O SENHOR DOS ANÉIS

Parábola sobre a humanidade

Escrito por HigherThanEagle, adaptado pelo Saindo da Matrix

O SENHOR DOS ANÉIS

A segunda melhor trilogia do cinema, O Senhor dos Anéis é mais do que uma odisséia cinematográfica: é um retrato óbvio da humanidade e parte de nossa realidade maior. Baseado na obra de J.R.R. Tolkien, os três filmes dirigidos por Peter Jackson conseguiram transmitir algo mais do que a maioria dos filmes blockbusters conseguem: uma sinceridade incrível, que acaba não apenas interagindo com os espectadores, mas criando uma empatia profunda. Apesar de haver várias diferenças em relação aos livros originais, Jackson conseguiu absorver a ideia por detrás da obra de Tolkien, além de introduzir um pouco de seus próprios conceitos, enriquecendo ainda mais o filme.

Obviamente você, querido leitor, já deve ter assistido ao filme, então não precisaremos detalhar o enredo. São mais de 9 horas de uma história rica em detalhes, imaginação e coração, que passam voando. Então há muitas e muitas coisas a serem ditas e o faremos na medida do possível. Mesmo assim muitas serão perdidas, mas cada um poderá encontrá-las e tirar suas próprias conclusões, como sempre (detalhe que O Retorno do Rei é o único terceiro filme de trilogias que é considerado o melhor de uma série).

É preciso saber que Tolkien não era apenas alguém com grande imaginação, mas também um grande estudioso e filósofo que usou de seu talento como escritor para contar não apenas uma história fictícia, mas uma parábola da humanidade. O Senhor dos Anéis foi escrito depois de O Hobbit e O Silmarillion, sendo que este último ele não conseguiu publicar em vida. Isso nos faz entender que O Senhor dos Anéis foi muito bem pensado antes de ser escrito, portanto não foi algo à toa. Isso é importante para sabermos que a história é mais do que uma simples fantasia, é algo relacionado com uma realidade maior e mais palpável. Todos os romances são baseados na realidade, em maior ou menor escala, e este não foi diferente. Importante citar que Tolkien era um cristão fervoroso, então podemos identificar várias alegorias ao cristianismo em maior ou menor escala, embora não o façamos nesta análise.

RESUMO

A história todos conhecem. Milhares de anos antes, anéis de poder foram entregues aos líderes de diversas raças por Sauron. Todavia, este criou o Um Anel para controlar todos os outros e seus portadores. E as guerras começaram, com Sauron sendo destruído – apenas seu corpo – quando Isildur lhe corta os dedos, lhe arrancando assim o Um Anel. 2500 anos depois, Bilbo Bolseiro, um Hobbit, o encontra e o anel fica sob sua guarda. Todavia o espírito de Sauron sobrevivera e o anel acorda, querendo voltar para seu mestre. Sauron sai em busca de seu tesouro e Frodo, agora em posse do anel, parte numa jornada até a Montanha da Perdição, em Mordor, para destruí-lo, sendo esta a única maneira de fazê-lo.

Uma sociedade é criada (A Sociedade do Anel), com Homens, Hobbits, Anões e Elfos, liderados por Gandalf, o cinzento, para esta jornada. Todavia, Sauron consegue corromper e controlar Saruman, o branco, até então amigo de Gandalf, e este tem total controle sobre Orcs e bárbaros. Os antigos reis humanos, agora corrompidos e obcecados pelo Um Anel, também são controlados por Sauron. A jornada tem altos e baixos, com comemorações e lamentos, e se torna cada vez mais complicada, especialmente quando a sociedade acaba desfeita. E o filme se desenrola. Veja o trailer da trilogia:

TERRA-MÉDIA

A parte principal da Terra-Média nada mais é que a Europa há muito tempo esquecida. Se fizermos cálculos e comparações geológicas, veremos que ambas se sobrepõem. O próprio Tolkien enfatizou e muito este fato de a Terra-Média fazer parte de nosso passado, exatamente 600 mil anos atrás. Em O Silmarillion temos sua história sendo contada desde o início dos tempos e podemos encontrar coisas interessantes que “coincidem” com nosso passado e com fatos que ocorreram há muito tempo, ou mesmo, nos séculos atuais. Númenor é um exemplo clássico, em que esta ilha acabou afundando, nos levando diretamente à queda de Atlântida.

Obviamente, apesar de Tolkien dizer que o mundo em O Senhor dos Anéis é o nosso, as datas são postas de maneira a parecerem distantes demais para podermos simplesmente cogitar identificá-las em nossa história verdadeira. Isso nos serve especialmente para não focarmos apenas no nosso passado, mas nas alegorias que nos são mostradas também sobre o nosso presente. E elas são muitas. O fato de Tolkien ter se inspirado também em diversos contos (alguns mais reais do que se pode admitir) antigos nos auxilia a pôr mais veracidade em nossos entendimentos pessoais.

HUMANOS

The Lord of the Rings movie

Podemos encontrar a descrição da humanidade em duas raças, a primeira a própria raça que é chamada no livro de “dos Homens”. Em completa decadência e sem nenhuma esperança, os Homens são tidos como degenerados, corrompíveis e sem futuro, fadados à sua própria destruição. Seus reinos, Gondor e Rohan são apenas resquícios do que um dia foi grandeza e podemos notar isso pelos seus próprios regentes. Em Rohan encontramos Théoden, agora um ancião sob a manipulação de Saruman e Gríma Língua-de-Cobra. Aqui nos é mostrada a fraqueza de nossos governantes, totalmente influenciáveis e fantoches nas mãos de terceiros. E apenas Gandalf consegue libertá-lo, todavia sua consciência ainda guardando resquícios do pessimismo de sempre em encarar o mundo.

Quando vamos para Gondor, encontramos as Minas Tirith, a cidade branca, uma das maravilhas do mundo. Todavia, as aparências enganam e a queda do Homem aqui é compreendida quando encontramos seu regente atual: Denethor, com seus problemas familiares e total usurpação do trono. Vemos então a complexidade de suas relações quando Faramir, filho caçula, é renegado em favor de Boromir, seu primogênito. A falta de união da humanidade é sentida quando Denethor não aceita a ajuda de Rohan. E embora Gandalf insista que todas as esperanças devem ser depositadas nos Homens, todos têm completa convicção de que eles são fracos, dispersos e sem um líder de verdade.

É o que temos hoje em dia, querido leitor, uma humanidade sem sentido, dispersada, cada um por si. Sem grandes líderes, sem grandes ideais, sem grandes esperanças. Foi-se o tempo em que havia algum propósito nesta vida. A humanidade enfrenta sua queda, caindo em sua involução. As belezas do mundo não são o bastante para trazer alguma luz aos Homens, apenas uma falsa sensação de equilíbrio.

NAZGÛL

Nazgul

Os cavaleiros negros já tinham sido reis dos Homens. Sempre em busca de poder, acabaram sendo corrompidos pelos 9 anéis que lhes foram concedidos, ficando então obcecados por mais e mais poder. Sua busca pelo Um Anel é tão intensa que não dormem, não comem, não pensam em nada a não ser em sua busca. Vemos neles a nossa elite mundial. Homens e mulheres em busca do poder, do controle e da supremacia, não medindo esforços para alcançarem seus objetivos, fazendo acordos para adquirir tecnologias, conhecimento e, por conseguinte, mais poder.

A nossa elite sempre deteve o conhecimento. No século passado conseguiram a tecnologia. Ambos vindos de fora e em troca de nossas almas. Tanto conhecimento quanto tecnologia são os 9 anéis do poder. Ambos corromperam nossos líderes e os tornaram pessoas sem coração, frios e automáticos, não dando valia à vida e ao mundo ao redor. Os Nazgûl não se cansam jamais. Nossa elite tampouco. Eles representam simplesmente a corrupção do nossos “líderes”, depois mostrada com Boromir, sucessor de Denethor.

ELFOS

Galadriel
Galadriel

Os Elfos podem ser considerados nossos vizinhos de fora ou seres mais evoluídos, daqui ou não. Guias elevados e iluminados nos auxiliando em nossas jornadas. Vemos isso claramente nas figuras de Elrond e Galadriel: Ambos estão sempre presentes para trazer alguma luz aos Homens e Hobbits, todavia não pertencem mais à Terra-Média, que já não consegue mais abrigar suas luzes. Isso é muito importante, querido leitor, pois os Elfos representam mestres ascensos. Sua beleza, calma, sabedoria nos olhares e completa integração com suas próprias luzes. Podemos ver isso, por exemplo, quando a Sociedade do Anel chega à Lothlórien e encontra Galadriel. Perceba a luminosidade de seus corpos (Também notem que se comunicam por telepatia).

Sendo então essa representação de mestres ascensos que já transcenderam seus corpos, os Elfos acabam partindo das praias cinzentas rumo ao oeste para terras imortais. Este é um caminho inevitável, pois a Terra-Média já não pode mais suportar seus corpos, por isso devem partir. É o mesmo que acontece quando uma pessoa chega a um nível vibratório, ou quando o planeta estanca, e o ser fica mais elevado que o mundo onde habita; assim, é necessário partir para abrigar sua luz. Obviamente aqui esta representação é limitada e na forma puramente material de sua existência. Mas de qualquer forma é evidente. Isso também nos serve para visualizar que, mesmo na elevação, ainda não há total perfeição. A perfeição mesmo só existe na Fonte de tudo o que É. E os Elfos nos mostram isso. Note o momento em que Galadriel se vê tentada pelo anel, mas consegue manter-se firme. Isso, querido leitor, é para nos mostrar que as Trevas não rodeiam somente a nós, neste mundo pesado e distorcido, mas também pode chegar a lugares mais elevados. A diferença é a forma como lidamos com ela. Mantendo-se na luz, completamente entregues a ela, as sombras não nos atingem. Esse é o ponto. A dualidade não é exclusiva deste mundo. Não se pode cair nesta limitação.

ANÕES

Os Anões podem ser compreendidos como os elementais da terra. São geralmente ferreiros ou mineradores, inigualáveis até mesmo pelos Elfos em algumas de suas artes. Portanto, detém sabedoria em lidar com seu elemento, a terra. Sua fraqueza é justamente o apego material, a atração quase irracional pela terra, pelas posses. Através de Gimli podemos ver que os anões são orgulhosos e desconfiados, mas por detrás da casca grossa há um bom coração.

HOBBITS

Hobbits

Quem são os Hobbits? Somos nós mesmos, querido leitor. Ou melhor, como deveríamos ser. Os Hobbits são uma raça sem preocupações, vivendo isolada, mas totalmente independente, bastando-se a si mesma. Festejam, divertem-se, bebem e compartilham. Vivem descalços, uma forma de mostrar desapego. Há certa inocência primordial em seus olhos e risos. O Hobbits são a esperança do mundo, mesmo não tendo qualquer tipo de pensamento direcionado a isso. Os quatro pequeninos da Sociedade só têm como único objetivo terminar suas missões e voltar para casa. O Condado, tão discreto, é sua paixão e eles respeitam seu lar.

Também representam o poder latente em cada um, independente de seu tamanho ou limitações. São eles, pequeninos e frágeis, quem salvam o mundo. São eles, desconhecidos da maior parte da Terra-Média, que realmente conseguem chegar a Mordor. São eles que seguem em frente, sempre, em busca de concluir o que estão destinados a fazer. São a raça humana que deveria existir. O companheirismo presente entre Frodo, Sam, Merry e Pippin mostra que a ligação entre eles é forte e pode sobreviver a todas as adversidades. Ao nos transmitir como referência a fragilidade que seu tamanho nos passa, Tolkien está dando um cutucão na nossa humanidade: “Eles são pequeninos e salvaram o mundo. Qual a sua desculpa?”

ORCS

Orc

A origem dos Orcs nunca foi totalmente definida por Tolkien, mas sugere-se que seja a distorção de Elfos e Homens, introduzindo características animalescas e brutais. Podemos também considerá-los uma espécie de involução da humanidade. Muitas pessoas vêem neles uma alegoria dos reptilianos, mas como os Orcs não são muito inteligentes, podemos então descartar esta possibilidade, embora ainda seja interessante. Se usarmos da involução para identificá-los, podemos tirar algumas conclusões, a começar por seu fascínio por carne, inclusive sendo adeptos do canibalismo. À medida que o respeito à Vida vai perdendo força, o ser acaba não se restringindo a mais nada, isso valendo ao consumo de carne de seres pensantes. Isso também pode ser entendido como sendo nossa involução, já que temos cérebros reptilianos. Sendo assim, quanto mais perdemos nossa humanidade, mais atitudes reptilianas nos afloram, independente do nosso grau de inteligência.

ENTS

Aqui Tolkien vai fundo e nos mostra que a natureza toda está cheia de vida, inclusive as vegetações. Ao transformar árvores em seres pensantes, Tolkien apenas nos mostra de forma indireta que a própria Terra é uma consciência viva, e que o respeito pela natureza precisa ser exercido corretamente, pois depois de muita degradação ela, cansada, vai se levantar. Vemos isso quando os Ents se deparam com o desmatamento causado por Saruman, partindo então para a vingança. Uma hora, querido leitor, a natureza vai dizer basta. Nosso planeta está ascendendo e vai chacoalhar.

GANDALF

Gandalf

Gandalf tem um papel fundamental em toda a história, pois ele é o farol da Comitiva do Anel. Ele é um espírito angelical, um Istari, escolhido para ser um conselheiro dos Homens. Sua missão era a de guiar e trazer esclarecimento sobre a verdade no mundo.

Durante a terceira Era da Terra-Média foi realizada uma reunião entre os Valar (espíritos superiores – outra representação de mestres ascensionados, aqui todavia mais literalmente) sobre o que fazer com relação à Terra-Média, pois os Valar ainda se preocupavam com o destino de Arda (Terra). A conclusão da reunião foi enviar seres de sua elevada ordem para combater na Terra-Média. Só que estes não poderiam se apresentar na sua forma de poder e esplendor que apresentavam em Valinor (terra imortal), então teriam que ir em corpos mortais.

Gandalf e Saruman são representações das sementes estelares, querido leitor. Espíritos mais evoluídos e antigos de outros mundos que encarnaram em corpos humanos para realizarem suas missões. E, como acontece em nosso mundo, alguns acabam se perdendo, como Saruman, por exemplo. Já Gandalf – que por sinal é meu personagem favorito da série – mantém-se fiel do começo ao fim ao seu propósito. Ainda em corpo humano, no começo está limitado. Ele é o cinzento. Quando desperta de vez, tornar-se Gandalf, o branco e finalmente descobre quem é. Percebemos isso quando ele reaparece depois do confronto com o Balrog e é chamado de Gandalf:
“Gandalf? Costumavam me chamar assim…”.
Isso é porque ele descobriu que não era Gandalf, mas um espírito evoluído e aquele era apenas um corpo e um nome.

O Mago é o conselheiro, aquele que esclarece e discerne sobre os principais assuntos e verdades do mundo. Essa é sua missão, a de trazer um pouco de luz aos corações dos Homens, aqui representados também pelos Hobbits. Ele entende a importância de cada um naquele processo, sabendo que todos têm o mesmo peso na balança. Sabe do potencial dos Hobbits e sabe da liderança de Aragorn. É o Sábio.

Frodo: É uma pena que Bilbo não tenha se livrado dele (Sméagol) quando teve a chance.
Gandalf: Pena? Foi a pena que segurou a mão de Bilbo. Muitos que vivem merecem morrer e alguns que morrem merecem viver. Pode resolver essa situação, Frodo? Não seja tão apressado em julgar os outros. Nem os mais sábios conseguem ver o quadro todo. Meu coração diz que Gollum ainda tem um papel a cumprir para o bem e para o mal. A piedade de Bilbo pode governar o destino de muitos.
Frodo: Queria que o anel nunca tivesse sido dado a mim. E que nada disso tivesse acontecido.
Gandalf: Assim como todos que testemunham tempos como este, mas não cabe a eles decidir. O que nos cabe é decidir o que fazer com o tempo que nos é dado. Há outras forças em andamento neste mundo além das forças do mal. Bilbo estava destinado a encontrar o anel, e assim você estava destiná-lo a tê-lo. E este é um pensamento encorajador.

ARAGORN

Aragorn

Ele é a esperança viva, o líder prometido dos Homens. Aquele que vai reinstalar a ordem no mundo. Ao longo da história muitos líderes surgiram e agora o mundo dos Homens carecia de algum. Isso é exatamente o que acontece em nossa época, querido leitor. Como grande parte dos grandes líderes, Aragorn a princípio se recusa a desempenhar o papel que nasceu para fazê-lo. Mas seu espírito o move para essa direção. Aos poucos ele, mesmo sem perceber, começa a agir como um verdadeiro comandante, um verdadeiro Rei. A esperança depositada nele por Gandalf, que, por ser um Sábio, consegue enxergar a verdade em Aragorn, nunca foi à toa.

Suas motivações são a restauração de Gondor e seu amor por Arwen, embora tenha desistido dela por sua natureza imortal. Mesmo diante das piores circunstâncias, porém, ainda assim consegue manter a mente fria e o coração firme para enfrentar todas as dificuldades. Ainda que não se esforçando para tanto, acaba recebendo o reconhecimento de todos ao redor por suas habilidades de comando. Ao liderar os exércitos da aliança, prova não apenas sua capacidade de liderança, mas também sua atitude de um verdadeiro Rei, ao ser o primeiro na linha de ataque.

Em nosso mundo já não há mais líderes como outrora. E aqueles com potencial para tanto não são guiados corretamente. Isso é complicado, querido leitor, mas nós estamos aqui justamente para isso, para mostrarmos o caminho aos que vierem. Tudo o que aprendemos e vivenciamos nesta transição planetária não é em vão. Viemos para trazermos o vento da mudança. Assim como Aragorn, que não se sentia um líder, muitos estão estancados por falta de uma luz no caminho.

“Sempre há esperança”

Aragorn

FRODO E SAM

Frodo e Sam

Tolkien e Jackson tiveram um cuidado especial na representação dos dois. Frodo é aquele que carrega o fardo, cuja missão é ir até as últimas consequências. Ele representa a pureza sendo corrompida. Ao longo da jornada o Anel exerce influência aguda em seu coração, mudando sua personalidade e comportamento, tirando suas forças e seu alento de viver. Na Montanha da Perdição, ele fraqueja e sucumbe ao poder do Anel. Ele é a humanidade perdendo a inocência e caindo das trevas do Ego: “O Anel é Meu!“.

Sam, ao contrário, é a pureza e inocência da humanidade mantendo-se firme mesmo diante das trevas. É o poder de nunca desistir, de nunca perder o foco, de seguir mesmo diante de nossos piores monstros. Sam representa o fio da esperança que os Homens não têm. A amizade de ambos, que para os mais limitados cabeçudinhos soou como “colorida”, é na verdade a prova de que a união supera qualquer barreira e que sustenta nossas pernas, nos mantendo em pé. A humanidade dissipada não tem forças. Frodo e Sam representam a humanidade unida, os seres humanos apoiando-se mutualmente e confrontando seus demônios sem nunca fraquejarem. É uma lição muito forte que nos é dada no filme, e que poucos conseguiram assimilar.

Eu fiz uma promessa, sr. Frodo. Uma promessa. ‘Não o deixe, Samwise Gamgee‘. E não vou deixá-lo. Nunca pensei nisso.

Sam

Enquanto Frodo fica mais fraco à medida que se aproximam de Mordor, Sam fica cada vez mais forte, servindo de apoio, de muleta e de ar para seu amigo. Aqui vemos então que, quando a união se estabelece, sempre há alguém para cobrir as lacunas que porventura surjam. Sempre há alguém para terminar o que não se conseguiu. Na união há um equilíbrio que mantém a vida em ordem.

Sam: É como nas grandes histórias sr. Frodo. As realmente importantes. Eram cheias de perigo e escuridão. E às vezes nem se queria saber o final. Por que como o fim poderia ser feliz? Como o mundo poderia voltar a ser o que sempre foi quando tanta coisa ruim acontecia? Mas no final é algo que passará, essa sombra, até mesmo a escuridão acabará. Um novo dia virá. E quando o sol nascer ele brilhará ainda mais. Essas eram as histórias que ficavam com a gente, que significavam alguma coisa, mesmo quando eu era pequeno demais para entender por quê. Mas eu acho, sr. Frodo, que eu entendo. Agora eu já sei. As pessoas daquelas histórias tiveram muitas chances para desistir, mas não desistiram. Elas foram em frente porque estavam se agarrando a alguma coisa.
Frodo: A que estamos nos agarrando, Sam?
Sam: Que há algo de bom neste mundo, sr. Frodo. Algo pelo qual vale a pena lutar.

SMÉAGOL / GOLLUM

Gollum

Se por um lado os Nazgûl representam a Elite global, nossos “líderes” corrompendo-se pelo poder, e os Orcs a involução, a animalidade, Sméagol representa a fase incompleta da distorção, em que os sentimentos humanos e a dualidade ainda estão presentes em certo equilíbrio de forma explícita. Gollum é o lado negativo, preso aos vícios sentimentais da raiva e do rancor, e obcecado pelo Anel. Sméagol, ao contrário, apesar de ainda estar ligado à presença do anel, mantém um pouco de sua humanidade, demonstrando até certa amizade e bondade. Sméagol / Gollum representa o conflito interior humano. O altruísmo e o egoísmo.

De fato, é uma batalha dura que Sméagol trava consigo mesmo. É a batalha dos egos. Gollum pode ser considerado o Ego de Sméagol. Ele incita, sussurra no ouvido e engana sua mente. Todavia, aqui também é mostrado que, quando confrontado, o Ego pode ser expulso. Por algum tempo, quando o exterior não o influenciava negativamente, Sméagol conseguiu se controlar. Mas sua fraqueza em relação ao externo acaba fazendo com que Gollum acordasse e tomasse novamente controle. Ele é a humanidade moderna, cheia de conflitos egóicos e dependência do exterior.

A nossa busca por nós mesmos sempre acaba infrutífera quando damos mais atenção ao que vem de fora do que ao que vem de dentro. O Ego só existe quando nosso foco é o exterior, pois é para isso que ele serve, para servir de intérprete do que o externo nos envia. Sméagol se rende a Gollum quando pensa ter sido traído por Frodo ao ser capturado por Faramir. Veja, querido leitor, que Sméagol está presente em toda a humanidade, em todos os seus confrontos interiores, em todas as suas dúvidas. Sua complexidade se ajusta perfeitamente à nossa.

“Meu precioso…”

Gollum

SAURON

Sauron olho

O Senhor do Escuro obviamente representa o Mal puro, o outro lado da Dualidade. Ao forjar os Anéis de Poder, sua intenção sempre fora a de controlar todas as raças por meio deles, criando para si mesmo o Um Anel. Após ter perdido o corpo, seu espírito continuou vivo e se fortalecendo, instalando-se novamente em Mordor. Sauron representa o controle absoluto na matéria, responsável por segurar os cordões e manusear seus fantoches em seu jogo de poder. E ele é representado como, querido leitor? O Olho Que Tudo Vê.

“Eu vejo você”

Sauron

Não é coincidência, querido leitor. Já falamos que Tolkien sabia muito bem o que estava fazendo. O fato de o olho ser reptiliano também é bastante sugestivo. E sem querer insinuar nada, mais dê uma olhada: Sauron – Saurós – Sauro – Lagarto – Réptil. Curioso, não? Mas o fato é que o olho representa o poder, advindo da visão ilimitada do terceiro olho. Isto é, a visão é o conhecimento. Conhecimento é poder. Desta forma, quem usa apenas o terceiro olho e se esquece do coração, acaba se viciando. A visão é o poder, o coração é o amor.

Três Anéis para os Reis – Elfos sob este céu, Sete para os Senhores – Anões em seus rochosos corredores,
Nove para Homens Mortais, fadados ao eterno sono,
Um para o Senhor do Escuro em seu escuro trono Na Terra de Mordor onde as Sombras se deitam.
Um Anel para a todos governar, Um Anel para encontrá-los, Um Anel para a todos trazer e na escuridão aprisioná-los
Na Terra de Mordor onde as Sombras se deitam.

J. R. R. Tolkien

FINALIZANDO…

Poderíamos citar várias outras coisas, como Éowyn quebrando barreiras ao ser a primeira mulher num exército, a citação de Saruman: “uma Nova Ordem irá nascer“, a árvore branca em Minas Tirith (referência à Árvore do Conhecimento e mais um monte de coisas), mas cada um consegue encontrar algo de interessante. A trilogia O Senhor dos Anéis é uma grande viagem para um mundo que conseguimos nos identificar facilmente. E, assim como o livro, nos remete à nossa própria história. Merece ser assistido várias e várias vezes, pois em cada assistida se descobre algo novo.

Referência:
O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei

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25 janeiro de 2021 12:23 am

O SENHOR DOS ANÉIS: TUDO SOBRE A NOVA SÉRIE DA AMAZON
https://www.legiaodosherois.com.br/lista/senhor-aneis-serie-amazon.html

David *IcKe!'*,  do âmago da civilização vaporizada
David *IcKe!'*, do âmago da civilização vaporizada
24 fevereiro de 2011 2:42 pm

“Esse sentimento (onipresente no texto) de que, no passado, o mundo e a humanidade eram melhores é constante na história humana, em várias escalas; mas estudado um pouco de história você vê que essa ideia não é verdadeira.”

Pelo contrário Alberto; aprendi desde pequeno pelos nossos livros e professores de História que a Humanidade do passado vivia mergulhada em Trevas, mas que graças ao processo evolutivo, hoje somos uma humanidade bem melhor que as outras, mais esclarecida, mais limpinha.

Alberto
Alberto
19 fevereiro de 2011 7:35 pm

Esse sentimento (onipresente no texto) de que, no passado, o mundo e a humanidade eram melhores é constante na história humana, em várias escalas; mas estudado um pouco de história você vê que essa ideia não é verdadeira. *** A Éowyn não é a primeira mulher a lutar na Térra-média, eu acho; nos Dias Antigos, teve uma mulher chamada Haleth que teve o pai e o irmão assasinados por orcs. Elas assumiu a liderança do povo (que antes era do pai) que ficou conhecido como Povo de Haleth. *** Essa coisa do Sauron-Sauros foi MUITO forçada; aliás, assim como são… Read more »

Bono
Bono
17 fevereiro de 2011 12:18 pm

Legal, Acid. Acho muito boas essas explicações que você faz dos filmes e essa do Senhor do Anéis, um dos meus filmes favoritos, ficou muito boa também. Tem várias sacadas interessantes ajudando a compreender e relacionar o filme com o conhecimento prévio do leitor. Um livro relacionado com esse tema épico que eu tenho muito interesse em ler inteiro é o Mahabharata. Comprei uma versão resumida há vários anos atrás e achei muito interessante. É uma história que envolve seres divinos, filhos de deuses com mulheres humanas, também tem seres celestiais encarnados como humanos, armas celestiais emprestadas pelos deuses e… Read more »

Cadu
Cadu
4 fevereiro de 2011 6:34 pm

Sei que esse não é o melhor local para isso mas como acho que o nível intelectual desse tópico é acima da média, alguém achou estranho o apagão que aconteceu ontem aqui no nordeste ter acontecido logo após o Fernando Henrique fazer uma propaganda (no sentido exato do que significa propaganda) para elevar a situação do PSDB? Achei muito suspeito e não sabia com quem compartilhar…

O.q.N.s
O.q.N.s
4 fevereiro de 2011 10:57 pm

>Não quero mais nem olhar pra coisas que envolvam drogas ou psicodelismo<<< Qualé Acid! Assim fica parecendo religioso que não olha em telescópio porque já sabe o que vai ver! 😉

cegonha
cegonha
3 fevereiro de 2011 7:07 pm

acid, dá uma olhada nesse documentário!
ia ser interessante se vc fizesse umas considerações a partir do seu conhecimento abrangente sobre mitologia e todas essas coisas!

http://www.youtube.com/watch?v=FwG347aJ3K8

Dohko de Libra
Dohko de Libra
5 fevereiro de 2011 12:31 am

Não Cadu, foi só o começo de um apocalipse zumbi.

Padawanderson, do âmago do vulcão Rorschach,
Padawanderson, do âmago do vulcão Rorschach,
7 fevereiro de 2011 3:03 pm

Grande Post, destemido Acid… E eu que pensava ter compreendido a saga fantástica do Tolkien…

Saulo
Saulo
1 fevereiro de 2011 6:40 pm

Bacana Acid! “The Battle of Evermore”, umas das minhas top-3 do Zeppelin, fala sobre a batalha de Minas Tirith no Retorno do Rei, se não me engano. Há uns 5 anos atrás tinha um vídeo no Youtube feito por um fã, que juntou as imagens do filme (e algumas deletadas, como quando o Rei Nazgul encara Gandalf e Pippin num dos corredores da cidade) fazendo sincronia com a letra…era demais e os direitos autorais sumiram com ele de lá. O livro é fantástico tanto na história, como nas alegorias, como na narrativa em si. Só li esse do Tolkien so… Read more »

Cadu
Cadu
28 janeiro de 2011 5:41 pm

Um viva ao Senhor dos Anéis, uma das melhores histórias que já tive o prazer de saborear.

Nid
Nid
28 janeiro de 2011 5:20 pm

Isso é que eu chamo de Humildade, acid traz o post pro site/blog dele numa boa. Valeu por divulgar o blog.

Pedro
Pedro
3 março de 2011 4:11 pm

por que vc não aparece, por que fica escondido? do que você se esconde?

Letipantufas
Letipantufas
10 março de 2011 9:46 am

Acid,

tenho que deixar registrado aqui que concordo em gênero, número e grau com o teu posicionamento quanto a substâncias alucinógenas e cia. Não existe isso de algumas serem “levinhas”, e mesmo assim parece que fumar maconha está socialmente aceitável. O mundo está de cabeça pra baixo???

Lucas Oliveira
Lucas Oliveira
14 junho de 2016 12:00 am

Legolas – Awake and Alive

youtube.com/watch?v=wSXUZUSN_Kg

Lucas Oliveira
Lucas Oliveira
24 setembro de 2016 11:11 am

Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos – Blu-ray Rip 720p, 1080p e 3D Torrent Dual Áudio 5.1 (2016)

piratefilmestorrent.com/2016/09/warcraft-o-primeiro-encontro-de-dois-mundos-blu-ray-rip-720p-1080p-e-3d-torrent-dual-audio-5-1-2016.html

Warcraft

pt.wikipedia.org/wiki/Warcraft

Anônimo
Anônimo
30 janeiro de 2014 12:46 pm

A Profecia de Dagor Dagorath Quando o fim chegar Pelos Portões do Vazio à de entrar Aquele que não devia retornar O Sol e a Lua não vão mais brilhar A escuridão à de se espalhar E o mundo dos Homens irá findar Os Espíritos do Fogo vão ressurgir Os exércitos eles vão reunir E conquistar o mundo eles vão conseguir Mas a resistência vai continuar E um mortal novamente à de chegar Ao Reino Abençoado para avisar Que aos mortais eles terão que ajudar Então o Rei mais velho irá descer E consigo trazer Os imortais que irão combater… Read more »

Anônimo
Anônimo
4 maio de 2013 9:15 pm

Diálogo entre Frodo e Sam Emocionante – Senhor dos Anéis As Duas Torres

http://youtu.be/bmTDo-P75x8

Pan
Pan
2 dezembro de 2012 7:24 pm

Alguém acima indagou-se por que os povos aceitaram os anéis de Sauron; sobretudo os elfos, tão evoluídos que eram. Vale lembrar que Sauron corrompeu cada raça adotando uma imagem iluminada, superior e ainda mais bela que a dos elfos. Os anões e os homens foram iludidos igualmente, através de outras ferramentas mais adequadas às suas respectivas culturas. Leve em conta que Sauron foi um dia um Istari, da linhagem de Gandalf, mas que se deixou corromper por Melkor, o Valar Escuro – ou o primeiro Mal. É complexo demais resumir as obras de Tolkien, recomendo que leia ‘O Silmarilion’, com… Read more »

Jéssica  Pessoa
Jéssica Pessoa
4 janeiro de 2012 4:44 pm

Expetacular o texto, O Senhor dos Anéis foi um filme que mudou muito a minha vida, sério, nunca mais fui a mesma, só não vou falar muito sobre se não vai render ( já abusei de fazer comentários até maiores que os próprios posts nos blogs). Esse filme, a trilogia, foi uma verdadeira iluminação para mim, pena que quando fui falar com as pessoas infelizmente não foi possível o dialógo, primeiro que quando fui falar com um amigo que sempre se referia ao filme de uma forma tão incrivel que eu pensava: Caramba esse filme o marcou mesmo. Aí fui… Read more »

Jonas Araújo Oliveira Júnior
Jonas Araújo Oliveira Júnior
29 dezembro de 2011 5:09 pm

Meu amigo… Parabéns, que fantástico.
Tudo isso que você nos “revelou” realmente faz muito sentido.
Eu já gostava bastante, talvez seja por tudo isso que antes era oculto para mim, agora, ainda mais.
Realmente é uma obra estupenda. Muito obrigado pela postagem.
PASSAR BEM.

Martyn
Martyn
11 agosto de 2011 7:25 pm

Então, aquela passagem bíblica em que o “diabo” tenta Jesus, não tem o objectivo de o tirar do caminho; é uma tentativa de provar que a verdade do outro (Anhotak) é superior à de Jesus. É um confronto ideológico e político intergaláctico! Portanto, a galáxia Anágora tornou-se o centro administrativo e jurídico existencial dessas raças, em grande parte reptilianas e insectóides. Porquê?… Quando um planeta qualquer passa pelo processo de adaptação geológica, quais são as primeiras formas de vida que vão suportar as intempéries das alterações geológicas? Os insectos e depois os répteis! Por isso, essas duas formas biológicas de… Read more »

marcio anderson
marcio anderson
22 maio de 2011 2:41 am

Em tudo temos sempre que estar atentos aos mínimos dois lados de cada versão, e como foi dito nesse mar de artigo+discussões: existem várias interpretações para o que Tolkien pretendeu quando escreveu seu romance. Mas discutir uma trilogia como essa, com a classe e nível que você trouxe nesse texto rico, sempre vai gerar repercussão de nível como essa.

O que eu li aqui, juntando a isso os comentários, foi de uma experiencia enriquecedora e excitante.

Vou voltar aqui sempre que der.

um abraço a todos.

Martyn
Martyn
15 maio de 2011 11:22 am
Martyn
Martyn
30 abril de 2011 8:46 pm

A serpente na Bíblia e a questão reptiliana Alguns pesquisadores do oculto e do tema dos reptilianos por vezes enveredam pela interpretação negativa do papel da serpente, mas é preciso perceber que o símbolo dentro da tradição judaico-cristã não se reduz a isto, tendo aliás muitas alusões positivas. Assim o jogo é mais complexo do que parece e não se pode botar no mesmo saco os assim chamados reptilianos através de uma interpretação parcial e simplista. É preciso considerar também que, por exemplo, na tradição gnóstica e na hindu a serpente assume a forma da energia que promove o despertar… Read more »

Alberto
Alberto
28 abril de 2011 11:47 am

“Pelo contrário Alberto; aprendi desde pequeno pelos nossos livros e professores de História que a Humanidade do passado vivia mergulhada em Trevas, mas que graças ao processo evolutivo, hoje somos uma humanidade bem melhor que as outras, mais esclarecida, mais limpinha.”

Foi isso o que eu quis dizer: as pessoas acham que as pessoas do passado eram mais puras, tinham mais moral, etc.

André
André
28 janeiro de 2011 4:44 pm

Ótimo Texto Acid, e causou uma bela sincronicidade com o assunto Senhor dos Anéis.

Gustavo
Gustavo
28 janeiro de 2011 4:00 pm

Gostei muito do texto, instigante! A leitura fluiu de forma agradável.

Lembrando que finalmente está a venda do Brasil a versão estendida da trilogia! Vale a pena, pra quem não viu, tem cenas muito boas que foram incluídas. 😉

Acid
Acid
4 fevereiro de 2011 12:54 pm

Não quero mais nem olhar pra coisas que envolvam drogas ou psicodelismo.

mayconfsbrito
mayconfsbrito
28 janeiro de 2011 7:24 am

Meus parabéns Acid pela excelente analogia, artigo, obra, análise profunda e incisiva sobre o Senhor dos Anéis e a humanidade. Realmente, algumas analogias eu já tinha chegado a fazer, alguns pontos a se ligar. Continue assim meu caro.

Nantilde
Nantilde
28 janeiro de 2011 12:06 pm

Acid, penso exatamente como vc. Até leio estes sites , mas, realmente , de concreto …nada. E, certamente colocar a culpa em entidades ( anjos caídos, demônios e afins ) é típico do ser humano. Obrigada pela resposta. Abraços

edujanu
edujanu
28 janeiro de 2011 12:05 pm

Fera, gostei desse post pra caramba.
Valeu acid por divulgar.

lost in translation
lost in translation
31 janeiro de 2011 5:35 pm

Para quando um post sobre exorcismo?

Seria interessante assistir uma discussão sobre a autoridade/poder da ICAR nestes assuntos…

Gustavo
Gustavo
29 janeiro de 2011 6:31 pm

Aí vai um aperitivo para quem não viu a versão estendida. Trata-se da adaptação para o magnífico capítulo “A Voz de Saruman”, onde o mago, encurralado, tenta manipular seus inimigos com o poder de influência de sua voz.

O diretor fez ótimas modificações ao adaptar para a telona:
http://www.youtube.com/watch?v=NCNVVBO6X-Q

cegonha
cegonha
5 fevereiro de 2011 4:34 pm

oxe, acid… é uma substância apenas
e natural da própria biologia humana.
acho estranho esse posicionamento radical vindo de sua parte. o que é proposto é a volta das pesquisas sobre essas substâncias psicoativas que foram esquecidas e escanteadas das pesquisas médicas durante muito tempo. inclusive o posicionamento dos proibicionistas acerca da pesquisa com tais substancias é bem semelhante a esse que você explicou na sua resposta. é uma pena, se trata de uma discussão que poderia render bons frutos.

Padawanderson, do âmago do vulcão Rorschach,
Padawanderson, do âmago do vulcão Rorschach,
6 fevereiro de 2011 10:25 am

Cegonha,

Esse “posicionamento radical” eu tenho visto bastante partindo da turma “antipreconceituosa”; com esse discurso de “paz, amor, tolerância, igualdade e blá-blá-blás politicamente corretos”… Não percebem a baba de intolerância escorrendo do canto das próprias bocas contra qualquer opnião que não se assemelhe e não se coadune com a sua. Aí é ‘tochas e lanças’ se unindo num mutirão de perseguição implacável a tudo que pareça “preconceituoso” e “careta”.

Assim fica fácil “não ser” preconceituoso.

Acho que esse ‘assunto psicodélico’ tá bem definido no post da Ayahuasca. A coisa foi bem mastigada e digerida ali.

Abs ‘escanteados’ a todos.

Padawanderson, do âmago do vulcão Rorschach,
Padawanderson, do âmago do vulcão Rorschach,
6 fevereiro de 2011 10:35 am

Mas Cadu,

O que vc quer dizer é que o apagão teria o dedo da tropa oposicionista capitaneada pelo FHC?!

Não entendi… Como isso seria possível se o PT tomou o País inteiro, ocupando TODOS os espaços da ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (E tendo ganho o cora$$$ão de boa parte do universo privado tupiniquim)?!

Esse apagão é só o começo de uma escuridão que já começou a muito tempo nesse país imenso e manso e não tem hora pra acabar (Apesar da “cegueira coletiva” já não causar pânico a mais ninguém).

cegonha
cegonha
6 fevereiro de 2011 11:33 am

ok, desculpe acid!
não sabia de tal fato.
o preconceito que eu me refiro é o preconceito acadêmico que agora dá sinais de estar se extinguindo. só isso!

Eduardo Marques
Eduardo Marques
6 fevereiro de 2011 7:42 pm

Tolkien e a sua mitologia nos levam para um espelho pelo qual vislumbramos nosso passado e futuro. MUITO BOM!!

Cadu
Cadu
6 fevereiro de 2011 10:12 pm

Padawanderson,

Verdade tudo o que você disse.

Mas achei muito suspeito… Se o apagão ocorreu mesmo por causa de uma simples peça, em um dos nós do sistema, não seria difícil “convencer” alguém a “estragá-la” numa momento que fosse conveniente, como por exemplo, de madrugada. Estava realmente perigoso sair de casa na hora.

E medo ligado a uma acolhedora propaganda é uma técnica meio velha. Mas não tenho conhecimento para falar em termos mais concretos do que o meu achismo.

Otavio"
Otavio"
28 janeiro de 2011 7:40 am

“Sauron sai em busca de seu tesouro e…” Sauron não sai.

Saulo
Saulo
2 fevereiro de 2011 10:32 am

Esse também ficou bacana! Mas o que falei é este aqui, achei o link no orkut, http://www.youtube.com/watch?v=wHj_fZG8-lU

Mas, não dá nem pra ver quem pôs o vídeo, senão entrava em contato pra ver se conseguia uma cópia. A sincronia letra X imagem era tão boa quanto este que você encontrou. Valeu por responder! Abraço!

eduardo buchs
eduardo buchs
28 janeiro de 2011 12:47 am

Belo texto ,eu também não acredito em bruxas,mas que existem elas existem…hehehe

Dohko de Libra
Dohko de Libra
30 janeiro de 2011 1:36 pm

Acid, me desculpe, eu leio cada um dos seus posts com total atenção, mas não vou ler este, porque o a trilogia “O Senhor dos Anéis” me lembra uma ex-namorada, e a gente assistia o filme junto, e tal…

Nantilde
Nantilde
27 janeiro de 2011 9:34 pm

Já li este texto em outro site e acho ótima sua idéia de publicá-lo aqui. Interessante Aci é que no site do autor deste texto há uma preocupação muito grande em afirmar a existência de extraterrestres e por último o site do higherthaneagle e outros mais estão afirmando que os governantes estão prontos a falar a verdade, ou seja, a farsa está para ser acabada. Vc ( que sem dúvida, foi meu primeiro guru) tem deixado este assunto de lado. O que ocorre vc não concorda com o posicionamento dos outros sites ? Na sua avaliação a questão dos reptilianos… Read more »

Martyn Stubbs
Martyn Stubbs
27 janeiro de 2011 5:46 pm

O Senhor dos Aneis – O Espelho de Galadriel

http://www.youtube.com/watch?v=h92uS2oDOq8

Tolkien Metal
Tolkien Metal
27 janeiro de 2011 12:29 pm

Essa postagem tem tudo a ver com o meu blog.
Quem quiser conferir:

http://www.tolkienmetal.blogspot.com

Fábio
Fábio
27 janeiro de 2011 12:25 pm

Só não entendi por que os Elfos aceitaram anéis forjados por Sauron. Será que não sabiam da real intenção do senhor do escuro?

Acid
Acid
27 janeiro de 2011 11:23 am

Lion, a relação réptil/olho fica mais evidente diante da dica do nome (sauron).

Anônimo
Anônimo
27 janeiro de 2011 9:46 am

Que texto bom. Concordo com as ligações que o filme que apresenta e também podemos encontrar outras. Fazendo as articulações necessárias podemos analisar a civilização humana e vermos como estamos.
Abs.

Billy Mumy
Billy Mumy
27 janeiro de 2011 8:28 am

Este maravilhoso post nos coloca fora da matrix novamente. Já não era sem tempo.

Lionheart
Lionheart
27 janeiro de 2011 6:11 am

Perguntinha besta: e o olho dos gatos? Também se parecem com o que o texto chama de “reptilianos”.
Alguma relação?

Valdecir
Valdecir
30 janeiro de 2011 4:22 pm

E no final o herói fracassa e não destrói o anel.

Padawanderson, do âmago do vulcão Rorschach,
Padawanderson, do âmago do vulcão Rorschach,
7 fevereiro de 2011 2:57 pm

Cadu, Desse País chamado Brasil eu espero qualquer coisa (Pra pior, sempre)… Lembram do 1º apagão na “Era FHC”?! Há fortes indícios (Que ninguém da imprensa investigativa ousou investigar) de que tinha vários “dedos” petistas apertando determinados botões hidrelétricos à época. Onde há fumaça… Pode ter apenas um fusível queimado… ‘Ou não’, como diria Caetano… Quem quer saber?! Quer ver outra?! A ‘solução mágica’ das UPPs por exemplo (Estranhamente apoiada pelas figuras mais “bem intensionadas” da nossa política tupiniquim carioca e governamental… Ou será q/ interessa a essa turma do poder acabar com a bandidagem e com a favelização dos… Read more »

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