
O filme é cínico, geralmente pessimista, lembrando muito Laranja Mecânica. Parece que o espírito de Kubrick baixou no Spielberg: o cara tá ficando ácido! (hehehe). Os efeitos visuais é que me decepcionaram um pouco. Agora que Janus Kaminski integrou definitivamente o dream team de Spielberg junto com John Williams temos uma saturação de “realismo óptico” nos CGI que acabam tirando a veracidade dos mesmos. Uma coisa é ver Resgate do Soldado Ryan com cores lavadas, pontos granulados, etc, porque você sabe que aquilo é REAL, feito pra simular as câmeras da época. Mas uns carros futuristas descendo de um prédio que não são reais nem agora nem daqui a 10 anos ficam meio difíceis de engolir, ainda mais com aquela fotografia azul desbotada que parece que foi tudo filmado de dentro de um escritório. Gostei mais da fotografia de Janus em Amistad.
Agora, eu BABEI com as seqüências do futuro, com os caras manipulando as imagens, ampliando, jogando pro lado… UAU!

Vamos a alguns fatos:
— Divirtam-se tentando identificar no filme as participações especiais de Cameron Diaz, Cameron Crowe (Diretor de Vanilla Sky) e Paul Thomas Anderson (Diretor de Magnólia) na cena em que Anderton é perseguido no trem.
— Segundo o material de divulgação do filme, Tom Cruise dispensou dublês na maioria das cenas perigosas. Só não dispensou um saltinho para não ficar menor do que Max Von Sydow na cena final.
— Referências ao filme de Kubrick Laranja mecânica incluem os olhos arregalados com grampos de Anderton, que também se droga ouvindo música clássica, e a roupa da professora de ioga, igual a da velha rica que o personagem Alex mata.
— Minority Report é do mesmo autor de Blade Runner (Phillip K. Dick), que em ambos os livros recorre a uma cirurgia de olhos do personagem. E mais: detetives dos dois filmes usam de incrível tecnologia para visualizar detalhes de uma cena de crime.

— Spielberg procurou a empresa Lexus atrás de idéias para o carro do futuro. O desenho final ficou a cargo de Harald Belker, que criou os veículos de Batman e Robin e Armageddon.
— O escritor canadense Douglas Copland, de Geração X, sugeriu, entre outros produtos futurísticos, o “sick-stick”, arma que provoca vômito involuntário.
— Antes de fazer o filme Steven Spielberg promoveu uma conferência de três dias na qual pensadores importantes em muitos campos – ciência, combate ao crime, transportes, arquitetura, saúde, etc. – expuseram suas visões de futuro.
— A principal fonte de pesquisa para a propaganda interativa do futuro foi o cientista Jaron Janier, considerado um dos inventores da tecnologia de realidade virtual.

(SPOILERS: NÃO LEIA ABAIXO SE NÃO VIU MINORITY REPORT NEM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL!!)
Quando terminei de ver o filme fiquei bem decepcionado com o final. Afinal, ele destoa de toda a proposta apresentada durante o filme! Estaria Spielberg “perdendo a mão” e fazendo finais água-com-açúcar, como em Inteligência Artificial? MAS meu colega André, grande fã de Spielberg, salvou a honra do diretor (e do filme) quando lembrou que:
Na cena em que Anderton vai para a “criogenia”, o guarda aleijado Warden diz: “agora você vai ver sua vida passando diante de seus olhos, e seus sonhos irão se realizar…” Anderton fecha os olhos, a tela escurece e o “final feliz” aparece.
Radical, não? A história fica excelente sob este prisma! Aliás, o mesmo pode ser aplicado ao filme Inteligência Artificial: No DVD Spielberg diz que o final feliz com alienígenas estava no roteiro original de Kubrick (ou seja, não foi culpa dele, como todo mundo pensava). Bem, por mim o garoto teria terminado o filme dentro d’água mesmo, pra sempre…
Não gostei
Esqueci de confirmar… o filme é esse mesmo, do Mel Gibson.
Assista quando puder, é imperdível.
Como lhe disse, a história é real, sobre a luta da Escócia pela independência. Nossa, eu amo esse filme e achei que TODO mundo já tinha visto.
Sugiro que dê uma lida sobre instrumentos de tortura da época, só pra dar aquele arrepio quando vc ver a cena da tortura.
Se bem que nem precisa, pq a atuação do Gibson neste filme está impecável e o arrepio é garantido.
Beijo
Att.
Cris
Oiê, Titânico!
Já tô na torcida pra vc tirar a OAB logo, caro colega. 😉
Sucesso!
Beijo
Cris
Fala Cris, na paz?
Putz, que fora!!! Não me atentei ao detalhe do segundo nome! rsrs… do Coração Valente assisti apenas o final, onde o Mel está sendo torturado… é esse né?
Como disse um amigo ontem: advogado é chato porque fica usando apenas o “juridiquês”.
Sobre ser colega, em parte sim… sou formado em Direito e trabalho em um escritório… mas ainda estou esperando o resultado da OAB!! E essa é a parte sempre chata: esperar…
Qdo quiser falar de “juridiquês” ou qualquer outra coisa, estamos por aí!
Foi um prazer… beijos e até mais…
Oiê, Titânico!
Não é Coração de Cavaleiro, é Coração Valente, com o Mel Gibson… E baseado numa história real, pois o William Wallace realmente existiu e tirando a licença poética de um filme épico, os fatos ali relatados são reais, incluindo a tortura que ele, que é mostrada no fim do filme, e que considero um final ótimo.
Quando eu digo que todo advogado é meio chatinho é já pra me desculpar por usar uma linguagem técnica com quem não é da área.
Pelo jeito vc é um colega tbém?
Beijos
Fala Cris, belezinha?
Primeiro sobre os filmes: confesso que até hoje não entendo o por que daquele final do AI… aliás, nem posso dizer que entendi!!
Do Minority, achei bacana, mas ao mesmo tempo estranho… não sei se gostei.
O mesmp caso se aplica ao Vanilla Sky.
Do Coração de Cavaleiro, apesar de previsível, muito bacana… gostei….
Sobre o flagrante… todo advogado é chatinho? hummm… não sei!!!
Mas também gosto de falar de Direito e Penal, na teoria, é a parte do direito mais bonita e completa.
Beijos e até mais…
Quando eu disse que gostei do comentário quis dizer que além do comentário do Titãnico tbém gostei do comentário do X-Builder.
Cris
Oi, Titânico, tudo blza? Ah, não resisti a tentação de ficar falando sobre flagrante isso, flagrante aquilo, rsrsrsrs. Sorry, reconheço que dei uma de advogada chatinha (hum , todo advogado é mei chatinho, kkk), mas é que não resisto quando falam de qualquer coisa de direito penal. Gostei do seu comentário. Abraço 😉 Oi, Acid… Sobre o final do AI, eu tbém detestei… até meu irmãozinho me dizer que o robô morreu e sonhou com aquela lenga-lenga toda. Odeio finais felizes babacas nos filmes americanos. O que eu mais detesto em especial é o final do Gladiador. Nada a ver,… Read more »
Fala esqueça também do Flagrante Diferido (ou flagrante retardado)!! rsrs
Abraços..
Acid, tudo blza? Estou encontrando boas surpresas no blog. Realmente este filme possui claras semelhanças com o Laranja Mecânica. Ambos são alegorias da teoria preventiva da pena. A teoria preventiva da pena privilegia o direito penal do autor, ou seja, a pena considera as qualidades do agente. Já a teoria retributiva da pena (utilizada no Brasil, embora a preventiva tbém seja usada de modo subsidiário) privilegia o fato, o crime em si. O Laranja Mecância é um clássico e mostra isso de forma mais ampla, mas o Minority Report tbém. Fiz uns trabalhos sobre isso, tive um professor que dava… Read more »
Um detalhe muito interessante: à luz do direito processual penal brasileiro o flagrante preparado é considerado crime impossível. Portanto, se vc é o responsável pelas câmeras de um supermercado, e fica lá esperando durante horas que uma determinado empregado (suspeito, por ter indícios de ter furtado o supermercado) furte algum produto não haverá crime. Não haverá crime porque o flagrante preparado não permite que o crime atinja a os atos executórios de um crime. Se projetarmos isto para o filme do minority reports (se fosse pelo nosso código) ninguem seria condenado por crime. Afinal , quando eles preveêm o futuro… Read more »
http://www.ovelho.com/modules/news/article.php?storyid=41567