INCEPTION (A ORIGEM)

Esta é uma análise detalhada sobre a simbologia e a psicologia dos personagens. Se você ainda não viu este filme, caia fora. Faça um favor a você mesmo(a) e vá assistir imediatamente. Se meu jeitinho doce não o(a) convenceu, leia o post anterior. Qualquer coisa que você ler neste post aqui irá estragar irremediavelmente uma experiência magnífica de ter sua mente desafiada, massageada e recompensada.

Qual é o parasita mais resistente? Uma bactéria? Um vírus? Não. Uma idéia! Resistente e altamente contagiosa. Uma vez que uma idéia se apodera da mente, é quase impossível erradicá-la. Uma idéia que é totalmente formada e compreendida, permanece.

Cobb

Essa é a carta de apresentação do mais novo filme de Christopher Nolan: “A origem” (Inception). As palavras acima são pronunciadas para alguém que está comendo. É importante ter isso em mente para a compreensão do uso do nome “Inception”, que tem sido mal interpretado até mesmo nas críticas onde a língua-mãe é o inglês.

INCEPTION (A ORIGEM)

Inception: No dicionário significa Início, origem. Ok, mas tudo no filme, a começar pela cena que descrevi acima, nos leva a perceber que o uso do título “Inception” deriva do verbo incept, que significa ingerir. Tudo no filme gira em torno da ingestão de uma idéia. Concordo que seria um título esquisito e pouco chamativo, mas nas legendas do filme é usada a expressão inserção, que pode não ser a tradução literal, mas é a mais adequada (e funcionaria perfeitamente para o título em português). Há uma diferença fundamental entre inserção e ingestão. Enquanto o primeiro nos remete a um procedimento invasivo, ativo no sentido de ser empurrado algo a alguém, no segundo temos um movimento de aceitação, de passividade, de acolhimento. São assim que as idéias são absorvidas, e assim que elas permanecem. Considerando isto, uma outra tradução possível para o título, e que seria ainda mais precisa (embora pouco conhecida) é Intervenção.

Intervenção é um termo usado em psicanálise para definir a pontuação feita pelo psicanalista no paciente, numa dada vivência, de forma que o liberte ou dê uma tomada de consciência antes não acessada. Pra quem achou complicada essa definição, nada mais é do que a intervenção de um especialista na mente do paciente, no sentido de conduzir o fluxo de seus pensamentos para uma auto-libertação (catarse). É exatamente o que acontece no filme com o executivo Fischer (interpretado por Cillian Murphy) e com Cobb (Di Caprio). Sabemos que a intervenção do executivo foi guiada por Cobb. Mas quem guiou a do guia?

O final do filme dá margem a duas interpretações básicas:
1 – Cobb acorda de fato e volta para seus filhos no mundo real.
2 – Cobb ainda está sonhando.

Essa segunda alternativa é que abre o filme a infinitas interpretações que pipocam pela internet e fazem a graça e a genialidade da sétima arte, porque insere o espectador na história, faz o filme não acabar com o fim da projeção, e “digerimos” aquela idéia por dias, talvez semanas ou meses!

O nobre intento (do filme) é implantar a visão de um homem na mente de uma vasta audiência… A idéia de cinema como forma de compartilhar o mesmo sonho tem um século. Com “A Origem”, espectadores terão a chance de ver essa noção ser atualizada para o estado-da-arte.

Richard Corliss; crítico da Time magazine

Vou compartilhar com vocês uma visão quase inédita do filme e que faz TODO o sentido. Descobrimo-la, Paula e eu, num brainstorm de algumas horas logo após o filme, e confesso que quando Paula sugeriu QUEM poderia estar por trás do sonho de Cobb minha cabeça explodiu. Apresento-lhes agora o responsável pela distorção de realidade que nós e Cobb compartilhamos por 2 horas e 46 minutos:

A Origem (Miles)

Ele mesmo, Miles (Michael Caine), o pai de criação e mestre de Cobb na “arte de navegar mentes”; o único com capacidade para iludir Cobb num intrincado jogo para fazê-lo se perdoar e voltar para os filhos, e o único com motivos para fazê-lo. Há duas teorias sobre em que momento Cobb entrou neste “grande sonho” sem perceber: Uma é que TODO o filme já é um sonho. Isso torna as coisas mais fáceis, pois todos os personagens e situações anteriores a isso ocorreriam apenas na mente de Cobb, manipulada por Miles. Mas a Teoria Acid-Paula (2010) segue o raciocínio (embasado por dicas dadas pelo filme) de que o “grande sonho” começa em Mombaça (na África).

Percebam que quando Cobb conhece Yusuf (Dileep Rao) ocorrem uns diálogos estranhos. Ele aparentemente alfineta Cobb com a pergunta “você ainda sonha, Cobb?” ou o velho que diz “Eles vêm aqui para serem acordados. O sonho se tornou para eles a realidade. Quem é você pra dizer o contrário?“, na parte em que mostram alguns idosos sonhando num porão. Antes disso Yusuf ainda questiona Cobb se ele tem certeza de que quer ver essa cena. Após Cobb pedir pra Yusuf testar nele um poderoso sonífero, ele sonha com Mal e “acorda” tão angustiado que não consegue nem girar o pião. Só que, de acordo com minha teoria, ele não acorda de verdade. E a partir daí surgem flashes das crianças e de Mal em sua “realidade”. O pião não é girado mais (ou pelo menos ele não cai). Esse é o “grande sonho” do qual ele não acorda mais.

A idéia por trás dessa teoria é que Miles, juntamente com Ariadne e Yusuf (e possivelmente Saito) sabem do plano dentro do plano, que é mergulhar fundo na mente de Cobb ao mesmo tempo em que mergulham na de Fischer pra realizar a missão de Saito. Tipo um remake psicológico de “11 homens e um segredo“. Pode ser que haja outros personagens envolvidos na trama, ou até mesmo todos os personagens (tirando o Fischer e seu tio), mas é difícil definir isso sem viajar na maionese. O que me deixa bastante confiante na teoria é que o diretor passou 10 anos escrevendo e elaborando esse script, e creio que ele teve tempo demais pra pensar em todos os detalhes e não deixar nada tão preguiçoso macular seu brilhante roteiro se não fosse intencional (Ariadne aceitar muito facilmente um trabalho que é oferecido a ela como ilegal e, depois, perigoso. Saito aparecer magicamente na África; Miles estar convenientemente esperando por ele na alfândega do aeroporto; as crianças estarem praticamente com as mesmas roupas e posição no final, etc). Outro fato que corrobora a teoria é a conversa de Cobb com Miles. Miles parece bastante cínico quanto ao pedido de Cobb por um arquiteto, pois sabe das tramóias ilegais em que ele esteve envolvido, mas quando Cobb diz a ele que é pra reencontrar os próprios filhos Miles prontamente diz “eu tenho a pessoa certa pra você” e nos apresenta Ariadne (Ellen Page). Isso acontece porque Miles percebe que é a hora certa de botar seu próprio plano de “inception” em prática. Como falei mais acima, a intervenção só funciona no tempo e momento de cada um. Quando Cobb se considera apto para “abandonar suas ilusões” Miles arquiteta seu plano.

Os nomes dos personagens são um guia para entender o roteiro:

Dom Cobb

Dom Cobb: Dom é “Senhor, Soberano“. Cobb pode ser traduzido como “aquele que está no controle“. O que é irônico, porque ele PENSA que está no controle, mesmo quando as coisas dão errado, mas, se minha teoria estiver correta, é a garota (A Arquiteta) que comanda o espetáculo, como veremos abaixo.

Arthur

Arthur: É o “herói” do filme no seu sentido mais hollywodiano. É altivo, guardião, confiável, infalível e ainda beija a garota. Não há erro em apontar seu nome como uma referência direta ao Rei Arthur.

Ariadne

Ariadne: Do grego Arihagne (Pura, sagrada). Na mitologia Ariadne é quem ensina Teseu a se guiar no labirinto de Tebas e a derrotar o Minotauro. Ela dá a ele um rolo de fio – que ficou conhecido como o “fio de Ariadne” – pra ele sempre saber por onde veio. No filme a menina (imagem de pureza) guia Cobb pelo labirinto que ela criou. Ela é o fio condutor da trama, e pode ser considerada a personagem principal, por ser a guia na jornada de Cobb pela sua própria mente, sem que ele perceba a intenção por detrás disso.

Mal

Mal: O nome da esposa de Cobb é incerto (possivelmente Margaret), mas todos a chamam de Mal, que em francês é o mesmo que em português: O mal. Na divulgação do filme ela é chamada de “A sombra“, e é exatamente isso que ela é, na psicologia analítica. A Sombra é uma parte de nossa psiquê que queremos ocultar de nós mesmos, e assim a projetamos inconscientemente no outro. O sentimento de culpa em relação ao que aconteceu a Mal manteve-a viva nas projeções mentais de Cobb, levando a este conflito Amor x Culpa em todos os sonhos dele, representados/projetados na figura bidimensional/caricata de Mal que, ao mesmo tempo em que é a doce amada, é também a raiva e a destruição dos desejos inconscientes de Cobb (que não fosse o dele ficar com ela no limbo, porque no fundo ELE não queria deixá-la, por essa mistura de amor, culpa e arrependimento).

Fischer

Fischer: É o executivo em quem Cobb deve implantar a idéia. Seu nome deriva de Fisher (pescador). Ironicamente quem é “fisgado” por ele é o Cobb.

Eames

Eames: É o ator que se transforma no tio de Fischer dentro do sonho. Seu nome deriva do inglês arcaico Eam, que significa…. Tio.

Yusuf

Yusuf: É o químico preparador do sonífero que permite o sonho pesado. Seu nome significa José, em árabe. No Corão há um Yusuf cuja história começa com um maravilhoso sonho que ele teve, e posteriormente adquire a habilidade de interpretar sonhos. Na nossa Bíblia há também – em Gênesis 37 – um José que interpreta sonhos.

Maurice

Maurice: É o pai de Fischer. Seu nome deriva do latim Mauritius (Mouro), uma tribo que vivia no norte da África e hoje são muçulmanos. São Maurício (St. Maurice) foi o soldado romano (convertido cristão) que se tornou mártir ao preferir morrer com toda a sua unidade de soldados a cumprir ordens de esmagar uma revolta cristã.

Miles

Miles: É o pai de Mal, professor de arquitetura e mentor de Cobb na arte de criar sonhos. Seu nome significa soldado, em latim. É interessante perceber que a figura paterna do personagem Fischer possui um nome que remete ao próprio sogro de Cobb.

Saito

Saito: Provavelmente este nome é uma homenagem a Hajime Saito, samurai líder dos Shinsengumi e policial do serviço de inteligência, relacionado com contra-espionagem. O personagem é apresentado no filme como um empresário poderoso, representando um Deus Ex Machina que possibilita qualquer coisa que Cobb precise. É a chave para a realização do desejo de Cobb rever seus filhos, algo que até então ele achava impossível. Durante o filme Saito dá mostras de seu poder e influência (como comprar uma companhia aérea inteira pra utilizar UM avião) e resgata Cobb de uma enrascada no meio da África. Isso fortalece os laços entre ambos, e ele acaba assumindo para Cobb uma figura de autoridade quase paterna, influência que Miles não possuía. Por isso creio que Saito foi utilizado para influenciar discretamente o consciente de Cobb com um questionamento: “Você quer se tornar um homem velho, cheio de arrependimento, esperando pra morrer sozinho?“. A frase é lembrada mais duas vezes, sendo a última no limbo, usada como um gatilho para Cobb recobrar sua consciência e trazer Saito de volta. A beleza aqui é que na verdade nesta cena Cobb está resgatando ELE MESMO do limbo através do “espelho” Saito, que naquele momento era uma representação visual – e visceral – da idéia contida na frase que era pra Cobb!

A idéia de espelho está inserida no filme em outros momentos-chave, que mais parecem uma forma gratuita de usar computação gráfica mas não são: quando a menina “dobra” a cidade e vemos prédios iguais se juntando, de forma espelhada (é por isso que a cena se passa em Paris, pois Paris tem esses prédios de arquitetura Haussmanniana que os tornam quase idênticos). E noutra cena, quando a mesma menina “fecha” um vão da ponte com espelhos. O espelho é uma forma sutil de demonstrar que um dos dois é falso, e na psicanálise ele é usado para promover a desidentificação de figuras parentais ou próximas e ajudar na individuação da criança. Por exemplo, uma criança pequena não concebe a mãe como outra pessoa, e sim uma extensão dela mesma, e o espelho ajuda-a a perceber-se como indivíduo pela primeira vez. No caso de Cobb sua individualidade estava “contaminada” pela presença de Mal, e o que Ariadne faz? Ela usa o espelho para que Cobb se veja como SUJEITO, uma entidade SEPARADA de Mal. Obriga-o a olhar pra si mesmo, como se apontasse “Ei, este é você AGORA”. Cobb certamente não percebeu isso conscientemente, mas algo sempre fica implantado (ingerido).

Isso é intervenção. Um psicólogo hábil pode arar e adubar a terra, e depois construir, como um arquiteto, as fundações e o palco para a apresentação de sua idéia, e assim vê-la germinar; é isso que acontece no filme, quando o “Demiurgo” Miles constrói, através dos personagens, toda a base (ver os filhos), o palco (a inserção de uma idéia na mente de outra pessoa, a ajuda e incentivo dos outros) e apresenta sua idéia (“Cobb, tudo o que está entre você e seus filhos agora é a sua sombra”). O desenrolar da história e o grand finale vão depender sempre do paciente.

Só que a sombra não assiste a tudo pacificamente. Ela cria um sem-fim de dificuldades e desafios, porque o inconsciente tem seus próprios planos. No filme chamam de “defesas da mente”, e elas existem mesmo, e podem assumir as formas mais assustadoras ou desejáveis desde que cumpram o seu papel de bloquear aquilo com o qual você não quer (ou não está preparado para) se confrontar, como anticorpos que atacam as células que consideram invasoras. No filme isso é representado pelos cofres, pelas gangues armadas até os dentes e por uma esposa apaixonada ou raivosa.

Mal é o minotauro que Ariadne ajuda Cobb a derrotar. É graças à menina que Cobb se abre e admite sua culpa e seu remorso, confessando a história da inserção malsucedida em Mal (hehe!). Esse foi o primeiro passo de Cobb rumo à aceitação/libertação. É emblemático que Ariadne esteja sempre ao lado dele nos confrontos com a sombra, e mais emblemático ainda que ela o incentive a derrotá-la (matá-la), como na cena do limbo; quando a sombra está prestes a dominar Cobb, Ariadne intervém e atira em Mal, enfraquecendo-a e permitindo um lindo momento de catarse, em que Cobb dialoga com sua própria sombra como não sendo mais a mulher que ele tanto amou:

Inception

CobbEu não posso ficar com ela porque ela não existe mais.
MalEu sou a única coisa em que você ainda acredita.
CobbEu gostaria. Eu gostaria mais que tudo. Mas eu não posso imaginá-la em toda a sua complexidade, toda a sua perfeição, toda a sua imperfeição. Olhe pra você. Você é só uma sombra da minha esposa verdadeira. Você é o melhor que eu posso fazer; mas sinto muito, você não é boa o suficiente.

Eis acima um dos grandes momentos da história do cinema (Ponto). O que Matrix Revolutions teve medo em abordar, aqui é dito com todas as letras, sem ser chato ou piegas.

Isso se chama em psicologia lacaniana de “atravessar o fantasma“, ou seja, confrontar o sujeito com a realidade. Isso nada mais é do que achar um sentido para aquilo que inicialmente não tinha sentido. Ariadne faz isso o tempo todo com Cobb. Foi a única que explorou a relação de Cobb com Mal, entrou em seus sonhos, o ajudou a superar todas as etapas da inserção; inclusive no momento em que ele desiste e diz que fracassou, ela encontra uma solução. É ela quem dá um outro SENTIDO para continuar. É ela que vai até o último andar do elevador dos sonhos de Cobb (onde ele não queria entrar) e o acompanha ao nível mais profundo do inconsciente e o ajuda a “atravessar o seu fantasma”. Ariadne é a peça-chave no filme, e creio não ser por acaso seu amuleto ser um bispo: uma peça de xadrez que, na França (terra da personagem) é chamada de “Bobo da corte“, aquele que em tempos medievais se fazia de tolo e de inocente pra falar de forma ambígua certas verdades ao Rei, que o Bobo (que de bobo não tinha nada) captava no mundo fora dos muros do castelo. Uma menina inexperiente expressa bem essa imagem.

A Origem

Vemos então o epílogo, que é também o início do filme. Cobb está saindo do mar, que é um símbolo na psicologia para o inconsciente, porque, segundo Freud, o inconsciente – assim como o mar – não tem começo nem fim, e nem tem individualidade (é um amálgama de água, e água tirada do mar não é mar, é água). Essa simbologia nos remete claramente ao estado de Cobb, como que ressurgindo do limbo em que sua individualidade ia se perdendo (isso explica a falta de memória dele à mesa com o Saito velhinho).

O título da música de Edith Piaf “Non, Je Ne Regrette Rien” significa “Não, não me arrependo de nada“. Isso é a síntese da catarse de Cobb, quando ele confronta a sombra no limbo. E não por acaso é a música escolhida pra “chutar” de volta os personagens ao mundo real. O mais fantástico foi a forma como o compositor da trilha sonora, Hans Zimmer, utilizou fragmentos dessa música para permear a trilha, dentro do paradigma imposto pelo roteiro de que, quanto mais profundo o sonho, o tempo – e a música – desaceleram:

Comparação da música de Inception com Edith Piaf

Absolutamente brilhante, não? Esse filme traz talvez o trabalho mais magistral de Hans Zimmer, que praticamente inventou o “TOOOOOOMM” como som pra tudo o que for dramático ou impactante num filme ou trailer de agora em diante. Isso sem falar na música final (Time), que dá a desacelerada tão necessária pra “descompressão” desse filme no final.

 

E por falar em final, no fim do filme eu fiquei desejando que o pião caísse, e se concretizasse o sonho do personagem. Mas Nolan mais uma vez respeitou a inteligência da platéia e nos brindou com aquele corte seco. O fato é que o desejo de Cobb se concretizou, independente de como vemos as coisas de fora! Podemos encerrar a teoria acreditando que aquilo era um sonho, sim, mas o fechamento psicológico do “grande sonho” no qual Cobb estava imerso, e após isso ele estaria pronto para acordar no “mundo real”.

Vi no site Cabine Celular um comentário de @jucadangelo que sintetizou a magia do cinema refletida neste filme: Dizia algo como “eu não sei qual é o final, mas dane-se, eu SENTI o filme! Eu não quero saber, eu quero sentir o filme. É assim que funciona nossa mente”. É aí que reside a beleza de A origem, na emoção da caminhada, não em estabelecer o que é real ou não! Assim como nos sonhos nós lidamos com emoções, o roteiro do filme também lida, a cada nível percorrido. O filme é uma looonga explanação da viagem entre esses planos, enquanto o desenvolvimento dos personagens secundários e suas motivações são rasas ou subentendidas, em parte porque o filme já estava longo demais, em parte para que nós possamos mergulhar na essência do que compõe o ser humano: o sentir. E sentir junto com os personagens, aprendendo sobre eles a partir de suas reações, no momento DELES. Cinema não é sobre realidade, é sobre PERCEPÇÃO! Nós não vamos ao cinema pra sermos enganados e sobrepor nossa realidade com uma outra (o nome disso é horário eleitoral). Nós vamos ao cinema porque queremos viver durante algumas horas uma certa emoção, ou uma gama de emoções; queremos ser tocados pela magia, quando nos colocamos na mão do diretor e desejamos que ele nos leve a níveis que dificilmente atingiríamos por nós mesmos. Tanto que, pra mim, o momento mais emocionante de A origem foi um brilhante exercício de metalinguagem – assim como Tarantino utilizou em Bastardos Inglórios – que foi o encontro de Fischer com seu pai moribundo. Tudo ali era irreal, previsível e um “filme” dentro de um filme, e ainda assim a inteligência, sutileza e HUMANIDADE com que a idéia foi implantada na mente do executivo foi de uma beleza tão grande que não pude conter algumas lágrimas. Apesar da motivação nada ética de fazer o executivo repartir seu patrimônio, é como foi falado no filme: o que fizeram ao rapaz foi algo a ser pago, e caro, pois sendo real ou não os fatos apresentados, foi uma libertação REAL. E o que é real??! Real é a VIDA, e como diz @jucadangelo: “a sua vida é o que você percebe, então vai viver o teu sonho e não vai achar que está certo; vai SENTIR que está certo”. E esse sentimento é o que representa o final, quando Cobb vê seus filhos, racionaliza por um momento, pega o amuleto e roda, mas aí olha de novo para as crianças e não espera ele cair. Ele vai VIVER.

Os símbolos são mais reais que aquilo que simbolizam, o significante precede e determina o significado.

Lévi-Strauss

Poderíamos estender a interpretação desse filme para além dos sonhos e explorar percepções de realidade (por exemplo, o papel do Guru é estar sempre procurando despertar no seu discípulo uma nova percepção, pois a percepção normal está completamente embotada), como a bruxaria de Castañeda ou os Koans e Satoris do Budismo, ou mesmo tratar de planos de existência, e falar de técnicas para obter sonhos lúcidos. Mas isso seria se estender por demais e repetir coisas que já estão espalhadas pelo blog (divirtam-se buscando).

O que conta, no final, é que sonho nós queremos viver. E de quem será o sonho que estamos sonhando agora?

SONHOS: Cinema do Inconsciente. Documentário do BluRay de “A Origem”

Outras análises imperdíveis:
Analise dos Personagens na perspectiva junguiana (arquétipos);
Pablo Villaça no Cinema em Cena;
Uma outra teoria interessante para o filme (em inglês);
Batman: O Cavaleiro das Trevas (de Christopher Nolan, mesmo diretor de A Origem)

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30 março de 2021 4:42 pm

O que diz a música de Édith Piaf citada por Sergio Moro para dizer que não se arrepende da Lava Jato https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2021/03/30/o-que-diz-a-musica-de-edith-piaf-citada-por-sergio-moro-para-dizer-que-nao-se-arrepende-da-lava-jato.ghtml O que diz a canção? “Não, absolutamente nada Não, eu não me arrependo de nada Nem o bem que me fizeram Nem o mal, não me importo com isso” “Não, absolutamente nada Não, eu não me arrependo de nada Está tudo pago, varrido, esquecido Que se dane o passado” “Com minhas lembranças Eu acendi o fogo minhas mágoas, meus prazeres Eu não preciso mais deles” “Varreu os amores E todos os temores Varrido para sempre Eu recomeço do… Read more »

TP
TP
12 agosto de 2010 11:07 pm

Brilhante e digno da obra prima. Amo esse blog por isso. OBRIGADO ACID.

Rafael
Rafael
31 agosto de 2010 1:40 pm

O problema é que vcs gostaram tanto do filme, que irão protegê-lo a todo custo, como os que ainda estavam presos em matrix… Essa teoria de vcs só explica em parte… Vamos fazer o seguinta: eu vou assistir pela quinta vez o filme. E vou escrever uma análise, e vou digitat toda a teoria do filme… Abraços,

Acid
Acid
31 agosto de 2010 2:25 pm

Eu gostei muito, mas só vi duas vezes…

Rafael
Rafael
31 agosto de 2010 3:32 pm

Eu quero até escrever o post no meu blog, mas o problema é que eu mal comecei e já deu 754 palavras!!! E 3 folhas no word!!! E agora???

Acid
Acid
31 agosto de 2010 3:55 pm

Treina a síntese. Ou separa em partes

Daniel
Daniel
1 setembro de 2010 5:11 pm

Você se esqueceu de uma coisa muito importante que ajuda MUITO a guiar o filme. Em todos os momentos que Cobb está inserido em algum sonho, o diretor arruma uma forma de dar um close especifico na mão se Cobb, e podemos ver claramente o anel de casamento na mão dele (pq este é o real Totem de Cobb, e não o peão que já havia sido tocado por sua esposa e pertencia a msm). Sempre que são mostradas cenas fora dos sonhos, Cobb não usa o anel, e o diretor usa closes em sua mão para mostrar isso (como… Read more »

Rafael
Rafael
1 setembro de 2010 7:09 pm

Bom Acid, a sua teoria está incorreta pois tods as vezes que Cobb entra em qualquer sonho, ele também sai.

E Daniel, o totem é um objeto que interage com o meio, de forma diferente no sonho, em relação ao mundo real. Portanto o anel não é o totem de Cobb. O anel é um objeto temporal, que diz apenas se naquele momento ele estava na realidade, em que Mal havia morrido, ou com suas lembranças, em que Cobb está com a aliança.

Washington Rayk
Washington Rayk
4 setembro de 2010 11:28 pm

Antes de qualquer teoria, não existe dúvida que a mensagem do filme é justamente transcender seus medos, seus arrependimentos, e viver plenamente.

Muito linda a tua interpretação cara, excelente!

Hector
Hector
5 setembro de 2010 8:35 pm

Olá gostaria de comentar que o filme de alguma maneira traz um conhecimento que foi trasmitido por uma medium americana Jane Roberts nos anos 60/70 de um mestre espiritual fantastico que influencio muito no pensamento da New EYE Chopra Luise Hay etc que se denomino SETH ele tem um livro en español “El material de Seth” esta en ingles tbem que retrata en su capitulo 14 Sueños …. praticamente esse filme
Pueden lerlo en http://www.bibliotecapleyades.net/seth/material_seth.htm
em esse sitio .
Abraço e parabens por esse sitio saindodamatrix tão rico em quantidade de inteligencia!!

Caesar
Caesar
9 setembro de 2010 12:58 am

Leiam isto. Ví o filme pela 2ªvez(há menos de uma hora), e percebi que já da 1ª vez uma idéia foi INSERIDA em mim.(só em mim?) Lí novamente o post e quero expor o sgte: Se o guia de Cobb é Miles, o guia de Miles é Nolan (quem é o guia de Nolan?). Isto inclui todos os espectadores na história, que terão uma ¨idéia¨ INSERIDA em seu subconsciente. A idéia: SUICÍDIO (tabu que a maioria não admite já ter pensado, mas que muitos cometem lentamente com as drogas lícitas ou não e com atividades perigosas) O gatílho (chute): Um… Read more »

Caesar
Caesar
9 setembro de 2010 1:57 am

Acid,
Eu NÃO, pois detectei a inserção.

Não escrevi pensando nas pessoas que se questionam e vivem em crise de crescimento (stress positivo)

muito obrigado, mas não se preocupe comigo.

Eduardo
Eduardo
10 setembro de 2010 4:56 am

Muito bom o post. Ainda não sei se concordo ou não com a sua teoria, teria que assistir de novo. Eu também passei pelo agravo de que no começo do filme tinham umas pessoas conversando atrás de mim. Desejei muito a realidade ser um sonho pra poder matar eles tranquilamente haha.

Quanto à teoria de que a mensagem do filme é o suicídio como solução, furada. Se fosse assim, no primeiro retorno à “realidade”, Cobb não teria mais problema algum, aliás, foi o suicídio de Mal que resulta no sentimento de culpa, que é o grande tormento do rapaz.

Rafael
Rafael
31 agosto de 2010 9:42 am

Muito interessante a análise do filme de vcs… Só tem um pequeno problema, como disse, no filme, Sherlock Holmes para Watson no corredor procurando o relojoeiro : “É um erro imenso construir teorias sem dados suficientes. É inevitável deturpar os fatos para adaptar suas teorias. Em vez de usar teorias que se adaptam aos fatos.” E como disse o “singelo”, aleijado Verbal Kint em OS SUSPEITOS ao policial Dave: “Para um tira a explicação nunca é complicada. É sempre simples. Não há mistérios nas ruas. Nem arqui-criminosos. Se você acha um morto, na certa foi o irmão dele.” Ou seja,… Read more »

Ruy Adorno
Ruy Adorno
30 agosto de 2010 2:54 pm

Ta faltando ter essa imagem por aqui:

Inception infographic

Titanico
Titanico
30 agosto de 2010 12:50 pm

Fala pessoas… Pra mim, cinema sempre foi mais entretenimento do que qualquer outra coisa. Lido com questões que me fazem pensar o dia todo… e quero fugir disso de vez em qdo… Pra questões mais “sérias”, os livros me servem muito bem. No entanto, esse filme me causou um terremoto interno… fiquei pensando vários dias nele… assiti de novo e tenho absoluta certeza que o Cobb não acordou… mas inúmeras outras dúvidas persistem. Vou esperar pra sair a versão do filme em versão do diretor, versão estendida, comentários, etc, e daí assisto tudo de novo… Parabéns pela análise, Acid e… Read more »

Jorge
Jorge
19 agosto de 2010 8:30 pm

Folego, heim, veio!!!
Votei no blog.
Essa Paula tá te fazendo bem (hehehehe).
Eu nao gosto muito da maionese de Lancan, mas gostei da tua analise.
T+

Hypatia
Hypatia
19 agosto de 2010 9:09 pm

Caramba, revendo o filme, a cena em que Cobb está lavando o rosto, após o sono test-drive proporcionado por Yusuf, quando ele nao consegue girar o pião de tão atordoado, realmente leva a crer que é o início do 1º nível de sonho, o mesmo sonho que ele retorna no fim do filme quando reencontra as crianças. Não vi ele girando o pião de novo com o pião caindo durante o resto do filme. A hipótese do Acid está casando…

Leandro Pavani
Leandro Pavani
21 agosto de 2010 2:41 am

Sobre a frase do trem, aquilo é derivado de conhecimentos de arquétipos aplicados ao marketing e à manipulação do subconsciente, ao dizer que eles “estão em um trem, nao importa para aonde vai nem quanto tempo vai demorar, pois estao juntos”, coloca uma ideia no subconsciente da pessoa, algo do tipo “o trem é a viagem deste sonho, estamos juntos e assim ficaremos nao importa as circunstâncias ou o tempo que passe” , e isso fica na mente martelando, literalmente uma inserção, assim como “não pense em um elefante” faz vc pensar em um, uma metáfora arquetipica como essa do… Read more »

Gustavo
Gustavo
23 agosto de 2010 10:59 am

Já curtia o trabalho do Hans Zimmer.

Vi esse filme ontem, adorei a trilha.

Mas agora que li sobre o recurso que ele usou, estou sem palavras!!

Gustavo
Gustavo
23 agosto de 2010 11:49 am

E quanto às escadas paradoxais do filme? Lembrei na hora do artista M. C. Escher, que fazia vários desenhos de ilusões óticas, perspectivas paradoxais, etc. Mais uma referência marcante!
comment image

Nid
Nid
23 agosto de 2010 5:37 pm
Gustavo Brigatti
Gustavo Brigatti
24 agosto de 2010 2:52 pm

Olá. Gostei bastante das tuas ideias e queria conversar contigo sobre uma reportagems que estou fazendo para o jornal Zero Hora, de Porto Alegre. Por favor, entre em contato comigo pelo e-mail que deixei aí.
Abraço!
Gustavo

Endriel
Endriel
24 agosto de 2010 2:56 pm

O filme é muito bom, como todos comentaram. Você “sente” o filme de uma maneira muito intensa, e a trilha sonora faz parte dessa “inserção” das idéias contidas no filme na mente do telespectador. Assim que acabou o filme, eu estava tão compenetrado que parecia que minha própria realidade tinha sido abalada. Perguntinha: como foi a primeira noite de sono de vocês depois do filme??

Hypatia
Hypatia
24 agosto de 2010 5:50 pm

Gente, o final é real. Fiz um “jogo dos 7 erros” com as crianças e a roupa da menina é diferente (mangas brancas) e o cabelo do menino está maior, quase cobrindo o rosto.
Pergunta-se qual o totem de Cobb. Há uma teoria que afirma que o totem dele é a aliança. Este post (http://revolvingdoorproject.net/2010/07/23/inception-what-happened-at-the-end/) está argumentando bem isto.

Cesar Adr
Cesar Adr
26 agosto de 2010 12:34 am

Só a titulo de curiosidade, pois a evidência deve ser sempre buscada. Como avaliar se o que a regressão achou é imaginação ou memória? Abaixo trecho do livro O mundo assombrado pelos demónios, de Carl Sagan. “Em nossa época ainda se ridiculariza e descarta freqüentemente com risadas, mas há mais possibilidades de, vencer a reserva e a ocultação; por exemplo, em torno de apoio” que proporcionam um terapeuta ou hipnotizador. Por desgraça —e por incrível que seja para alguns—, a distinção entre imaginação e memória freqüentemente é pouco clara. Alguns “abduzidos” dizem recordar a experiência sem hipnose; muitos não podem.… Read more »

Lucax
Lucax
29 agosto de 2010 12:22 am

mt bom o artigo.
Só uma observação, eu acho que a “Mal” deve ser diminutivo de Malcom, e nao de Margaret.
e respondendo a pergunta @Endriel: que sono?? hehehe

marco
marco
29 agosto de 2010 5:00 am

acho q com esse seu post, devo interar umas 10 criticas / resenhas sobre o filme. eu nao consigo parar de ler. se pudesse veria o filme pelo menos mais umas 10 vezes, ate decorar todas as falas. a muito tempo nao vejo um filme me cativar tanto assim. é brilhante. é sensacional. é soberbo. é fantástico. é essencial!
seu texto retratou isso tudo muito bem…

abraços
marco

Carlos
Carlos
30 agosto de 2010 12:03 am

Compartilho da idéia da intervenção em Cobb, o momento exato do início do sonho bem que poderia ser na África. Mas me intriga a maneira como o arquiteto inicial foi retirado de cena, abrindo espaço para entrada de Ariadne. Me pareceu ali no helicóptero, que aquele foi o momento que a idéia começou a ser inserida em Cobb, quando Saito ofereceu o retorno ao lar, nesse caso, o filme todo seria o sonho de Cobb. Mas percebi também na segunda vez que vi o filme, que o peão só parou de girar até Cobb testar o sedativo na África, depois… Read more »

Anônimo
Anônimo
19 agosto de 2010 5:11 pm

Meditação, Ampliação da Consciência e a Via de Saída – Parte 2
>
http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos.asp?id=19408
>
>
>
Os quatro estados mentais
>
http://www.holosonic.com.br/os4estados.htm#alpha

UltimateWho
UltimateWho
27 fevereiro de 2011 10:16 am

Ótima teoria, mas por favor assista novamente os 44 minutos de filme, Cobb gira o TOTEN e ele cai, assistam o fiolme, não prestem atenção só no final. Nolan adora brincar com a atenção do telespectador. Se vcês se baseiam no final pra ver que ele tá num sonho então acabo de quebrar essa teoria. As pessoas pensam muito em cima de a Origem, como se fosse dificil entender o filme, bom não é, eu amo o filme, melhor do ano merece o Oscar. Mas parem de inventar moda pra todo filminho que mexe um pouco com a cabeça, foi… Read more »

Martyn
Martyn
18 abril de 2011 11:44 pm

Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças…

Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças…

Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças…

billy shears
billy shears
11 maio de 2011 9:00 pm

Finalmente, depois de um longo e tenebroso inverno, resolvi me dignar a assitir o filme em DVD. Excelente filme.Geralmente, não costumo gostar de filmes cujos os finais ficam em aberto, mas neste caso dou um desconto – rsrs – uma vez que a dupla interpretação deixada no fim, complementa a linha de pensamento que o diretor desenvolve ao longo da trama.Ou seja, o sonho vem a ser um diálogo entre o consciente e o inconsciente, onde os dois recriam um mundo paralelo de nossa mente para tratar questões que não conseguimos acessar no “modo” consciente. Engraçado, que logo depois de… Read more »

Geninha
Geninha
21 setembro de 2011 2:34 pm

” Você é só uma sombra da minha esposa verdadeira. Você é o melhor que eu posso fazer; mas sinto muito, você não é boa o suficiente.”

Senti falta da abordagem sobre as memórias. Mal, antes de sombra, era uma memória que se modifica ao longo do tempo. O mesmo acontece com Fisher e seu pai.

Abçs!

Leonardo
Leonardo
13 outubro de 2011 5:53 am

Olá, acabei de ver o filme e concordo com a última teoria sobre ele ter sofrido a inserção pelo sogro. Pois bem, também tenho uma possível teoria de que a esposa dele realmente tivesse saído do sonho ao pular do parapeito e tramou todo um plano para tentar fazer ele sair desse sonho que ele encontrou os filhos. Mas de alguma forma ela não poderia entrar diretamente no sonho dele por criar algum paradoxo mental ou uma desaceitação da sua mente de que aquilo na verdade não é real. Ao voltar e perceber o peão ainda rodando ele se dará… Read more »

Ike e os caçadores da crítica perdida, 'chutando' o pau-da-barraca.
Ike e os caçadores da crítica perdida, 'chutando' o pau-da-barraca.
5 dezembro de 2011 9:04 pm

Pô Acid (e Dona Acid tb, já que a “patente” é dupla |¬)), não cansas de complicar as nossas vidas, né?! |¬) Tô chapado; não tanto com o filme. Mais por esse post mesmo, que “eleva” a coisa mais pra baixo ainda. Dizer o que depois desse post: UAU!!! É por isso que eu digo a todos que admiram a sétima arte: “-Antes de lerem alguma crítica cinematográfica, dá uma passada primeiro no SDM”. Só lamento pela concorrência. |¬D A análise de vcs até agora me parece im-pe-cá-vel (me obriga a rever de novo, agora com mais cautela). Foi no… Read more »

Ike the sandman, projetando uma possível continuação
Ike the sandman, projetando uma possível continuação
8 dezembro de 2011 4:48 pm

Huummm… É, faz sentido o lançe do totem, voltar pros filhos, a manutenção (nunca vou entender como o ‘Nada’ ou o acaso sustenta todo esse universo de forma ordenada, conservadora e dinâmica). Díficil escapar dessa inserção original “plantada” pela Sra Acid e aceita sem contestamento pelo Sr Acid (Loco si, pero non tonto, né?! |¬D). Cara, Acid… A coisa parece que não tem fim mesmo. Alguns filmes realmente são experiências pro resto da vida (incluindo aí a extra-sensorial). A cena em que Cobb acorda (ou não) lá com os velinhos presidiários na África (ou viciados?) e vai direto pro banheiro… Read more »

Anônimo
Anônimo
10 dezembro de 2011 12:36 pm

Acid, Li a sua análise junguiana.

Acho que indo por esse caminho leva-se uma baita vantagem mesmo pra compreender a dinâmica e as intenções do filme. Não vejo saída aí. A coisa tá escancarada no filme.

AH! E qual seria o papel da água no filme? E da ‘simetria’ (que eu lembre agora, todas “projetadas” em sequências sempre em movimento (os trens, no caso; um possível ‘TOC’ do diretor? |¬))?

abs

Ike, 'dormindo' no ponto, de novo!
Ike, 'dormindo' no ponto, de novo!
10 dezembro de 2011 12:39 pm

Sorry pela amnésia do nick, de novo!

Carlos de Jesus
Carlos de Jesus
24 fevereiro de 2012 8:20 am

Acid, ou quem puder me ajudar.

Mal se matou. Isso pq ela achava que não estava no mundo real. Mas porque ela não girou o piao no mundo real para saber que o mundo onde ela estava não se tratava de um sonho?

Marcelo Hashimoto
Marcelo Hashimoto
29 maio de 2012 9:11 pm

Post 5 estrelas? Está mais para baboseira livre de conteúdo. Para uma análise realmente interessante de Inception, sugiro: http://www.youtube.com/watch?v=ginQNMiRu2w

Gláucia
Gláucia
21 dezembro de 2015 1:05 am

Caraaaaaleoo! Que análise crítica é essa Brasil? Acid (quem és tu mon amour?!) rsrs. Já havia assistido esse filme pela metade no começo desse ano e só agora consegui assiti-lo por completo, pq o bang é loko! E não dá pra assimilar tudo sozinho nãao! Acabei de assisti-lo e minha mente começou a fervilhar de ideias e teses sobre o suposto fim de Cobb. Fico com sua segunda tese de que ele está sonhando. Mas cara parabéns ao cubo pela análise…poutz uma excelente aula de psicologia, semântica e filosofia vc conseguiu concatenar aqui! Ahrazô! Já vou indicar aos meus amigos… Read more »

Misha'Ël Ha'Levi
Misha'Ël Ha'Levi
20 setembro de 2018 7:48 am

Acid, querido! Sh’lamá Ila’áh! Estou precisando contar-lhe. Nós já falamos na década passada. Estou querendo sua permissão para reproduzir este seu maravilhoso artigo no meu livro “SIMULACRON – A REALIDADE É UMA ILUSÃO” – claro que com a fonte listada e todos os direitos de autoria mencionados. Será que consigo? Desde já, agradeço por alguma resposta. Saudações

Acid
Acid
23 fevereiro de 2011 12:18 pm
Cleber Rafael
Cleber Rafael
21 janeiro de 2011 12:25 pm

Complementando. Não temos um auto-conceito, uma auto-idéia, imitamos quase sempre, somos programados pelo sistema “o que pensar”, o que falar, o que sentir e o que agir, não nos ensinam “como pensar” por nós mesmos primeiramente. O filme mostra como nossa mente é facilmente manipulada assim como o sistema consumista realmente faz.

lívia
lívia
6 fevereiro de 2011 1:26 pm

não terminei de ler o post, mas quero dizer que a primeira coisa que pensei quando terminei o filme foi que, a mulher dele estava certa, ela é que tinha realmente acordado, e ele que continuava sonhando, com medo de voltar à realidade, tanto que o medo dele com relação a ela não era por causa do ‘suicídio’dela, mas sim por medo de ela estar certa e ele errado.

Coringa
Coringa
9 dezembro de 2010 2:03 am

Insight sobre quando “a menina dobra a cidade” http://tinyurl.com/2uy5ebc Vencer as limitações do espaço e do tempo é uma questão de vida ou morte. Mas há uma ‘barreira física’ (ou talvez, em relação a filme, um condicionamento mental) para vencer grandes distâncias: o limite máximo da velocidade da luz, um dos postulados básicos da teoria da relatividade de Einstein. Mas a ficção científica tem encontrado alguns caminhos, que hoje vêm sendo discutidos pelos físicos. As complexas equações da Teoria da Relatividade. Segundo Einstein, o tempo é relativo, e no “andar de baixo” o tempo corre, a morte não espera. Agora… Read more »

Titanico
Titanico
11 dezembro de 2010 7:38 am

O mapa definitivo das camadas de sonho de “A Origem”, feitos pelo próprio Christopher Nolan

http://www.gizmodo.com.br/conteudo/o-mapa-definitivo-das-camadas-de-sonho-de-origem-feitos-pelo-proprio-christopher-nolan

King
King
8 janeiro de 2011 12:34 am

Sabe como ter a certeza que você não esta sonhando?

Tente lembrar se você acordou do ultimo sonho que teve! simples..

Kamala
Kamala
4 janeiro de 2011 8:31 pm

Finalmente assisti A Origem e pude ler esse post, rsrsrsrs.
Muito bem “pensado” ou “sonhado”.

thibas
thibas
11 janeiro de 2011 5:42 pm

Acid…bem intiressante sua teoria…mesmo… mas uma duvida nasceu…como essa afirmação (http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/807246-michael-caine-revela-o-final-de-a-origem.shtml) confirma sua teoria? se vc usa ela pra confirmar, deve levar em consideração que ele tbm disse que o final não é um sonho…então considero que vc também concordou com a afirmação que o final não é um sonho então em que parte do filme ele acorda, pra que possamos dizer que o final não foi um sonho e mesmo assim tudo ter sido um plano do miles? asisti o filme ontem uma vez…posso ter perdido algo, mas não encaixa o final ser real com tudo ser um plano… Read more »

thibas
thibas
12 janeiro de 2011 9:16 am

como, se o “grande sonho” começou na áfrica?

thibas
thibas
12 janeiro de 2011 9:22 am

ahh…se no avião já é a realidade, ele já estava indo de encontro aos filhos, então essa idéia de voltar para os filhos já existia nele e não precisava ser “ingerida”

Areopagita
Areopagita
12 janeiro de 2011 9:44 am

Olá thibas “ele já estava indo de encontro aos filhos, então essa idéia de voltar para os filhos já existia nele e não precisava ser “ingerida” Se me permite: Pela percepção que tive do filme, e que de um modo geral bate com a ponto de vista do Acid, esse propósito já existia, ele só não conseguia “concretiza-lo” devido aos traumas ainda não resolvidos com sua “esposa” (independente do que ela represente), e a “inserção” foi para ele superar este trauma. “como, se o “grande sonho” começou na áfrica?” Não fica claro onde se inicia o sonho, e acho que… Read more »

thibas
thibas
12 janeiro de 2011 10:53 am

desculpa estar sendo chato, mas eu gosto entender as coisas rs…

no meu ver,e o que mostra no filme, o que não permitia ele ver os filhos era o problema com a lei, não a culpa…até porque ele já estava indo de encontro aos filhos mesmo com o trauma não resolvido…

pode ser a visão mais simplista, mas é a que não deixa buracos…às vezes as coisas são simples mesmo…nem por isso deixam de ser sensacionais

Acid
Acid
12 janeiro de 2011 11:41 am

Ele queria sim ver os filhos, mas pra isso ele precisava se perdoar, voltar a VIVER. o filme opera em vários níveis, com vários objetivos a serem alcançados. Veja novamente.

Francisco
Francisco
14 janeiro de 2011 4:19 pm

Faz um bom tempo que venho aqui nesse blog, e hoje pela primeira vez vou fazer um breve comentário.
Há algo entre O Clube da Luta e A Origem, os dois são de inserção de idéia! Os dois começam pelo “fim”, os dois sonham, um tem a Marla e outro tem a Mal. Há algo entre O Clube da Luta e A Origem?!

Cleber Rafael
Cleber Rafael
21 janeiro de 2011 12:02 pm

Muito boa sua análise do Filme. No meu ponto de vista, Nolan quis mostrar que nossa mente é um labirinto, isso fica claro na cena onde Cobb pede para Ariadne desenhar labirintos e nas cenas das “construções” dos sonhos. O filme mostra que ficamos presos em nossos pensamentos, conceitos e preconceitos, que na verdade não sabemos nada, “pensamos” que sabemos.
Em um sentido socrático, ignoramos que ignoramos. Sócrates é que estava certo quando disse: “Só sei que nada sei”

Titanico
Titanico
30 setembro de 2010 11:27 am

Fala pessoas!

“Michael Caine foi a um programa de rádio da BBC 1 (…) e contou o que realmente acontece no final do filme. Afinal, Cobb (Leonardo DiCaprio) saiu ou não dos sonhos?”.

Resposta (só leia se vc quer saber: “A cena é na vida real. Se meu personagem está em cena é o mundo real… eu nunca estou nos sonhos”, explicou.

Fonte: Omelete – http://omelete.com.br/cinema/sir-michael-caine-conta-o-final-de-origem-e-fala-da-filmagem-de-batman-3/

Leandro
Leandro
31 agosto de 2010 1:49 am

Acid, obrigado por me responder, mesmo. O que eu queria dizer é que, de acordo com minha visão ou sensação sobre isso, o corpo vive a realidade do filme vivido – vivido porque nunca somos observantes passivos ou neutros. Duas matérias do seu blog podem ser inclusive um bom link do que quero expressar agora. A de que o “corpo interpreta o pensamento abstrato literalmente” e a matéria do “Batman – Cavaleiro das Trevas”. A primeira mostra que nosso corpo está totalmente ligado e conectado ao que vemos, sentimos ou ouvimos, independente do que for real ou não, e a… Read more »

Shlomo
Shlomo
12 agosto de 2010 9:09 am

Ótima solução para o filme, embora eu ache que, se Nolan começou a pensar nesse filme ainda com Memento na cabeça, ele teria sido mais claro em nos mostrar o final. Não consigo lembrar se é explicado no filme de quem seriam as projeções “intermediárias”. Mas é sintomático que os níveis sejam formados pela pessoa que está “sonhando” nele (Yusuf e a guerra de gangues, Arthur e o hotel limpíssimo e compartimentalizado, Eames e os guerrilheiros urbanos). Não seriam essas pessoas projeções do próprio Cobb então? Quero dizer, é um artifício para que Cobb fosse “deixando para traz” seu autocontrole… Read more »

Lucas
Lucas
12 agosto de 2010 9:28 am

mais um filme copiando idéias de outros filmes (tipo Matrix :D)… q quer controlar as pessoas falando q sua mente depende dessa massa material.
>
eu ainda naum assisti o filme

Moisés
Moisés
12 agosto de 2010 9:38 am

Cara, adorei seus comentários/crítica do filme. A profundidade da possibilidade que você aventa é fantástica e muito rica, mas duas coisas me fazem ficar “cético” com relação a elas. 1. Se for assim, não fica muuuuito claro a motivação do sogro do Cobb em ter todo esse trabalho. Puro altruísmo, para ajudá-lo a enfrentar sua Sombra? Ele teria que conhecer MUITO bem a mente de Cobb para fazer esse trabalho, inclusive, talvez, o fato de Cobb ter causado, indiretamente, a morte de sua filha. 2. Uma teoria muito interessante que rola pela internet é sobre a aliança de casamento de… Read more »

david renó
david renó
12 agosto de 2010 10:37 am

Essa maldição do plot twist e do final escancarado para o espectador é culpa do night shamalayian (não sei escrever o nome..rs) com o sexto sentido e depois com a vila….depois destes filmes, o espectador mediano sempre espera que o final seja uma reviravolta detalhadamente explicada. como no péssimo jogos mortais, que para explicar o final, precisa recontar o filme inteiro de novo nos 10 minutos finais.

raph
raph
12 agosto de 2010 10:59 am

Olha sua análise foi excelente, independente de ser a “correta”… Como disseram, o que importa é sentir o filme, porque o sentir é a comunicação com a essência das coisas – tudo o que, no final, realmente existe.

Abs
raph

gabi*
gabi*
12 agosto de 2010 1:07 pm

Valeu a espera e valeu a olhada feia que levei aqui no trabalho! \0/
Muito bom como sempre acid, muita cultura em uma pessoa só!
Vou assistir novamente e tenho certeza que verei um filme totalmente diferente dessa vez.

Andrei P
Andrei P
12 agosto de 2010 1:43 pm

Grande teoria. Foi por posts desse nivel que comecei a ler esse blog, anos atrás.

Abraço! .

Verônica Tila
Verônica Tila
12 agosto de 2010 5:38 pm

Caramba Acid & Paula!!!

Yub
Yub
12 agosto de 2010 8:02 pm

UAU… UAU… UAU!!!

SENSACIONAL, Acid!!! Belíssimas reflexões, pontes, conexões e emoções vc conseguiu fazer neste post. Pra mim, o MELHOR até hoje (do que eu já li) no SDM. EXCELENTE!!

obs.: Christopher Nolan nasceu dia 30/07. 😉

Beijãozão nocê…
Yub

GustavoLC
GustavoLC
12 agosto de 2010 9:32 pm

Adorei o post. “Minha cabeça explodiu”, ahn, fã do Jovem Nerd, né?

Verdade que vc vai mudar o nome do blog para “Saindo dA Origem”? 😛

Brincadeira. Gostei da sua teoria, embora eu tenha outra. Mas deixa eu diregir ela primeiro e depois tento expor ela aqui. Abraço.

Geninha
Geninha
12 agosto de 2010 11:32 pm

Vi o tailer desse filme e não me empolgou. Pelo trailer não me parece nada de novo, nada de extraordinario. Enfim, não vou ler o texto, vai que mude de ideia e me empolgue com o filme…

Abraços!

Felipe
Felipe
13 agosto de 2010 9:30 am

oi Acid, o site agora deveria se chamar Entrando na Origem kkkkk.. ótimo esse filme. E quem já teve sonhos conscientes deve ter se identificado muito com ele.

Abraço!

Lucas
Lucas
13 agosto de 2010 1:11 pm

DMT – La molécula espiritual (1/6) http://www.youtube.com/watch?v=mOxhIGFj_gk >> http://thespiritmolecule.com La dimetiltriptamina (DMT) es propiamente el principio activo enteógeno de la ayahuasca. La DMT se encuentra de manera natural en el cerebro humano exactamente en la epífisis o glándula pineal y en el de otros mamíferos, considerada como un neurotransmisor. Es el psicodélico de acción más intensa que se conoce y de mayor impacto visual. Se encuentra en numerosas plantas y semillas, como en la Mimosa hostilis o en la llamada ojo de venado. Se produce en pequeñas cantidades cada vez que un individuo sueña, y en las experiencias cercanas a… Read more »

Aliny
Aliny
11 novembro de 2010 8:55 am

Não sei não se acredito nessa “revelação” do Michael Caine de que é o criador do sonho. Não sei nem se acredito que foi ele mesmo quem o disse… e o pião não cai no final, isso é o que a matéria diz que ele disse. E como é que em todos os níveis do subconsciente os filhos estão na mesma posição e com a mesma roupa E inclusive no final, quando Cobb vai lá finalmente vê-los. Para mim faltou ele despertar de um ou dois níveis, vou assistir denovo, em casa, com maior atenção, pausando e voltado as milhoes… Read more »

Bruno
Bruno
12 novembro de 2010 11:32 am

Pô sem mais comentários sobre o filme pq tudo ja foi postado e discutido aqui…mas não li algo sobre a água e como ela étudilizada no filme (tirando o mar como ja foi dito no post) mas tem agua o tempo todo tem um plano de sonho q é molhado…tem as casas das lembranças antigas que estãos obre a agua (pq?) e varios outros momentos…oq isto significa? alguem ja leu algo aprofundado nessa parte?

Valeu

Bono
Bono
9 novembro de 2010 11:17 am

Acid, olha como essa música do Inception é parecida com essa do seu outro blog (principalmente após os 1min50seg):

Actraiser 2 – Medley
http://www.saindodamatrix.com.br/mob/archives/yuzo/Yuzo_Koshiro_Actraiser2_medley.mp3

Legal =)

Lionheart
Lionheart
15 novembro de 2010 6:01 am

Finalmente assisti o filme, tive que pegar na internet mesmo, não teve outra opção. Como entretenimento é legal, tem ação, suspense e depois a gente fica discutindo isso e aquilo, o que encaixa e o que não encaixa, se o roteiro tem buracos etc. Ou seja, é filme de nerd mesmo, o que não quer dizer que não seja bom como entretenimento, como já disse acima. Mas o que mais me irrita nesses filmes que “questionam” a realidade é que, independente de quão interessante eles sejam, a gente ainda tem que acordar todo dia pensando em dinheiro, sobrevivência, como agradar… Read more »

Lionheart
Lionheart
15 novembro de 2010 2:58 pm

É a típica resposta que eu esperava de você, Acid. Só não sei se isso é o suficiente para me transformar.
I hope so!!!
Para meu próprio bem.
Boa sorte para você, de todo meu coração. E para mim também.

Camaleão Vazio
Camaleão Vazio
6 novembro de 2010 5:51 pm

“Quem poderia estar atrás do sonho de Cobb?” Hum, acho que a coisa é muito mais, digamos assim, simples. Ou, melhor dizendo, um falso problema. Assim: Seguindo o predeterminado pelo roteiro, quanto ao funcionamento do mundo dos sonhos compartilhados, se o pião não para é porque Cobb está num sonho, certo? Ah, mas não no dele, Cobb compartilharia um sonho alheio, do qual ele tem que respeitar as regras e/ou no qual ele ignora estar imerso (se acreditando em vigília), do contrário toda a população/vida do sonho, as projeções do inconsciente que povoam o sonho, se rebelariam contra o sonhador,… Read more »

Lilian Dorta
Lilian Dorta
4 novembro de 2010 11:21 pm

Gosto muito do blog, gostaria de ver sua análise do excelente (na minha opinião..rs) filme Fonte da vida.

Anônimo
Anônimo
3 novembro de 2010 5:58 pm
Anônimo
Anônimo
3 novembro de 2010 6:07 pm

O Livro dos Espíritos
Parte Segunda – Capítulo 8
Da emancipação da alma
>>>
http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/le/le-2-08.html

Anônimo
Anônimo
3 novembro de 2010 5:22 pm

Filme A Origem (Inception) DvdRip Rmvb Legendado

Link cd1: http://www.fileserve.com/file/brSgRs8

Link cd2: http://www.fileserve.com/file/vEqnrTK

baixando…

cris
cris
27 novembro de 2010 7:07 pm

Lionheart,
comece a meditar.
Comecei há 2 dias, depois de 1 ano postergando. Não foram 2 dias seguidos, mas fez toda a diferença.
E outra: você tem q agradar só a si mesmo (a)…

Aliny
Aliny
11 novembro de 2010 8:54 am

Não sei não se acredito nessa “revelação” do Michael Caine de que é o criador do sonho. Não sei nem se acredito que foi ele mesmo quem o disse… e o pião não cai no final, isso é o que a matéria diz que ele disse. E como é que em todos os níveis do subconsciente os filhos estão na mesma posição e com a mesma roupa E inclusive no final, quando Cobb vai lá finalmente vê-los. Para mim faltou ele despertar de um ou dois níveis, vou assistir denovo, em casa, com maior atenção, pausando e voltado as milhoes… Read more »

Jorge Mello
Jorge Mello
13 agosto de 2010 2:20 pm

Muito legal essa teoria, pretendo ver o filme novamente para poder me ater aos detalhes. Parabéns pelo texto!

Tiago Martins Lacerda
Tiago Martins Lacerda
13 agosto de 2010 3:13 pm

Acid, eu acompanho seu blog mas pouco comento. Eu fasso analise corporal da relacao e gosto de psicanalise, e com certeza a sua crítica é realmente o que o filme quis dizer.

Hypatia
Hypatia
15 agosto de 2010 7:29 pm

A melhor tradução de Inception não seria Concepção não? A concepção de uma idéia? Acho que ingestao não é algo que se associe a uma idéia…Já concepção sim. Observe que no filme a ideia é sugerida e o proprio individuo, durante o sono e usando seu raciocinio lógico é quem decide aceitar ou nao a sugestao…porém, quando ele acorda, ele pensa que conceber a idéia…portanto seria uma processo de inserção de uma idéia de forma tão imperceptível, que para o indivíduo anda mais foi do que a concepção “natural” da idéia. No mundo da não ficção, isso se chamaria intuição.… Read more »

Yub
Yub
15 agosto de 2010 7:55 pm

No sábado (ontem, dia 14/08/2010), a Cris chegou de seu Curso sobre Psicoterapia Breve Sistêmica e me contou uma técnica utilizada por Milton Erikson em que o terapeuta utiliza três histórias. Ele começa a primeira e a interrompe para iniciar a segunda. Tambem interrompe esta para iniciar a terceira. Será nesta que ele colocará a mensagem que ele considera ser necessária para gerar um determinado comportamento “positivo” por parte de seu paciente. Como para ele evitar ser muito ansioso, por exemplo. O terapeuta, então, após fechar esta terceira história com a mensagem/sugestao, fecha a segunda e, depois, fecha a primeira.… Read more »

Hypatia
Hypatia
15 agosto de 2010 8:04 pm

Não se voces tambem notaram que no filme, quando Cobb encontra o Saito Velhinho, há um corte brusco na cena. Saito pega a arma e…o que houve gente? Foi cortado e, de repente, tá todo mundo no aviao. Nao mostra o retorno deles pelos 4 niveis de sonho. Sério mesmo, para mim, Saito atirou em Cobb e ele foi pro 5º nível de sonho, ou seja, a suposta realidade de retorno aos filhos é o 5º nível de sonho de Cobb após ele ter sido morto por Saito. Aquele final do pião tá com cara de sequencia. Tipo um Inception… Read more »

Raphael
Raphael
15 agosto de 2010 9:22 pm

Achei incrível o post Acid! Parabéns!!! Nunca ia imaginar uma teoria dessas, surpreendente! Agora, vc terminou o post dizendo ser possíve extender a interpretação mto além de apenas sonhos e citou Koans etc… Então me lembrei da “frase sobre o trem”, que Mal diz no último andar do subconciênte de Cobb (na cena do elevador com a Ariadne) e mais a frente se descobre q Cobb foi quem a ensinou aquela frase no momento em que eles se matam nos trilhos (não lembro dela exatamente). Pode não ter nada a ver, mas eu fiquei pensando, aquela frase poderia ser uma… Read more »

Luscinia
Luscinia
15 agosto de 2010 10:21 pm

Valeu Acid!!!
Obrigada

Chicko
Chicko
16 agosto de 2010 10:15 pm

.
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Em outra análise d “A origem” eu screvi q esse filme foi o segundo melhor q assisti na vida, perdendo apenas para Old Boy, no qual, o primeiro, me ensinou a “sentir” o filme não se importando com seu final…
.
“A origem” também é fantástico…o q mais me impressiona é o tom de realidade q é dado a um filme tão escorregadio e intenso, a um assunto tão nebuloso e cheio de mistérios q é o sonho!

Aluno
Aluno
16 agosto de 2010 10:46 pm

Hypatia, acredito que essa interpretação não cabe. A pessoa descia ao limbo quando morria porque estava sob efeito de um sonífero muito pesado. E lá ficaria anos e anos no tempo do sonho. E poderia sim voltar se morresse, tanto que Cobb tinha feito isso com a Mal quando eles estiveram no limbo, só que ela voltou maluca achando que não era real.
Acid, sobre a sua teoria. Quando Cobb encontra Saito, ele não está lá? Seria como o pai do Fischer no cofre?
Muito interessante o post, abraço!

Hypatia
Hypatia
17 agosto de 2010 2:26 pm

Aluno e Acid, e por que Fisher foi parar no limbo após levar o tiro? Se o limbo era só de Cobb, por que se as pessoas que morressem no sonho iriam para lá? Como Cobb foi parar no limbo com a esposa? Por acaso eles morreram em sonho? E por que, exatamente naquele momento que saito pegou a arma, já poderiam usar a morte como forma de acordar? Por que deixaram Cobb e Saito se afogando? Na cena da queda da ponte, eles não acordaram pela sensação de queda? Lembrem que eles sairam da agua no sonho. São muitas… Read more »

Tiago Moralles
Tiago Moralles
18 agosto de 2010 2:17 pm

Em um determinado momento do filme, Cobb está no banheiro do suposto mundo real, jogando água no rosto, após uma “sessão” de sonho. Em sua mão está o peão. De repente , Saito chega a porta e pergunta se está tudo bem. Cobb virá rápido, deixa o peão cair, pega de volta assustado e vai embora. Saito vê o peão. No começo do filme, quando Saito, velho, fala com Cobb na sala, ele olha a arma e o peão, que foram encontrados com Cobb na praia, e diz mais ou menos desse jeito: eu conheço esse objeto, vi uma vez… Read more »

Anônimo
Anônimo
18 agosto de 2010 4:11 pm

Vi o filme há três semanas atrás e não o consigo esquecer, recomendo-o aos meus amigos e penso em vê-lo novamente.
Acima de todos as críticas positivas relativamente a ser um filme para “despertar a consciência”, é preciso saber que, de muitos espetadores que saibam contar detalhadamente a história, raros são aqueles que a entendem para fora do filme.

Leandro
Leandro
19 agosto de 2010 12:01 pm

E a “Ética no dia-a-dia” do filme? A libertação “real” do executivo poderia ser trabalhada de tantas formas ao invés de, simplesmente, ter sua mente invadida.

“E esse sentimento é o que representa o final, quando Cobb vê seus filhos, racionaliza por um momento, pega o amuleto e roda, mas aí olha de novo para as crianças e não espera ele cair. Ele vai VIVER.”

Sem se importar que corrompeu a justiça, comprou a lei, e que não possui caráter. Com toda a trama do filme é possível esquecer-se desse detalhe?

Bruno Luiz
Bruno Luiz
15 agosto de 2010 6:19 pm

Ah,não sei se padronizei certo o meu comentário, se deveria colocar spolier, essas coisas…
Acabei escrevendo achando q fosse um local pra quem ja assistiu…
“Esta é uma análise detalhada sobre a simbologia e a psicologia dos personagens. Se você ainda não viu este filme, caia fora.”(Acid) ,segui essa mensagem…^^

Marcella
Marcella
13 agosto de 2010 4:01 pm

Hey sr.Acid!
Quero pedir que você veja o link e considere a iniciativa.
http://www.blogbooks.com.br/
http://www.blogbooks.com.br/paginas/premiacao
Bjs.

Karen Soares
Karen Soares
13 agosto de 2010 5:06 pm

Muito boa a teoria!! Eu não conhecia o blog, mas este texto valeu meu voto no Top Blog.

Solius - neutrinos em estado beta
Solius - neutrinos em estado beta
13 agosto de 2010 7:14 pm

Excelente análise! Parabéns a vocês dois! 🙂 Eis mais uma memorável película. A natureza intelectiva e sua complexidade é símbolo da Inteligência Suprema (“imagem e semelhança”). Portanto, nada mais instigante do que sondar os seus mistérios através de uma trama como esta, tão bem estruturada. Quanto ao texto, acho que nem preciso dizer, evocando minha linha mais voltada para o realismo moderado, por quais razões discordo das duas últimas citações, principalmente a do Levi-Strauss. Estas, porém, não chegam a ofuscar o brilho de mais um post que, sem dúvida, entra para a seleta lista daqueles que marcaram o SDM. 🙂… Read more »

Dohko de Libra
Dohko de Libra
13 agosto de 2010 10:23 pm

Realmente o filme é bem estilo Matrix. Gostei muito. E o legal é que o filme não explica tudo, exatamente para haver discussões em torno do filme. Como no final em que o filme deixa na dúvida se o pião vai cair ou não, podendo ser só mais um sonho ou não do cara. Outra coisa que eu achei interessante é falar o que eu já desconfiava ha muito tempo mas ninguém tinha me falado: a velocidade das coisas no sonho é diferente da vida real. Pois tive vários sonhos em que passaram-se nitidamente dias, e o sonho não durou… Read more »

Legio_conscient
Legio_conscient
13 agosto de 2010 10:25 pm

Oi Acid,

Muito significativa sua análise do filme. Recomendo assistirem aos videos:

Parte 1 – http://www.youtube.com/watch?v=5NMpxwqu-mU

Parte 2 – http://www.youtube.com/watch?v=kV-zbdnkpgg

Parte 3 – http://www.youtube.com/watch?v=0hFD_-FN_38

Se não quiser assistir tudo vejam ao menos a parte 2 e 3.

Bem, agora aguardo alguma notícia no site sobre “O Livro Vermelho (Liber Novus), de C. Jung).

😉

Dohko de Libra
Dohko de Libra
13 agosto de 2010 10:29 pm

Comentando sobre a cena do subconsciente do cara, em que aparece um monte de prédios todos iguais. Isso me lembrou os sonhos que tenho, em que começo a voar (no melhor estilo Neo) e sobrevoo casas durante um tempo, mas depois as casas começas a se repetir. É, nosso inconsciente não é tão criativo assi, ou ele gostou daquele padrão, ou…

Cesar Adr
Cesar Adr
13 agosto de 2010 11:27 pm

A Origem me deixou uma sensação de satisfação e descontentamento. Afinal isso é um filme ou um vídeo demonstrativo pra alunos de psicologia/psiquiatria e afins? Claro que isso está dentro das possibilidades do cinema, acho Vertigo um filme que pode-se comparar A Origem, trabalha com o inconsciente humano. Li uma critica sensacional na net que dizia que Vertigo é o exemplo de um sujeito inadequado que se coloca no lugar do analista e o quanto isso pode ser perigoso. Mas A Origem tem esse lado frustrante pra mim porque enterra tão profundamente suas idéias, que precisamos de um Cobb pra… Read more »

Rodrigo
Rodrigo
14 agosto de 2010 12:44 am

Olá acid! Primeiramente, parabéns pelo artigo sobre o filme. Achei interessantíssima a abordagem que vc propos! Assisti o filme apenas uma vez, e agora quero ver novamente, pra me ater a algumas coisas mais. Não me recordo de ficar claro no filme que o Michael kane era o sogro do Cobb. Pensei que era pai dele, na verdade. Outra coisa que fiquei pensando enquanto lia seu texto. tempos atras li um livro em que o misterioso personagem que definia o destino dos demais personagens era o proprio autor, que se inseriu no livro como um “personagem”. Fiquei pensando que de… Read more »

Anônimo
Anônimo
14 agosto de 2010 1:33 am

Cesar Adr, Considere a seguinte questão: As situações vivenciadas (ou ‘revividas’) por uma pessoa durante uma regressão consciente (processo de trazer à mente consciente as interpretações de processos vivenciados no passado) realmente ocorreram? Ou ainda, são estas ‘vivências’ realidades ou sonhos ? Ora, não há como saber se as situações vivenciadas durante uma regressão realmente ocorreram e se ocorreram exatamente da maneira que a pessoa vivenciou. Elas podem ou não terem ocorrido daquela maneira. O fato da veracidade ou não da situação vivenciada não é importante para a questão (ou trabalho terapêutico, p.ex), pois se a pessoa/paciente a vivenciou de… Read more »

Toni
Toni
14 agosto de 2010 9:01 am

Eu vi em Imax, pena q era em 2d, mas valeu mesmo assim. Fantástico.

Geninha
Geninha
14 agosto de 2010 1:11 pm

Tá, ainda não assisti o filme, e não resisti: li um pedacinho do texto, o início. E mesmo sem assistir o filme, apenas o trailer, já não concordo com isso: “Inception: No dicionário significa Início, origem. Ok, mas tudo no filme, a começar pela cena que descrevi acima, nos leva a perceber que o uso do título “Inception” deriva do verbo incept, que significa ingerir. Tudo no filme gira em torno da ingestão de uma idéia.” Pelo trailer dá para perceber que o intuito do fimlme é nos fazer questionar qual a origem de uma ideia, a origem de td… Read more »

Test Pilot Yui
Test Pilot Yui
14 agosto de 2010 6:26 pm

Esse filme aponta para uma nova tendência na guerra de estratégia do próximo século. Uma grande parcela da população se elevou financeiramente e permaneceu defasada culturalmente. A maior conseqüência desse abismo é um novo nível no padrão de técnicas de convencimento e marketing. Cria-se uma campanha publicitária para um cidadão e outra para o “sub-cidadão”. Numa revista recente “mente e cérebro” do grupo “Sciam” há por coicidência o assunto dessas novas técnicas de convencimento e revistas nacionais já viram que esse parece ser o assunto da vez pois a revista “Veja” das últimas semanas trouxe uma reportagem sobre escrever e… Read more »

Ava Adore
Ava Adore
14 agosto de 2010 11:38 pm

Fazia meses que eu não ia ao cinema, mas depois do post sugerindo(aliás, praticamente nos obrigando a ver o filme rs..)resolvi acabar com o meu jejum.

Saí do cinema maravilhada.

Bruno Luiz
Bruno Luiz
15 agosto de 2010 12:49 pm

Primeiramente, parabéns pelo site e pelo post, que são muito bons… Pensei bastante sobre ele, concordo em muitas coisas, principalmente de que Miles foi um mentor do Cobb,só que ele não podia saber pq eles não tiveram tantas intimidades quando a Ariadne,a mesma q fez este papel… Acho q uma das possibilidades sobre o final,baseado de que ele se perduou ,ou melhor venceu seus traumas, com a ajuda da inserção da idéia de que aquele mundo não era real(sonho).Só q esta idea e, acho q o diretor quis passar para quem assistia(inserção), de que o final não era real,apesar de… Read more »

Luscinia
Luscinia
15 agosto de 2010 6:10 pm

Acid, boa tarde!!!
Consegui puxar o filme mas não consegui a legenda. No legenda.TV soh tem a do trailer. Pode me ajudar?
Obrigada

Leandro
Leandro
19 agosto de 2010 12:32 pm

O que isso ensina sobre nossa corrupção do dia-a-dia? Vamos viver o sonho, porque o sonho é o que importa?

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