CAUSOS DO ALÉM-TÚMULO (parte 1)

Vou falar de algumas experiências com as “almas de outro mundo”. É um assunto que sempre me fascinou, e adorava ouvir “causos” de alma penada ao redor de uma fogueira ou durante os encontros de família (tanto é que até hoje morro de medo de ver espíritos). Mas esses “causos” servem pra mostrar que não existe morte, que a comunicação com os espíritos é uma coisa natural (desde que os dois lados se respeitem) e que ninguém vira anjo só porque morreu. Seria legal se os leitores também contassem seus “causos”.

Mas começarei pela primeira experiência mediúnica de Divaldo Pereira Franco, um dos maiores expoentes do espiritismo no Brasil:

Quando eu tinha quatro anos e meio – sendo o 13º filho de uma família muito modesta – estava brincando em minha casa, na cidade de Feira de Santana, na Bahia, onde nasci, e chegou uma senhora, me chamando pelo nome de família: Di, eu quero falar com Ana.
Então eu gritei para minha mãe, que se chamava Ana: Mãe, aqui tem uma mulher que quer falar com a senhora. Minha mãe veio correndo.
Quando ela chegou, não viu a pessoa a quem eu me referia. Disse: Menino, não me tire do trabalho, e voltou.
A senhora voltou a me dirigir a palavra: Di, eu sou sua avó. Diga a Ana que eu quero falar com ela, eu sou Maria Senhorinha.
Voltei até minha mãe: Ela está dizendo que é Maria Senhorinha, minha avó. Minha mãe veio como uma bala, porque ela não havia conhecido a própria mãe. Quando nasceu, minha avó morreu de infecção. E ela nunca havia pronunciado o nome da mãe, porque fora criada por uma irmã, a quem nós consideramos ser a mãe dela.
E eu não sabia também o que era avó, porque quando eu nasci os meus quatro avós já estavam mortos…

Leia mais causos do Divaldo nestas entrevistas para a Revista de Espiritismo e para o Consciência Espírita.

Leia mais:
Causos do além-túmulo (parte 2);
Causos do além-túmulo (parte 3);
Causos do além-túmulo (parte 4);
Tales from the crypt

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Michèlle
Michèlle
25 outubro de 2009 5:25 pm

Olá, Acid! Aproveitando sua sugestão, de vários “causos espíritas” do meu tempo de adolescente (depois de crescida essa magia nunca mais se repetiu), lembro particularmente de uma: estava eu com meus amigos realizando a tal brincadeira do copo pela primeira vez. Todos tremiam de medo e depois de alguns chamados e risinhos nervosos, alguma coisa moveu o copo. Dali pra frente, passamos aproximadamente uma hora com uma “entidade”, que dentre os dez adolescentes presentes teria vindo para conversar diretamente comigo. Imagine o meu medo! A entidade escreveu coisas muito particulares, mas uma especial me deixa arrepiada ainda hoje quando lembro.… Read more »

Valtio
Valtio
26 outubro de 2009 2:55 pm

Olá, Eu li o relato acima, e não posso deixar de comentar sobre o meu causo. Foi em 2006, eu havia começado a estudar a noite. Na ida pra casa, mais ou menos meia noite, o onibus parou no terminal do Portão(Curitiba, meio caminho até o bairro onde moro, fazendinha), e nisso desceu e subiu algumas pessoas, e eis que alguém me cutuca no ombro, eu virei de costas me deparei com um homem não muito velho mais com um aspecto lamentável, cheio de cicatrizes na cara, pareciam ser queimaduras antigas, algumas cortes. Ele sorriu e perguntou qual o sentido… Read more »

Fellini
Fellini
26 outubro de 2009 7:59 pm

Valtio: ela foi até sua clinica de consulta espiritual e pediu a “vó” – uma entidade encorporada por um dos médiuns do local – para me proteger e me servir de guia Resp: Que curioso… Na minha relativamente curta experiência com o espiritismo a entidade que incorporava a médium (uma senhora gente finíssima por sinal) era o “vô”. Comecei a freqüentar esse centro espírita levado por familiares que freqüentavam esse centro e auxiliavam essa senhora com cestas básicas a cuidar de crianças abandonadas. No final dos trabalhos que consistiam de orações e passes o “vô” escolhia uma ou outra pessoa… Read more »

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