Recomendo a leitura em especial desse mail, publicado na lista Voadores, que são trechos do livro Poderes do Pensamento, de Omraam Mikhaël Aïvanhov (Coleção Izvor – Edições Proveta – Portugal). Minha admiração pelo estilo simples e direto – embora carregado de sabedoria profunda – de Aivanhov me faz ler todos os textos dele (que estão sendo enviados por canalização, lá na lista Voadores) e não me canso de admirar a beleza da clareza e simplicidade na exposição de suas idéias. Abaixo, alguns trechos do mail:
“O verdadeiro criador é o homem do pensamento; é no pensamento que as coisas se criam. No plano físico nada se cria, copia-se, imita-se, fazem-se uns pequenos trabalhos. A verdadeira criação tem lugar no mundo espiritual. Portanto, mesmo que comandem a matéria, a dirijam e a obriguem a trabalhar para eles, os materialistas perdem o reino do espírito: nivelam-se com a matéria, descem ao seu plano e, portanto,perdem o poder de comandar, perdem a sua força mágica.
É por isso que eu digo para vocês: se souberem utilizar a sua vontade, o seu pensamento, o seu espírito, para dar forma a todos os impulsos que vêm de dentro de vocês, tornar-se-ão criadores, serão grandes forças. Mas não tenham ilusões! Lá porque o seu pensamento obedece vocês, lá porque são capazes de fazer um trabalho de transformação interior, não imaginem que o plano físico também obedecerá a vocês! Muitas pessoas não vêem a diferença e perdem a cabeça porque misturam os dois mundos. Há pouco falei dos enamorados, para os quais, quando têm um encontro marcado, o inverno se transforma em primavera. Essa primavera é real neles, mas no exterior continua a haver inverno. Se eles imaginarem que basta estender a mão e pronto, os pássaros virão cantar… Bem, podem esperar! Pois bem, é o que fazem alguns espiritualistas… Eles imaginam! Alguns até acreditam que, se pronunciarem certas palavras mágicas, se abrirá um rochedo como no conto “Ali-Babá e os Quarenta Ladrões”, acreditam que lhes bastará dizer “Abre-te Sésamo!” para encontrarem tesouros que lhes permitirão viver na abundância até o fim da vida. Não, é muito mais razoável trabalhar do que estar assim à espera de tesouros.Aliás, de uma maneira geral, as pessoas nunca devem iniciar uma atividade espiritual estando demasiadamente seguras de si próprias, pois essa segurança desencadeia outras forças que se opõem à realização. Já deveis ter notado isso. Comprometam-se a fazer determinado trabalho num certo dia e, passado algum tempo, já não têm qualquer desejo de o fazer. Contudo, se na altura em que se comprometerem estiverem sendo sinceros, estarão decididos a manter a sua resolução. Portanto, daqui para o futuro, não prometam muito intensamente, não anunciem os seus projetos a toda a gente, guardem os seus votos e os seus desejos só para vocês; assim, surgirão menos obstáculos a sua idealização. Eis uma questão que é muito importante conhecer.
E, mesmo quando obtiverem uma vitória, não se deixem adormecer, fiquem ainda mais vigilantes, porque o outro lado poderá atacá-los e, se deixarem surpreendê-los, poderão perder todas as vantagens que já adquiriram. São leis; como tudo está ligado, um movimento produzido numa região desencadeia outro movimento na região oposta. É por isso que, quando um Iniciado está a fazer um trabalho muito luminoso para toda a humanidade, mesmo sem querer ele desperta, suscita o outro lado, as trevas. Mas, como sabe isso, toma precauções. Não é por se despertar a hostilidade das forças tenebrosas que se deve renunciar a trabalhar para a luz. Também neste caso é necessário saber como não sucumbir, mas há que continuar o trabalho até à vitória e, ao mesmo tempo, aprender a utilizar as dificuldades como estimulantes.”
Omraam Mikhaël Aïvanhov
- Às vezes é preciso “chutar o balde” e o “pau da barraca” para reciclar algumas coisas na vida.
- Às vezes o comodismo não é por preguiça, mas por medo e covardia em função da medíocre opinião dos outros.
- Às vezes a inércia e o medo do novo é na verdade medo das profundas responsabilidades que desejamos recusar.
- O homem mais forte do mundo é o que perdoa, e o mais fraco o que se magoa.
Paz e Luz,
Ramatis, Curitiba, 14/11/2003 – por Dalton Campos Roque