A NOITE ESCURA DA ALMA

Por Monja Isshin

Loreena McKennit – The dark night of the soul

Encontrei uma expressão Chan (Zen chinês) que diz:

“Grande dúvida, grande iluminação.
Pequena dúvida, pequena iluminação.
Nenhuma dúvida, nenhuma iluminação.”

A tradição nos ensina que existem três pre-requisitos para a prática verdadeira: Grande Dúvida, Grande Fé e Grande Determinação.

1. GRANDE DÚVIDA

A maioria das pessoas chegam à prática espiritual motivada por um sofrimento que deu origem a um questionamento. Quase sempre, a pessoa está fazendo uma pergunta do tipo “Por que está acontecendo ‘x’?” ou “Por que eu?

Muitas destas pessoas nem dão continuidade num centro de prática séria, e vão embora depois de uma, duas – algumas – visitas. Outras pessoas, depois de algumas sessões de meditação, sentindo algum alívio do problema imediato que as trouxeram até o zazen, já relaxam os seus questionamentos. Talvez até se tornem associadas, até venham a se considerar “praticantes”. Mas a verdade é: não chegaram a fazer a pergunta essencial, não se abriram para a “Grande Dúvida” e, assim, ainda não entraram realmente no caminho espiritual.

Algumas poucas pessoas, ao passar por uma situação de dificuldade, acabam aprofundando as perguntas iniciais (Por que eu?, Por que está acontecendo ‘x’?) para começar a questionar: “Quem sou eu?“, “Qual é o significado da minha vida?“, “Qual o sentido da vida e da morte?“.

Estas são perguntas da “Grande Dúvida” – o início da caminhada espiritual. A tradição Rinzai Zen usa os ‘koans‘ para provocar a Grande Dúvida. Quanto mais intensamente se vivencie a Grande Dúvida, tanto maior será a “iluminação” obtida. Acredito que, na nossa realidade de seres humanos, as nossas “iluminações” são, na verdade, “pequenas iluminações”, pois a diferença entre “ter uma ou algumas experiências de iluminação” e “se tornar uma pessoa iluminada”, ou “se tornar uma pessoa que manifeste plenamente a sua iluminação”, é igual a diferença entre água e vinho.

Monja Isshin
Monja Isshin

Os mestres também nos ensinam que aquela pessoa que se acha “iluminada”, não é. Ainda nos ensinam que a prática deve ser constante e pelo resto da vida – e próximas vidas, também.

Portanto, sempre que acreditamos que encontramos uma resposta à “Grande Dúvida”, é importante que recoloquemos a pergunta e sigamos além, além da resposta atual, além da nossa compreensão deste momento, sempre além, sempre nos aprofundando mais e mais.

O grande perigo aqui está em achar que encontramos “A Resposta” e que a “Grande Dúvida” já acabou. Vamos cair numa complacência, arrogância – talvez até nos posicionando como prontos para liderar outras pessoas, mas, na realidade, estamos nos iludindo e iludindo os outros. De certa forma, a nossa caminhada espiritual foi abandonada. O nosso Zazen se tornou um zazen de conforto, um zazen de consumo. Sempre podemos encontrar mais um pedaço da resposta à “Grande Dúvida”.

Mas, vamos dizer que você está com o seu questionamento “à flor da pele”. Entrou no caminho espiritual e iniciou uma prática. Aí surge a questão da fé.

2. GRANDE FÉ

O segundo elemento essencial a uma boa prática é uma “Grande Fé”. Fé na prática, fé nos ensinamentos, fé no professor – um ser humano, com falhas humanas, que tem mais experiência no Caminho e algum tanto de “iluminação” manifestada. E, mais ainda, fé na sua possibilidade de poder manifestar a sua própria iluminação, de encontrar a “resposta” de sua Grande Dúvida.

Inicialmente, pode ser que parte desta fé você encontre depositando fé nos outros. Você gostou e confia no seu Professor de Dharma. Ou admira um praticante budista e confia nele. Mas os seres humanos são literalmente isto – seres humanos, sujeitos a falhas. Podem nos desiludir. Mais ainda, uma das funções dos Professores de Dharma é de “puxar o tapete” debaixo de nossos pés. Podem até nos provocar, fazendo com que manifestemos a nossa “sombra”, na esperança de que possamos “iluminar” este aspecto nosso que foi trazido à luz. Nestas horas, podemos até nos sentir “traídos” pelo Professor, enquanto não estamos compreendendo o que ele está tentando nos ensinar. Portanto, temos que ir além desta fé inicial, depositada em seres humanos externos à nos mesmos. De um lado, temos que amadurecer e aprofundar a nossa fé no Professor e outros seres humanos, temperando-a com fé nos ensinamentos e no próprio Dharma – passo-por-passo.

E os ensinamentos, que foram transmitidos já durante 2.600 anos – podemos depositar fé neles? Podemos, mas isto também tem suas limitações, pois a transmissão dos ensinamentos depende da comunicação e das palavras, sempre sujeitas às mais variadas interpretações. Transcrições de diálogos entre grandes mestres e os seus alunos não nos transmitem o contexto, o cenário, todos os detalhes que fizeram com que aquelas palavras fossem as mais apropriadas para aquele aluno naquele momento.

No Zen encontramos inúmeros exemplos de professores que, num momento dizem uma coisa e, em outro momento, dizem exatamente o contrário. Será que estão mentindo? Será que são loucos? Ou será que estão simplesmente falando exatamente aquilo que é mais apropriado para aquele momento, aquele contexto, aquele aluno – para convidá-lo a tomar o próximo passo de aprendizagem? Como alunos do Zen, existem momentos que podemos nos desesperar com um professor que parece estar se contradizendo. Como é forte, nestes momentos, o sentimento de “mas você não falou ‘x’ antes? Por que está falando ‘y’ agora? Qual é a verdade, ‘x’ ou ‘y’?

Conheço uma Mestra moderna que faz isto o tempo todo. Será que ela é louca? Não acho, não. Acho que ela está simplesmente me desafiando a mergulhar para dentro e encontrar a MINHA verdade – e desafiando outras pessoas com quem ela faz a mesma coisa a fazer o mesmo mergulho para dentro. Não é um processo fácil. Mas certamente me oferece a oportunidade de me aprofundar na fé verdadeira que preciso cultivar – a Grande Fé. Fé na minha própria Natureza Buda, fé no Universo, fé no Dharma, fé na minha prática, fé em mim mesma. Fé para atravessar a noite escura da alma – ou as noites escuras da alma. É aí que entra o terceiro pre-requisito da prática.

3. GRANDE DETERMINAÇÃO

Sem a Grande Determinação, não vamos conseguir atravessar a noite escura. Se falhar a nossa determinação, vamos acabar “voltando para trás” em lugar de completar esta etapa da jornada. Não vamos chegar até o raiar do novo dia, aquele pedaço de Iluminação que seria resultado de nosso questionamento, fé e determinação.

Se a nossa determinação for fraca, vamos falhar. Se a nossa determinação depende de outras pessoas para nos apoiar, vamos falhar. Pois a noite escura da alma é exatamente isto. É um momento em que nos sentimos totalmente sós – a nossa dúvida nos consumindo, a auto-confiança cambaleada, a nossa fé no limite – só vemos escuridão e é somente a nossa determinação que nos segura no caminho. Afinal, o momento mais escuro da noite é o momento anterior ao nascer do Sol. E é a mesma coisa na jornada espiritual.

Se iniciamos a jornada com uma pequena dúvida, a noite escura vai ser “pequena” e o raiar do Sol também. Mas se o nosso primeiro passo foi baseado numa GRANDE Dúvida, a noite escura vai ser igualmente GRANDE. A crise – mistura de perigo com oportunidade – vai ser GRANDE. Para atravessar esta noite escura, vamos ter que descobrir, dentro de nós, fé da mesma grandeza e, por fim, GRANDE Determinação – talvez aquela determinação que diz: “mesmo que perca tudo, não arredo o pé daqui“, “mesmo que eu tenha que morrer tentando, não desisto“, “mesmo que estejam todos me chamando de louco, não saio deste caminho“, “mesmo que todos os meus amigos me abandonem, não abro mão“. Talvez a vida vá nos exigir uma entrega total, a “morte simbólica”, morte do ego, morte para tudo que pensávamos que importava. Mas, na realidade, a vida está nos convidando a passar pela morte dos condicionamentos – nos convidando à Libertação.

No meio da noite escura da alma passamos por uma fase de ficar só enxergando as perdas, as “mortes”. Talvez percamos contato com a nossa fé. Talvez nos entreguemos ao medo. Talvez não resistamos às pressões e voltemos correndo, tentando voltar à nossa zona de conforto anterior, voltar à harmonia conhecida, voltar às amizades e relacionamentos antigos que não queremos arriscar perder, buscando apoio externo na falta de nosso próprio apoio interno. Quantas e quantas pessoas fraquejam neste ponto, justo quando estão quase lá, quase vencendo esta fase da jornada. Que tristeza! É como se vendessem a alma, caíssem em “tentação”.

A NOITE ESCURA DA ALMA

É por isto que todas as tradições espirituais falam da dificuldade da jornada. Todas as tradições espirituais têm a sua forma de descrever o processo de passar pela “noite escura da alma”. Algumas tradições xamânicas ou indígenas usam “jornadas interiores” indo ao encontro da morte e renascimento simbólicos, desmembramento e “re-membramento” simbólicos, para facilitar esta passagem. A tradição budista nos fala da determinação de Buda quando ele sentou embaixo da figueira, decidido a não se levantar dali até que encontrasse a resposta, a Iluminação. Fala, em linguagem simbólica, dos ninhos que pássaros construíram em seu cabelo, das teias que as aranhas teceram, das plantinhas que cresceram entre os dedos dos seus pé – tudo para nos ajudar a imaginar uma determinação tão firme, inquebrantável, que permitisse que ficasse lá – sentado em meditação – o tempo suficiente e com a “imobilidade” – firmeza de propósito – suficiente para atingir a Iluminação.

Lembro-me de momentos de dúvida (dúvidas que pareciam bastante grandes para mim, na época), onde toda a minha fé foi posta à prova e onde parecia que a minha determinação não ia aguentar – e lembro-me dos raiares do Sol que vieram no final daquelas noites escuras da alma. Não posso dizer que eu tenha atingindo qualquer GRANDE Iluminação, mas com certeza, sinto que posso dizer que cheguei em algumas pequenas iluminações, de acordo com a minha capacidade de ter uma dúvida, de cultivar a fé e de achar dentro de mim mesma a determinação de prosseguir até a hora do Sol nascer.

Como será que isto vai acontecer? Como será o momento da virada, de uma pequena iluminação? Vai ser o seu momento, único, totalmente diferente dos meus momentos – e nem para mim um momento será igual ao outro. Só posso compartilhar que, para mim, a virada vinha muitas vezes quando eu finalmente parava de lutar contra os acontecimentos e me entregava totalmente. Sabia que a gente tem todo o direito de espernear e reclamar tudo que quiser neste universo? Só que o Dharma simplesmente vai continuar procurando nos ensinar. Então não precisa se sentir culpado por passar por uma fase de “briga com o universo” antes de chegar numa entrega! Outras vezes, a virada veio quando finalmente percebi a “comédia dos absurdos” numa situação e caí nas gargalhadas, de corpo e alma. De qualquer forma, a virada vinha quando algo dentro de mim mudou. A mudança nunca vinha de fora, só de dentro. Este que é o detalhe importante: a mudança tem que vir de dentro.

monge meditacao budismo

A noite passa. O novo dia nasce. A Luz retorna. Portanto, se você estiver atravessando uma noite escura da alma, não abra mão de sua fé, não vacile na sua determinação. Não tente voltar ao “conforto” ou “harmonia” ou “segurança” anterior. Se, no seu coração você sabe que está ouvindo a voz de sua Natureza Buda, prossiga firme. Mergulhe, deixe que a Grande Dúvida lhe “consuma” até os ossos, até a medula, até restar somente o grande Vazio. Estique a sua fé, mantenha a sua determinação – e atinja mais um pedaço da Iluminação. O importante é de sempre manter-se firme na busca de Sabedoria e Compaixão.

Se você está com mais Sabedoria e Compaixão, mais Paz e Tranquilidade no “dia seguinte”, saberá que atravessou a noite. Mas, se está com alguma raiva, algum mal-estar, alguma inquietação, saberá que ainda não terminou a travessia ou, pior, saberá que desistiu no meio do caminho e voltou para trás. Mesmo assim, não perca esperanças, não se critique, não se julgue. Você fez o seu melhor. Aprenda com o processo. Veja onde “falhou”, onde “errou” e comece de novo. A vida sempre nos oferece novas oportunidades. Temos todo o tempo do universo para nos iluminar – kalpas e kalpas estão à nossa disposição!

Então, não tenha medo. A noite passa.

Que os méritos de nossa prática se estendam a todos os seres e que possamos todos nos tornar o Caminho Iluminado.

Gassho.

Referência:
The Dark Night of the Soul, de Loreena McKennitt;
Teoria da conspiração – A noite negra da alma

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A noite escura, de são joão da cruz – Blog LEEV
30 outubro de 2020 5:49 pm

[…] explicação do próprio autor a cada estrofe e que trata basicamente dos problemas espirituais da Noite escura da alma) foi encantadoramente musicado em inglês pela cantora Loreena […]

Anônimo
Anônimo
23 fevereiro de 2009 1:49 pm

É quase totalmente certo que estas palavras fazem parte de uma verdade maior. O resto da dúvida ainda que pequeno mantêm a nossa vida. Porém, qualquer que seja a pessoa que põe entre âspas o texto de alguém, essa pessoa deveria a meu ver, justificar a escolha, comentar, oferecer o seu ponto de vista. Acid, que valor tem isso ao ser publicado aqui? Também sei fazer pesquisas no Google.:!

Alexandre SilverFox
Alexandre SilverFox
23 fevereiro de 2009 1:32 pm

Maria,

“Projeto Gaia” entrou na minha lista, obrigado pela dica!

Namastê

Leamdro Màrck
Leamdro Màrck
23 fevereiro de 2009 10:27 am

Para o Anônimo, obrigado por este comment sobre o humor… “Conincidentemente” acabei de ver este filme:
http://www.doutoresdaalegriaofilme.com.br/

Tem entre várias sacadas: sobre o palhaço e o arte de rir de nossas próprias falhas e desilusões, contra a maré da sociedade que nos ensina a ser sempre bem sucedidos… Enfim o melhor a doação de compaixão, inspirador!
Abraços a à todos

Elizete Lee
Elizete Lee
23 fevereiro de 2009 9:41 am

Caro Acid Sempre acompanho seu trabalho nesta “matrix”. A cada dia você nos dá toques que a gente pode deixar passar desapercebido. Pode ter a certeza que você é um Ser abençoado. Sobre este post, tenho um fato muito interessante sobre a musica da Loreena Mc Kennitt. Em 1994 para 1995, passava por um momento de grande escuridão e duvidas. Ao sair do meu trabalho no Centro de São Paulo, ouvi “The dark night of the soul” da antiga loja do “Mappin” e minha realidade a partir daquele momento se transformou. A partir daquele momento as canções de “Loreena” fazeria… Read more »

Maria
Maria
22 fevereiro de 2009 10:31 pm

Por falar em Atlântida… uma dica de livro – Projeto Gaia 2012, de Hwee Yong-Jang. Inicia
pela origem do mundo e da espécie humana, e pelo desaparecimento da Lemúria e de Atlântida…

*o humor fica por conta do leitor…

🙂

Maria
Maria
23 fevereiro de 2009 1:20 am

“(…)a hipótese de Gaia afirma que a superfície da Terra, que sempre temos considerado o meio ambiente da vida, é na verdade parte da vida. A manta de ar – a troposfera – deveria ser considerada um sistema circulatório, produzido e sustentando pela vida… (…) A vida, efetivamente, fabrica, modela e muda o meio ambiente ao qual se adapta. Em seguida este ‘meio ambiente’ realimenta a vida que está mudando e atuando e crescendo sobre ele. Há interações cíclicas, portanto, não-linerares e não estritamente determinísticas”.

Fonte: http://www.jornalinfinito.com.br/series.asp?cod=100

O tema está aberto a discussões no site acima

Anônimo
Anônimo
22 fevereiro de 2009 9:24 pm

Lembro de ter encontrado este blog, anos atrás (quando ainda era um blog do blogger), e naquela época eu estava passando exatamente por uma situação que eu acredito tenha sido *uma* das minhas noites escuras da alma. E por posts como este e tantos outros que estão nos arquivos que eu me lembro porque toda semana eu dou uma passada aqui.

Este blog não traz respostas, inspira-nos a buscá-las em cada detalhe dessa vida.

Anônimo
Anônimo
22 fevereiro de 2009 6:05 pm

(em tempos de carnaval) Se “a seriedade designa a situação intermediária de um homem equidistante entre desespero e futilidade”, como diz lindamente Jankélévitch, devemos observar que O HUMOR, ao contrário, opta resolutamente pelos dois extremos. “Polidez do desespero”, dizia Vian, e a futilidade pode fazer parte dela. É impolido dar-se ares de importância. É ridículo levar-se a sério. Não ter humor é não ter humildade, é não ter lucidez, é não ter leveza, é ser demasiado cheio de si, é ser demasiado severo ou demasiado agressivo, é quase sempre carecer, com isso, de generosidade, de doçura, de misericórdia… O excesso… Read more »

billy shears
billy shears
22 fevereiro de 2009 5:11 pm

Wesley: “esse texto aumentou nem que seja 1% o meu ânimo p/ estudar e não desistir”

Isso mesmo, cara, mantenha-se firme na tua busca; continue, insista, persista.

http://www.youtube.com/watch?v=WoLVWvqEwzs

A fortuna só sorri para aqueles que têm a virtude de aproveitá-la.

Abraços.

Alexandre SilverFox
Alexandre SilverFox
22 fevereiro de 2009 12:38 pm

curioso sobre o comment do Observador, fui pesquisar e vejam o mapa que encontrei:
comment image

feito por um tal de “Bory de Saint-Vincent” pelos idos de 1800

comparei o mapa às fotos do google earth na mesma proporção, e para meu espanto, as cadeias de montanhas que ele descreve no mapa combinam perfeitamnte com aquelas cadeias submersas do google earth…

neste link, há uma animação sobre estas estruturas encontradas pelo google:

http://vitadigitale.corriere.it/2009/02/scoperta_atlantide_google_earth_ocean.html

em tempo: algumas cadeias submersas o tal de Bory poderia extrapolar através da existência das Canárias, porém as outras cadeis que ele descreve não têm “ilhas remanescentes”…

sds

Anônimo
Anônimo
23 fevereiro de 2009 2:37 pm

Quando a ideia ou texto incorpora-se ao ‘sentido’ daquilo que está sendo discutido ou até, apresenta um novo angulo ou possibilidade, enfim, soma-se e/ou dá ‘sinergia’ ao contexto/ambiente, penso que é uma contribuição válida, sim, por vezes até, fundamental para o bom entendimento e/ou discernimento dos temas apresentados.

abs

Anônimo
Anônimo
23 fevereiro de 2009 3:02 pm

Em relação ao comentário da Maria, uma das mais importantes transformações que estamos passando, assim vejo, é referente a mudança do paradigma MECANICISTA (tipicamente europeu), para um modelo/visão SISTÊMICA da vida e do mundo (muito mais complexo e realista). E isto envolve todos os níveis de nossa existência, incluindo os VALORES (ética, direito e moral). É uma mudança e tanto!

obs: Algo sobre o ‘pensamento sistêmico’:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pensamento_sist%C3%AAmico

Orion
Orion
25 fevereiro de 2009 9:18 am

Caro Acid, parabens pelo post, mas poucos são os que estariam dispostos a fazer os sacrficios necessários ao alcance da iluminação, por esta razão, uns alienam-se, outros comprarm formulas pré-fabricadas . . .

Outro assunto: Em alguns posts observo que alguns enviam textos p/ sua analise, gostaria tambem de enviar alguns, que acredito seriam bem recebidos, para tanto peço informar o endereço de email que devo usar.

Lucas Oliveira
Lucas Oliveira
13 junho de 2016 11:46 pm

Skillet – Whispers In The Dark – Legendado português (Pt – br)

youtube.com/watch?v=lMukuXYQB5I

Anônimo
Anônimo
6 dezembro de 2013 10:50 pm

Para Refletir…

Lesley Hazleton: A dúvida essencial para a fé.

“Quando Lesley Hazleton estava escrevendo a biografia de Maomé, ela ficou intrigada com algo: Na noite em que ele recebeu a revelação do Corão, de acordo com as narrações, as suas primeiras reações foram dúvida, temor, e até mesmo medo. E mesmo assim essa experiência se tornou o alicerce de sua crença. Hazleton sugere uma nova apreciação da dúvida e do questionamento como bases da fé — e o fim de todos os tipos de fundamentalismo”.

[vídeo com legenda]

Fonte: TED Talks / http://bit.ly/19nw8Qq

Coringa
Coringa
20 agosto de 2009 6:20 pm

A DÚVIDA E A NOITE ESCURA DA ALMA (parte 2/2) Saindo agora do virtualismo das telas e partindo para um contexto e história concreta, deparei-me, a algum tempo, com revelações sobre uma das figuras mais admiráveis de todos os tempos – Madre Tereza de Calcutá. Madre Teresa era, antes de tudo, uma figura do povo, do povo pobre, aqueles que estavam abaixo da linha de pobreza…os esquecidos. Trata-se de uma questão polêmica e sempre evitado pela igreja: a crise espiritual vivida por Madre Teresa, que colocou em dúvida, inclusive, a sua fé em Deus. Esse lado pouco conhecido da religiosa… Read more »

Coringa
Coringa
20 agosto de 2009 6:11 pm

A DÚVIDA E A NOITE ESCURA DA ALMA (parte 1/2) Um ótimo filme – A DÚVIDA – com excelente interpretação de de Meryl Streep (cinco indicações ao Oscar), suscita no espectador a questão do difícil exercício da função de autoridade ante os preceitos da moral e da religião, face a própria condição e afetividade humanas (a virtude em detrimento do afeto); revela-nos também os conflitos oriundos de valores sociais e dúvidas decorrentes, na solitária e humana CONSCIÊNCIA, e como é espinhoso o caminho para pessoas que se julgam donas de todas as ‘verdades’ ou ‘CERTEZAS’. Vale dar uma olhada no… Read more »

Cris
Cris
23 maio de 2009 12:33 am

“Então não precisa se sentir culpado por passar por uma fase de “briga com o universo” antes de chegar numa entrega!”

Muito bom.

Cris
Cris
23 maio de 2009 12:32 am

Quando passamos pela nite escura é difícil pensar no sol do outro dia.
Mesmo que várias vezes a gente passe por noites escuras, é preciso muita fé para saber que uma hora tudo clareia.

Maria
Maria
2 março de 2009 7:49 pm

Talvez a Grande Dúvida, leve a grande Prova: Manter uma prática de vida consciente, presente, ter fé, ainda que a alma sinta-se perdida entre seus anseios materiais e espirituais…

Noite escura – Um percurso necessário?? pode ser… mais não o único, talvez.

Talvez alguém se “ilumine” pelo ascetismo, meditação, práticas e rituais… Mas as experiências de mundo (vivências)devem dar sua contribuição, sim.

Para quem esteja atento ao que lhe acontece…os links são inúmeros, e dão panos prá manga… longas mangas…

Paula
Paula
2 março de 2009 6:56 am

Só acrescentando, a grande Dúvida pode ter questionamentos pessoais, como “quem sou eu?”, etc. Mas a Grande Dúvida que tenho no caminho espiritual é saber/vivenciar/sentir a Verdade de Deus em tudo! A sustentação da “noite escura da alma” provoca às vezes vazio mesmo, mas é preciso persistência. Abertura interna, estudo, prática do dia-a-dia e não só nos “domingos”.
Gostei do post, me fez pensar o que esta adormecido.

Horus
Horus
26 fevereiro de 2009 12:46 pm

Eu estou passando pela noite escura…

edujanu
edujanu
25 fevereiro de 2009 8:28 pm

Acid
cara
http://anarquia.nerdssomosnozes.com/2009/02/baixe-soudtrack-de-donkey-kong-2.html

num tem nada a ver com o post, mas como não tenho seu e-mail né
acho que vc vai gostar
t+ cara

Observador
Observador
21 fevereiro de 2009 7:17 pm

Acid
Fora do tema: que tal um post sobre Atlântida?
Parece que descobriram algo através do G-Earth, prontamente desmentido em alguns sites. Estruturas ou linhas no fundo do oceano, imensas.
Não sei se já comentaste algo anteriormente aqui, mas este achado é bastante interessante. Mais interessante é a explicação dada para explicar as estruturas…

Wesley
Wesley
21 fevereiro de 2009 9:28 am

Gostei do texto. Na verdade veio num momento propício. Estou passando por um momento de prova (escrita e na vida). Pensei que tinha passado num concurso público. Já estava até comemorando quando desobri que não passei. Vou ter uma outra oportunidade num outro concurso mes que vem, mas a matéria é bem mais difícil e a relação candidato/vaga é de 51 por vaga. Bom, eu estava desistindo de trabalhar na área em que me formei, mas esse texto aumentou nem que seja 1% o meu ânimo p/ estudar e não desistir. Confesso que eu já estava caindo em desespero, esperando… Read more »

RT
RT
20 fevereiro de 2009 10:43 pm

Preparei-me para meditar durante o carnaval.nao consigo atingir o mesmo grau de concentraçao…ela apareceu como uma barreira,minha vida que era boa ontem,hj é um tédio.Meus melhores amigos viajaram e sem os companheiros de faculdade tudo piorou.filmes,quadrinhos,tv,jogos,comida…tudo tornou-se chato.
eu nao sou tao independente quanto pensava.Voltarei a ver ela depois do carnaval…ate lá,9 longos dias como de hoje,acho serei diferente.

Fabrício
Fabrício
19 fevereiro de 2009 5:06 pm

Interessante que comecei a frequentar esse blog por ver alguns textos com caráter científicos bons e de um tempo pra cá começaram a vir textos voltados ao espiritual que combina com meus conceitos de espitualidade e seu amadurecimento… Tive uma criação que me forçou pra dentro da religião, passei um bom tempo lá… ate começar a pensar por conta própria e me aproximei totalmente da ideia de ateísmo mas mantive uma curiosidade grande sobre os aspectos espirituais (eu diria que um bom ateu precisa conhecer o espiritual pra saber criticá-lo) Passei um bom tempo me indagando sobre as certos aspectos… Read more »

Anônimo
Anônimo
19 fevereiro de 2009 4:54 pm

Obrigada.
Ovação pra você!
Rose*

Marcos Ganine
Marcos Ganine
19 fevereiro de 2009 2:36 pm

Que bacana, não faz muito tempo havia lido algo sobre o mesmo assunto em outro blog.. vale a pena conferir também: http://www.deldebbio.com.br/index.php/2009/01/22/a-noite-negra-da-alma/ (:

ughi
ughi
19 fevereiro de 2009 1:56 pm

tão certo quanto o nascer de cada manhã.

é a noite passa. valeu Acid

Rose*
Rose*
19 fevereiro de 2009 1:36 pm

É lendo e ouvindo comentários do tipo: “Deus não existe porque continuam a haver ataques terroristas” que a humanidade inteira não consegue evoluir. Toda a gente sabe que a vida neste planeta é muito ténue, mas porque se revoltam perante a morte? Talvez porque a morte representa perda. E perder sempre foi péssimo para o ego. Mas há uma coisa muito maior – a vida! A vida é a celebração dos sentidos, e com isso a Vida inclui a alegria e o sofrimento. A morte é só um processo de reacções químicas na transformação da matéria. E o que é… Read more »

Lex
Lex
20 fevereiro de 2009 12:47 pm

Desculpe o tamanho do texto…

e merecia um post…

Acid, pode apagar se for atrapalhar…

Em Gasshô!!!

———-

As Quatro Nobres Verdades

Prof. de Dharma Rodney Downey (do Zen coreano)

…Gostaria de começar falando sobre alguns enganos que temos a respeito do Dharma do Buddha, os quais são muito comuns em todo o mundo ocidental, e mesmo no Oriente. A causa desses enganos tem a ver com palavras e com aquilo que elas significam.

Continua…
http://www.sotozencuritiba.org/quatro_nobres_verdades.php

Alexandre Silverfox
Alexandre Silverfox
20 fevereiro de 2009 12:12 pm

caro fremem, entendo um pouco diferente a questão da necessidade da dor… os pontos levantados por você me levaram a lembrar dos ensinamentos de sidarta Gautama: 1) Onde há vida, há dor (a dor é universal). 2) O desejo é a causa da dor. 3) A dor cessa quando conseguimos eliminar o desejo (continua) vc questiona se só através da dor conseguimos atingir a “felicidade”; Acredito que você está focando em um terreno relacionado com o DUALISMO bem/mal, dor/prazer certo/errado O ser humano em certo nível precisa sim, de dor, para poder depois conseguir compará-lo com o seu oposto… você… Read more »

Léo
Léo
20 fevereiro de 2009 9:42 am

Lu,
Engraçado, o post tb veio pra mim no momento q mais precisava…To com a grande dúvida na minha mente. Acabei de sofrer uma perda q parece q me tem levado para o caminho espiritual. Incrível.

fremen
fremen
20 fevereiro de 2009 5:59 am

Cumprimentos a todos! Está um lindo dia! “Encaixar bem as peças do puzzle multidimensional da vida”. Caracteriza bem a minha busca científica e espiritual! Em termos puramente físicos creio que o que entendemos por dor é, na realidade informação útil que nos conduz á cura. Certamente um índividuo desprovido deste mecanismo fundamental teria sérias dificuldades em se manter vivo. Perdoem este pensamento linear, mas… não serão as “dores morais” um dos motores da nossa verdadeira cura/evolução? Afinal, muitas vezes o que entendemos por mal é, numa lógica superior, um bem… Porque é que parece que toda a transformação/evolução provoca, a… Read more »

Álisson da Hora
Álisson da Hora
20 fevereiro de 2009 12:08 am

Fabuloso!Já vi tantas pessoas entrarem num Centro espírita tão somente preocupadas em sanar a dor ou presenciar fenômenos…obviamente que a dor ajuda a evoluir, mas é tão bom quando evoluímos pelo amor, fazer estas mesmas perguntas levados pela reflexão não doentia…

valeu!

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
19 fevereiro de 2009 5:18 pm

É isso, Fabrício. A idéia aqui é fornecer várias peças do grande quebra-cabeças da vida, pra que cada um aqui monte o seu ao próprio gosto. 🙂

Maíra
Maíra
19 fevereiro de 2009 5:32 pm

Excelente!

Lu
Lu
19 fevereiro de 2009 5:53 pm

Acid, imagino que vc tbém acredita que “coincidências” dizem respeito à sincronicidade, à sintonia, como no ditado que diz que “quando o discípulo está pronto, o mestre aparece”.
Saiba que este post caiu pra mim no momento certo, na hora exata, como se um anjo tivesse me feito sentar na frente do meu pc e abrir seu blog p/ lê-lo…

Um abraço!

RT
RT
20 fevereiro de 2009 9:54 pm

estou apaixonado agora e derrepente tudo que faço na vida esta me parecendo um verdadeiro tédio…só verei a pessoa depois do carnaval,estou me sentindo muito muito mal…A rotina mascara as coisas

Alexandre SilverFox
Alexandre SilverFox
20 fevereiro de 2009 8:08 pm

o post ali em cima foi meu…

Anônimo
Anônimo
20 fevereiro de 2009 7:33 pm

lex, eu particularmente interpretava as palavras “dor”, “desejo” etc de forma muito próxima do texto do link, mas devo admitir que as palavras quando estão deslocadas do sentido original causam mesmo muita confusão! obrigado pela elucidação! tentei reescrever o textículo, e veja o resultado: 1)onde há vida, há desequilibrio 2)a causa do desequilibrio é a falta de foco no “agora”, no momento presente 3)O equilíbrio é atingido quando focamos no “agora” (passado e futuro não tem mais importância) não achas que o texto inicial estava melhor? rs acho q eu vou comer o bolo… 😀 veremos o resultado em 500… Read more »

fremen
fremen
20 fevereiro de 2009 7:00 pm

Lex, Gostei bastante das suas referencias ás más traduções e o seu impacto negativo na compreensão da mensagem. É um assunto bastante pertinente! “tradutore, traditore” diziam com razão, os Romanos. Segundo li, a Lingua de Jesus Cristo, o aramaico, era pobre em termos de vocabulário. Deste modo, muitas frases eram compreendidas com apoio do contexto subjacente. A frase que lemos na tradução da biblia onde se diz “É mais dificil um camelo passar por um buraco da agulha do que um rico entrar no reino dos céus” é um bom exemplo disso. Aqui o “buraco da agulha”, era também a… Read more »

fremen
fremen
20 fevereiro de 2009 5:53 pm

Obgd pelo comentário e consideração Silverfox, acid: Boa resposta aquela do quebra cabeças! Eu transformei um pouco a frase e adaptei ao meu caso… desculpa não ter citado a fonte, mas achei que estava implicita. Caro Silverfox, O que eu pretendia lançar para relexão era se a dor não será um mecanismo útil que nos permite aferir se estamos no caminho certo (“ad eternum”?) e não se era, em si, o caminho para a felicidade. Isto realmente está cheio de coincidências: Acabei agora mesmo de ver um documentário que me fez refletir um pouco mais. Era sobre o Egas Moniz… Read more »

Wilhelm
Wilhelm
20 fevereiro de 2009 4:18 pm

Meu primeiro estalo ao ler o pensamento célebre foi: E a dúvida constante? Implicaria em trevas contínuas com flashes de luzes?

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
19 fevereiro de 2009 9:45 pm

Não conheço…

Budinha
Budinha
19 fevereiro de 2009 9:33 pm

Off-topic:

O que você achou do livro “The Four Agreements” (Os Quatro Acordos) de Don Miguel Ruiz?

Um abraço.

Anônimo
Anônimo
19 fevereiro de 2009 9:02 pm

“Tenhais confiança não no mestre, mas no ensinamento. Tenhais confiança não no ensinamento, mas no espírito das palavras. Tenhais confiança não na teoria, mas na experiência. Não creiais em algo simplesmente porque vós ouvistes. Não creiais nas tradições simplesmente porque elas têm sido mantidas de geração para geração. Não creiais em algo simplesmente porque foi falado e comentado por muitos. Não creiais em algo simplesmente porque está escrito em livros sagrados; não creiais no que imaginais, pensando que um Deus vos inspirou. Não creiais em algo meramente baseado na autoridade de seus mestres e anciãos. Mas após contemplação e reflexão,… Read more »

Gus
Gus
19 fevereiro de 2009 7:23 pm

Eu nem sei o teu nome, mas freqüento o teu blog há um bom tempo porque o conteúdo dos posts me agrada muito. O que me faz escrever um comentário aqui pela primeira vez não é pouca coisa, é por um texto com o qual me identifiquei, bem como identifiquei o grupo ao qual pertenço, em quase todas as linhas escritas. Passarei o texto adiante, indicando a leitura do teu site. Obrigado.

Lucas Oliveira
Lucas Oliveira
25 julho de 2016 3:31 pm

Revelação

Fagner

Um dia vestido de saudade viva
Faz ressuscitar
Casas mal vividas, camas repartidas
Faz se revelar

Quando a gente tenta de toda maneira dele se guardar
Sentimento ilhado, morto, amordaçado
Volta a incomodar

Quando a gente tenta de toda maneira dele se guardar
Sentimento ilhado, morto, amordaçado
Volta a incomodar

Quando a gente tenta de toda maneira dele se guardar
Sentimento ilhado, morto, amordaçado
Volta a incomodar

Quando a gente tenta de toda maneira dele se guardar
Sentimento ilhado, morto, amordaçado
Volta a incomodar
Volta a incomodar
Volta a incomodar

vagalume.com.br/fagner/revelacao.html

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