O FANTASMA DO CASTELO

No mês passado a imprensa mundial voltou seus olhos para o desconhecido, só pra quebrar a monotonia e ganhar audiência (afinal, não tem mais Saddam Hussein pra capturar, nem guerra pra veicular). No castelo de Hampton Court, uma das residências do monarca inglês Henrique VIII, as câmeras do circuito fechado de televisão do palácio captaram uma imagem que alegam ser de um fantasma que, usando uma vestimenta do Séc. 16, fechava a porta de incêndio.

fantasma hampton ghost ani

Não se deve ignorar a possibilidade de ser uma fraude inventada pelos administradores do castelo, já que eles cobram ingressos para fazer um tour por lá, e o maior atrativo de um castelo é justamente a possibilidade de ver um fantasma (as pessoas são capazes de TUDO, tudo mesmo, por dinheiro). MAS a possibilidade de não ser também é boa, justamente pela história do castelo, um lugar onde muitas coisas estranhas já aconteceram. Mas vou deixar o ceticismo de lado e me valer deste caso pra explicar algumas coisas sobre fantasmas:

Voltando ao vídeo, no primeiro dia o alarme da porta de incêndio foi acionado, indicando que ela estava aberta. A câmera de segurança mostrou que a porta abriu sozinha. No segundo dia, a porta estava aberta, quando aparece esse sujeito da foto e fecha a porta. No terceiro dia aconteceu novamente da porta fechar, mas desta vez sem que ninguém aparecesse. Mas, nesse dia, um visitante deixou no livro de visitas que viu um fantasma por aquela área. Os guias do hotel costumam usar roupa de época, mas nenhum deles têm uma roupa como aquela. Uma coisa curiosa é o fato da imagem ao redor da figura estar com pouco contraste, em comparação com o arredor, e o “rosto” ser um tanto quanto… brilhoso. Ridículo é achar que o fantasma seja justamente o Rei Henrique. Por que não pode ser um simples empregado do castelo, absorto em seus afazeres de outrora?

Hampton Court Palace CCTV ghost “Skeletor”

Sempre aparece aqueles que se acham a última Coca-Cola do deserto na área de paranormalidade, e que cabe a eles a palavra final: O site Paranormal-Investigation.com afirmou que o vídeo era uma farsa, pois, segundo eles, “depois de estabilizar as imagens e realçá-las no computador, o que se vê é que o fantasma se parece, em seus movimentos de mão e de braços, com um humano usando uma roupa de época.”

fantasma hampton ghost

Puxa vida, eles precisaram mesmo de modernos computadores pra notar isso? Com o que eles queriam que uma pessoa morta se parecesse e se movimentasse? Como um dos fantasmas do Scooby-Doo? Ou será que pra eles todo morto se torna o clássico fantasma-do-lençol-com-dois-furinhos-nos-olhos?

Mas, por que fantasmas aparecem? Bem, isso é uma questão mais psicológica do que propriamente espiritual. O “procedimento padrão” é a pessoa morrer e ser conduzida a um lugar intermediário entre o Plano Etérico e o Astral, e ficar o mais longe possível da psicosfera desse planeta. Mas nem sempre é o que acontece. Nem todo mundo morre e depois disso pensa: “puxa, eu morri, agora vai vir uma luz, que nem no filme Ghost, e me levar pro paraíso”. Todos nós criamos com a mente nossa psicosfera pessoal, nossas formas-pensamento, que ficam nos rodeando como satélites. Quanto mais traumatizante a morte, quanto menos conhecimento se tem do “lado de lá”, e quanto mais forte for a energia mental, mais a pessoa vai se emaranhar ao que ela criou mentalmente em vida. Então, uma pessoa que morre em meio a pensamentos de angústia e revolta (principalmente se a pessoa for assassinada injustamente), vai parar automaticamente no “ninho” que ela criou mentalmente, e com as companhias que ela atraiu vibracionalmente pra esse “ninho”. Fico preocupado com as pessoas que acham elegante ser down, góticas, que admiram e cultuam em seu pensamento imagens das mais terríveis, seja em filmes, RPGs, ídolos pop, etc, pois estão justamente preparando seu “berço”. É aquilo que irá receber estas pessoas quando desencarnarem. Não são as criaturas de seus pensamentos que “ganharam vida”, mas sim parasitas, larvas mentais que, estas sim, “ganham A vida” se alimentando desses pensamentos, e, para não “morrerem” (ou seja, se desfazerem por falta de energia, que é o que as mantém coesas neste plano), fazem questão de manter viva em sua mente a “idéia” delas, e plasmam-se exatamente na forma que você mais facilmente as alimenta. Como um cachorrinho que faz truques pra chamar sua atenção, e você, como recompensa, o alimenta, e faz isso toda vez que ele pedir, até que você pense SOMENTE nisso o tempo todo. São as obsessões, os pensamentos recorrentes. É difícil sair deste círculo vicioso, acaba sendo pior do que droga, pois acontece em namoros, círculo de amizades, seitas, religiões, e a obsessão por vezes se disfarça sob as formas mais inocentes e/ou úteis, como palestrantes (espíritas, evangélicos, cientistas) que se ensoberbam ao falar eloquentemente, alimentando o ego, e acabam se achando o dono da verdade, juízes que se acham com poder sobre a vida e a morte, etc…

Sexo é a forma mais perigosa de obsessão, pois é a de maior fluxo de obtenção de energia, e a mais difícil de se libertar. Algumas vezes espíritos “vampiros” plasmam-se na forma de seus maiores desejos (uma mulher, ou um homem) e o visitam em “sonhos”, aproveitando quando você sai do corpo consciente ou inconscientemente. E aí, através do que você acha ser um sonho erótico (que na verdade é um acoplamento áurico), você cede espontaneamente sua energia, e acaba ficando esgotado (O que não quer dizer que TODO encontro ou sonho erótico seja vampirismo). Esse tipo de coisa é tão normal que já está registrado nas lendas judaicas. Pomegranate acrescenta: Dentro da tradição judaica qualquer polução noturna é atribuída à Lilith, e é dito que, no momento em que você ejacula, está gerando demônios com ela. Para evitar este tipo de abordagem noturna, além das orações que são feitas antes de dormir para que a sua alma se eleve (Néfesh e Ruach), costuma-se ter por perto da cama um talismã com três letras Zayin na sua forma casher. Uma dica que aprendi na lista Voadores pra saber se é um assediador disfarçado é exteriorizar energia na direção da pessoa (dar passes, amar de verdade ou fazer um EV). Isso porque tudo do “lado de lá” é plasmado magneticamente, com o poder do pensamento. Quando você irradia sua carga energética perturba o campo magnético de quem mantém o disfarce. O corpo etérico da pessoa “verdadeira” não se desfaria com essa simples manobra, pois o campo magnético do seu perispírito é fortíssimo, por ser o duplo etérico da matéria. Espíritos mais experientes (não exatamente mais evoluídos) assumem a forma que quiserem, mas o resultado do pensamento mais íntimo, sendo ele doentio, deturpado e descontrolado, acaba deformando, sem que ele perceba, sua forma padrão, refletindo-se assim no perispírito, que é a interface entre o corpo físico e o astral.

Viram o filme Os outros? É exatamente aquilo. Do mesmo jeito que um gato tem ouvido seletivo (pode dormir com barulhos, mas acorda com o som da sua tigela sendo mexida) a mente humana também processa as coisas assim. Dessa forma, o espírito “cria” um ambiente adequado, geralmente parado no tempo (o tempo dela) e qualquer interferência no seu modo de vida será encarada como uma agressão. O suicida geralmente entra em “looping”, revivendo por N vezes o momento da morte, tentando “entender” o que aconteceu (afinal, ele achava que ia acabar com a “vida”, mas ela não acaba, e daí ele “acaba” de novo, e de novo…).

Então isso só ocorre com pessoas ou pensamentos ruins? Não. Espíritas, crentes, ateus, todo aquele que tiver depositado bastante energia (pensamento) em criações mentais e nutrir essas esperanças enquanto em vida corre o risco de auto-obsessão. Criarão seus próprios mundinhos, bons ou maus, mas ainda assim prejudiciais, por estarem isolados em seus pensamentos e não permitir a devida distância dos Planos vibracionais da Terra. Por isso manter-se saudavelmente cético (mas não cego) é muito bom para quem estuda essas coisas mais “esotéricas”, para que não “viaje na maionese dos outros”. Isso inclui este blog. Tudo o que eu falo aqui provém da minha observação e/ou estudos, aliado a minha lógica (que pode ter sido deturpada pela minha mente, por que não?). A única coisa que posso garantir é que não estou falando nenhuma mentira do meu coração. Analisem tudo, e retenham o que vocês acharem de mais verdadeiro, mais coerente com sua evolução, com o seu caminho. Separem o joio do trigo.

A “CRIAÇÃO” DO INFERNO

A cultura grego-romana, aliada ao judaísmo, formou o conceito de Inferno na Igreja Católica, e esta instituição fez o favor de espalhar pelo mundo uma idéia bem viva e unitária sobre esse mundo pós-morte (bem mais do que o paraíso). E assim, através do pensamento, essa imagem DE FATO se cristalizou nos planos etéricos, mais próximos à Crosta da Terra. E as pessoas mais impressionáveis, depois que desencarnam, intimamente cientes de que não vão pro céu (afinal, só vai pro céu quem não tem pecado. Mas, e quem não tem pecado pra Igreja? Segundo ela, já nascemos em pecado!) acabam, por afinidade vibracional e de pensamento, se reunindo a outros desgraçados em suas criações mentais doentias. Como todo lugar que reúne gente ruim, tem aqueles que resolvem ser o dono do pedaço. E assim eles administram esses “infernos” com mão de ferro, torturando os mais fracos, e elegendo os mais fortes pra “cargos de confiança”. E assim criam o Inferno S.A., vários desses redutos espalhados pelos planos mais próximos à Terra, e que os espíritas chamam de umbrais. O único jeito de sair desses lugares é mudando seu padrão vibracional, algo que só pode ser feito internamente. As pessoas passam dias, meses ou anos nesses lugares, até dar um estalo e pensar “será que eu já não estou aqui tempo suficiente?” e aí, com a mudança do pensamento, muda a vibração, e aí se torna possível sair ou ser resgatado.

Um colega me falou certa vez que não acredita que os pilotos Kamikazes fossem pra o tal “vale dos suicidas versão japonesa”. Fiquei em dúvida. Será que não haveria punição pelos seus atos? (Ainda pensava desta forma, em 2001.) Então pesquisei sobre os Kamikazes e vi que a cultura do suicídio no oriente é totalmente diversa da nossa. Eles não agiram levianamente com suas atitudes, não tentaram fugir covardemente das obrigações da Terra, e sim agiram por altruísmo, amor à família, à Pátria e ao Imperador. Não havia autoculpa, nem remorsos. Eles queriam viver, mas não podiam! Os Kamikazes foram o último esforço desesperado de guerra, e não uma coisa sistemática. Se foram manipulados pelo Imperador, aí é outra história, mas não é o mesmo contexto de um Homem-bomba, que possui desculpas políticas pra seus atos, mas SABE que mata inocentes, infligindo claramente o Alcorão e o senso-comum de qualquer pessoa, de qualquer religião.

E uma nota pra quem acha que Inferno é só uma criação ocidental: o oriente também tem seus infernos. O budismo tem vários níveis de percepção / ilusão pra quando a pessoa desencarna, e tem vários “inferninhos”, uns mais leves, outros mais pesados (com fogo e tudo). Como se chega lá é que muda de cultura pra cultura.

MATERIALIZAÇÃO

Mas, voltando aos fantasmas: por que não os vemos mais vezes? Bem, eles estão numa vibração mais elevada (embora seja ainda grosseira, para os padrões espirituais), então é preciso que haja um doador de energia animal (A energia vital Ki / Chi, produzida por nós, os encarnados) para que impregne a matéria do espírito e assim ele baixe de vibração o suficiente para que possamos vê-lo. As “nuvens” e o embaçamento que vemos ao redor dele seria sua psicosfera mental, também semi-materializada (já viram nos quadrinhos da Mônica como uma nuvenzinha preta fica acima da cabeça de quem está chateado? É isso aí, só que não a vemos). É provável que só tenhamos visto esse por causa de algum visitante (médium doador) cheio de energia que esteve por lá.

Mas, como ele pôde tocar na porta? Ação da mente sobre a matéria, possibilitada pela reserva de energia animal, que fez a “interface” com o nosso plano. Da primeira e da terceira vez não o vemos, pois não estava com energia suficiente para materializar o perispírito, apenas interagir com a porta. Já viram o filme Ghost, do outro lado da vida? Na estação de trem o suicida ensina pra se concentrar na altura do estômago, com raiva, pra movimentar os objetos. Isso está certíssimo, pois é a forma mais fácil que ele encontrou pra canalizar a energia Ki / Chi, que fica concentrada nessa altura. É ali que se produz a energia vital, mais densa, que mantém a matéria funcionando. Como o duplo etérico é uma contraparte do corpo, também está impregnado por essa energia que, com o tempo, vai se desfazendo, por não ter mais uso (afinal, era só pra manter o físico). Só que, com a perda dessa energia, a tendência do espírito é sentir frio (interpretação da mente para um fenômeno que é físico – perda de energia/calor – mesmo quando ocorre do “lado de lá”, pois que é matéria do mesmo jeito, só que mais sutilizada), causando assim uma sensação de segunda morte. Daí que muitos aprendem a se manter “bem” vampirizando, roubando energias dos encarnados, consciente ou inconscientemente.

Os melhores doadores de energia são crianças. Por isso muitas podem ficar doentes e sonolentas sem motivo, em casas ditas “mal-assombradas”. Mas saibam também que esse processo de vampirização pode ocorrer de encarnados pra encarnados, e esses são os piores, pois um encarnado rouba ainda mais energia do que um desencarnado (chamamos gente assim como “olho de seca pimenteira”, que matam plantas e passarinhos só com o olhar). Aposto que a maioria das famílias sabem de casos de parentes ou amigos que, quando dizem “que criança bonita!” no outro dia o pobrezinho adoece (hehehe). Já que estamos falando de filmes, tem também o Polteirgeist, o fenômeno. A palavra Polteirgeist quer dizer literalmente, espírito brincalhão em alemão. E são exatamente isso. Gente desencarnada que resolve perturbar a vida de uma pessoa ou família. Pra isso acontecer precisa ter um doador de energias, geralmente um jovem ou criança. Geralmente essas “brincadeiras” são motivadas por desavenças de vidas passadas, ou um espírito não ia investir tanto tempo e energia só pra dar umas risadas. Exorcismo, nesses casos, pode funcionar, SE o padre tiver uma boa infra-estrutura espiritual do “outro lado”.

Sei que esse post pode causar medo em muitas pessoas. Mas a idéia dele é justamente combater o medo! O medo é o “causador” do Inferno, dos fantasmas, das obsessões. Quem tem medo cede automaticamente suas energias. Quem entra numa batalha com medo já perdeu! Digo isso para que assumam as rédeas do seu destino, para que vigiem seus pensamentos, suas atitudes, para que não vire massa de manobra na mão de alguns espertinhos (Desconfiem de mim, também! Eu posso estar tentando conquistar a confiança de vocês pra algum propósito escuso! Concentrem-se na mensagem, pois o mensageiro pode ser um impostor).

Referência:
Artigo sobre o fantasma do castelo;
Mais fantasmas em vídeo;
Vampirização energética;
Materialização de espíritos;
Magnetismo dos espíritos;
Alguns Aspectos da materialização (espiritismo)

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Ricardo Borges
Ricardo Borges
5 setembro de 2012 2:07 pm

Boa tarde. Eu e minha esposa descobrimos seu site a pouco tempo e estamos muito interessados nos assuntos que vc aborda. Somos espíritas, interssados em aprender mais sobre a vida e evoluir a sua visão do mundo; e estamos aprendendo MUITO com seus posts. Por favor, nunca tire seu site do ar, pois ele está nos fazendo muito bem. Em relação a esse post especificamente, não dei muita importancia à historia do castelo, mas gostei demais da explicação que vc fez de tudo, e a forma cientifica-filosofica de vc lidar com esses fatos. Alias, a racionalidade e a aplicabilidade utilizada… Read more »

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