MODELO DE UNIVERSO (TEMPO E DIMENSÕES)

Uma coisa que sempre me intrigou nos livros espíritas era a perda temporal que sofriam os espíritos ao chegar lá do “outro lado”. Vários relatos em livros dizem que pessoas passaram não sei quantos anos no umbral, apesar de só terem lembrança de pouco tempo, ou então acordam refeitos do desencarne e notam que já se passaram quatro anos terrestres… Eu nunca acreditei que alguém passasse tanto tempo desacordado, mas só entendi a coisa quando dei de cara com o livro “O universo numa casca de Noz“, de Stephen Hawking. Estava folheando-o na livraria quando dei de cara com o denominado Universo de Einstein, que é o modelo de espaço-tempo que Albert Einstein propôs quando não se sabia que o universo estava em expansão (Portanto é estático, mas ainda assim apropriado por ser simples).

Segundo esse modelo o espaço-tempo é como um cilindro, com sua extensão sendo o passado infinito e o futuro infinito. O presente seria como uma fatia desse cilindro, e imagine essa fatia em rotação, como um grande LP. Quem estivesse no centro deste eixo estaria fixo no espaço, como se alguém estivesse num centro de um carrossel. “Quanto mais afastado do eixo, mais rapidamente estaria se deslocando. Assim, se o universo fosse infinito no espaço, pontos suficientemente distantes do eixo teriam de estar rodando em velocidades acima da luz. Mas, como o universo de Einstein é finito nas direções espaciais, existe uma velocidade de rotação crítica abaixo da qual nenhuma parte do universo está rodando mais rápido que a luz.” (pág. 150)

Esse trecho foi o que me motivou a comprar o livro. Isso porque eu estava amadurecendo a idéia dos planos e como eles interagem, já neste post. O universo de Einstein me deu os subsídios científicos. É possível sim, superar a velocidade da luz (já teve até um experimento nesse sentido). Talvez não a matéria como a conhecemos, mas a matéria quintessenciada (mais sutil) da qual o espiritismo nos fala. Substitua o termo “rotação” por “vibração” no modelo do Universo de Einstein e voilà!! Quanto mais distante do espaço, maior a vibração, até um ponto em que a matéria como a conhecemos “some” deste plano. Já brincaram com um disco de cores? Todas as cores, ao serem submetidas a uma rotação, causam em nossa vista um efeito de vibração, que o nosso olho não consegue captar, daí só vemos a luz branca.

Einstein foi definitivamente um gênio! Previu coisas que nem ele mesmo imaginava que existia! Vejam só: Segundo a teoria da relatividade, teríamos de admitir que o tempo passaria de forma equivalente em ambos os planos, mas não ENTRE os planos. A teoria nos diz que o tempo se expande ou se contrai de acordo com a velocidade, muito embora você não o sinta, pois cada observador tem a sua medida de tempo. É comum nos livros espíritas vermos que um ano lá nos outros planos pode ser equivalente a 40 anos daqui. Por que? Isso também foi explicado no livro “O universo numa casca de noz” no Paradoxo dos gêmeos: “Um dos gêmeos parte numa viagem espacial durante a qual ele viaja próximo à velocidade da luz, enquanto seu irmão permanece na Terra. Ao retornar do espaço o viajante descobrirá que o seu irmão envelheceu mais do que ele. Embora isso pareça contrariar o senso comum, várias experiências indicaram que, nesse cenário, o gêmeo viajante realmente voltaria mais jovem.” (pág. 11)

Aplicação metafísica

Imaginem uma visão 2D das várias dimensões (que no espiritismo chamamos de Faixas vibratórias), sendo a mais próxima do centro a mais densa (física), onde nos encontramos. Estão todas em rotação, como um LP. Quanto maior a velocidade das partículas (vibração) menor a densidade, e então teremos os planos mais sutis, que são invisíveis para nós, mais pra beirada do LP.

Como o plano espiritual está mais na “borda do disco” do que o nosso, ele está numa velocidade superior e por isso o tempo se relaciona de modo diferente com o nosso (muito embora os dias lá, PRA ELES, tenham 24 horas do mesmo jeitinho).

Suponhamos que um acontecimento ocorra simultaneamente nos dois planos. A linha azul indicaria uma seqüência de eventos (que é o que chamamos de tempo). A faixa verde serve pra ilustrar uma linha temporal de comum acordo pra todas as freqüências, que poderíamos chamar de ano, mês ou dia.

Notem que o acontecimento começou a se tornar real para o observador mais próximo ao centro, antes mesmo de chegar na faixa de tempo do segundo observador. E passa muito rapidamente pelo observador 2, e deixa de acontecer enquanto ainda está lá, ocorrendo com o observador 1.

Percebem então porque um ano (ou um dia) nas faixas vibratórias mais altas passa muito mais rápido que aqui? Por isso o ano terrestre não pode ter uma comparação com o dos planos superiores, e exatamente essa a dificuldade de prever quando um acontecimento se dará por aqui. Não tenho certeza, mas o que dá a entender das comunicações é que as coisas acontecem primeiro nos planos mais sutis e só então vão se manifestando nos planos mais densos.

Curiosidade

Sobre essa coisa de vibração = invisibilidade, isso me lembra o Projeto Filadélfia, um experimento da Marinha Norte-Americana com a teoria do campo Unificado de Einstein para tornar um navio de guerra “Eldrige” inteiro invisível aos radares e olhos. Para isso revestiram o navio (com toda a tripulação dentro) com um campo magnético. O navio começou a ficar com uma névoa verde ao redor, depois sumiu de vista (mas ainda estava lá, pois a água ainda era movimentada ao redor de onde ele estava). O projeto parecia um sucesso, só que depois o navio simplesmente sumiu fisicamente! Provavelmente pulou para outra frequência, ou dimensão. Diz-se que foi visto em um porto, em outro Estado. Os marinheiros vomitavam e podiam-se ver corpos fundidos com o metal do navio (alguém lembra de “A mosca”?). Neste link temos mais informações, em inglês, inclusive com uma carta de um dos cientistas detalhando o que ocorreu (alguns marinheiros simplesmente pegaram fogo, outros entraram em paralisia por meses, etc.) e neste outro uma visão mais pé no chão do que pode ter ocorrido.

Referência:
Saindo da Matrix: Tempo
Saindo da Matrix: Múltiplos Big bangs
Saindo da Matrix: Espaço- tempo e além
Saindo da Matrix: Arquivos Akáshicos

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Fabricio Santos Guimaraes
Fabricio Santos Guimaraes
17 abril de 2005 1:51 pm

Ok, estou lhe entregando o meu ensaio sobre a teoria do paralelismo universal. É apenas um ensaio ainda. —————————– (Ensaio) A multidimensionalidade do Universo. As mais recentes descobertas no campo da física, feita por alguns estudiosos japoneses, revelaram que a maior parte da matéria do Universo é composta de matéria invisível em forma de ENERGIA (…) algo realmente invisível não significa que não exista, mas tão somente quer dizer impercebível aos nossos sentidos. Pode-se se afirmar hoje, mas não com absoluta certeza, que a maior parte da matéria que compõe o Universo não pode ser percebida de forma alguma por… Read more »

Milton
Milton
30 junho de 2008 11:25 pm

O modelo despertou-me 2 coisas, na verdade lembrou-me uma e a outra foi um insight.
1. Fique sempre no centro da roda;
2. No centro está a origem do evento.
Abraços e tenho um carinho especial pelo site (já que não te conheço….mas por extensão…)

Olim
Olim
13 agosto de 2008 8:24 am
Maíra
Maíra
7 outubro de 2008 11:00 pm

Um americano de origem nipônica e dois japoneses venceram o prêmio Nobel de Física deste ano O anunciou foi feito nesta terça-feira pela Academia Real Sueca de Ciência, a organizadora da láurea. O prêmio foi dado pelos trabalhos sobre um processo que teria propiciado que o Universo sobrevivesse ao Big Bang. Yoichiro Nambu venceu pela descoberta do mecanismo de simetria quebrada espontânea na física subatômica. Já os cientistas Makoto Kobayashi e Toshihide Maskawa foram agraciados pela descoberta da origem da simetria quebrada que prevê a existência de pelo menos três famílias de quarks (um dos três componentes hipotéticos que constituiriam… Read more »

HERBERT MISSON
HERBERT MISSON
1 fevereiro de 2009 11:02 pm

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=o-que-existia-antes-do-big-bang&id=010130090105 http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/c.asp?id=08316 EU ACREDITO QUE ESSAS INFORMAÇÕES SUSTENTEM AINDA MAIS MINHA TEORIA QUE O UNIVERSO É UMA BOLA DENTRO DE UMA PISCINA DE BOLAS CONTENDO MILHARES OU MILHÕES DE BOLAS (UNIVERSOS), E ESSAS DEFORMAÇÕES DE CONCENTRAÇÃO DE ENERGIA ESCURA E GALAXIAS EM UM PONTO A VELOCIDADES ENORMES (1.000 quilómetros por segundo) PODEM SER A FORÇA GRAVITACIONAL DE OUTRO UNIVERSO PUXANDO ONDE APARENTEMENTE CHEGOU PERTO DE ENCOSTAR NOSSO UNIVERSO COM O OUTRO UNIVERSO. EU ACREDITO QUE QUANDO ELES ENCOSTAM SURGEM O MULTI-BANGS, DIVISÃO DE UNIVERSOS PARECIDA COM A DIVISÃO CELULAR DO (ESPERMATOZOÍDE x ÓVULO) DEPOIS DE FECUNDADOS, CRIA-SE UMA CONSTANTE DE… Read more »

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
1 fevereiro de 2009 11:17 pm

Oi, Herbert, seu insight vem de encontro a uma teoria que foi publicada aqui:
http://www.saindodamatrix.com.br/archives/2003/04/multiplos_bigbangs.html

Gostei da sua elaboração. Pode ser isso, mesmo. Resta ver se a física endossa isso com cálculos.

Roberto Vasconcelos
Roberto Vasconcelos
27 janeiro de 2011 4:46 am

A história sobre a Eldridge já rendeu muito no imaginário popular. A primeira vez que ouvi falar dela foi no jogo Xenogears, do Playstation. Aliás, é um jogo que vale a pena ser jogado, justamente porque trata de muitos assuntos abordados aqui no site, e tem um enredo simplemsente inigualável.

Martyn Stubbs
Martyn Stubbs
20 fevereiro de 2011 12:32 am

Fractal Zoom (HD) to 6.066 e228 (2^760) Mandelbrot – (Last Lights On)

http://www.youtube.com/watch?v=foxD6ZQlnlU

Martyn
Martyn
21 julho de 2011 2:11 pm

Superhouse (shape stacking)

http://youtu.be/SJKjUHGKqVg

Elvis "Wolvie" Rodrigues
Elvis "Wolvie" Rodrigues
16 setembro de 2007 2:33 am

Felizmente tive uma disciplina de Física Quântica na Universidade e conheço de perto a Teoria da Relatividade de Einstein e essa experiência dos gêmeos!
Mas foi muito interessante seu mapeamento para o campo espiritual!

Bruno/
Bruno/
18 junho de 2007 3:41 am

acid, adorei o modelo de universo proposto e o achei bastante realístico, só que não concordei com uma coisa: para mim, como o centro do disco é a parte que nunca gira, sendo assim isenta do tempo, esta parte seria a eternidade, Deus, e os planos vibracionais mais elevados seria os mais proximos do centro do disco, mais perto da eternidade e de Deus, e não o contrário como vc pôs, assim como as partes mais distantes do centro no disco representariam os planos bibracionais mais densos, a matéria bruta, entende?

só uma observação minha…

😉

Paz!

Claudia
Claudia
30 abril de 2007 6:18 pm

Acho que a sua teoria pode ser certa, porque vemos relatos de descobertas científicas que são desenvolvidas em planos mais elevados, e só depois de muito tempo, trazidas para cá. Como para que uma invenção seja implantada aqui é necessário que haja uma sequência de acontecimentos, e mais cedo ou mais tarde as invenções do lado de lá são aplicadas aqui, então acho que realmente é isso o que acontece.

O que parece é que todas as dimensões estão interligadas e se influenciam mutuamente, ou pelo menos as chamadas “inferiores” e “superiores” influenciam a nossa dimensão.

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
17 abril de 2005 2:06 pm

Legal, Fabricio! Você está fazendo-o pra apresentar em algum grupo de estudo? Um filme bom que ajudaria nas pesquisas é “what the bleep do we know”. Tem um post sobre ele em algum lugar desse blog.

Anônimo
Anônimo
20 agosto de 2005 6:07 pm

“Há um forte consenso na existência de Deus e consensos já são por si razão suficiente para justificar a existência de algo.”

esse é um claro exemplo de fálacia, devemos tomar cuidado com isso.

Carlos Henrique
Carlos Henrique
11 agosto de 2005 10:34 am

Olá.. Estive lendo o seu site, e achei muito interessante, também acho bacana que pessoas se interessam pelas explicações dadas pela ciência para a origem e porquês do Universo. Afinal de contas como disse Einstien: ” A ciência está apenas engatinhando, porém é tudo o que temos”.
Abraços

David Enoch
David Enoch
11 agosto de 2005 2:40 pm

olá Acid, só agora li esta matéria. Minha observação é sempre a seguinte: teorias físicas são sempre para o mundo físico, mesmo que o universo seja decadimensionado, com dimensões “enroladas”. Para o mundo espiritual não vale aplicar conceitos de Física. Não vale falar de tempo ou distância e portanto velocidade. Como espiritualista que sou também acredito que o conceito do nosso universo físico mais próximo da “realidade” espiritual seja o conceito de vida. Pra mim, aí sim temos a interação do que é matéria com o que é espírito. Mesmo que se descubra as dimensôes extras ainda assim seriam extensões… Read more »

Fernanda
Fernanda
12 dezembro de 2005 11:08 pm

Adorei essa matéria,eu me interesso muito por isso e tenho muita curiosidade sobre os projetos Filadélfia e Fenix eu queria saber o que deve ter acontecido com a Eldridge quando foi teletransportados.Dizem que foram parar nofuturo ou provavelmente em outra dimensao por causa do portal que foi aberto
É muito legal sua matéria!!!!!! Tchau!

Marco Afonso
Marco Afonso
13 fevereiro de 2006 3:54 pm

Estamos constantemente em busca da solução para união das “diferentes” interpretações sobre o universo, venham elas do conhecimento científico ou dos factos pessoais que apenas o sujeito pode testemunhar caso não se possa repetir em laboratório. A minha interpretação, e de certeza partilhda por muita gente, consiste numa coisa que se verifica cientificamente ou não: a onda. Acredito que todo o universo e seus fenómenos são produtos de interacções de ondas, e já existem vários estudos científicos sobre essa matéria. http://www.foundationforthestudyofcycles.org/ Agora surge a questão: “… e porque a onda?” Bem… se a resposta verdadeira não levantar mais nenhuma questão,… Read more »

edson ecks
edson ecks
11 junho de 2006 12:47 pm

o assunto é complexo. e exigir uma reflexão para a aceitação ou nao destas questões. darei um exemplo de um trb de fisica que alem de pontos altos abstrativos, tem como base questões totalmente simples que podem ser observadas no dia-a-dia, p. ex: A teoria da relatividade de … Einstein Exemplo: um avião cruza o céu, para um observador situado na terra, o avião faz uma linha reta, mas para um observador no espaço, o mesmo avião faz uma curva. Na relatividade de …Einstein, não há valores absolutos, ou seja, depende da posição do observador: eu vejo de um jeito… Read more »

Cono
Cono
3 outubro de 2006 7:03 pm

quando todos os sentidos contemplarem as verdades que envolvem o universo e seu conteudo nao sera de uma so vez
necessitarmos de um tempo do tamanho do universo para compreende-lo entao paciencia que compreender o universo e so o comeco facamos disso algo divertido entao

Anônimo
Anônimo
8 abril de 2013 9:41 pm

Que Universo é esse? As principais teorias dos universos paralelos ou “multiversos” em 5 minutos (vídeo)

http://dharmalog.com/2013/04/08/que-universo-e-esse-as-principais-teorias-dos-universos-paralelos-ou-multiversos-em-5-minutos-video/

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