de realizar…

keyller
keyller
14 janeiro de 2008 10:30 pm

É deprimente escolher ter uma mente de ‘discípulo’ em razão de se ter uma vida + ‘gostosinha’. Vive-se assim, de forma medíocre deixando de realizando tudo o que se acredita como o mais digno e nobre.

Coringa
Coringa
14 janeiro de 2008 9:34 pm

Isto me parece uma forma de compensação para baixa auto-estima, que tb ocorre em outros “departamentos” da psique, não ligados a ‘espiritualidade’, como p.ex, quando o sujeito acredita que conseguiu algum ‘status’ econômico ou de poder e diz:
– Sabes com quem estais falando? (rs)

Skywalker
Skywalker
14 janeiro de 2008 6:59 pm

Boa noite. Descobri seu blog recentemente e resolvi comentar usando um nick fixo. Já existe algum Skywalker aqui?
Não conheço o Jung ainda, mas achei interessante e vou buscar mais informações sobre ele.

Marcel
Marcel
15 janeiro de 2008 10:23 am

Sim, de fato Jung vai dar muito o que falar mesmo! É incrível como ele, com toda a sua genialidade e originalidade, muitas vezes é deixado de lado como se fosse um simples “místico” ou “feiticeiro” ou qualquer coisa desse tipo… Digo isso porque atualmente sou graduando de psicologia e já ouvi cada coisa de Jung: “Ah, ele não passa de um místico!” “Jung está mais para poesia!” “Jung é um alienado e não se ateve aos questionamentos sociais de sua época!” ou um dos piores: “Contra jung só magia branca!” dito pelo arrogante e displicente Adorno da Escola de… Read more »

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
15 janeiro de 2008 10:56 am

De fato, Marcel. Nota-se essa preocupação de Jung com a teoria científica o tempo todo. Por isso ele pisa em ovos, pois suas teorias estão baseadas em algo intrinsecamente metafísico (a mente) mas tendendo ao “prático” (e, de fato, há muitos casos que corroboram suas teorias, por isso ele não é considerado uma piada total pelo meio acadêmico). Se AINDA HOJE ele é escanteado por PSICÓLOGOS, gente que deveria crer na influência do imaterial sobre o material (e não estou falando de espíritos, e sim da mente sobre o corpo), imagine naquela época?? Imagine se ele escancarasse e lançasse um… Read more »

tiza
tiza
16 janeiro de 2008 2:46 pm

Desculpem-me cliquei errado e postei. Erratas deste e de outros postas ; desculpem penso em muitas coisas e depressa demais e aí posto sem reler.Vou tomar jeito ou convocar um editor… : 1)”Denominações e palavras não podem nos separar ; nem mesmo as nossas idéias se todos somos UM. Debatemos no campo das idéias não no pessoal, porque não somos só nossas idéias muitas vezes nem mesmo nossas são ; são herdadas , impostas , aceitas , pré-fabricadas , dogmáticas até porque não , desde que se afirmem como absolutas e irrefutáveis do “Inconsciente Coletivo ” de Jung ou do… Read more »

tiza
tiza
16 janeiro de 2008 1:50 pm

Geninha, bjos , te compreendo BEM; e sei do que vc está falando .Porque comungo de sua religião de forma diferente talvez ; mas bebemos da mesma fonte. Mas Jung não era um religioso ; ele era um psiquiatra que procurava fechar o círculo de todas as frentes que considerava causas de algum distúrbio mental de seus pacientes; e , neste fechar ele observava todas as características do “self” de seu paciente e o que poderia estar transtornando-o a ponto de procurá-lo enquanto médico. Só que seu trabalho era simultâneamente(como poucos Psiquiatras o fazem )de cura ou ensino da porta… Read more »

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
16 janeiro de 2008 11:48 am

“Mal corresponde ao mestre aquele que nunca passa de discípulo. E por que não quereis tomar minha Coroa?
Venerais-me! Mas que aconteceria se sua veneração um dia acabasse? Tome muito cuidado para que uma estátua não te esmague!”
(Assim falou Zaratustra)

Marcel
Marcel
16 janeiro de 2008 6:31 am

Olá pessoal! Só para complementar o que você disse, Tiza, não querendo desvalorizar outras correntes de pensamentos como a Escola de Frankfurt que, como qualquer outra escola, trouxe frutos e textos valiosíssimos como “Educação após Auschwitz”, ou mesmo um autor que gosto bastante que é o Walter Benjamin. No entanto, levando-se em conta o quanto havia de raiva, desesperança, desolação, melancolia na obra de Adorno e outros… eu prefiro ficar com Jung, que consegue ser crítico, oferecer uma maneira de mudar o mundo sem decepar a individualidade, e uma proposta, como disse o Acid, metafísica-filosófica de vida, afinal é impossível… Read more »

Geninha
Geninha
16 janeiro de 2008 10:33 am

“A preguiça mental torna-se uma virtude; pelo menos, é possível aquecer-se ao sol de um ser semidivino” Ele fala dos discípulos de modo muito pejorativo. Se os discípulos de Cristo, por exemplo, se rendessem a preguiça do pensar teriam se tornado apóstolos? Acredito que não! Se ainda fosse a preguiça física…pensar requer tempo ocioso (viva o ócio criativo!:). Não concordo com Jung…O que escreveu parece mais uma justificação para si mesmo, por suas falhas. Gosto muito do Jung, mas não consigo esquecer suas falhas de caráter. Acredito que Jung , na maioria dos seus textos, tenha o intento de justificar… Read more »

Perséfono
Perséfono
15 janeiro de 2008 8:42 pm

E olha que rola pelos bastidores junguianos que em “Memórias, Sonhos e Reflexões” o Jung havia escrito coisas CABELUDAS (leia-se: interessantíssimas) sobre suas vivências com relação à espiritualidade e algumas hipóteses que ele formulou sobre esse campo (mais interessantes até do que aquelas que já constam no livro)… mas que depois do seu falecimento a família (sabiamente, ou não) “retirou” esses trechos e partes da obra, pois poderiam no meio acadêmico acabar com todas as dúvidas que seus críticos tinham de que ele era apenas um “místico” para dar-lher CERTEZA disso. Se um dia veremos os anexos desse livro? só… Read more »

Mari
Mari
15 janeiro de 2008 7:49 pm

Axid, tu num tem vontade de fazer a pós-graduação em análise junguiana não? A primeira turma aqui em Recife acaba no fim desse ano, e eu já quero ir encontrando pessoas para formar uma turma nova.

tiza
tiza
15 janeiro de 2008 6:40 pm

Marcel , Eu aposto todas as minhas fichas em Jung. Caso ele seja louco ; alienado, místico…VIVA A LOUCURA ! Ele conseguia ver o mesmo que MCluhan :”A bem da agregação social o homem de desintegra “. Sociologia é uma coisa ;outra coisa é a Psiquiatria. São primas distantes inseparáveis mas não são iguais,e brigam como é próprio da intimidade familiar o brigar….É difícil saber se o homem realmente é doente ao ser aconselhado à recorrer aos tratamentos psiquiátricos pelas pressões sociais e se realmente o perfeito engajamento à matrix e fazer de suas preocupações prioridades é o caminho mais… Read more »

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
14 janeiro de 2008 7:17 pm

Vc é o primeiro.

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