SHIN (NO JUDAÍSMO)

SHIN (NO JUDAÍSMO)

Shin é a 21ª letra do alfabeto hebraico; o seu valor é 300, seu elemento é o fogo, e o verão está sob a sua influência.

Shin é inicial de Shadai, o Guardião dos Portões de Israel. Toda mezuzá traz uma letra Shin gravada do lado externo. Shalom também começa com Shin e, mais do que significar paz, temos em Shalom (considerado um dos nomes de Deus) um estado de plenitude alcançado quando sanamos todos os nossos débitos (financeiros, morais, afetivos, religiosos, etc).

Os três pilares que podem ser visto em sua forma são interpretados como as colunas da Árvore da Vida: Amor, Temor e Equilíbrio. Vista como três letras Vav unidas pela base, e ao somá-las obtemos a guematria 18, que é a mesma de Chai (vida). Assim, o fogo de Shin é o fogo da vida, da fé constante e permanente. Lembrando que Deus se manifestou para Moshé (Moisés) em uma sarça ardente.

Shin é também associado a Shein (dente) pois, do mesmo modo que os dentes trituram a comida para que ela possa ser digerida, Shin “mastiga” a Torá, para que os seus ensinamentos possam ser absorvidos pela mente e pelo coração. Chegamos à mesma conclusão quando analisamos a posição de Shin na Árvore da Vida, entre as sefirót Chochmá (sabedoria) e Biná (entendimento): a sabedoria de Chochmá é caótica até ser organizada por Biná; o discernimento de Biná é inútil sem Chochmá como parâmetro. Shin estabelece uma comunicação entre uma coisa e outra. No corpo, Chochmá e Biná correspondem aos lados direito e esquerdo do cérebro.

Ainda trazendo para a letra Shin atributos de palavras que ela inicia, temos Shiná (mudança) e Shaná (ano). Combinando estes dois elementos, devemos fazer de nossos anos um processo contínuo de mudança para realizarmos Shin em nossas vidas. O verão (última estação antes de Rosh HaShaná, o ano novo judaico), regido por Shin, é uma fase de amadurecimento, em que o povo judaico deve mostrar o que aprendeu nos estudos das estações anteriores. São os meses onde a Shechiná (Presença Divina, palavra também iniciada por Shin) se oculta, forçando o empenho do discípulo na revelação da Luz.

Quando um dia é igual ao outro de forma sucessiva, isto significa que estamos enredados pelo anjo da morte. A Cabalá recomenda a meditação na letra Shin para afastar as energias negativas, evocando guardiões à sua volta, e no resgate de sua herança espiritual. Shin também desperta Simchá (alegria), que é um dos atributos de Biná – quando vivemos em estado de alegria, tudo faz sentido, tudo se encaixa, todas as nossas necessidades são preenchidas.

Fonte: Pomegranate

Veja também: Shin, no oriente

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