Sorri, chorei, torci, venci, vibrei, me preocupei, enfim, estou feliz por ter visto o melhor filme do ano. Tolkien teria ficado feliz com o reforço da mensagem “amizade acima de tudo”, já que o livro é sobre isso. O filme é pontuado com dezenas de cenas épicas, grandiosas e marcantes, como a do cântico de Pippin sobreposto à batalha, ou o belo enquadramento do pulo para a morte de um personagem em chamas. Mas a cena mais comovente foi quando todos curvaram-se ante os Hobbits. Fiquei triste em ter de dizer adeus a bons e velhos amigos, cujas aventuras acompanhei por 2 anos em meio às alegrias e tristezas das minhas próprias aventuras e desventuras.
Spoilers abaixo:
Muito bela e espiritual a ida do barco para Valinor, equivalente aos altos planos espirituais, terras cuja beleza só podemos imaginar, e que foram sugeridas por Platão (no mito da Caverna) e por tantas outras culturas. Notem que as pessoas se despedem como se não houvesse possibilidade de voltar, e vemos o barco partindo em direção à luz do Sol (símbolo da Divindade para os Egípcios, Persas e Romanos). Galadriel diz algo como “é chegada a Era dos Homens, por isso vamos nos retirar”, o que é mais ou menos o que aconteceu com a história não-oficial da nossa humanidade. Se não entenderam direito o motivo para Frodo ir, leiam este trecho de uma carta de Tolkien a um amigo:
“Frodo foi enviado, ou foi-lhe permitido atravessar o Mar para se curar-se, isso pudesse ser conseguido, antes de ele morrer (a ferida que não cicatrizava). Ele teria de morrer: nenhum mortal podia, nem pode, viver para sempre na Terra, ou no Tempo. Ele foi então para um purgatório e para uma recompensa, por uns tempos: um período de reflexão e de paz e um ganho de verdadeira compreensão da sua posição na pequenez e na grandeza, mas um período que passa no Tempo entre a beleza de Arda, a Terra não conspurcada pelo mal.”
J. R. R. Tolkien
Estava mesmo precisando de uma boa dose de fantasia, monstros fantásticos, heróis mitológicos… acho que o mundo precisa de mais heróis, mais ética, mais amizade, mais coragem de lutar por uma causa justa… foi isso que eu vi em O Senhor dos Anéis.
Abaixo há uma série de textos bem interessantes sobre a trilogia do Senhor dos Anéis, com informações pré e pós filmes (do Silmarillion) e com um enfoque espiritualista, pelo ponto de vista Gnóstico. Ele condensa exatamente o que eu via nos livros e nos filmes, a “mensagem dos bastidores”, por trás da mera distração da aventura:
Parte I – Parte II – Parte III – Parte IV – Parte V – Parte VI
Referência:
Saindo da Matrix – O Senhor dos Anéis (Análise espiritualista);
Galeria de arte conceitual de O Senhor dos Anéis, com desenhos de Alan Lee;
Galeria de arte conceitual de O Senhor dos Anéis, com desenhos de John Howe;
O que aconteceu a Bilbo, Frodo, Sam e Gimli em Valinor?
vale ressaltar também a jornada do Aragorn que dá nome ao último filme, de andarilho retirante pela Terra média até seu retorno a Minas Tirith como legítimo rei… o mais legal no livro que no filme é a forma como ele é reconhecido por uma simples enfermeira como o Rei que um dia retornaria para salvar Minas Tirith, no leito de algum personagem ferido, se não me engano o Faramir, ele chega para ajudar nos cuidados ao moribundo e pede que um dos hobbits consiga uma flor de Athelas ( a mesma que ele usa para ajudar o frodo da… Read more »
o nome se nao me engano era kingsfoil.
E realmente toda a historia do king of the west é muito foda
;*
Valew pela dica…
O Esoterismo do Senhor dos Anéis
http://www.viagemastral.com/gva/viewtopic.php?f=9&t=8079
no Silmarilion, os Elfos podem ter toda aquela superioridade, mas aquele Fëanor vacilou!
pt.wikipedia.org/wiki/O_Silmarillion
pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ABanor