WATCHMEN

O cinema de heróis enfim amadureceu, acompanhando a revolução dos quadrinhos com 24 anos de atraso. O final dos anos 80 foi a era de ouro dos quadrinhos, com obras adultas e inteligentes, que eram chamadas de Graphic Novels (pra diferenciar dos quadrinhos pra crianças). Nesta época vimos coisas como Batman: o cavaleiro das Trevas, Batman: A piada mortal, Demolidor: Amor e ódio e X-Men: O conflito de uma raça, também tivemos nos gibis a história recontada de Superman (por John Byrne), de Batman e do Demolidor (ambas por Frank Miller), e aquela que é considerada por muitos a obra-prima dos quadrinhos: Watchmen.

Watchmen cartaz do filme com button ensanguentado

Vocês me viram falar do filme Batman: The Dark Knight, e do quanto ele NÃO é pra crianças, mas pensei que esse estilo hardcore (que surpreendeu a todos e deu muito dinheiro) só apareceria novamente nos filmes de heróis em 2010. Felizmente enganei-me. E a prova disso é que acaba de chegar aos cinemas uma história diferente de tudo o que você já viu em termos de heróis mascarados, e que é o equivalente quadrinístico de Moby Dick para a literatura e Bob Dylan para a música. A obra que revolucionou seu meio, destruindo de vez a aura mitológica dos super-heróis e mostrando suas verdadeiras faces por detrás das máscaras.

OS QUADRINHOS

Watchmen é uma mini-série em quadrinhos escrita por Alan Moore e ilustrada por Dave Gibbons, publicada originalmente em doze edições mensais pela DC Comics entre 1986 e 1987. Ganhou vários prêmios, como uma honraria especial (e inédita até hoje para quadrinhos) no tradicional Prêmio Hugo (voltado à literatura), além de ser a única história em quadrinhos presente na lista dos 100 melhores romances, eleitos pela revista Time.

Alan Moore foi genial ao ser o primeiro a escrever que, se heróis existissem de verdade, o mundo e suas relações sociais não seriam mais as mesmas. E nos mostra nessa série todas as consequências nefastas da presença de vigilantes (watchmen) em nossas vidas. Moore imaginou como seria ter um Super-Homem de verdade do lado dos EUA, como agiria um Capitão América (um agente militar pau-mandado, em prol dos “interesses” da nação) e como se comportaria alguém com um passado tão traumatizante como o do Batman, caçando bandidos nas ruas e seguindo suas próprias regras. Posso adiantar que não é bonito, nem heróico. Reside aí a beleza e a genialidade de Watchmen.

Não satisfeito em contar sua história a partir de sua época (1985), Moore detalhou tudo o que aconteceu nas décadas anteriores, sob influência dos heróis. Começa em 1938, quando justiceiros mascarados, todos sem superpoderes, começam a aparecer pra fazer justiça com as próprias mãos – um deles influenciado pelas histórias em quadrinhos do Super-Homem – até formar um grupo de pessoas (os Minutemen), que saem por aí batendo em bandidos. Até que, nos anos 60, um acidente de laboratório transforma um físico nuclear num ser azul capaz de controlar totalmente a matéria. Nasce então o primeiro e único SUPER-herói da história. Logo o governo o usa para intimidar a União Soviética, e fazer a balança da guerra fria pender totalmente para o seu lado. Ele ganha o nome de Dr. Manhattan (escolhido para evocar o terror da bomba nuclear) e Nixon o convoca pra acabar com a guerra do Vietnã, o que é feito rapidamente. Como consequência, não há Watergate e Nixon se reelege indefinidamente. E Dr. Manhattan é alçado ao nível de Deus, papel que assume progressivamente durante a história.

Com as tensões sociais e a escalada da violência, a sociedade começa a questionar a liberdade dos vigilantes, que agiam acima da lei, e como forma de protesto a polícia cruza os braços (“os heróis que resolvam”, dizem eles). Em resposta, Nixon promulga em 1977 a “Lei Keene”, que exige que todos os “aventureiros fantasiados” se registrem no governo. Suplantados pelo Dr. Manhattan, a maioria dos vigilantes decide se aposentar, alguns revelando suas identidades secretas para faturar com a atenção da mídia (caso de Adrian Veidt, o Ozymandias). Outros, como o Comediante e o Dr. Manhattan, continuam a trabalhar sob a supervisão e o controle do governo. O vigilante conhecido como Rorschach, entretanto, passa a operar como um herói renegado e fora-da-lei, sendo frequentemente perseguido pela polícia.

É aí que começa a história dos quadrinhos e do filme, em 1985, onde a tensão da Guerra Fria com a URSS beira o absurdo (assim como na vida real, na época) e o Dr. Manhattan é a única coisa impedindo a URSS de começar um ataque ao Afeganistão e iniciar algo que pode dar início a uma guerra nuclear. Cientistas vão à TV anunciar que o relógio que simboliza o fim do mundo (que existe de verdade) está a poucos minutos da meia-noite (onde meia-noite representa a destruição por uma guerra nuclear) e Ozymandias busca ganhar mais dinheiro com uma linha de perfumes intitulada Nostalgia (remetendo a uma época menos complicada).

O FILME

Watchmen cartaz Comediante

Além da abertura, que sintetiza todo o background da HQ em alguns minutos, o filme surpreende com um final diferente dos quadrinhos, mas perfeitamente integrado ao espírito da história. Pra ser bem sincero, acho esse final bem mais plausível do que uma lula interdimensional, e para os puristas adianto que este talvez seja o filme mais fiel ao espírito de uma graphic novel, depois de Sin City. Muitos diálogos estão lá, palavra por palavra, muitas cenas são encenadas emulando as mesmas poses dos quadrinhos, até mesmo no esquema de cores (de quando em quando aparece um elemento púrpura, predominante na HQ). Há um respeito quase exagerado ao roteiro, o que deixa o filme um pouco lento às vezes, na tentativa de colocar todos os detalhes desse rico universo criado por Alan Moore na tela. O cinema tem seu próprio ritmo e linguagem, e EXIGE uma adaptação, mas nesse caso a adaptação foi mínima (pra sorte dos fãs), o que reflete no ritmo. Mas, no geral, o filme é muito bom. As cenas do presídio, com Roscharch, são fantásticas. É dele as melhores frases do filme / HQ. Quando ele pronuncia a célebre frase no presídio (não vou estragar pra quem não viu) quase que me levanto pra aplaudir! Obviamente pra um filme caro como esse, o diretor Zack Snyder (o mesmo do filme 300) teve de fazer concessões, e vê-se isso no alongamento das cenas de porrada (a la Matrix), no fato de que alguns personagens serem resistentes como os Cavaleiros do Zodíaco (quebram o cenário todo com o corpo, depois levantam pra apanhar mais), mas felizmente Snyder não estragou tudo usando sloooowww mooootionn o tempo todo. Aguardo ansiosamente pela versão do diretor em Blu-ray, ainda mais fiel, com 3 horas e 10 minutos.

TRILHA SONORA

Por falar em som, a trilha sonora do filme é um show à parte. Músicas dos anos 50, 60 e 70, muito bem escolhidas e que dizem alguma coisa relativa ao que está sendo mostrado na tela. Não por acaso, Bob Dylan abre (com The Times They Are A-Changin) e fecha (com Desolation Row, na versão do My Chemical Romance) o filme.

OS TEMPOS MUDARAM…

Talvez o telespectador médio saia – quem sabe, até no meio do filme – com a impressão de ter visto um filme muito pretensioso, praticamente um filme de super-heróis existencialista francês. Mas a idéia é exatamente essa, e se você ficou desolado e desconcertado com o final, parabéns, você teve um vislumbre de como ficou quem leu esta série nos anos 80, quando virou a última página.

O crítico Anthony Lane, do jornal New Yorker, disparou sobre o filme: “Incoerente, presunçoso, e cheio de aversão a mulheres, Watchmen marca o final da demolição das tiras de quadrinhos, e deixa você pensando: onde foi parar a comédia?”. A resposta está nas próprias páginas do quadrinho: “Bem, o que você esperava? O comediante morreu“.

watchmen quote

Referência:
Jovem Nerd – Resenha sobre os quadrinhos;
Jovem Nerd – Podcast (áudio) com excelentes comentários sobre os quadrinhos e bastidores do filme;
Especial do Zine Acesso;
Sedentário e Hiperativo – Referências ocultistas em Watchmen

0 0 votes
Avaliação
Subscribe
Notify of
44 Comentários
Newest
Oldest Most Voted
Inline Feedbacks
Veja todos os comentários
ZéBedeu
ZéBedeu
18 dezembro de 2009 9:28 am

Eu não conhecia os quadrinhos e achei uma obra prima! Sensacional, merece ser assistido 10x. Forte, violento. Esse faz frente ao Cavaleiro das Trevas

Anonymous Gourmet
Anonymous Gourmet
17 março de 2009 12:23 pm

Fiquei curioso… pretendo ver.

Lionheart
Lionheart
17 março de 2009 7:59 am

Foi exatamente isso que eu quis dizer Vinicius… Você só falou mais bonitinho. rsrsrs

Hermano
Hermano
16 março de 2009 12:14 pm

É tudo cheio de símbolos, significado, críticas… um universo intricado e elaborado.

Mas pqp… o final da graphic novel é tosco. Espero que no filme fique melhor.

Vinicius Carvalho
Vinicius Carvalho
16 março de 2009 10:01 am

“Graphic Novel = gibi para adultos que têm preguiça de ler livros.” Lionheart

digo sem corrigir a frase acima.
Graphic Novel = Livros para adultos que realçam a intensidade dos sentimentos nas falas,com um reflexo humano,em gravuras.

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
14 março de 2009 2:50 pm

Li sim, Luiz. Com absoluta incredulidade, pensando que os roteiristas tinham enlouquecido de vez.

Luiz Delgado
Luiz Delgado
14 março de 2009 2:31 pm

curioso, como todos bebem nessa fonte, a marvel com guerra civil e os supremos, BATMAN e vai por ai, muito bom o texto,voce pelo jeito acid é meu contemporâneo, deve até ter lido”a queda de Murdock”,quanto a filmes de super-heroi o “Homer” gosta mesmo é de pipocão estilo quarteto fantastico,pouco cerébro e muitos efeitos especiais.

ieiê
ieiê
14 março de 2009 1:08 am

Pra maioria, o que vale mesmo, é Velozes e Furiosos 4. Pão e circo!
Estou acostumada a ser minoria…

qualquer um
qualquer um
13 março de 2009 3:21 am

Essa frase do Einstein é simplesmente impressionante.

Luis Henrique
Luis Henrique
13 março de 2009 12:46 am

Eu assisti o Filme (aqui em santo andré/sp) e no meio do filme, começaram a sair pessoas e ir embora mesmo hehehehe … as pessoas não estão tão preparadas para filmes que queram o padrão…

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
18 março de 2009 3:42 pm

Já que estamos falando de música, a “Two minutes to midnight”, do Iron Maiden (que está tocando-a em turnê pelo Brasil) foi baseada no relógio do fim do mundo, que chegou a dois minutos do apocalipse atômico, em 1953. Quando eles lançaram o álbum, em 1984, o relógio estava marcando 3 minutos para a meia-noite.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rel%C3%B3gio_do_Apocalipse

fremen
fremen
18 março de 2009 4:19 pm

Uma boa experiência cinematográfica, com música muito bem escolhida, inclusive a da Nen a – que passei a gostar :). A reescrita da história está bem feita. Recomendo quer se saia a gostar ou não. Todavia, não consegui levar o filme a sério! cena do Rorschach na prisão: – Sorry that’s not personal! enquanto o vilão usa a serra circular para decepar os braços de um colega que bloqueia a entrada da cela. heheheheheh!!! Foi rir do principio ao fim, espe cialmente com a cena de novela da paternidade escondida do Comediante! Resumindo, para mim foi uma comédia-retro num universo… Read more »

Leandro
Leandro
27 setembro de 2009 2:06 pm

É… apesar da violência desmedida que, na minha opinião, achei um tanto quanto desnecessária (mas que também deve fazer parte do contexto da HQ) considerei a trama bastante genial, ainda mais revendo e pensando sobre ela. Falando nisso, e já que foi mencionado o 11 de setembro, se realmente for verdade essa farsa (que frase mais paradoxal essa) fico pensando quais seriam as reais consequências se as pessoas de fato a descobrissem. Valeria a pena? Quem vai saber… Sobre o inimigo em comum, foi uma questão bem lembrada realmente… quantos inimigos-em-comum certos povos não arrumam como forma de se unir,… Read more »

Anônimo
Anônimo
24 setembro de 2009 3:25 pm

Kitsch x o ‘espírito da lei’, por Montesquieu:

“Se eu soubesse de alguma coisa que me fosse útil e que fosse prejudicial à minha família, eu a expulsaria do meu espírito. Se soubesse de alguma coisa útil à minha família e que não o fosse à minha pátria, eu tentaria esquecê-la. Se eu soubesse de alguma coisa útil à minha pátria, e que fosse prejudicial [ao continente], ou que fosse útil [ao continente] e prejudicial ao gênero humano, eu a consideraria um crime.”

Fausto
Fausto
24 setembro de 2009 8:43 am

Para mim a principal conclusão que o filme mostrou é que os homens não encontram a paz entre si por si mesmo.

Para se unirem, precisam de um inimigo em comum (Dr Manhatan) que seja muito mais poderoso que os homens e além disso tenha requintes de ira e crueldade.

Daí vem uma justificativa, esta crença levou à criação deste Deus judaico-cristão que conhecemos.

Leandro
Leandro
24 setembro de 2009 2:21 am

Há que se ver se essa descrição do mundo não chega a ser prescritiva. Por exemplo, se eu digo, ou “mostro”, que a natureza humana é desse ou daquele jeito, será que ela realmente é? A natureza pode ter várias faces. E o que filme mostrou foi uma crueldade sem limites… Tudo bem, existem coisas piores, porém qual o tipo de telespectador que sente prazer em ver membros destroçados, dedos e braços quebrados aos montes, sangue derramado por puro prazer?

Alguma coisa está fora da ordem…

Mcnaught
Mcnaught
20 março de 2009 9:11 am

Início das filmagens de Lanterna Verde tem data marcada.

De acordo com a publicação especializada Production Weekly, as filmagens de Green Lantern começam em setembro deste ano. Sob a direção de Martin Campbell (007 Cassino Royale), a aventura será rodada na Austrália, com lançamento previsto para 17 de dezembro de 2010.

http://cinema.cineclick.uol.com.br/noticias/index.php?id_noticia=22628

H K Merton
H K Merton
19 março de 2009 2:47 pm

Para mim, foi disparado o melhor filme inspirado em quadrinhos de todos os tempos. E um dos melhores filmes que eu já vi, no geral, também. – Certo, eu amo quadrinhos de qualidade. – E esse cara fez um tributo aos quadrinhos, fugindo de todos os estereótipos, mostrando o lado humano de um super herói (como seria se existissem) de um jeito absolutamente novo.

Saí do cinema embasbacado. Foi uma experiência.

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
19 março de 2009 2:12 pm

Imagino porque o Dr. manhattan consegue prender a atenção do público feminino…

Carla
Carla
19 março de 2009 1:45 pm

Gostei do filme não. Muito cansativo…voce fica em estado de espera o tempo todo. Acho que depois que se assiste Prison Break o nível de exigência cinematográfica aumenta demais. O filme só ficou interessante quando a estória focou na vida de Mr. Manhattan. O resto foi mais um festival de Sin City. Enfim…2 hrs disperdiçadas, porque os outros minutos valeram por causa do Mr. Manhattan

Irv
Irv
12 março de 2009 5:19 pm

Eu tenho uma sugestão de leitura baseada nesse filme!
Leiam Nietzsche – O Nascimento da Tragédia.
No texto, ele analisa a cultura grega e o antagonismo entre o Apolíneo e o Dionisíaco.
Na minha opinião, essa frase “Bem, o que você esperava? O comediante morreu” É a manifestação da tragédia grega, só que retomada nos quadrinhos.
Abraços!

Lionheart
Lionheart
12 março de 2009 4:38 pm

Graphic Novel = gibi para adultos que têm preguiça de ler livros.

Anônimo
Anônimo
10 março de 2009 4:32 pm

“O relógio do Apocalipse” . . . bollshit! Isso só serve para criar + pressão nas comunidades inter-países, + expetativa , as pessoas parecem ficar esperando tal catástrofe. É este tipo de mesquinhices que se tem de abolir de uma vez por todas, porque se eu não tivesse mais nada para fazer também ía jogando o “jogo da forca” enquanto assistia a notícias avassaladoras calmamente no sofá, vendo tv! Eu tenho a certeza que se o Einstein fosse vivo, ele tinha sido realmente relojoeiro, só para desenvovler o modelo de relógio mais belo de sempre: o relógio de ponteiros estáticos.… Read more »

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
10 março de 2009 3:35 pm

Sobre o mago eu não sou a pessoa mais indicada pra falar. Mas Marcelo Del Debbio postou um documentário especificamente sobre Moore aqui:
http://www.deldebbio.com.br/index.php/2009/01/26/the-mindscape-of-alan-moore/

Anônimo
Anônimo
10 março de 2009 3:18 pm

Que horror meu deus, My Chemical Romance cantando Bob Dylan fecha o filme? Deve ser por isso que o Alan Moore desaprova veementemente essas adaptações hollywoodianas de suas graphic novels para o cinema, inclusive recusando-se a aceitar os créditos. Aliás, este é um ponto que deveria ter sido comentado no post, você só falou do filme Acid. Mas… e o feiticeiro dos quadrinhos, o que pensa dessa vez?

Thu
Thu
10 março de 2009 12:19 pm

Assim que soube que Watchmen seria filmado, e soube tambêm de toda reverência que existia em torno deste quadrinho, baixei na internet as 12 edições e comecei a ler. Deixei a ultima para ler no dia em que fosse ver o filme! Hoje eu vou ler a ultima edição e ver o filme logo mais.

Pelas criticas que tenho lido, acho que vou gostar tanto do filme quanto do quadrinho!

kiabo azul
kiabo azul
10 março de 2009 12:17 pm

rpz eu nunca gostei desses negocio nao, sabe? E pra mim heroi de verdade é gohan!

Missiato
Missiato
10 março de 2009 12:10 pm
Gustavo
Gustavo
10 março de 2009 9:27 am

Eu assisti ao filme ontem. Acho que quem conhecia os quadrinhos antes deve ter curtido mais.

Entretanto, parece que o cinema baseado em HQ tem evoluído bastante! Muitos tabus e clichês que antes recheavam os roteiros foram rompidos por este filme – o nu frontal masculino (figuras como o surfista prateado parecem o boneco do Ken), um herói com impulsos estupradores, um final inesperado…

Estes detalhes marcam uma evolução.

cristian
cristian
10 março de 2009 8:38 am

Muito bom esse post, porém eu esperava( na verdade estava ansioso) que o acid falasse sobre o aspecto psicologico dos personagens ou sobre a ética envolvida, anyway congratulations

toto
toto
10 março de 2009 6:27 am

…mas, ói: esse cara gosta d quadrinhos, nunca q eu acharia.

Tem bom gosto “acid”.

Titanico
Titanico
10 março de 2009 7:44 pm

“Alan Moore é um hipócrita mentiroso”. – Ele ganhou um milhão de dólares da Fox por Liga – ele não PRECISAVA ter recebido o dinheiro. – Ele diz que nunca assistiu Liga, então por que pode ficar comentando sobre seus méritos? VOCÊ pode falar o que quiser – mas ele nunca assistiu. – Ele faturou mais de 3 milhões de dólares depois que Watchmen voltou a vender por conta do filme – e não devolveu esse dinheiro. – Ele vendeu os direitos sobre Watchmen em 1988. – Ele atacou V de Vingança quando saiu – depois de vender os direitos.… Read more »

Titanico
Titanico
10 março de 2009 7:51 pm

Estão querendo refazer “Quarteto Fantástico” e “Demolidor”. Detalhe: os últimos filmes sobre quadrinhos são demais! Mas estou com medo de estragarem “Dragon Ball”, coisa que parece que fizeram com “Street Fighter”. WATCHMEN é muito bom… por isso, concordo com essa idéia aqui: “Um novo cult Como a própria graphic novel, Watchmen – O Filme não é uma experiência para ser digerida de uma única vez. É o tipo de obra que exige amadurecimento e análise. Correndo o risco de parecer um vidente charlatão, acredito que estamos diante do Blade Runner de nosso tempo, um filme que será duramente criticado enquanto… Read more »

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
12 março de 2009 3:20 pm

Fui. As cadeiras são legais, a projeção boa, mas a tela não é tão grande e não tem som THX.

Well
Well
12 março de 2009 2:40 pm

Acid, já foi no cinema do Plaza? Atualmente, para mim, é o melhor daqui de Recife.

J
J
11 março de 2009 3:32 pm

sei lá rapaz, li tanto criticas positivas quanto negativas em relação ao filme… vou conferir, mas com um pé atrás.

x-builder
x-builder
11 março de 2009 11:47 am

Já tinha lido watchmen nos anos 80, li novamente há um ano atrás com a novidade do filme. A história é excelente pela densidade que ela aborda, mostrando um novo ângulo de super-heróis em crise. Eu acho que desta vez o Alan Moore teve razão em dizer que o formato do watchmen em grafic novel não poderia ser a mesma a telona, apesar de ele ganhar milhões em direitos autorais. Adoro a história de watchmen. Nota-se de cara no filme a qualidade na direção, na fotografia fiel às cores dos quadrinhos. Parece que você esta folheando os quadrinhos quando assisti… Read more »

fremen
fremen
11 março de 2009 11:28 am

Fora do tema: Muitos agradecimentos a quem apontou os filmes singulares-primos entre si (o tema universal da incomunicabilidade). Filmes cuja simplicidade e realismo são, todavia, desconcertantes! Afinal a realidade supera (sempre) a ficção! “Into the wild”, 2007 de Sean Penn Excelente! e “Vivre sa Vie”, 1962 de Jean-Luc Godard Genial! O filme atingiu-me como uma obra quase asfixiante sobre o tema da incomunicabilidade. De facto, depois da sequência de créditos, a primeira cena revela-nos Nana de costas para a câmara, falando para alguém que se encontra fora do plano. Percebe-se pouco depois tratar-se do homem, e familia, que ela vai… Read more »

Ronaldo'Buda
Ronaldo'Buda
11 março de 2009 10:27 am

Não me lembro de ter lido nada tão próximo de nossa realidade, nos quadrinhos, antes de ‘watchmen’. Me programei para assistir esta primeira versão para a telona no próximo fim de semana; e, passando por aquí, como faço habitualmente, me deparei com este ‘post’e os comentários, mas, com todo respeito, acredito que, como nos quadrinhos, em meu conceito, a intenção do filme será nos fazer compreender que somos os personagens principais a todo momento, alguns se refugiam no humor – como o comediante; outros nos enigmas da vida, da consciência – como o Rorschach-;alguns vivem à sombra de um passado,… Read more »

Mottahead
Mottahead
11 março de 2009 10:20 am

Ja que vocês parecem gostar tanto de HQ leiam Os Invisiveis de Grant Morrison, recomendo, muito bom, o melhor que eu ja li!

Pers
Pers
10 março de 2009 9:52 pm

Sabem, existem heróis de verdade…
Até com alguns poderes…
Mas pra ter poder, tem que ter provado maturidade primeiro. A consciência tem que crescer geometricamente para que o poder cresça linearmente. E junto com a responsa.

E please, não pense em poder político humano, não é disso que eu estou falando.

Anônimo
Anônimo
10 março de 2009 8:03 pm

Não importa, realmente não importa. Ele é o autor de Watchmen, não nos esqueiçamos. Tem todo o direito de não gostar dessas adaptações. E ele DEVOLVEU o dinheiro que receberia por V de Vingança. E covenhamos, a graphic novel de Watchmen é bem melhor que esse filme.

E sim, esse documentário “The Mindscape of Alan Moore” é muito bom, tembém recomendo.

Vinicius Carvalho
Vinicius Carvalho
16 março de 2009 10:00 am

“Graphic Novel = gibi para adultos que têm preguiça de ler livros.” Lionheart

digo sem corrigir a frase acima.
Graphic Novel = Livros para adultos que realçam a intensidade dos sentimentos nas falas com um reflexo humano em gravuras.

Posts Relacionados

Comece a digitar sua pesquisa acima e pressione Enter para pesquisar. Pressione ESC para cancelar.