METROPOLIS: A OBRA-PRIMA DE FRITZ LANG

metropolis poster

Metropolis foi um marco do expressionismo alemão. Demorou quase 1 ano e meio pra ser feito e envolveu cerca de 37 mil extras. Dirigido por Fritz Lang e escrito por Thea von Harbou (esposa de Lang) com a ajuda do próprio, mostrava um futuro distópico que influenciou gerações de escritores e cineastas até hoje e deu fruto a filmes, jogos e livros como 1984, Blade Runner, Robocop, Final Fantasy 7, Bioshock, Bastardos Inglórios, o movimento Steampunk, o cinema Noir, entre outros.

O filme estreou em grande estilo, em 1927, em Berlim. O Marechal von Hindenburg estava presente à estréia, assim como a nata da sociedade alemã. Apesar da boa reação da estréia e da crítica, o filme foi um fracasso de público e bilheteria, quase afundando a produtora. Muitos acharam o filme longo demais (2h33), então ele foi severamente cortado para distribuição no resto do mundo. O filme se tornou cult, mas a versão original ficou perdida para sempre, e durante décadas achamos que nunca mais veríamos Metropolis como fora planejado. Mas eis que em 2008 (isso mesmo, 80 anos depois!) foi encontrada uma cópia do original em péssima qualidade, na Argentina. Fizeram então a versão definitiva, lançada no final de 2010, juntando as melhores partes restauradas de cada cópia que puderam encontrar pelo mundo, e o resultado salta aos olhos. Quem (como eu) viu primeiro a versão de Giorgio Moroder – feita em 1984 com uma trilha sonora futurista e participação de Freddie Mercury – vai achar que está vendo outro filme, e de óculos, pois a imagem desta vez está cristalina. Essa versão pode ser vista integralmente no Youtube (como o filme é velho já é domínio público), mas se quiserem a tradução das legendas recomendo baixar via torrent a versão Metropolis 1927 2010 COMPLETE 720p BRRip x264-BeLLBoY.mp4 e baixar as legendas revisadas por mim, lá no legendas.tv.

SINOPSE

Num mundo futurístico – que é a extrapolação da revolução industrial – a sociedade vive em uma verdadeira Metrópole, não muito diferente da nossa (com direito até a engarrafamentos!). Porém ela está rigidamente dividida em duas grandes classes: Os cidadãos na cidade superior, curtindo o melhor que a tecnologia pode proporcionar em termos de transporte e diversão, e embaixo os operários, vivendo numa cidade subterrânea com suas famílias e trabalhando 10 horas por dia em condições terríveis para manter as máquinas que fazem com que as regalias da cidade superior não parem nunca.

Comandados de cima pelo industrial frio e calculista Joh Fredersen, esses operários-escravos vivem uma vida de trabalho duro, e por isso mesmo pipocam aqui e ali planos de revolta dos trabalhadores. Essa revolta é aplacada por Maria, uma mulher simples da classe trabalhadora, que com seu encanto prega a compreensão e o amor aos “irmãos” da cidade alta, e lhes promete que um dia chegará um mediador vindo do “alto” que supostamente lhes dará melhores condições de vida (embora isso não seja dito). Esse mediador acaba sendo o filho do industrial Fredersen, Freder, que ao se apaixonar por Maria resolve descer à cidade subterrânea e se comove com a vida dos operários, decidindo até mesmo trocar de lugar com um deles pra se aproximar de Maria.

Entretanto, Joh Fredersen descobre que Maria exerce grande influência nos trabalhadores e resolve, com a ajuda de Rotwang (uma espécie de cientista maluco), raptá-la e trocá-la por uma réplica perfeita – um robô – e assim criar intriga entre eles, fazendo com que não se unam em torno de uma revolta (a velha tática de dividir para conquistar).

Só que Rotwang tem inveja de Joh Fredersen e sua criação (Metropolis), e pretende com a falsa-Maria desorganizar todo o sistema. Antes de botar o plano em prática, Rotwang (que também usa magia negra) resolve testar a falsa-Maria entre os 100 mais ricos de Metropolis, manipulando-os através do entretenimento e da luxúria. Uma vez corrompida e controlada a burguesia, é hora de incitar os trabalhadores a se rebelar e quebrar as máquinas. Pregando o ódio, a falsa-Maria cega os trabalhadores para o alerta de Freder (a esta altura misturado aos trabalhadores) de que a verdadeira Maria nunca diria isso, e para o fato de que a quebra das máquinas prejudicaria mais aos trabalhadores e suas famílias do que as pessoas de cima.

Inconsequentemente, os trabalhadores quebram a máquina principal – com a conivência de Joh Fredersen, que deixa que se rebelem utilizando-se de violência, para que dê a ele o direito de usar a violência contra os trabalhadores, no que me lembrou muito o 11 de setembro – mas esquecem suas crianças na cidade subterrânea, que começa a quebrar e ser inundada pelas águas. O clímax do filme eu não vou contar, até porque não importa na análise, mas no fim chega-se a termos entre a cabeça (Joh Fredersen) e as mãos (Os trabalhadores) através do coração (Freder).

ANÁLISE

Podemos tirar várias “lições” do filme, e ver claramente a recriação do mito cristão do Salvador com aspectos gnosticistas. O Demiurgo é o industrial Joh Fredersen, criador de Metropolis, que no começo do filme pode ser visto com um com um compasso na mão (Arquiteto do Universo). O filho dele é o Salvador, o eon Christós, que literalmente DESCE ao plano de existência dos necessitados para trazer auxílio e esperança. Maria é a profeta que pregava a vinda do Salvador, mas também é o aspecto feminino do mesmo, a Anima (a luz nas trevas, enquanto prega nas catacumbas, como os primeiros cristãos), mas que se converte na Sombra (a falsa-Maria) através da ganância, manipulação e maldade, representadas pela ciência/conhecimento/magia à serviço de um monopólio (simbolizando o anti-natural, o maquinal, o estafante e o opressor, tirando a humanidade das pessoas). Na Gnose o povo eleito do Demiurgo são os judeus, e é impossível não notar que o cientista tem por toda a sua casa o símbolo do pentagrama em todas as portas (lembrem-se, essa era a Alemanha 6 anos antes de Hitler chegar ao poder, e o caldeirão de despeito e ódio aos judeus já estava em ebulição em várias partes da Europa). Esse antisemitismo disfarçado estava mais na mente da autora do que do diretor, pois em 1933 ela se tornou uma nazista devotada, enquanto Lang – que não era simpatizante do regime (sua mãe era judia convertida) – acabou o casamento e fugiu da Alemanha para Paris, onde chegou a dirigir filmes anti-nazistas, para então refugiar-se nos EUA, onde continuou sua carreira de diretor e ajudou a criar o estilo cinematográfico “cinema noir”.

Vemos também uma pitada de Hermetismo tanto no texto que apresenta a cidade como na disposição visual do mesmo, que começa com uma pirâmide e termina com outra pirâmide invertida, lembrando o aforismo “O que está em cima é análogo ao que está em baixo“, ambos os lados com líderes e massas manipuláveis.

Na revolta contra as máquinas percebe-se que a massa, instigada por uma figura carismática (a falsa-Maria, em quem confiavam) ficou cega para o verdadeiro foco do problema (tratamento sub-humano e segregação social) e para as consequências de seus atos, e assim quase sacrificou seu futuro (representado pelas crianças). É irônico perceber que a sociedade alemã (e a própria autora) cairia poucos anos depois nesse truque e sacrificaria, de bom grado, toda uma geração de jovens e adolescentes na guerra.

O final é ambíguo. Parece sinalizar uma oportunidade de melhores condições de vida para os trabalhadores (através do mediador), mas também pode ser lido como um engodo, uma solução pacífica para manter o status quo: a figura do intermediário, a mídia, apelando para os sentimentos. Infelizmente é a leitura cínica do final que prevaleceu na cartilha dos poderosos, que utilizam Metropolis como um guia para nos manter sedados, oprimidos e sem voz, com ocasionais “líderes de fachada” que parecem ter vindo da classe trabalhadora, mas que no fim só representam os interesses da burguesia.

metropolis sarney lula
Funciona até hoje

DESIGN

O design do filme e seus personagens marcaram o mundo do cinema, e consciente ou inconscientemente suas imagens inspiraram centenas de filmes, capas de revistas, discos e games até os dias de hoje.

metropolis bladerunner
A arquitetura de Metropolis influenciou não só Blade Runner
metropolis gotham
…como a Gotham City de Batman Begins, com seus monotrilhos, sem falar na mistura gótica com Art Deco da Gotham do Batman de Tim Burton.
metropolis fifthelement
Notem as tiras no corpo de Leeloo (O quinto elemento) e Maria. Ambas “nascem” em um tubo de vidro.
metropolis c3po robocop
A família reunida: C3PO, Maria e Robocop
metropolis strangelove starwars
Rotwang perdeu a mão enquanto criava o robô – uma alusão ao preço que se paga pelo poder do mal – e a substituiu por uma prótese mecânica. O personagem do filme de Kubrick,
Dr. Strangelove, é uma homenagem a Rotwang, assim como George Lucas o fez em O Retorno de Jedi, quando Luke Skywalker olha pra mão mecânica (coberta com a mesma luva preta) e percebe que está sendo tomado pelo lado negro da Força.
metropolis rotwang brown
Dr. Brown (De volta para o futuro) possui uma clara inspiração no Rotwang, cuja atuação exagerada (característica do expressionismo alemão) se perpetua como o registro definitivo do cientista louco.
metropolis thinman
O filme As Panteras homenageou Metropolis incorporando um personagem do filme, o vilão conhecido apenas como Thin-Man (homem magro). Como é um personagem de cinema mudo, ele simplesmente não fala!
metropolis amidala
Princesa Amidala, do filme Star Wars Ep. I, quando está disfarçada de camponesa/trabalhadora usa esta coisa na cabeça.
metropolis janelle archandroid
A cantora e atriz Janelle Monáe fez dois álbuns inspirados em Metropolis

O Kraftwerk fez uma música chamada “Metropolis” (do album “The Man machine“) que sincroniza com os primeiros minutos do filme:

E o Queen fez Radio Ga Ga totalmente “dentro” do filme:

Abaixo, um ensaio sobre cinema que mostra toda a influência visual do filme na história da ficção científica:

Leia também:
Magia no Cinema parte 1: Metropolis (vídeo que eu fiz explicando o filme);
Metropolis: O fator Maria;
Artigo de Mestrado: A metrópole replicante de Metropolis a Blade Runner

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Diego
Diego
2 junho de 2011 11:58 am

Texto interessante sobre o filme, uma analise bem descontrutiva e esclarecedora a respeito de certos aspectos intangiveis à um olhar mais bruto e preconceituoso como voce supra citou. Metropolis e rico detalhes,veiculados atraves de belos fotogramas recheados simbolimos e expressionismo. Aconselho a voce assistir 3 classicos do cinema mudo e fazer tambem certas explanaçoes: Aurora, A greve, O encouraçado Potekim.

Lotus Eater
Lotus Eater
12 fevereiro de 2011 5:17 pm

Tinha visto algumas dessas idéias no artigo do Vigilant Citizen, mas as análises do autor pecam em sua pregação cristã dissimulada e na quase total ignorância para com o ocultismo, que ele percebe como instrumento unicamente do Lado Negro. Não sei se foi intencional, considerando a história do filme creio que não, mas acho interessante que o final seja ambíguo. Fica a cargo de quem assiste analisar e descobrir pra que lado anda pendendo seu otimismo, tal como em A Origem e Antes do Entardecer. Chuto que brasileiros vão ter uma certa tendência a desconfiar da boa vontade de Fredersen… Read more »

Eu
Eu
11 fevereiro de 2011 10:01 pm

Acid, pelo amor de qualquer coisa! Conserta logo, essa frase do começo da postagem, porque ficou sem nexo: “Metropolis foi o filme foi o mais caro de sua época.” Fez um excelente tópico, é verdade. Mas vacilou no começo… Lembre-se, foi só para salientar, apenas isso. Obrigado.

Lex, Zen e Hard Core 80...
Lex, Zen e Hard Core 80...
11 fevereiro de 2011 9:26 pm

Como definir ironia?

Osamu Tezuka(Astro Boy, Kimba ~ o Leão Branco, Buddha… ), considerado por muitos no Japão como o “deus” do mangá ou o “pai do mangá moderno” fez sua própria versão de Metropolis (Osamu Tezuka’s Metropolis que foi adaptado como filme anime em 2001. Osamu morreu em 1989).

ELE NUNCA VIU O FILME ORIGINAL…

Ele tirou sua versão das impressões que ficaram historicamente na mídia.

Dizem que tudo que ele tinha era um poster do original de Fritz Lang.

Padawanderson, do âmago do vulcão Rorschach,
Padawanderson, do âmago do vulcão Rorschach,
11 fevereiro de 2011 9:13 pm

Indigo, Não vi o doc (Ainda), mas, pelo que tá escrito aí em baixo, me parece a velha e boa propaganda para enganar as criancinhas da “Nova Era”. Sobre o Movimento Zeitgeist: (Os * são meus. Desculpem pelo Caps Lock) O Movimento Zeitgeist não é um movimento político (* APESAR DE TER SIDO PLANEJADO POR UM ENGENHEIRO SOCIAL QUE NINGUÉM SABE AO CERTO QUEM É E A QUEM ESTÁ FILIADO POLITICA e IDEOLOGICAMENTE… E TB PORQUE PRA FAZER UM “MUNDO MELHOR” É PRECISO MUUUIIITO, MAS MUUUIITO DINDIN… E QUEM DETEM HOJE TODO ESSE DINDIN NAS CARIDOSAS MÃOS SÃO GOVERNOS E… Read more »

Lex, Zen e Hard Core 80...
Lex, Zen e Hard Core 80...
11 fevereiro de 2011 8:51 pm
Lex, Zen e Hard Core 80...
Lex, Zen e Hard Core 80...
11 fevereiro de 2011 8:21 pm
Anônimo
Anônimo
11 fevereiro de 2011 8:20 pm

Toda a geração Punk 80 (sobretudo o cyberpunk de inspiração japonesa) deve a alma ao cinema de Fritz Lang…

http://www.google.com.br/images?q=nosferatu%20Fritz%20Lang&um=1&ie=UTF-8&source=og&sa=N&hl=pt-br&tab=wi&biw=1366&bih=667

Nosferatu é minha obra predileta, por motivos bem particulares…

Lynx
Lynx
10 fevereiro de 2011 3:34 pm

Na série Harry Potter o personagem Rabicho tbm perde a mão ao trazer Voldemort de volta, tendo-a substituida por uma outra artificial, e morrendo asfixiado por ela no fim.

Dado
Dado
12 fevereiro de 2011 9:54 pm

Olá, Acid. Tudo bem? Não pude deixar de evocar uma memória beeeem infantil ao ler o seu post (depois de ver o filme, naturalmente): o jogo ‘Sonic The Hedgehog 2’, clássico dos anos 90. No game, o maléfico Dr. Eggman aprisiona os animais dentro de robôs para que estes lhe prestem serviço. Cabe ao Sonic salvar o mundo. Enfim. Acontece que uma das fases do jogo se chama justamente Metropolis, que é a cidade do Dr. Eggman. A referência fica nisso. Acontece que, jogando versões mais recentes do Sonic, me deparei com algumas outras referências. No novo ‘Sonic The Hedgehog’,… Read more »

Murilo O'Donnell
Murilo O'Donnell
13 fevereiro de 2011 11:30 am

Galera, se quiserem tem disponível o filme para donwload pelo megaupload:

Link 1:http://www.megaupload.com/?d=YZXE13CV

Link 2: http://www.megaupload.com/?d=IMJIAIO8

daniellevp
daniellevp
22 março de 2011 12:50 am

Acid, acompanho o site já algum tempo e tenho visto alguns filmes indicados aqui SDM. Hoje tive a oportunidade de assistir ao filme Metropolis no Theatro Municipal do Rio com a orquestra do teatro. Não tenho palavras pra descrever a sensação!!! Fiquei pensando e acho que poderia compara-lo com o filme Avatar só que de 1927!! Pelo menos foi o que achei imaginando as pessoas de 1927 assistindo… A Maria sendo perseguida pelos dois lados, tanto o lado “negro” quando é perseguida pelo cientista e o lado “bom” quando é perseguida pelos trabalhadores. Achei interessante a mensagem de que não… Read more »

O.G.
O.G.
15 março de 2011 1:14 am

O filme é realmente sencional e cheio de citações e alusões “ocultistas”. Em especial a cena em que o filho de Jon ver a morte de diversos trabalhores em uma explosão e logo em seguida “Moloch” levando a alma deles em um cena bem metaforica. Gostaria que você comentasse esses detalhes, se possível, em outro post, talvez. Achei bem intessante também como diversos artistas atuais fazem alusão a esse filme. Um exemplo é a Lady Gaga que faz o uso do olho fechado que a falsa Maria tem e moldou sua turnê com diversas alusões ao filme, sem contar as… Read more »

Monica
Monica
28 fevereiro de 2011 2:02 pm

Acid,

No Stum você disse para baixar o filme via torrent. Não tem como voce colocar no megaupload ou outro servidor para download direto? Via torrent é muito devagar. Por favor, se conseguir colocar, me avise por e-mail.

Um abraço,

Monica

Padawanderson, do âmago do vulcão Rorschach,
Padawanderson, do âmago do vulcão Rorschach,
17 fevereiro de 2011 3:57 pm

Acho q/ é por aí Bono (ronco no estômago). Concordo com isso q/ tu disse.

Só um adendo:

“[…] na votação sobre salário mínimo o governo exclui completamente o coração e força o debate para o lado puramente técnico.”

Queria ver se fosse pra aprovar o reajuste salarial dos próprios…

Quem vê cara…

Mas, quem disse q/ essa turma que tá recentemente se autogovernando tem algum coração???

abs ‘técnicos’

Padawanderson, do âmago do vulcão Rorschach,
Padawanderson, do âmago do vulcão Rorschach,
17 fevereiro de 2011 3:50 pm

Olha ‘esclarecido comuniscapitalista’ (Admiras Chê?!), meu estômago me aconselhou de não continuar lendo o teu último coment, mas minha ‘solidariedade suicida’ relevou: TU Já manda essa (Começastes mal): “Seu argumento de que o comunismo é o demonio e que o capitalismo é a solução é falho e sem força.” Aonde eu afirmei isso??? Não é que “comunismo é do demo”, mas o estrago q/ essa MEEEERRRDA fez (E CONTINUA FAZENDO!… Mas já que a gente só vê- ATRAVÉS DOS OLHOS DE NOSSA TÃO IMPARCIAL E ESCLARECIDA MÍDIA- o “maldito capitalismo” agindo e matando as criancinhas do Terceiro Mundo) não se… Read more »

Bono
Bono
17 fevereiro de 2011 1:41 pm

Com relação ao apelo para o coração ser o mediador entre a cabeça e a ação. Acho interessante ver como a forma que os debates políticos são conduzidos em anos eleitorais, pelo menos aqui no Brasil. Percebe-se claramente que em anos eleitorais a população em geral começa a ser fortemente influenciada pela emoção, ira, coragem e etc. E os políticos e jornalistas fomentam no clima e todo mundo se comove e se revolta emotivamente. Restando pouco espaço para a cabeça pensar e mandar a mensagem para as mãos na urna. Agora, por exemplo, após as eleições, na votação sobre salário… Read more »

Rafael
Rafael
10 fevereiro de 2011 12:37 pm

É, realmente.

Acid
Acid
10 fevereiro de 2011 11:22 am

Eu falei a Gotham de Batman Begins. No Batman de Tim Burton o designer também se inspirou em Metropolis tmb, claro q não é uma cópia literal.comment image

Rafael
Rafael
10 fevereiro de 2011 10:10 am

Aliás, Gothan era um velho apelido de Manhattan.

Padawanderson, do âmago do vulcão Rorschach,
Padawanderson, do âmago do vulcão Rorschach,
15 fevereiro de 2011 8:10 pm

Índigo, não tinha reparado nesse pensamento (Que paresse ter tomado de assalto o coração de quase toda a juventude hoje) “[…]é uma tentativa de reverter o nosso caos planetário, nossa economia tão doentia.” Primeiro que NÃO há “caos planetário” nenhum… Só meia dúzia de FDPs cheios do dinheiro e loucos de vontade de “MUDAR O MUNDO” (Pra melhóóórrr, vão gritar as ovelhas úteis), criando um monte de factóides, de sofismas pra avacalhar o mundo que não presta (Como diz o filósofo, se as pessoas parassem de tentar mudar o mundo e fossem colocadas de castigo, esse mundo “QUE NÃO PRESTA”… Read more »

Índigo
Índigo
12 fevereiro de 2011 11:59 am

Padawanderson, do âmago do vulcão Rorschach, Esse terceiro filme do Zeitgeist não é como os outros, o que me chamou muito a intenção foi a proposta economica. Assita e pense um pouco, é uma tentativa de reverter o nosso caos planetário, nossa economia tão doentia. Assista, e depois me diga o que achou.

Gustavo
Gustavo
12 fevereiro de 2011 11:30 am

A capa do filme me lembra a capa do livro “A Revolta de Atlas” da Ayn Rand:
comment image

Padawanderson, do âmago do vulcão Rorschach,
Padawanderson, do âmago do vulcão Rorschach,
15 fevereiro de 2011 11:10 pm

E quem disse que o comunismo se sustentou alguma vez sem a força do capitalismo de meia dúzia de otários liberais? “Eles tecerão a corda com a qual os enforcaremos”, já dizia vovô Lenin. Tu conheces algum comuna que não gosta de uma bela bufunfa ($$$)estatal e que não esteja nadando no dindin?! Me mostra um capitalista que teve a ideia de reformar o mundo de ponta-cabeça (Como querem tooooda essa raça de FDP). Todos que tiveram essa ideia alimentaram seus cérebros nas teorias socialistas-comunistas (E claro, no final, foram devidamente reconpensados com a morte agonizante, ou dos seus familiares… Read more »

comuniscapitalista
comuniscapitalista
15 fevereiro de 2011 8:39 pm

“Não percebestes que as maiores fortunas do planeta estão sempre refluindo para os movimentos ditos de esquerda e que parte dessas fortunas inimagináveis são controladas por governos ditatoriais de esquerda?!”

malditos demonios socialistas! sempre eles! e as maiores fortunas do planeta nasceram por geração espontanea, não via o capitalismo industrial, que explorou seres “inferiores” e não se exponenciou via o capitalismo especulativo dos últimos 30 anos. O culpado é sempre o outro, pros comunistas, os capitalistas, pros capitalistas, os comunistas! nunca os dois lados da mesma moeda do mesmo jogo. isso ai!

comuniscapitalista
comuniscapitalista
15 fevereiro de 2011 11:50 pm

Padawanderson, quem dá chilique com discurso de cartilha aqui é você. É um simples fato, o capitalismo desde seu início se alimenta das classes inferiores com a promessa de um eterno progresso, o comunismo se alimenta das classes inferiores com a promessa de um futuro melhor. Ambos se alimentam da única coisa que realmente existe, o eterno agora. O capitalismo nasceu da exploração dos socialmente inferiores. A revolução industrial criou um trauma que ainda persiste com o trabalho infantil, trabalho quase escravo nos paises que se doam ao serviço braçal, como a china comuniscapitalista, etc. Seu argumento de que o… Read more »

Dado
Dado
14 fevereiro de 2011 9:45 pm

Olá, Acid. Olha só, não sabia dessa parte. Valeu pela dica. Ah, lembrei de mais uma coisa. No primeiro clipe da Madonna, ‘Burning Up’, há uma cena com uma montagem de vários olhos. Seria uma tentativa de recriar a cena do delírio dos homens diante da falsa Maria? Lembrando que a Madonna se aproveitou bastante do seu nome (Madonna = Virgem Maria) para causar polêmica com seu comportamento devasso. E, bom, como este era seu primeiro clipe, acho que vem a calhar já deixar clara a mensagem. No vídeo, também aparecem estátuas (bonecos) com elementos elétricos (as cabeças acentem como… Read more »

Padawanderson, do âmago do vulcão Rorschach,
Padawanderson, do âmago do vulcão Rorschach,
15 fevereiro de 2011 11:16 pm

comuniscapitalista,

O teu chilique contra o que eu disse não resolve o problema.

Esse aparente paradoxo que une meta-capitalistas e comunistas de toda espécie num plano de dominação mundial é um assunto complexo e sério por demais pra receber gritinhos de escândalo que, graças a determinadas pessoas de coragem, está começando a sair da toca.

Verônica Tila
Verônica Tila
8 fevereiro de 2011 1:29 pm

A partir da citação de Lavoisier: “Na natureza nada se cria tudo se transforma”. Disse Chacrinha: “Nada se cria, tudo se copia”.
=D

Rodrigo Henrique
Rodrigo Henrique
8 fevereiro de 2011 5:31 pm

Cara, eu tinha percebido muito coisa interessante no filme, mas agora você mostrou outras que eu nem tinha visto, como a influencia do filme no De Volta Para o Futuro e outros. Esse filme realmente é muito complexo, cheio de mensagens. Pena que muita gente não assista só porque é preto e branco, quanta ignorância. Só um detalhe “besta”, eu não sei muita coisa tecnica sobre cinema, mas já li que Metropolis não é considerado expressionismo alemão, mas enfim, a matéria ficou perfeita.

Matt
Matt
8 fevereiro de 2011 5:48 pm

Discordando da Verônica, se ela assim o permite, os filmes que referenciam Metropolis não são cópias. Uma obra como essa que traz mensagens tão profundas deve mesmo ser alvo de recursos metalilnguísticos em outras obras do gênero. Em outras palavras, o que é bom tem mesmo que ser copiado, mostrado, divulgado, imitado.

Amei a matéria!

Rafael
Rafael
10 fevereiro de 2011 10:08 am

Verei esse filme agora, certeza!
Desde adolescente ouço falar dele.
Só discordo de Gothan City ser totalmente influenciada por ele.Certamente houve uma referência,mas Gothan desde sempre foi uma versão “negra” de Chicago, a cidade do Al Capone,do art-déco americano, trens urbanos, prédios altos, etc.

Guilherme
Guilherme
10 fevereiro de 2011 6:27 am

O mais incrível diante desta obra-prima é, por exemplo, na 2a imagem “Funciona até hoje” o José Sarney de peruca branca atuando no filme. Sensacional!!!

Índigo
Índigo
9 fevereiro de 2011 8:11 pm

ACID! Por não se esqueça de quando tiver um tempinho assistir :
http://www.youtube.com/watch?v=vNEY-OPsJGI

Olhe lá hein! Você vai querer assistir!

Takeru Nid
Takeru Nid
9 fevereiro de 2011 7:27 pm

Nossa

Acid voce precisa jogar RPG no Sitema Storyteller/Storyteling.

NA BOA….

Roger
Roger
9 fevereiro de 2011 6:11 pm

se você não quiser levar tiros simplesmente não faça o download das balas,nem dos golpes,nem das palavras,nem da queda,nem do sofrimento…

Índigo
Índigo
9 fevereiro de 2011 3:09 pm

http://www.youtube.com/watch?v=vNEY-OPsJGI

O link é esse abaixo!

Espero que tenha interesse e assista ô Grande Siddarta! Hehehehe
Abração

Índigo
Índigo
9 fevereiro de 2011 3:06 pm

Muito bom o texto, bem interessante!

Acid ! Acid ! Por favor assista o novo documentário Zeitgeist III e nos fale um pouco o que achou! Achei incrível e assustador a nossa realidade, e fiz um paralelo com o seu post do Retorno do Rei, o metropole e com o contexto de mudança planetária que estamos vivendo. Por Favor acid ! Assista !! Tem tudo a ver com o nosso contexto atual!

Abração!

Acid
Acid
28 fevereiro de 2011 3:56 pm

Não, não vou colocar pra baixar.

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