O PODER DO AGORA

Por Eckhart Tolle; O poder do agora

poder agora

NÃO PROCURE O SEU EU NA MENTE

Os problemas da mente não podem ser solucionados ao nível da mente. Depois de ter compreendido a disfunção básica, não há muito mais a aprender ou a compreender. Estudar as complexidades da mente poderá fazer de você um bom psicólogo, mas isso não o levará para além da mente, tal como o estudo da loucura não basta para criar saúde mental. Já compreendeu o mecanismo básico do estado inconsciente: a identificação com a mente, a qual cria um falso eu, o ego, como substituto para o seu eu verdadeiro enraizado no Ser. Você torna-se como que um “ramo cortado da árvore”, como disse Jesus.

As necessidades do ego são inúmeras. Ele sente-se vulnerável e ameaçado e por isso vive num estado de medo e de carência. A partir do momento em que você compreende os mecanismo da disfunção básica, deixa de ser preciso explorar todas as inúmeras manifestações do ego, de fazer dele um problema pessoal complexo. É evidente que o ego adoraria isso. Andando sempre à procura de alguma coisa a que se agarrar, a fim de sustentar e fortalecer a sua ilusória sensação de identidade, o ego prontamente se agarrara aos seus problemas. É por isso que uma grande parte da sensação de identidade de tantas pessoas está intimamente ligada aos seus problemas e a última coisa que essas pessoas querem é livrar-se deles; porque isso representaria a perda do “eu”. Inconscientemente, o ego investe muito na dor e no sofrimento. Portanto, ao reconhecer que a raiz da inconsciência é a identificação com a mente, o que evidentemente inclui as emoções, você sai dela. Torna-se presente. Quando está presente, você pode permitir que a mente seja aquilo que é sem se enredar nela. A mente em si não é disfuncional. É um instrumento maravilhoso. A disfunção instala-se quando você procura nela o seu eu e faz dela a sua identidade. Torna-se então a mente egóica e dirige toda a sua vida.

Enquanto você estiver identificado com a sua mente, o ego dirigirá a sua vida, e uma parte intrínseca da mente egóica é uma sensação profundamente enraizada de falta de algo, ou de não estar completo, de não ser total. Em algumas pessoas, é uma sensação consciente, noutras inconsciente. Quando é consciente, manifesta-se na forma de um inquietante e constante sentimento de não ser digno ou suficientemente bom. Quando é inconsciente, só se sente indiretamente, sob a forma de uma intensa ânsia de possuir, de uma carência, de um precisar de qualquer coisa. Em qualquer dos casos, as pessoas começam muitas vezes a tentar satisfazer o ego de forma compulsiva e a procurar coisas com as quais se possam identificar, a fim de preencherem o vazio que sentem dentro de si. E lançam-se atrás de bens materiais, dinheiro, sucesso, poder, prestígio, ou um relacionamento especial, basicamente para se sentirem melhores consigo próprias, para se sentirem mais completas. Mas depois de alcançarem todas essas coisas, descobrem rapidamente que o vazio continua a existir, que ele não tem fim. É então que começam os problemas a sério, porque elas não se conseguem iludir mais a si próprias. Bem, na verdade conseguem, e até o fazem, mas torna-se muito mais difícil.

Já que o ego é uma sensação derivada do eu, precisa de se identificar com coisas exteriores. Precisa de ser defendido e alimentado constantemente. As identificações mais comuns do ego têm a ver com bens materiais, com o trabalho que você faz, o seu estatuto e prestígio social, os seus conhecimentos e educação, a sua aparência física, os seus relacionamentos, aptidões especiais, historial pessoal e familiar, convicções – incluindo as convicções políticas, nacionalistas, raciais, religiosas e outras identificações coletivas. Nada disso é você próprio.

NADA EXISTE FORA DO AGORA

Já algum dia experimentou, ou fez, ou pensou, ou sentiu alguma coisa fora do agora? Pensa que algum dia isso acontecerá? Acha que é possível que alguma coisa aconteça ou seja fora do agora? A resposta é óbvia, não é verdade?

Nunca nada aconteceu no passado; acontece no agora.

Nunca nada acontecerá no futuro; acontece no agora.

Aquilo que você considera o passado é uma memória, armazenada na mente, de um antigo agora. Quando relembra o passado, você reativa uma memória – é o que você está a fazer agora. O futuro é um agora imaginado, uma projeção da mente. Quando o futuro chega, chega como agora. Quando pensa no futuro, você está a pensar agora. E óbvio que o passado e o futuro não possuem uma realidade que lhes seja própria. Tal como a Lua não tem luz própria, mas só pode refletir a luz do Sol, também o passado e o futuro não passam de pálidos reflexos da luz, do poder e da realidade do sempiterno presente. A sua realidade é “pedida emprestada” ao agora.

A essência do que lhe estou a dizer aqui não pode ser entendida pela mente. No momento em que você entender o seu significado, há uma mudança na consciência da mente para o Ser, do tempo para a presença. De repente, tudo parecerá vivo, irradiará energia, emanará o Ser.

A CHAVE PARA A DIMENSÃO ESPIRITUAL

Em situações de emergência, em que a vida é ameaçada, uma mudança na consciência, do tempo para a presença, acontece por vezes naturalmente. A personalidade, que possui um passado e um futuro, recua momentaneamente e é substituída por uma intensa presença consciente, muito serena, mas ao mesmo tempo muito vigilante. Seja qual for a resposta necessária, ela surgirá então desse estado de consciência.

A razão pela qual algumas pessoas gostam de se lançar em atividades perigosas, como por exemplo montanhismo, corridas de automóveis, ou outras parecidas, muito embora o possam desconhecer; é porque assim se sentem forçadas a entrar no agora – esse estado intensamente vivo onde não há tempo, não há problemas, não há pensamento, não há o fardo da personalidade. Se esquecerem do momento presente, nem que seja por um segundo, poderão pôr em risco as suas vidas. Infelizmente, acabam por se tornar dependentes de uma determinada atividade para entrarem nesse estado. Mas você não precisa de escalar a face norte do Eiger. Pode entrar nesse estado agora.

Desde os tempos antigos que os mestres espirituais de todas as tradições apontam para o agora como sendo a chave para a dimensão espiritual. Não obstante, parece que tal continua a ser um segredo. Não é de certeza ensinado nas igrejas nem nos templos. Se você frequentar uma igreja, poderá ouvir leituras dos Evangelhos tais como “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo (Mat 6:34)“, ou “Ninguém que ponha as mãos no arado e olhe para trás é digno do Reino de Deus (Luc 9:62)“. Ou poderá ouvir a passagem sobre os lírios do campo que não se mostram ansiosos pelo amanhã, mas vivem à vontade no agora intemporal e dos quais Deus toma conta. A profundidade e a natureza radical desses ensinamentos não são reconhecidas. Ninguém parece compreender que se destinam a ser vividas e a proporcionar assim uma transformação interior.

Toda a essência do Zen consiste em caminhar ao longo do fio da navalha do agora – estar tão absolutamente e tão completamente presente que nenhum problema, nenhum sofrimento, nada que não seja quem você é na sua essência possa sobreviver em si. No agora, na ausência do tempo, todos os seus problemas se desfazem. O sofrimento precisa do tempo; não pode sobreviver no agora. Muitas vezes, para afastar do tempo a atenção dos seus estudantes, o grande mestre Zen, Rinzai, costumava levantar um dedo e perguntar lentamente: “O que é que está faltando neste momento?” Uma pergunta extraordinária que não exige uma resposta ao nível da mente. Destina-se a atrair fortemente a sua atenção para o agora. Uma outra pergunta semelhante na tradição Zen é a seguinte: “Se não agora, quando?

O agora também é essencial nos ensinamentos Sufis, o ramo místico do Islão. Os Sufis têm um ditado: “O Sufi é filho do tempo presente“.
E Rumi, grande poeta e mestre Sufi, declara: “O passado e o futuro impedem-nos de ver Deus; queima-os a ambos com fogo“.
Mestre Eckhart, um mestre espiritual do século XIII, resume tudo de uma forma muito bela: “O tempo é aquilo que impede a luz de nos alcançar. Não há maior obstáculo para alcançar Deus do que o tempo.

Saiba mais:
Franco Atirador – (Ego) O mal necessário;
Osho – Ego, o falso centro;
Waking Life: O Despertar da Vida

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Geninha
Geninha
9 março de 2023 3:54 pm

Bla bla bla

Titanico
Titanico
7 julho de 2006 9:55 pm

Off topic Fala x-builder! Na verdade, isso nunca foi cogitado… e seria uma excelente saída! Mas, uma coisa complicada é o tal do direito adquirido… antigamente só era liberada a energia em alguns momentos do dia, como pra assistir um jogo ou filme. Depois, foi liberada durante as 24h do dia… um absurdo, mas aconteceu. E foi com a energia que eles mudaram o modo de fazer maria-louca (bebida alcólica). Antes demorava até 06(seis) dias para apodrecer alimentos e fermentar na água para formar o álcool. Com a energia, eles esquentavam e esfriavam a água… e o processo da bebida… Read more »

Paulinha
Paulinha
6 julho de 2006 3:13 pm

Óh! Adoreiii o Post!! Me fez lembrar dos conceitos de Jung da persona, que serve para proteger o ego. E quando acontece a identificação com a persona, dificulta a interação com o self. Lembrei aqui: ” A identificação com a mente, a qual cria um falso eu, o ego.” E aqui: “Enquanto você estiver identificado com a sua mente, o ego dirigirá a sua vida”. E em falar em Self e em estado de iluminação, para Jung as pessoas que que alcançaram esse estado de Si- mesmo foram Jesus e Buda. 😀 Essa filosofia do AGORA é muito interessante. Tem… Read more »

Vandersp
Vandersp
4 julho de 2006 11:20 am

Esse livro é D+

Vandersp
Vandersp
4 julho de 2006 11:30 am

Mais um trecho do livro

” Não busque se libertar do desejo ou adquirir a iluminação.Torne-se presente. Esteja lá, como um observador da mente. Em lugar de citar Buda, seja Buda, seja O ILUMINADO,que é o que a palavra Buda Significa.

Um abraço!

Shaolin Monk
Shaolin Monk
3 julho de 2006 3:18 pm

A mente se perde no emanharado de leis que ela própria cria. A mente só poderá ter sucesso se for totalmente governada pela Mente.

Shaolin Monk
Shaolin Monk
4 julho de 2006 3:10 pm

Diz a Bíblia: “Agora é o dia da salvação”. Para Deus não há passado ou futuro, somente o AGORA. O Reino do Céu está à mão. Se seus pecados são da cor escarlate, eles serão brancos como a neve, conquanto vermelhos como o carmezim, eles serão como a lã. Se estamos de costas para a Luz, como poderemos vê-la? Basta nos virarmos e seremos inundados imediatamente por Ela. Perdoem até setenta vezes sete, inclusive você mesmo e neste mesmo dia ainda tu estarás comigo no paraíso.

amoraisa
amoraisa
11 julho de 2006 12:52 pm

Não permanecemos no hoje por absoluta impossibilidade lógica.A noção de tempo para a percepção da realidade nos torna presos na terceira dimensão onde ontem o hoje e o amanhã são necessários para a realização. Quando saímos dessa percepção limitada, vivemos o hoje, isto é, a realização não exige tempo ou espaço.A grosso modo seria: imaginou, materializou, imediatamente, sem esforço, espera ou contrariedade. Não se precisou planejar, fazer, esperar resultado. A ação não é conseqüência e nem traz conseqüência. Apenas é, acontece imediatamente. O Agora, só é possível da quarta dimensão em diante.

Lex
Lex
4 julho de 2006 10:58 pm

Quando eu estava em uma escalada tive meu primeiro “satori” (momento de iluminação — entendam que não sou iluminado, falo de um momento que não pude manter, portanto não foi uma iluminação real mas uma experiência que me mostrou que o budismo é real). Lá em meio da estafa do desafio da parede, de repente, percebi que durante vários minutos não se passou uma idéia sequer em minha mente que tivesse percebido. Durante um tempo que posso imaginar de quase uma hora, eu permaneci em silêncio em total imersão com a escalada. Era só eu e a parede. Não existia… Read more »

Pedro
Pedro
4 julho de 2006 11:13 pm

Muito boa a mudança do logo!! 😀

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
4 julho de 2006 11:23 pm

Eu tive um Satori desses em frente ao computador, enquanto admirava o scandisk 😛

…verdade 😛

Anônimo
Anônimo
8 julho de 2006 6:27 pm

“Um ser humano é parte de um todo chamado por nós de “Universo”, é uma parte limitada no tempo e no espaço. Ele experiencia a si mesmo, seus pensamentos e sentimentos, como alguma coisa separada do resto ─ uma espécie de ilusão de ótica de sua consciência. Essa ilusão é uma forma de prisão para nós, restringindo-nos aos nossos desejos pessoais e à afeição por umas poucas pessoas próximas. Nossa tarefa deve ser a de nos libertarmos dessa prisão alargando nossos círculos de compaixão para envolver todas as criaturas vivas e o todo da natureza em sua beleza.” , “Ideas… Read more »

Tulio
Tulio
4 julho de 2006 1:31 am

Estava indo meditar antes de dormir, pensando algo como “Vou usar minha mente para meditar e me aproximar de mim mesmo e do divino”. Quando chego aqui para me despedir da internet por hoje, encontro “NÃO PROCURE O SEU EU NA MENTE”.

Claro, é só um jogo de palavras: creio que minha intenção inicial ainda é válida; mas a frase inicial funcionou direitinho como um chamariz para o “Agora”. Cool =)

Lucas Oliveira
Lucas Oliveira
8 novembro de 2016 5:05 pm

Eckhart Tolle no Brasil: o triunfo da consciência é a notícia que não está no noticiário

dharmalog.com/2016/11/07/eckhart-tolle-no-brasil-triunfo-da-consciencia-noticia-palestra-resumo/

Lucas Oliveira
Lucas Oliveira
8 novembro de 2016 5:03 pm

Eckhart Tolle no Brasil: o triunfo da consciência é a notícia que não está no noticiário

http://dharmalog.com/2016/11/07/eckhart-tolle-no-brasil-triunfo-da-consciencia-noticia-palestra-resumo/

Anônimo
Anônimo
11 fevereiro de 2014 9:25 pm

“DESACELERE, AMIGO Frequentemente nos sentimos tão distantes de casa, do amor, das respostas, dos “amanhãs” que secretamente esperamos. Nos sentimos tão longe da vida… Mas a vida nunca está realmente longe. A vida nunca pode estar à distância. A vida está sempre aqui, onde nós estamos, e somos inseparáveis do seu brilhante esplendor de luz e sombra. Não há urgência. O verão não corre em direção ao outono. Uma pequena folha de grama não está tentando crescer mais rápido do que a sua vizinha. Os planetas giram lentamente em suas órbitas. Este universo antigo não tem pressa. Mas a mente,… Read more »

Anônimo
Anônimo
13 agosto de 2012 11:13 am

O Tolo e a Iluminação

http://youtu.be/PL-ozysbyws

Martyn
Martyn
4 maio de 2011 11:20 pm
Surfista de Deuses
Surfista de Deuses
14 julho de 2006 10:33 pm

Conhecer o efeito de perceber que o passado o e futuro não existem, não é uma alteração de percepção nem nada disso, é uma experiência única que jamais poderá ser explicada em linguagem. A Iluminação o coloca no presente onde tudo é infinito e onde todos somos Um. É hora de despertar.
falowwww

Shaolin Monk
Shaolin Monk
3 julho de 2006 3:55 pm

Conquanto não há mente nenhuma a ser governada pela Mente.

Darcionei
Darcionei
3 julho de 2006 3:32 pm

“A mente só poderá ter sucesso se for totalmente governada pela Mente”.

😕 ???

Trinity
Trinity
4 julho de 2006 1:13 am

O ego é um tipo de espelho cuja imagem refletida é confundida com realidade.
“A ausência de um espelho pode ser irritante, até angustiante.Em nosso mundo não autêntico, precisamos de espelhos para reafirmar a ilusão do “eu” e da separação.”

Trinity
Trinity
4 julho de 2006 1:14 am

“Se esquecerem do momento presente, nem que seja por um segundo, poderão pôr em risco as suas vidas. Infelizmente, acabam por se tornar dependentes de uma determinada atividade para entrarem nesse estado. Mas você não precisa de escalar a face norte do Eiger. Pode entrar nesse estado agora.” Muito interessante esse exemplo do texto e muito interessante é esse estado.Tinha até postado algo sobre isso no meu último post. A doutrina budista fala que esse estado está entre o final de um pensamento e o começo de outro, mas sem que esse aconteça, ou seja, se concentrar naquilo que se… Read more »

EspelhoLunarBranco
EspelhoLunarBranco
5 julho de 2006 2:08 am

Outra dica de livro, Deepak Chopra – O livro dos segredos

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
5 julho de 2006 9:53 am

De fato, uma característica dessas experiências místicas é a impossibilidade de descrevê-las em sua plenitude. Mas devo lembrar que o Satori (ou “mini-iluminação”) é uma ampliação do foco da consciência, e não uma mudança do foco. É abarcar um momento em toda a sua plenitude, onde está incluso você, o céu, o mar, e cada elemento. É o tipo de coisa que não se consegue, por exemplo, com drogas (não estou dizendo que vc usou, Vanessa, apenas abrangendo mais o leque de experiências místicas) onde sua atenção e percepção ampliou-se (quimicamente), mas ainda está focada em um ponto (ou vários).

Marcelo, de Criciúma, Santa Catarina
Marcelo, de Criciúma, Santa Catarina
7 julho de 2006 12:15 pm

Eu gostaria de conhecer a sua opinião. A sua. Esta é a minha: o presente continuará sendo somente uma ponte entre o eu do passado e sua ambição por um determinado futuro enquanto o ser humano pretetender ser importante aos olhos dos outros e aos seus próprios, enquanto buscar, por meio daquilo que a sociedade oferece, um modo de tornar-se um alguém supostamente respeitável a essa mesma sociedade para só então sentir-se (um pouco) satisfeito. Tudo é vaidade. “Ouro de Tolo” “Eu devia estar contente Porque eu tenho um emprego Sou um dito cidadão respeitável E ganho quatro mil cruzeiros… Read more »

Bruno H.
Bruno H.
3 julho de 2006 7:39 pm

…é, esse cara andou lendo muito Rajneesh.

Lua
Lua
3 julho de 2006 5:06 pm

… gostaria de saber algo sobre o autor, se possível.

Íris
Íris
3 julho de 2006 11:44 pm

E por falar em Osho… certa vez, ele disse que era comum no Oriente, o mestre expor o discípulo a situações extremas, ameaçar jogá-lo da janela, por exemplo. Nos mosteiros zen, é comum o mestre tocar no discípulo com um bastão, para que sua consciência se desperte e, então, ele presencie o Agora Maior. Em situações de grande perigo, como um assalto, ou diante da morte de um amigo, também é natural a reação de “lutar-fugir”. Uma mente serena consegue transcender essa reação e agir de forma adequada.

@}‑;‑‑‑

Anônimo
Anônimo
4 julho de 2006 12:03 am

Com certeza esse cara é discípulo do Osho(Rajneesh). Como Osho disse, só com o abandono da mente é que vc pode alcançar a eternidade. Ele também disse: “O presente nada mais é do que a morte para a mente, mas a morte para a mente é o início de sua vida autêntica”.
Não é necessário dizer mais nada!

Vanessa
Vanessa
5 julho de 2006 1:30 am

Não é assim que eu vejo. Pois não me prendi às máscaras do outro. Simplesmente, eu estava diante do cara contemplando-o e não viajando, fantasiando algo sobre ele. Foi o mesmo que contemplar o mar, o céu, uma montanha. Qual é a diferença? Só por que é gente não se pode contemplar? Também dá para contemplar uma pessoa, oras! Você nunca encontrou uma mulher que o fizesse contemplá-la assim, com pureza, sem viagem, sem projetar algo???Usei o termo apaixonada como força de expressão, mas quis dizer que o amei, não foi uma paixão, foi amor.Senti, sim, que estava plena de… Read more »

Lex
Lex
5 julho de 2006 12:39 am

Vanessa, maldade…
Amor é uma coisa… paixão é outra…

Isto é transferencia… você não experimentou um “satori”, eu lamento…

Você confundiu o foco das coisas. Uma experiência de “satori” se dá quando se esta pleno de uma experiência na realidade como ela é (pelo menos para o praticante do Zen). A experiência de descobrir a verdadeira pessoa que você é sem as máscaras que são usadas como escudo ou artifício para construir o “ego”.

Você só parou de se ater as suas máscaras e se prendeu a máscara de outro…

Osho não é budista.

Vanessa
Vanessa
4 julho de 2006 11:59 pm

Pô…achei que era um texto do Osho. Por falar nele, ele disse que o amor e a meditação são as duas faces da mesma moeda. Isto é, quando amamos “de verdade”, entramos em estado meditativo diante da pessoa amada. Bem, então acho que já tive um satori assim, quando estava apaixonada. Simplesmente, ficava abestalhada diante do cara. Não conseguia pensar, dizer qualquer coisa inteligível,entrava em estado de choque. Só na contemplação do amado. Meu ego realmente desaparecia! Era só ele, o cara, e o amor fluindo…Essa cara de “boba” que a gente fica diante do ser amado,sem conseguir dizer nada… Read more »

Titanico
Titanico
6 julho de 2006 8:27 pm

Fala Argentino…

Nas celas dos presos tem tomada sim… eles ligam televisores e rádios nas tomadas…

Abraços…

BrnLng
BrnLng
9 julho de 2006 11:30 pm

ou “mais zen OU com mais importância”, d acordo c as idéias mais combativas.

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
7 julho de 2006 12:00 pm

Eu acho que, se um Zen budista consegue (ao menos pra ele) permanecer no agora, toda a discussão em torno da possibilidade ou não é inútil. Afinal, não estamso determinando o fim do passado ou do futuro, mas sim o fim da percepção de passado ou futuro a um nível muito íntimo.

x-builder
x-builder
7 julho de 2006 12:02 pm

OFF TOPIC

Titânico, pq não corta a energia eletrica das celas? Fica mais barato para o Estado , e mais seguro, na eliminacao do uso de celulares em prisões.

Anônimo
Anônimo
8 julho de 2006 4:37 pm

Dos sites do próprio Rajneesh: …”As páginas de Osho na web onde você pode experienciar a meditação, visitar um resorte de meditação, fazer uma leitura de tarô on line… Descubra o que torna as meditações de osho únicas e como começar por si mesmo. Dispõe de instruções fáceis de seguir, assim como vídeos de demonstração”. Do Wikipédia: Osho originalmente é um título de reverência concedido a certos mestres na tradição Zen do Budismo. Por exemplo, “Osho Boddhidharma”. Atualmente, o título é mais comumente relacionado com o controvertido mestre indiano originalmente conhecido como Bhagwan Shree. Mesmo não sendo budista ou um… Read more »

LEX
LEX
8 julho de 2006 5:22 pm

Talvez o que incomode os budistas zens é esta história de Rajneesh usar um “título” que não pertence a sua tradição como alcunha. Penso que seria como alguém usar o termo de Padre fulano e fazer palestras sobre catolicismo e ministrar missas e retiros e nem ao menos ser católico, muito menos ordenado. Se queremos saber sobre “budismo” deveríamos buscar pensadores “confiaveis” em budismo. Se queremos saber sobre espiritismos e buscarmos uma fonte não espírita teremos muito menos chance de conseguirmos uma informação realmente espirita, né. Garanto que “budistas“ não ligam se você lê Rajneesh ou Cardec, só não gostam… Read more »

Argentino
Argentino
6 julho de 2006 2:09 pm

OFF TOPIC

Pessoal,

desculpe pela viagem, mas maconha me fez lembrar do PCC e me lembrei de uma pergunta que sempre quis fazer:

Alguém já foi a uma cadeia e sabe se eles tem tomadas nas celas?
Pergunto porque se nas celas não há tomadas elétricas – como presumo – quem é que recarrega a bateria dos celulares dos presos?

Se o controle fosse feito na disponibilidade de eletricidade, não haveria necessidade de gastar
fortunas em bloqueadores, que nunca funcionarão 100%…

Alguém saberia responder???

Argentino

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
6 julho de 2006 2:06 pm

SATORI significa “iluminação” em japonês. A consciência se projeta no plano mental, além do espiritual, se fundindo ao TODO, liberando-se do conceito de tempo, espaço e forma.

http://www.saindodamatrix.com.br/archives/2003/07/satori.html

fiscaL
fiscaL
5 julho de 2006 4:40 pm

povo de DEus alguem pode me explicar o significado da palavra satori ?

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
5 julho de 2006 3:54 pm

É. Não uma meditação tradicional, de olhos fechados, mas ume stado meditativo permanente, de atenção e relaxamento (que é o ZEN).

Cris
Cris
5 julho de 2006 3:12 pm

Oi…

Ainda não consegui passar da teoria para a prática esse lance de viver só o agora.
Os lírios do campo é que são felizes…
😉
Pelo que vc escreveu deduzo que a meditação, comprovadamente eficaz no combate à ansiedade, possui esse poder justamente pelo fato de nos conectar intensamente com o agora.É?

Att.

Cris

Renata
Renata
5 julho de 2006 11:49 am

primeiramente, adorei o blog.
eu tive um desses, o satori que dizem, durante uma meditação. infelizmente não medito mais. mas foi indescritível.

bjs

Morganashiva
Morganashiva
7 julho de 2006 9:05 am

ah, é, com certeza, se você procurar o seu eu na mente, tá perdido! *rs*

Muita Luz!!!

H K Merton
H K Merton
7 julho de 2006 9:22 am

Esse livro é bem interessante. Eu o encontrei no meio da estante dos de “auto-ajuda”, na bookstore, setor que não costumo frequentar. Mas, não sei porque, este me chamou a atenção. Abri e dei uma folheada, e não teve jeito: Levei pra casa. Pernanecer no agora está presente em todas as grandes tradições filosófico-religiosas do mundo, desde sempre. Isto é ensinado no Zen-Budismo, no Hinduísmo, nas principais linhas do Yoga, era praticada pelos primeiros cristãos – os padres do deserto já praticavam e escreviam sobre o tema (vide “A Nuvem do Não Saber” – editora Paulus). Recentemente eu apresentei essa… Read more »

BrnLng
BrnLng
9 julho de 2006 11:25 pm

toda discussão sobre possibilidade/impossibilidade é bem-vinda… foi ela q deu origem à própria ciência (a c método) – pelo q ouvi dizer… 🙂 Bem, vim p escrever q não é só buscando esportes radicais e atitudes extremas q se busca preencher o vazio criado pelo ego – a urgência mais urgente (prioridade sobre prioridade) a qual estamos nos acostumando nos ambientes d trabalho são um buraco onde procuramos atingir essa (falsa?) felicidade. O q nos deveria deixar realmente felizes seriam as coisas importantes e não-urgentes… mas parece q buscamos as urgências pq elas nos mantém melhor no agora – o… Read more »

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