SONHOS: SCHUBERT

O diabo é o pai do rock… e Schubert, o do trance 😛

Quando se está deprimido, o mundo dos sonhos sempre lhe afigura mais interessante. Não que eu faça viagens astrais a locais paradisíacos (bem que eu gostaria) mas é como uma escola, uma escola interessante onde recebo milhares de informações sobre as mais diversas coisas, só que, exatamente ao acordar, eu esqueço tudo (eheheheh!). Fica só a sensação de ter aprendido muito, de ter conversado bastante, ou de ter visto noticiários (esse é meu sonho mais recorrente: eu em frente a uma TV preto-e-branco, vendo e ouvindo um telejornal). Mas, o que eu gostaria de deixar registrado foi um sonho em particular, pois ele continha uma estranha sincronicidade:

Uma espécie de “professor” me falava sobre música e dizia que iria me mostrar uma das músicas mais respeitadas pelos maiores compositores: o “Adágio de Schubert”. Então me vi num salão vitoriano, com pessoas dançando com seus vestidos e perucas, e a música que eu ouvia era estranha, aparentemente sem harmonia, feia para os ouvidos. Pensei: “Isso é bonito? Bonito é Mozart!” Então procurei ouvir além dos ouvidos, buscar a essência da música, e o salão foi se dissolvendo e se transformando numa boate dos anos 80, enquanto a música também ia se transformando, ainda que mantendo a mesma estrutura, mas com um som mais encorpado, com mais instrumentos, como se ela estivesse sendo tocada do jeito que deveria ter sido desde o começo. Então exclamei, como quem descobre um tesouro: “Schubert é o pai da música trance!!

Então acordei, e por sorte pude reter parte do sonho e o nome “Adágio de Schubert”. Nunca procurei ouvir nada deste compositor, e música clássica não é uma das minhas paixões musicais, então baixei todas as músicas dele que encontrei no E-mule que tivesse “Adágio”. Achei uma do “Streichquintett D 956” com 16 min. e comecei a ouvir. Lenta, nada se assemelhava a do meu sonho. Mas, na metade, ela fica estranha, upbeat, e aí eu pensei: era exatamente isso! Era isso que eu ouvia no sonho! E o mais espetacular é que tem uma “batida de violino” repetitiva no fundo que qualquer adolescente vai identificar com a das raves. Ao que parece, esse jovem compositor alemão concebeu a base da música techno ou trance (que não é nenhuma maravilha musical, admito) no século retrasado, pra ser “redescoberta” depois, principalmente… na Alemanha.

Referência:
Sincronicidade e sonhos;
Níveis de sincronicidade;
Sincronicidade: A construção do conceito

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diognx_dj
diognx_dj
18 abril de 2009 9:15 pm

melhor que o trance só o psy trance

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