OS GNÓSTICOS

Por Stephan A. Hoeller (contribuição do Coringa)

A gnose das correntes esotéricas possui dois traços bem característicos. Por um lado, abole a distinção entre fé e conhecimento (a fé não é mais necessária, a partir do momento em que se sabe); por outro, supostamente possui uma função soteriológica, isto é, contribui para a evolução individual daquele que a pratica. O termo gnose serve para designar tanto essa própria atitude espiritual e intelectual quanto os corpus de referência que a ilustram.

Antoine Faivre
Hans Zimmer – Chevaliers De Sangreal

As palavras gnóstico e gnosticismo não são exatamente comuns no vocabulário dos nossos contemporâneos. De fato, há mais pessoas familiarizadas com o antônimo de gnóstico, isto é, “agnóstico”; literalmente, esse termo significa um desconhecedor ou ignorante, mas em sentido figurativo descreve uma pessoa sem fé religiosa, que não se ressente de ser chamada de ateísta. No entanto os gnósticos já existiam muito antes dos agnósticos, e, na maioria, parecem ter representado uma classe muito mais interessante que o último grupo. Em oposição aos não-conhecedores, eles se consideravam conhecedoresgnostikoi, em grego – denotando aqueles que possuem a gnose ou o conhecimento. Os gnósticos viveram, na maior parte, durante os três ou quatro primeiros séculos da Era Cristã. Em geral, provavelmente eles não teriam se autodenominado “gnósticos”; teriam se considerado cristãos, ou mais raramente judeus, ou ainda seguidores das tradições dos antigos cultos do Egito, da Babilônia, da Grécia e de Roma. Não eram sectários nem membros de uma nova religião específica, como queriam seus detratores, mas pessoas que compartilhavam entre si certa atitude perante a vida. Pode-se dizer que essa atitude consistia na convicção de que o conhecimento direto, pessoal e absoluto das verdades autênticas da existência é acessível aos seres humanos, e, mais ainda, que a obtenção de tal conhecimento deve sempre constituir a suprema realização da vida humana.

Imagem do Livro Vermelho de Jung. OS GNÓSTICOS

Esse conhecimento ou Gnose não era concebido como um saber racional de natureza científica, ou mesmo um saber filosófico da verdade, mas um conhecimento que brota no coração de forma misteriosa e intuitiva, sendo, portanto, chamado em pelo menos uma obra gnóstica (o Evangelho da Verdade) de Gnosis Kardias (o conhecimento do coração). Trata-se, é claro, de um conceito que é ao mesmo tempo religioso e altamente psicológico, pois o significado, o propósito da vida não aparece então nem como a fé – com sua ênfase na crença cega, e na também cega repressão – nem como as ações, com sua extrovertida orientação para as boas ações, mas sim como uma transformação e uma visão interior; em suma, um processo ligado à psicologia profunda.

Se passarmos a considerar os gnósticos como os primeiros profissionais da psicologia profunda, torna-se imediatamente aparente a razão pela qual a prática e o ensinamento gnóstico, de forma radical, diferia da prática e do ensinamento da ortodoxia cristã e judaica. O conhecimento do coração, em favor do qual os gnósticos se empenhavam não podia ser adquirido por meio de uma barganha com Jeová, ou através de um tratado ou aliança que garantisse bem-estar espiritual e físico ao homem, em troca do cumprimento servil de um conjunto de regras. Da mesma forma, não se poderia obter a Gnose pela mera crença fervorosa de que a atitude de sacrifício de um homem divino na história pudesse aliviar a carga de culpa e frustração de nossos ombros e assegurar bem-aventurança perpétua, além dos limites da existência mortal. Os gnósticos não negaram o benefício do Torá nem a magnificência da figura de Cristo, o ungido do Deus supremo. Eles consideravam a Lei necessária a um certo tipo de personalidade, que precisa de regras para o que atualmente poderíamos chamar de “a formação e o fortalecimento do ego psicológico”. Também não negaram a importância da missão do personagem misterioso que, em seu disfarce, era conhecido pelos homens como o rabino Joshua de Nazaré. A Lei e o Salvador, os dois mais reverenciados conceitos de judeus e cristãos tornam-se, para os gnósticos, apenas meios para um fim maior que esses mesmos conceitos. Eles configuravam incentivos e artifícios, de alguma forma capazes de conduzir ao conhecimento pessoal que, uma vez obtido, prescinde tanto da lei como da fé. Para eles, como para Carl Jung muitos séculos depois, a teologia e a ética constituíam apenas pontos de partida no caminho do autoconhecimento.

Philemon. Imagem do Livro Vermelho de Jung, que ilustra todo esse post.
Philemon. Imagem do Livro Vermelho de Jung, que ilustra todo esse post.

Dezessete ou dezoito séculos separam-nos dos gnósticos. Durante esse período, o gnosticismo tornou-se não apenas uma fé esquecida (como um de seus intérpretes, G. R. S. Mead, chamou-o), mas também uma fé e uma verdade reprimidas. Aparentemente, quase nenhum outro grupo foi temido e odiado de forma tão incansável e persistente, por quase dois milênios, quanto os infelizes gnósticos. Textos de teologia ainda se referem a eles como os primeiros e mais perniciosos de todos os hereges, e a era do ecumenismo não lhes parece ter estendido nenhum dos benefícios do amor cristão. Muito antes de Hitler, o imperador Constantino e seu cruel episcopado iniciaram a prática do genocídio religioso contra os gnósticos, sendo esses primeiros holocaustos seguidos por muitos outros no decorrer da história. A última grande perseguição terminou com o sacrifício de aproximadamente duzentos gnósticos em 1244, no castelo de Montségur, na França, um acontecimento que Laurence Durell descreveu como “as Termópilas da alma Gnóstica”. Apesar disso, alguns proeminentes representantes das vítimas do último holocausto não consideraram a minoria religiosa mais perseguida da história como companheira de infortúnio, como indicam os ataques de Martin Buber a Jung e ao gnosticismo. Judeus e cristãos, católicos, protestantes e os ortodoxos orientais (e, no caso da Gnose Maniqueísta, até os zoroastristas, os muçulmanos e os budistas) odiaram e perseguiram os gnósticos com persistente determinação.

Por quê? Seria apenas porque seu antinomianismo ou sua desconsideração pela lei moral escandalizava os rabinos, ou porque suas dúvidas relativas à encarnação física de Jesus e sua reinterpretação da ressurreição enfurecia os sacerdotes? Seria porque eles rejeitavam o casamento e a procriação, como afirmam alguns de seus detratores? Eram eles detestados devido a licenciosidades e orgias, como alegam outros? Ou poderia ocorrer que os gnósticos realmente tivessem algum conhecimento, e que esse conhecimento os tornasse sumamente perigosos às instituições, tanto seculares como eclesiásticas?

Imagem do Livro Vermelho de Jung

Não é fácil responder a essa indagação; contudo, deve-se fazer uma tentativa. Poderíamos ensaiar uma resposta dizendo que os gnósticos diferiam da maior parte da humanidade, não apenas em detalhes de crença ou de preceitos éticos, porém em sua visão mais essencial e fundamental da existência e de seu propósito. Sua divergência era “radical” no sentido mais exato da palavra, por reportar-se à raiz (latim: radix) das atitudes e conjeturas da humanidade com respeito à vida. Independentemente de suas crenças filosóficas e religiosas, a maioria das pessoas acalenta certas suposições inconscientes, pertencentes à condição humana, que não originam das atividades convergentes de formulação da consciência, mas que irradiam de um profundo e inconsciente substrato da mente. Essa mente é regida pela biologia, e não pela psicologia; ela é automática, e não está sujeita a escolhas conscientes nem a percepções. A mais importante dessas suposições, a qual poder-se-ia dizer que sintetiza todas as outras, consiste na crença de que o mundo é bom e que o nosso envolvimento nele é de alguma forma desejável e fundamentalmente benéfico. Essa premissa conduz a inúmeras outras, todas mais ou menos caracterizadas pela submissão às condições externas e às leis que parecem governá-las. A despeito dos incontáveis acontecimentos incoerentes e maléficos em nossas vidas, dos incríveis fatos que se sucedem, dos desvios das reiteradas insanidades da história humana, tanto coletiva como individualmente, acreditaremos ser nossa incumbência prosseguir com o mundo, pois ele é, afinal, o mundo de Deus, devendo, portanto, haver significado e bondade ocultos em seus processos, mesmo que seja difícil discerni-los. Assim, devemos continuar no cumprimento de nosso papel dentro do sistema, da melhor maneira possível, sendo filhos obedientes, maridos zelosos, esposas respeitosas, bem-comportados açougueiros, padeiros, fabricantes de velas, esperando contra toda a esperança, que uma revelação do significado resulte, de algum modo, dessa vida de resignação sem sentido.

Não é assim, disseram os gnósticos. Dinheiro, poder, governo, constituição de famílias, pagamento de impostos, a infinita série de armadilhas das circunstâncias e obrigações – nada disso foi jamais rejeitado tão total e inequivocamente na história humana como pelos gnósticos. Estes nunca esperaram que alguma revolução política ou econômica pudesse ou devesse eliminar todos os elementos iníquos do sistema em que a alma humana encontra-se aprisionada. Sua rejeição não se referia a um governo ou sistema de propriedade em favor de outro; ao contrário, dizia respeito à total e predominante sistematização da vida e da experiência. Portanto, os gnósticos eram, na verdade, conhecedores de um segredo tão fatal e terrível que os governantes deste mundo – i.e., os poderes secular e religioso, que sempre lucraram com os sistemas estabelecidos da sociedade – não podiam permitir ver esse segredo conhecido, e muito menos tê-lo publicamente proclamado em seus domínios. De fato, os gnósticos sabiam algo: a vida humana não alcança a sua realização dentro das estruturas e instituições da sociedade, porque estas representam, na melhor das hipóteses, apenas obscuras projeções de outra realidade mais fundamental. Ninguém atinge sua verdadeira natureza individual sendo o que a sociedade espera nem fazendo o que ela deseja. Família, sociedade, igreja, ocupação e profissão, lealdade patriótica e política, bem como regras e normas morais e éticas, na realidade de modo algum conduzem ao verdadeiro bem-estar espiritual da alma humana. Ao contrário, constituem, com maior frequência, as próprias algemas que nos alienam de nosso real destino espiritual.

Imagem do Livro Vermelho de Jung

Esse aspecto do gnosticismo foi considerado herético em épocas passadas e até hoje costuma ser chamado de “negação do mundo” e “anti-vida”; porém constitui, obviamente, nada mais que boa psicologia e boa teologia espiritual, por se tratar de bom senso. O político e o filósofo social podem considerar o mundo um problema a ser resolvido, mas o gnóstico, com seu discernimento psicológico, reconhece-o como uma condição da qual precisamos nos libertar pela visão interior. Isso porque os gnósticos, como os psicólogos, não buscam a transformação do mundo, mas a transformação da mente, com sua consequência natural – uma mudança de postura perante o mundo. A maior parte das religiões também tende a ratificar uma atitude familiar de interiorização na teoria; contudo, como resultado de sua presença dentro das instituições da sociedade, elas sempre negam isso na prática. As religiões costumam se iniciar como movimentos de libertação radical seguindo linhas espirituais mas, inevitavelmente, terminam como pilares das próprias sociedades, as carcereiras de nossas almas.

Se desejamos obter a Gnose, o conhecimento do coração que liberta os seres humanos, devemos nos desvencilhar do falso cosmo criado pela nossa mente condicionada. A palavra grega Kosmos, bem como o vocábulo hebraico Olam, embora quase sempre mal traduzidos como Mundo, realmente designam mais o conceito de Sistemas. Quando os gnósticos diziam que o “sistema” à sua volta era mau e que precisaríamos sair dele para conhecer a verdade e descobrir o seu significado, comportavam-se não só como precursores de inúmeros alienados da sociedade – de São Francis de Assis até os Beatniks e os Hippies – mas também exprimiam um fato psicológico desde então redescoberto pela moderna psicologia profunda: Jung reafirmou uma antiga percepção gnóstica ao dizer que o extrovertido ego humano deve, em primeiro lugar, tomar plena consciência de sua própria alienação do “Self Superior” antes de poder começar a retornar ao estado de união mais íntima com o inconsciente. Até nos conscientizarmos inteiramente da inadequação de nosso estado de extroversão e de sua insuficiência quanto às nossas necessidades espirituais mais profundas, não obteremos nenhum grau sequer de individuação, através da qual uma personalidade mais madura e ampla surge. O ego alienado é o precursor e uma pré-condição inevitável do ego individualizado.

Imagem do Livro Vermelho de Jung

Como Jung, os gnósticos não rejeitavam necessariamente a Terra per se, mas a reconheciam como uma tela sobre a qual o Demiurgo projeta seu sistema ilusório. Quando nos deparamos com uma condenação do mundo nos escritos gnósticos, o termo usado é fatalmente Kosmos ou Este eon, e nunca a palavra Ge (Terra), que consideravam neutra, se não totalmente satisfatória.

Era desse conhecimento – o conhecimento que se tem no próprio coração a respeito da inutilidade espiritual e absoluta insuficiência das instituições e valores estabelecidos do mundo exterior – que os gnósticos valiam-se para construir tanto uma imagem de ser universal como um sistema de inferências coerentes a serem extraídas dessa imagem (Como era de esperar, eles o realizaram não tanto em termos de filosofia e teologia, mas em termos de mito, ritual e cultivo das qualidades imaginativas e mitopoéticas da alma). Como muitas outras pessoas inteligentes e sensíveis, antes e depois de sua época, eles se sentiram estrangeiros num país desconhecido, uma semente abandonada dos mundos distantes de luz infinita. Alguns, tal como a juventude alienada dos anos 60, retiraram-se para comunidades e eremitérios à margem da civilização. Outros, mais numerosos talvez, permaneceram em meio à vasta cultura metropolitana das grandes cidades, como Alexandria e Roma, aparentemente desempenhando seus papéis na sociedade, enquanto no íntimo serviam a um mestre diferente – no mundo, mas não do mundo. A maioria deles tinha instrução, cultura e riqueza; entretanto, continuavam conscientes do inegável fato de que todas essas realizações e tesouros perdem a cor perante a Gnose do coração, o conhecimento do que existe. Não surpreende que o mago de Küstnacht, que desde sua primeira infância buscou e encontrou a própria Gnose, tivesse afinidade com esse povo estranho e solitário, esses peregrinos da eternidade, prontos para voltar ao lar entre as estrelas.

Referência:
A Gnose de Jung e os sete sermões aos mortos;
Saindo da Matrix: A Gnose de Jung;
The Gnostic society bookstore;
Carl Jung: The Holy Grail of the Unconscious (The New York Times)

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Aliny
Aliny
11 novembro de 2010 2:36 pm

Adorei o texto, sempre achei que suas conclusões, inquietudes, revoltas (!!), além dos temas escolhidos para postagem e discussões, enfim, tivessem muito a ver com os princípios gnósticos, de alguma forma…

Martyn Stubbs
Martyn Stubbs
27 dezembro de 2010 8:15 pm

Grandes alquimistas gnósticos

Nos dias de hoje, muitas pessoas que agora andam por aqui, por ali e acolá, tiveram veículos físicos na antiga terra dos Faraós, e, se eles tivessem seguido pelo caminho das Santas Revalorizações do SER DIVINO, se conhecessem e colocassem em prática os segredos da Alquimia, poderiam chegar a adquirir a imortalidade aqui e agora mesmo, mediante o intercâmbio atômico da alta física nuclear, desconhecida para os sábios e físicos atômicos deste século 21 e principalmente do século passado.

http://www.gnosisonline.org/tantrismo/grandes-alquimistas-gnosticos/

Aliny
Aliny
28 dezembro de 2010 1:47 pm

Adorei.

Coringa
Coringa
30 julho de 2010 10:48 pm

SEXO – O PORTAL SECRETO PARA O EDEN 1/8
(legendado)

Anônimo
Anônimo
19 janeiro de 2018 9:37 pm

As 10 revelações gnósticas na série “Philip K. Dick’s Electric Dreams”

http://cinegnose.blogspot.com.br/2017/11/as-10-revelacoes-gnosticas-na-serie.html

Anônimo
Anônimo
21 novembro de 2010 10:29 pm

5 estrelas !!!

Ateu não acredita em Deus…
Ateu tem certeza que Deus existe.

Aliny
Aliny
21 novembro de 2010 7:44 pm

Mas que pérola esse video postado por Coringa, tenho que ver as continuações.

Anônimo
Anônimo
26 novembro de 2010 8:41 pm
Anônimo
Anônimo
29 novembro de 2010 2:04 am
Martyn Stubbs
Martyn Stubbs
28 dezembro de 2010 11:02 am

Tudo já foi dito.
Basta agora continuar repetindo.
Não para que me ouçam.
Mas para que eu me lembre.

😀 😀 :D…

Coringa
Coringa
4 maio de 2011 1:58 am

Um tributo à Sagrada Humanidade:

Anônimo
Anônimo
28 outubro de 2015 1:11 pm

Digha Nikaya 1

Brahmajala Sutta

A Rede Suprema

http://www.acessoaoinsight.net/sutta/DN1.php

Digha Nikaya 27

Agañña Sutta

O Conhecimento da Gênese

http://www.acessoaoinsight.net/sutta/DN27.php

Majjhima Nikaya 49

Brahmanimantanika Sutta

O Convite de um Brahma

http://www.acessoaoinsight.net/sutta/MN49.php

Alguém
Alguém
12 abril de 2014 10:10 pm

Amigo, eu me sinto assim!!!! Eu vivi muito tempo angustiado desejando me conhecer para desenvolver meus talentos bloqueados, e acabei conhecendo muitas mais coisas, assuntos muito profundos do coração, sobre Deus (ou sobre a existência, como preferir!) e da psicologia!!!! E estou assustado!!! Eu não acredito em Deus, eu respiro Deus. Gnose é viver diretamente em comunhão com a existência!!!!! Palavras são apenas palavras, termos são apenas termos mas estar em contato com Deus diretamente não tem como explicar linguisticamente!!!!!! Vc tem meu email, se quiser conversar comigo, agradeço sua boa vontade!

Flávio Denner
Flávio Denner
31 março de 2014 4:44 pm

Acid, vc é de alguma escola gnóstica?
Se preferir, responde por email.
Abraço

Donostia Man
Donostia Man
16 junho de 2011 5:02 am

Peça de arte verdadeiramente inspiradora!

bem haja C.

Anônimo
Anônimo
15 junho de 2011 9:50 pm

Sobre o pianista no comentário anterior: O pianista japonês Nobuyuki Tsujii (foto: http://bit.ly/lwI8g8) tornou-se estrela na cena da música clássica, depois de ganhar um dos prêmios mais prestigiados do mundo, sem a necessidade de uma partitura. Cego desde o nascimento, o estudante ganhou o prêmio superior na Van Cliburn 13th International Piano Competition, nos Estados Unidos. Tsujii, que dividiu o primeiro prêmio com Haochen Zhang da China, tornou-se o primeiro pianista japonês cego a vencer o cobiçado prêmio. Depois de sua primeira aparição pública desde sua vitória, Tsujii, que ainda está ajustando seu status de celebridade disse: “fiquei extremamente surpreso,… Read more »

Coringa
Coringa
15 junho de 2011 2:17 am

Assistam…mas vejam até o fim! E constatem do que a Humanidade é capaz!

O Pianista – La Campanella de Liszt (uma obra para piano dificílima de tocar):

Não lhe posso dar
O que já existe em você mesmo.
Não posso atribuir-lhe
Outro mundo de imagens
Além daquele que há em sua própria alma.
Nada lhe posso dar a não ser
A oportunidade, o impulso,
A chave.
Eu ajudarei a tornar visível
O seu próprio mundo.
É tudo.
(Herman Hesse)
http://bit.ly/lOeEaL

Aliny
Aliny
3 dezembro de 2010 1:10 pm

Não tinha visto esse texto sobre a transmutação ainda, está bem detalhado. É a verdadeira alquimia.

Lucas Oliveira
Lucas Oliveira
2 julho de 2016 11:47 pm

Os Mercenários James Munroe: Os parasitas da agência contrataram você, não foi? Eu teria te pagado o dobro só para pescar. Deve achar que sou muito burro para me render á agência! Por que eu faria isso? Eu criei tudo isso. Fiz tudo isso acontecer! Aí, resolveram me excluir, porque eu via o quadro geral! Pare de andar! E nós dois? Somos iguais! Somos mercenários! Estamos mortos por dentro! Por que veio atrás de mim? (Sylvester Stallone) Barney Ross: Não vim atrás de você, seu merda! Eu Vim por ela! … (Jason Statham) Lee Christmas: “Uma vez, conheci um sujeito… Read more »

Anônimo
Anônimo
2 outubro de 2009 8:46 pm

“Cada um de nós é uma divindade, dissera Buda. Cada um de nós tudo sabe. Precisamos apenas abrir nossas mentes para escutar nossa sabedoria.”

Silas
Silas
2 outubro de 2009 2:33 pm

hahahahahah!

Uma propaganda muito boa, esse post.

Começei a ler o livro e não consegui parar, até que fui obrigado pela ferramenta do google.

Agora não tenho escolha a não ser comprar o bendito: o espírito demanda!

Coringa
Coringa
2 outubro de 2009 2:39 am

Algumas questões intrigantes e não suficientemente estudadas, apesar dos possíveis impactos históricos que possam provocar (e talvez por isso um ponto nevrálgico na história), que levaram o cristianismo(!) a distanciar-se das raízes judaicas, referem-se às mudanças na composição e poder da igreja católica ocorrida mais ou menos no final do século II. Nesta época, os cristãos-não-judeus (!) começaram a superar, em número, os cristãos-judeus (judeus cristianizados). Com a institucionalização e fortalecimento da ‘nova’ igreja no começo do século IV, que tornou-se maior do que toda a comunidade judaica no mundo, aqueles grupos que, por razões diversas, não mantiveram vínculos nem… Read more »

Silas
Silas
1 outubro de 2009 8:53 pm

(orkut)quem sou eu:
Aquele que busca algo que a obstinação racional não trás. Algo que nenhum tipo de competição pode trazer. Não busco um sonho, não busco posses.

Porque são poucas as realizações que realmente importam, e todas são gratuitas: não há como roubar amor, vender maturidade, exercitar repetitivamente o auto-conhecimento.

Os objetivos de fora são sempre um meio, um caminho. Nada mais. Porque a vida como me foi apresentada é vazia.

Conquistas falsas: é isso que o mundo apresenta. As unicas conquistas dignas de menção são a liberdade (da alma) e o amor (por tudo).

Execelente texto…

Ar
Ar
1 outubro de 2009 2:04 pm
Shaka Kama-Hari/ Rafael Vilaça
Shaka Kama-Hari/ Rafael Vilaça
1 outubro de 2009 11:56 am

Eu sou agnóstico no sentido de não acreditar porque não tenho uma prova concreta, afinal eu ainda creio, não sei. Mas sou gnóstico no sentido de acreditar que há uma verdade, seja qual for, e que eu preciso buscá-la para ter a consciência total da realidade. Infelizmente quando falamos de gnose muitas vezes nos perdemos em termos filosóficos e esotéricos, quando na verdade a Gnose nada mais é do que a percepção das coisas como elas realmente são. Se a realidade é a mais fantástica possível, ela é assim. Se ela é a mais simples e objetiva possível, também é… Read more »

Gabriel Dread
Gabriel Dread
1 outubro de 2009 11:35 am

Sensacional postagem.
Me identifico muito com a Gnose.
Na última Páscoa, publiquei no meu blogue um especial sobre a Páscoa Gnóstica, versão da Paixão de Cristo que foi condenada como herege pela Igreja Católica.
http://irradiandoluz.blogspot.com/2009/04/pascoa.html

Vibrações Positivas
Gabi Dread

Anônimo
Anônimo
2 outubro de 2009 8:52 pm

É possível que a “religião da solidão” seja de certa maneira superior à religião social e formalizada. O que é certo é que ela apareceu mais tarde no decurso da evolução. Além disso, os fundadores das religiões e seitas históricamente mais importantes têm sido todos, com excepção de Confúcio, solitários. Talvez seja verdade dizer-se que, quanto mais poderosa e original for uma mente, mais ela se inclinará para a religião da solidão, e menos ela será atraída no sentido da religião social ou impressionada pelas suas práticas. Pela sua própria superioridade, a religião da solidão está condenada a ser a… Read more »

Anônimo
Anônimo
3 outubro de 2009 8:18 am

A mulher significa a intuição, a demanda certa, a escolha equilibrada 🙂

Não sei como foi capaz de comer um hot dog…

Ilgner
Ilgner
3 julho de 2016 2:16 pm

As “palavras” deveriam mudar de significado para “traidoras” pois o que elas estão fazendo com certos teimosos do vernáculo não está no gibi.

Não Gosto de Polêmica
Não Gosto de Polêmica
3 julho de 2016 2:10 pm

Nada que se produza em uma sociedade mentalmente invertida poderá ter como resultado algo aceitável nisto poderá se enquadrar a qualquer estilo musical.Aqui se adequa perfeitamente aquela citação do Cristo que diz “A lâmpada do corpo são os olhos. Se os teus olhos forem bons, todo o templo terá luz. Se, porém, os teus olhos forem maus, todo o templo estará em trevas…” (Mt 6.22,23).

Anônimo
Anônimo
5 julho de 2016 12:43 pm

Os Mercenários (Mickey Rourke) Tool: Porque ela defende alguma coisa. A gente não defende nada. Costumávamos defender, mas a fonte secou, como isto vai secar. Esta tinta vai secar. O que secou? A crença na alma, cara… Sei lá, nosso pedaço humano. Lembra quando estávamos na Bósnia… e matamos aqueles bandidos sérvios? Nosso pessoal sendo estraçalhado á nossa volta… sangue por toda parte. Eu achei que jamais sairia de lá, e sei que você também achou. Eu me sentia morto, sabe? Minha cabeça era um lugar sombrio. Eu não acreditava em nada. Sombrio feito o Drácula. Arranjei uma garrafa daquela… Read more »

Anônimo
Anônimo
7 julho de 2016 9:59 pm

Dica

Pegue a pipoca vermelha: Cinegnose atualiza a lista dos melhores filmes gnósticos…http://cinegnose.blogspot.com.br/2013/07/cinema-secreto-cinegnose-faz-lista-dos.html

Acid
Acid
18 outubro de 2009 2:54 am

Seja bem-vinda. Fique à vontade para comentar neste e em outros posts.

Ellen
Ellen
18 outubro de 2009 12:51 am

Delicia de texto sobre Jung.Nunca entrei em blogs antes,o seu é o primeiro que tenho visitado,mas os seus textos são incriveis e estou adorando ver ciencia e conhecimento”gnosis”,lado a lado em seu espaço.Há de acontecer o “religare”,religião.
Aliás ,já está acontecendo.
Ellen

Anônimo
Anônimo
4 outubro de 2009 4:05 am

Há metafísica bastante em não pensar em nada. O que penso eu do mundo? Sei lá o que penso do mundo! Se eu adoecesse pensaria nisso. Que ideia tenho eu das cousas? Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos? Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma E sobre a criação do Mundo? Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos E não pensar. É correr as cortinas Da minha janela (mas ela não tem cortinas). O mistério das coisas? Sei lá o que é mistério! O único mistério é haver quem pense no mistério.… Read more »

Ellen
Ellen
4 outubro de 2009 12:04 am

Ao ler o texto tinha muitas coisas para escrever,mas agora só posso “dizer” que me emocionei .Obrigada.

Anônimo
Anônimo
28 outubro de 2015 5:58 pm

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