O KARMA E A LEI DA COMPENSAÇÃO

Vou contar um pouco mais sobre mim, pois pode servir pra ilustrar como funciona o Karma:

Eu costumava usar meus conhecimentos (associados a uma boa retórica) pra humilhar, em debates no mIRC, certas pessoas que se julgavam superiores às outras. Como exemplo o “líder religioso” de um certo canal evangélico ia a um canal espírita atacar as pessoas de lá. Coincidência ou não, depois de um debate em que o fanático foi humilhado na frente de seus seguidores, o tal canal evangélico “fechou”. Na minha lógica deturpada, eu estava certo. Afinal, estava sendo um arauto da “Lei do Karma”, praticando a justiça (inclusive estava fazendo Direito na época). Mas agora sei que eu não passava de um pobre e ignorante executor. Um mendigo em roupas de nobre.

Agora estou aqui, ainda um mendigo, mas procurando aprender mais e ajudar, indiretamente, pessoas que não conheço e provavelmente nunca conhecerei. Não estou fazendo isso por consciência pesada. Lembrei do episódio acima apenas hoje. É uma transformação interna que ocorreu paralela aos meus estudos, e só quem passou pelo que eu passei pode entender a alma de outra pessoa que está fazendo o mesmo que eu fazia antes. Assim como Frodo entendia Gollum.

Do mesmo jeito se explicam os defeitos físicos que muitos carregam como fardos, em suas reencarnações. Muitas vezes são compulsórios, resultados de exageros de vidas passadas, que danificaram o “molde” espiritual que dá origem ao corpo (principalmente no uso de drogas ou suicídio). Mas vemos pessoas maravilhosas, que são cegas ou paraplégicas, e muitas vezes questionamos que tipo de Justiça Divina é essa que pune uma pessoa assim. Muitas vezes quem pede esses defeitos é a própria pessoa, quando considera-se espiritualizada e preparada para tal (e por isso existem tantas pessoas boas nessa condição).

O Karma de uma pessoa que cega a outra pode ser saldado de muitas maneiras (trabalhando em hospitais, sendo o pai/mãe da pessoa que cegou em outra vida, etc) mas muitas vezes a pessoa culpada implora aos mentores espirituais para que ela passe pela mesma experiência, pois sentem no íntimo que sem isso seu aprendizado não terá sido completo.

Nas nossas sucessivas encarnações escolhemos provas que servem para testar o que aprendemos nas encarnações anteriores e criam oportunidades de aprender novas coisas. Por isso não é difícil que um brilhante físico teórico como Stephen Hawking tenha tido (ou venha a ter) uma outra encarnação em que seja um fazendeiro “ignorante”, que sirva para aprender mais sobre a natureza e a sensibilidade que (talvez) não possam ter sido apreendidas nesta encarnação, devido ao seu estado físico. Considerando-se o extremo em que ele se situou, provavelmente a missão dele era fazer um “intensivão” no mundo do pensamento, com quase nenhuma interferência do mundo dos sentidos (prazeres como correr, nadar, atividades paralelas aos estudos) que o desviariam de sua meta. É óbvio que o ideal é equilibrar saúde física com a mental (mente sã em corpo são, como ensinava o poeta romano Giovenale em Sátiras) mas talvez ele tenha desperdiçado muitas encarnações em prazeres terrenos ou sua missão exigia máxima urgência e ele teria de completá-la nesta encarnação de qualquer jeito.

Finalizo acrescentando que o Karma não é um castigo de Deus. A tendência de todas as coisas é o equilíbrio, buscando o centro. É assim com as galáxias, é assim com a água que escorre pelo ralo. Você pode ser “o(a) Senhor(a) do seu Karma” se souber o que está desequilibrado em você.

Referência:
Saindo da Matrix – Códigos

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Fábio da hora serra
Fábio da hora serra
20 setembro de 2021 10:08 pm

Gostaria de aprender mais poderia me ensinar por favor

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