A cruz é o símbolo elementar mais usado em todo o mundo, unindo o princípio ativo e o passivo numa conexão dualista. Por indicar um centro tornou-se o símbolo das mais diversas mitologias. A extrema simplicidade de sua estrutura é certamente a razão de sua disseminação pelo mundo.
A cruz normal (o sinal de +) é a personificação absoluta da simetria. Os quatro espaços internos com ângulo retos, dispostos em torno de um ponto central, fixam tão fortemente o sinal no papel, que é impossível imaginar um movimento ou uma rotação.
Os vasos acima são da civilização mesopotâmia de Susa I, atual Irã, e datam de 4200-3800 aC. Podemos observar claramente a preponderância da cruz, usada como ponto focal dos vasos, bem no centro. Mesopotâmios e egípcios compartilhavam alguns sinais/hieróglifos, e entre eles estava o círculo com uma cruz no meio, que representava a palavra “Newt” (Cidade).¹
Na Europa pré-histórica esse mesmo símbolo representava o Sol.

O homem gosta de se comparar à vertical, que constitui o elemento ativo em determinado plano e símbolo de ser vivo, que cresce pra cima. A horizontal já existe, enquanto a vertical deve ser feita. O homem está habituado a confrontar sua atividade com a passividade. No mesmo sentido, uma linha vertical existe apenas em comparação com determinada horizontal.


Até a época Carolíngia a forma usual era a cruz grega ou eqüilateral (acima). Mas com o correr do tempo o centro deslocou-se para cima, até que a cruz tomou sua forma latina. Simboliza a tendência de deslocar para cima o centro do homem, para a esfera espiritual. Essa tendência surgiu do desejo de traduzir em ação as palavras de Cristo: “meu reino não é deste mundo”. A vida terrestre, o mundo, o corpo eram, portanto, forças a serem vencidas.
A relação simbólica com a cruz e a semelhança de sua silhueta com a forma humana transformaram-na no principal símbolo da fé cristã. Por quase 2.000 anos a presença desse sinal marca profundamente todo o ocidente. Para comprovar o quanto esse sinal pode nos causar irritação e estranheza, basta colocar a horizontal abaixo do centro (Cruz de São Pedro), que foi crucificado de cabeça para baixo.
A escolha da cruz como símbolo cristão pode ter sido horrível sob o ponto de vista psicológico (pois representa o instrumento de tortura romano no qual Jesus foi assassinado), mas a razão de adotá-lo foi, primeiro, a eliminação da concorrência (do Ankh egípcio, da Suástica hindu, entre outras), como pode ser visto na cruz celta, por exemplo, que foi uma junção do símbolo solar pré-histórico europeu com a cruz cristã. Outro motivo é também se utilizar de um forte instrumento canalizador de energia. A intersecção das duas linhas cria um ponto imaginário que atrai nosso olhar (tanto que é usado por matemáticos, arquitetos e geógrafos para marcar um local preciso) e, conseqüentemente, nossa atenção, enquanto estamos num momento de reflexão, concentração ou de pura fé. Com quase 2.000 anos de absorção de energia positiva em nossa sociedade ocidental, a cruz cristã se tornou um símbolo mental poderosíssimo.

Referência:
Refutação sobre o símbolo da cruz (Teosofia);
Origin of the cross;
Livro “Sinais e símbolos”, de Adrian Frutiger (obrigado pela dica, Lótus Branca!)
kual eh u objetivo da cruz no mundo cristão?? eu keo sabe disso ateh semana q vem ok?? vlw ae
ateh quarta q vm hein??
vlw
Talvez eu consiga compreender o que você escreveu até lá
uhauhahuahuahuahuauha (rindo dos comentários anteriores)
Realmente, o centro da cruz, o cruzamento entre as duas retas, atrai o olhar. Mas realmente, não é nada legal psicologicamente falando! >___<