A CONSCIÊNCIA

Sabemos o que somos, mas não o que podemos ser.

William Shakespeare

O corpo é um veículo para a manifestação da consciência em nosso plano físico, assim como um carro é o veículo para locomoção dos humanos na estrada. Do mesmo jeito que você não é seu carro, sua consciência não é seu corpo. E, do mesmo jeito que se você precisar tomar um café na cozinha vai ter de deixar seu carro do lado de fora, se você quiser fazer alguma coisa em uma vibração/dimensão diferente da do seu corpo físico vai ter de deixar essa carcaça pesada dormindo em algum canto.

Segundo estudos da Teosofia – que se basearam em estudos Hindus – e que são comprovados por pessoas que fazem projeção astral e pelas comunicações dos espíritos (principalmente através dos livros de Chico Xavier) nosso corpo se divide, a grosso modo, em três; cada um deles numa vibração específica.

Mas, pra que essa confusão de corpos? Minha consciência, que sou “eu”, já se sente como esse corpo!

Ora, do mesmo jeito que um astronauta que, quando vai ao espaço, precisa usar umas 4 ou 5 camadas de roupa – pra sua proteção – e ainda assim continua sendo “ele mesmo”, sua consciência (que não está presa nesta vibração grosseira, nem na acima dela, nem na outra, estando numa frequência mais elevada que eu não saberia dizer aonde é) pra “descer” até aqui na Terra precisa de várias “pontes” entre os corpos, um comandando o outro, para que possa haver “interface” entre as diversas faixas vibratórias.

Então, você não é esse corpo de carne e osso. Também não é seu corpo astral, nem o corpo mental. Você é sua consciência, a coisa mais imaterial que você possa imaginar dentro de você mesmo. Se estiver confuso, é melhor parar por aqui, porque o buraco é mais embaixo (mais pra cima, na verdade): Você também não é sua consciência, porque sua consciência é apenas um veículo de manifestação de Deus. A partir daí eu não saberia o que vem, pois nem sequer consigo imaginar Deus. Mas, na minha opinião pessoal, baseado na doutrina espírita e no modelo de evolução da Teosofia, posso dizer que vamos passar um loooooooooooongo tempo até deixarmos de ser consciência, então aproveite sua escalada até Deus PROCURANDO SER Deus, mesmo com todas as nossas imperfeições (que é coisa da idade, crianças evolutivas que somos, em comparação à Mente Criadora…).

Aí você retruca:

— Ah, mas eu sou o “poderoso Megalossauro”, não preciso mais de consciência! Daqui vou direto pra fonte!

Ok, que seja. Mas como vai fazer pra se livrar da Consciência? Hara Kiri? Buda deu um método, Jesus outro, Confúcio, outro. Todos eles pregam a integração com o TODO através da AÇÃO (principalmente) e do domínio e desenvolvimento da Consciência, porque não é o TODO que vai abarcar a Consciência, e sim a Consciência que deve expandir-se (sutilizar-se) para alcançar o TODO (uma metáfora melhor seria: O mar não vai cair em cima da gota d’água, e sim a gota que vai voltar pro mar. A gota não cresceu pra virar TODO o mar, apenas não a distinguimos mais). Se você conseguir isso nesta ínfima existência parabéns, pois estará acima de Buda e Jesus, que conseguiram interagir com o TODO, mas ainda como Consciências (ou não teriam como se manifestar aqui na Terra, ou em qualquer outro planeta).

flautista

“Quando você está sentado em completo silêncio, inativo, a língua tocando o céu da boca e silenciosa, não tremendo com pensamentos, a mente observando passivamente, não esperando por coisa alguma em particular, sinta-se como um bambu oco e subitamente uma energia infinita começa a se derramar dentro de você; você está preenchido com o desconhecido, com o misterioso, com o divino. Um bambu oco se torna uma flauta e o divino começa a tocá-la. Uma vez que você esteja vazio então não há nenhuma barreira para o divino penetrar em você”

Osho; Criatividade: Libertando sua força interior
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Anônimo
Anônimo
17 julho de 2012 10:25 am

192 – Pode-se, desde esta vida, por uma conduta perfeita, superar todos os graus e se tornar espírito puro, sem passar pelos gruas intermediários.

_ Não, pois o que o homem acredita ser perfeito, está longe da perfeição; há qualidades que lhes são desconhecidas e que não pode compreender. ele pode ser tão perfeito quanto o permita sua natureza terrestre, mas, isso não é a perfeição absoluta….

LE

Anônimo
Anônimo
24 julho de 2012 7:34 pm

Conto Zen: Transitoriedade Certa vez, uma pequena onda do oceano percebeu que ela não era igual às outras ondas e disse: “Como sofro! Sou pequena, e vejo tantas ondas maiores e poderosas do que eu! Sou na verdade desprezível e feia, sem força e inútil…”. Mas outra onda do oceano lhe disse: “Tu sofres porque não percebes a transitoriedade das formas, e não enxergas tua natureza original. Anseias egoisticamente por aquilo que não és, e mergulhas em autopiedade!” “Mas”, replicou a pequena onda, “se não sou realmente uma pequena onda, o que sou?” “Ser onda é temporário e relativo. Não… Read more »

Anônimo
Anônimo
23 novembro de 2012 2:00 pm

Porém, como descrever a chegada da alma pura em seu mundo? A Terra desapareceu como um sonho. Um sono novo, um desvanecimento delicioso envolve a alma, como uma carícia. Ela nada mais vê a não ser o seu guia alado, que a leva com a rapidez de um relâmpago pelas profundezas do espaço. O que dizer de seu despertar nos vales de um astro etéreo, sem a elementar atmosfera, onde tudo, montanhas, flores, vegetação, se constitui de uma natureza deliciosa, sensível e eloqüente? O que dizer sobretudo das formas luminosas, homens e mulheres, que a cercam como uma procissão sagrada,… Read more »

Anônimo
Anônimo
2 junho de 2013 9:33 am

Cinco Agregados do Apego_Parte 1

http://youtu.be/phB68YfgNc4

Cinco Agregados do Apego_Parte 2

http://youtu.be/NI741IQ7QRQ

Anônimo
Anônimo
18 junho de 2013 3:28 pm

Sabedoria Quântica Nossa verdadeira e grande missão nesta existência é olhar para dentro de nós mesmos. Procurarmos ultrapassar este ego que nos aprisiona e comanda, nos tornando pobre mendigantes de energia do mundo externo. Preferimos ficar presos e lutando nas situações externas, acreditando que elas surgem por elas próprias, que não temos participação nas experiências que surgem pra nós… e assim não chegamos a lugar nenhum. Seguimos fazendo esforços para sobreviver e preferimos viver assim, pois o medo de mexer e olhar para o mundo interno é muito grande. E este medo vem de onde? De um ego que não… Read more »

Anônimo
Anônimo
1 julho de 2013 10:40 am

Des-percepção – Ajaan Thanissaro Dessa forma, você ficará face a face com as percepções que mantêm até mesmo os estados de concentração mais sutis. E você verá que até mesmo essas são estressantes. Se você substituí-las por outras percepções, no entanto, você simplesmente estará trocando um tipo de estresse por outro. É como se os níveis ascendentes de concentração o levassem até o topo de um pau de bandeira. Você olha para baixo e vê envelhecimento, enfermidade e morte subindo no pau em perseguição. Você exauriu todas as possibilidades que a percepção pode oferecer, então o que irá fazer? Você… Read more »

Anônimo
Anônimo
1 julho de 2013 10:42 am

(A Realização da Cessação) 16. “Senhora, como ocorre a realização da cessação da percepção e da sensação?” “Amigo Visakha, quando um bhikkhu está realizando a cessação da percepção e da sensação, não lhe ocorre: ‘Eu irei realizar a cessação da percepção e da sensação,’ ou ‘Eu estou realizando a cessação da percepção e da sensação,’ ou ‘Eu realizei a cessação da percepção e da sensação’; mas, ao invés disso, a sua mente já foi previamente desenvolvida de tal forma a conduzi-lo a esse estado.” [9] 17. “Senhora, quando um bhikkhu está realizando a cessação da percepção e da sensação, quais… Read more »

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