KRISHNAMURTI: AMOR

A necessidade de segurança nas relações gera inevitavelmente o sofrimento e o medo. Essa busca de segurança atrai a insegurança. Já encontrastes alguma vez segurança em alguma de vossas relações? Já? A maioria de nós quer a segurança no amar e no ser amado, mas existirá amor quando cada um está a buscar a própria segurança, seu caminho próprio? Nós não somos amados porque não sabemos amar.

Que é o amor? Esta palavra está tão carregada e corrompida, que quase não tenho vontade de empregá-la. Todo o mundo fala de amor – toda revista e jornal e todo missionário discorre interminavelmente sobre o amor. Amo a minha pátria, amo o meu rei, amo um certo livro, amo aquela montanha, amo o prazer, amo minha esposa, amo a Deus. O amor é uma idéia? Se é, pode então ser cultivado, nutrido, conservado com carinho, moldado, torcido de todas as maneiras possíveis. Quando dizeis que amais a Deus, que significa isso? Significa que amais uma projeção de vossa própria imaginação, uma projeção de vós mesmo, revestida de certas formas de respeitabilidade, conforme o que pensais ser nobre e sagrado; o dizer “Amo a Deus” é puro contra-senso. Quando adorais a Deus, estais adorando a vós mesmo; e isso não é amor.

Krishnamurti: Amor
amor, por Felicia Simion

Incapazes, que somos, de compreender essa coisa humana chamada amor, fugimos para abstrações. O amor pode ser a solução final de todas as dificuldades, problemas e aflições humanas. Assim, como iremos descobrir o que é o amor? Pela simples definição? A Igreja o tem definido de uma maneira, a sociedade de outra, e há também desvios e perversões de toda espécie. A adoração de uma certa pessoa, o amor carnal, a troca de emoções, o companheirismo – será isso o que se entende por amor? Essa foi sempre a norma, o padrão, que se tornou tão pessoal, sensual, limitado, que as religiões declararam que o amor é muito mais do que isso. Naquilo que denominam “amor humano”, vêem elas que existe prazer, competição, ciúme, desejo de possuir, de conservar, de controlar, de influir no pensar de outrem e, sabendo da complexidade dessas coisas, dizem as religiões que deve haver outra espécie de amor – divino, belo, imaculado, incorruptível.

Em todo o mundo, certos homens chamados “santos” sempre sustentaram que olhar para uma mulher é pecaminoso; dizem que não podemos aproximar-nos de Deus se nos entregamos ao sexo e, por conseguinte, o negam, embora eles próprios se vejam devorados por ele. Mas, negando o sexo, esses homens arrancam os próprios olhos, decepam a própria língua, uma vez que estão negando toda a beleza da Terra. Deixaram famintos os seus corações e a sua mente; são entes humanos “desidratados”; baniram a beleza, porque a beleza está ligada à mulher.

Pode o amor ser dividido em sagrado e profano, humano e divino, ou só há amor? O amor é para um só e não para muitos? Se digo “Amo-te”, isso exclui o amor a outro? O amor é pessoal ou impessoal? Moral ou imoral? Familial ou não familial? Se amais a humanidade, podeis amar o indivíduo? O amor é sentimento? Emoção? O amor é prazer e desejo? Todas essas perguntas indicam – não é verdade? – que temos idéias a respeito do amor, idéias sobre o que ele deve ou não deve ser, um padrão, um código criado pela cultura em que vivemos.

Assim, para examinarmos a questão do amor – o que é o amor – devemos primeiramente libertar-nos das incrustações dos séculos, lançar fora todos os ideais e ideologias sobre o que ele deve ou não deve ser. Dividir qualquer coisa em o que deveria ser e o que é, é a maneira mais ilusória de enfrentar a vida.

Ora, como iremos saber o que é essa chama que denominamos amor – não a maneira de expressá-lo a outrem, porém o que ele próprio significa? Em primeiro lugar, rejeitarei tudo o que a Igreja, a sociedade, meus pais e amigos, todas as pessoas e todos os livros disseram a seu respeito, porque desejo descobrir por mim mesmo o que ele é. Eis um problema imenso, que interessa a toda a humanidade; há milhares de maneiras de defini-lo e eu próprio me vejo todo enredado neste ou naquele padrão, conforme a coisa que, no momento, me dá gosto ou prazer. Por conseguinte, para compreender o amor, não devo em primeiro lugar libertar-me de minhas inclinações e preconceitos? Vejo-me confuso, dilacerado pelos meus próprios desejos e, assim, digo entre mim: “Primeiro, dissipa a tua confusão. Talvez tenhas possibilidade de descobrir o que é o amor através do que ele não é”.

O governo ordena: “Vai e mata, por amor à pátria!” Isso é amor? A religião preceitua: “Abandona o sexo, pelo amor de Deus”. Isso é amor? O amor é desejo? Não digais que não. Para a maioria de nós, é; desejo acompanhado de prazer, prazer derivado dos sentidos, pelo apego e o preenchimento sexual. Não sou contrário ao sexo, mas vede o que ele implica. O que o sexo vos dá momentaneamente é o total abandono de vós mesmo, mas, depois, voltais à vossa agitação; por conseguinte, desejais a constante repetição desse estado livre de preocupação, de problema, do “eu”. Dizeis que amais vossa esposa. Nesse amor está implicado o prazer sexual, o prazer de terdes uma pessoa em casa para cuidar dos filhos e cozinhar. Dependeis dela; ela vos deu o seu corpo, suas emoções, seus incentivos, um certo sentimento de segurança e bem-estar. Um dia, ela vos abandona; aborrece-se ou foge com outro homem, e eis destruído todo o vosso equilíbrio emocional; essa perturbação, de que não gostais, chama-se ciúme. Nele existe sofrimento, ansiedade, ódio e violência. Por conseguinte, o que realmente estais dizendo é: “Enquanto me pertences, eu te amo; mas, tão logo deixes de pertencer-me, começo a odiar-te. Enquanto posso contar contigo para satisfação de minhas necessidades sociais e outras, amo-te, mas, tão logo deixes de atender a minhas necessidades, não gosto mais de ti”. Há, pois, antagonismo entre ambos, há separação, e quando vos sentis separados um do outro, não há amor. Mas, se puderdes viver com vossa esposa sem que o pensamento crie todos esses estados contraditórios, essas intermináveis contendas dentro de vós mesmo, talvez então – talvez – sabereis o que é o amor. Sereis então completamente livre, e ela também; ao passo que, se dela dependeis para os vossos prazeres, sois seu escravo. Portanto, quando uma pessoa ama, deve haver liberdade – a pessoa deve estar livre, não só da outra, mas também de si própria.

No estado de pertencer a outro, de ser psicologicamente nutrido por outro, de outro depender – em tudo isso existe sempre, necessariamente, a ansiedade, o medo, o ciúme, a culpa, e enquanto existe medo, não existe amor. A mente que se acha nas garras do sofrimento jamais conhecerá o amor; o sentimentalismo e a emotividade nada, absolutamente nada, têm que ver com o amor. Por conseguinte, o amor nada tem em comum com o prazer e o desejo.

O amor não é produto do pensamento, que é o passado. O pensamento não pode de modo nenhum cultivar o amor. O amor não se deixa cercar e enredar pelo ciúme; porque o ciúme vem do passado. O amor é sempre o presente ativo. Não é “amarei” ou “amei”. Se conheceis o amor, não seguireis ninguém. O amor não obedece. Quando se ama, não há respeito nem desrespeito.

Não sabeis o que significa amar realmente alguém – amar sem ódio, sem ciúme, sem raiva, sem procurar interferir no que o outro faz ou pensa, sem condenar, sem comparar – não sabeis o que isso significa? Quando há amor, há comparação? Quando amais alguém de todo o coração, com toda a vossa mente, todo o vosso corpo, todo o vosso ser, existe comparação? Quando vos abandonais completamente a esse amor, não existe “o outro”.

O amor tem responsabilidades e deveres, e emprega tais palavras? Quando fazeis alguma coisa por dever, há nisso amor? No dever não há amor. A estrutura do dever, na qual o ente humano se vê aprisionado, o está destruindo. Enquanto sois obrigado a fazer uma coisa, porque é vosso dever fazê-la, não amais a coisa que estais fazendo. Quando há amor, não há dever nem responsabilidade.

A maioria dos pais, infelizmente, pensa que são responsáveis por seus filhos, e seu senso de responsabilidade toma a forma de preceituar-lhes o que devem fazer e o que não devem fazer, o que devem ser e o que não devem ser. Querem que os filhos conquistem uma posição segura na sociedade. Aquilo a que chamam responsabilidade faz parte daquela respeitabilidade que eles cultivam; e a mim me parece que, onde há respeitabilidade, não existe ordem; só lhes interessa o tornar-se um perfeito burguês. Preparando os filhos para se adaptarem à sociedade, estão perpetuando a guerra, o conflito e a brutalidade. Pode-se chamar a isso zelo e amor?

Zelar, com efeito, é cuidar como se cuida de uma árvore ou de uma planta, regando-a, estudando as suas necessidades, escolhendo o solo mais adequado, tratá-la com carinho e ternura; mas, quando preparais os vossos filhos para se adaptarem à sociedade, os estais preparando para serem mortos. Se amásseis vossos filhos, não haveria guerras.

Quando perdeis alguém que amais, verteis lágrimas; essas lágrimas são por vós mesmo ou pelo morto? Estais pranteando a vós mesmo ou ao outro? Já chorastes por outrem? Já chorastes o vosso filho, morto no campo de batalha? Chorastes, decerto, mas essas lágrimas foram produto da autocompaixão ou chorastes porque um ente humano foi morto? Se chorais por autocompaixão, vossas lágrimas nada significam, porque estais interessado em vós mesmo. Se chorais porque vos foi arrebatada uma pessoa em quem “depositastes” muita afeição, não se trata de uma afeição real. Se chorais a morte de vosso irmão, chorai por ele! É muito fácil chorardes por vós mesmo porque ele partiu. Aparentemente, chorais porque vosso coração foi atingido, mas não foi atingido por causa dele; foi atingido pela autocompaixão, e a autocompaixão vos endurece, vos fecha, vos torna embotado e estúpido.

Quando chorais por vós mesmo, será isso amor? – chorar porque ficastes sozinho, porque perdestes o vosso poder; queixar-vos de vossa triste sina, de vosso ambiente – sempre vós a verter lágrimas. Se compreenderdes esse fato, e isso significa pôr-vos em contato com ele tão diretamente como quando tocais uma árvore ou uma coluna ou uma mão, vereis então que o sofrimento é produto do “eu”, o sofrimento é criado pelo pensamento, o sofrimento é produto do tempo. Há três anos eu tinha meu irmão; hoje ele é morto e estou sozinho, desolado, não tenho mais a quem recorrer para ter conforto ou companhia, e isso me traz lágrimas aos olhos.

Podeis ver tudo isso acontecer dentro de vós mesmo, se o observardes. Podeis vê-lo de maneira plena, completa, num relance, sem precisardes do tempo analítico. Podeis ver num momento toda a estrutura e natureza dessa coisa desvaliosa e insignificante, chamada “eu” – minhas lágrimas, minha família, minha nação, minha crença, minha religião – toda essa fealdade está em vós. Quando a virdes com vosso coração, e não com vossa mente, quando a virdes do fundo de vosso coração, tereis então a chave que acabará com o sofrimento.

O sofrimento e o amor não podem coexistir, mas no mundo cristão idealizaram o sofrimento, crucificaram-no para o adorar, dando a entender que ninguém pode escapar ao sofrimento a não ser por aquela única porta; tal é a estrutura de uma sociedade religiosa, exploradora.

Assim, ao perguntardes o que é o amor, podeis ter muito medo de ver a resposta. Ela pode significar uma completa reviravolta; poderá dissolver a família; podeis descobrir que não amais vossa esposa ou marido ou filhos (vós os amais?); podeis ter de demolir a casa que construístes; podeis nunca mais voltar ao templo.

Mas, se desejais continuar a descobrir, vereis que o medo não é amor, a dependência não é amor, o ciúme não é amor, a posse e o domínio não são amor, responsabilidade e dever não são amor, autocompaixão não é amor, a agonia de não ser amado não é amor, que o amor não é o oposto do ódio, como também a humildade não é o oposto da vaidade. Dessarte, se fordes capaz de eliminar tudo isso, não à força, porém lavando-o assim como a chuva fina lava a poeira de muitos dias depositada numa folha, então, talvez, encontrareis aquela flor peregrina que o homem sempre buscou sequiosamente.

Se não tendes amor – não em pequenas gotas, mas em abundância; se não estais transbordando de amor, o mundo irá ao desastre. Intelectualmente, sabeis que a unidade humana é a coisa essencial e que o amor constitui o único caminho para ela, mas quem pode ensinar-vos a amar? Poderá uma autoridade, um método, um sistema ensinar-vos a amar? Se alguém vo-lo ensina, isso não é amor. Podeis dizer: “Eu me exercitarei para o amor. Sentar-me-ei todos os dias para refletir sobre ele. Exercitar-me-ei para ser bondoso, delicado e me forçarei a ser atencioso com os outros”? – Achais que podeis disciplinar-vos para amar, que podeis exercer a vontade para amar? Quando exerceis a vontade e a disciplina para amar, o amor vos foge pela janela. Pela prática de um certo método ou sistema de amar, podeis tornar-vos muito hábil, ou mais bondoso, ou entrar num estado de não violência, mas nada disso tem algo em comum com o amor.

Neste mundo tão dividido e árido não há amor, porque o prazer e o desejo têm a máxima importância, e, todavia, sem amor, vossa vida diária é sem significação. Também, não podeis ter o amor se não tendes a beleza. A beleza não é uma certa coisa que vedes – não é uma bela árvore, um belo quadro, um belo edifício ou uma bela mulher; só há beleza quando o vosso coração e a vossa mente sabem o que é o amor. Sem o amor e aquele percebimento da beleza, não há virtude, e sabeis muito bem que tudo o que fizerdes – melhorar a sociedade, alimentar os pobres – só criará mais malefício, porque, quando não há amor, só há fealdade e pobreza em vosso coração e vossa mente. Mas, quando há amor e beleza, tudo o que se faz é correto, tudo o que se faz é ordem. Se sabeis amar, podeis fazer o que desejardes, porque o amor resolverá todos os outros problemas.

Alcançamos, assim, este ponto: Poderá a mente encontrar o amor sem precisar de disciplina, de pensamento, de coerção, de nenhum livro, instrutor ou guia – encontrá-lo assim como se encontra um belo pôr-de-sol?

Uma coisa me parece absolutamente necessária: a paixão sem motivo, a paixão não resultante de compromisso ou ajustamento, a paixão que não é lascívia. O homem que não sabe o que é paixão, jamais conhecerá o amor, porque o amor só pode existir quando a pessoa se desprende totalmente de si própria.

A mente que busca não é uma mente apaixonada, e não buscar o amor é a única maneira de encontrá-lo; encontrá-lo inesperadamente e não como resultado de qualquer esforço ou experiência. Esse amor, como vereis, não é do tempo; ele é tanto pessoal como impessoal, tanto um só como multidão. Como uma flor perfumosa, podeis aspirar-lhe o perfume, ou passar por ele sem o notardes. Aquela flor é para todos e para aquele que se curva para aspirá-la profundamente e olhá-la com deleite. Quer estejamos muito perto, no jardim, quer muito longe, isso é indiferente à flor, porque ela está cheia de seu perfume e pronta a reparti-lo com todos.

O amor é uma coisa nova, fresca, viva. Não tem ontem nem amanhã. Está além da confusão do pensamento. Só a mente inocente sabe o que é o amor, e a mente inocente pode viver no mundo não inocente. Só é possível encontrá-la, essa coisa maravilhosa que o homem sempre buscou sequiosamente por meio de sacrifícios, de adoração, das relações, do sexo, de toda espécie de prazer e de dor, só é possível encontrá-la quando o pensamento, alcançando a compreensão de si próprio, termina naturalmente. O amor não conhece oposto, não conhece conflito.

Podeis perguntar: “Se encontro esse amor, que será de minha mulher, de minha família? Eles precisam de segurança”. Fazendo essa pergunta, mostrais que nunca estivestes fora do campo do pensamento, fora do campo da consciência. Quando tiverdes alguma vez estado fora desse campo, nunca fareis uma tal pergunta, porque sabereis o que é o amor em que não há pensamento e, por conseguinte, não há o tempo. Podeis ler tudo isto hipnotizado e encantado, mas ultrapassar realmente o pensamento e o tempo – o que significa transcender o sofrimento – é estar cônscio de uma dimensão diferente, chamada “amor”.

Mas, não sabeis como chegar-vos a essa fonte maravilhosa e, assim, que fazeis? Quando não sabeis o que fazer, nada fazeis, não é verdade? Nada, absolutamente. Então, interiormente, estais completamente em silêncio. Compreendeis o que isso significa? Significa que não estais buscando, nem desejando, nem perseguindo; não existe centro nenhum. Há, então, o amor.

Fonte: Krishnamurti; Liberte-se do Passado – Ed. Cultrix – Páginas 71 a 78

5 1 vote
Avaliação
Subscribe
Notify of
46 Comentários
Newest
Oldest Most Voted
Inline Feedbacks
Veja todos os comentários
Anônimo
Anônimo
1 julho de 2011 3:13 am

Tudo é Amor Vida-É o Amor existencial. Razão-É o Amor que pondera. Estudo-É o Amor que analisa. Ciência-É o Amor que investiga. Filosofia-É o Amor que pensa. Religião-É o amor que busca Deus. Verdade-É o Amor que se eterniza. Ideal-É o Amor que se eleva. Fé-É o Amor que se transcende. Esperança-É o Amor que sonha. Caridade-É o Amor que auxilia. Fraternidade-É o Amor que se expande. Sacrifício-É o Amor que se esforça. Renúncia-É o Amor que se depura. Simpatia-É o Amor que sorri. Altruísmo-É o Amor que se engrandece. Trabalho-É o Amor que constrói. Indiferença-É o Amor que se… Read more »

Teacher
Teacher
30 abril de 2006 6:26 pm

O amor não se explica, AGE. E quem melhor do que Chico Xavier para dar este testemunho?

Aproveitem que a Marilia Gabriela estará entrevistando hoje às 22 hs no GNT, dois escritores que escreveram sobre a vida dele. Os tópicos vão de encarnação (voce acredita?) às mais variadas dúvidas sobre espiritismo. CONFIRAM, vale a pena. Muita luz a todos.

Michael Oliveira
Michael Oliveira
27 abril de 2006 8:54 am

Amor… interessante definir algo tão complexo, algo tão grandioso e misterioso. Poderia dizer que definir as coisas é uma característica bem humana e neste caso a definição tomou alicerces maiores, pois ele tentou definir no texto inteiro e acabou não definindo. A incógnita, o mistério, a procura do que não sabemos é o que torna tudo especial, e se tratando de amor então… Afinal, quem não quer descobrir o que é amor?

Já faz algum tempo que frequento este blog e gostaria de agradece-lo por trazer em cada post mais mistério e mais farpas em nossas mentes… Obrigado.

Íris
Íris
24 abril de 2006 9:51 pm

[off topic]
TRInITY
Disse certa vez que estava sentindo falta do antigo visual do blog… quando – só agora, confesso 🙂 – resolvi dar uma passadinha lá no seu… parabéns! Ficou um pouco nostálgico?… rsrsrs. 😛

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
24 abril de 2006 8:51 pm

Semana q vem ele volta

TRInITY
TRInITY
24 abril de 2006 7:21 pm

Acid, onde que tá o post “Falha na Matrix faz apostador ganhar”?
Do dia 20 de abril de 2006?Não era pra estar embaixo do “Amor(por Krishnarmuti)” ?

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
23 abril de 2006 10:15 am

Oi, Peterson. essa parte de Buda e Jesus vou responder aqui, já que não tem nada a ver com o post que vou fazer: Sim, o novo testamento está cheio de relatos de espíritos vampirizadores, e Jesus fez grande parte de sua fama tirando-os. Só que eles (obviamente) são chamados de demônios, espíritos imundos, etc. No budismo eu não sei se tem, mas duvido, já que o caráter dos ensinamentos budistas é profilático. Você pode comentar nos próprios posts antigos que dá pra ler em ordem na página de “últimos comentários”. Assim fica mais organizado e serve para outras pessoas… Read more »

Peterson
Peterson
23 abril de 2006 7:20 am

Então, pelo que eu percebi, você sempre escreve sobre extraterrestes aqui… Mas já cheguei na metade de 2004 lá no blogger, você escrevia hein!! Fato é que eu fiquei um pouco assustado, admito. Não acredito nesses negócios de espiritos (realmente não acreditava), mas agora de ler aqui foi plantada uma semente de dúvida na minha cabeça, afinal você apresenta algumas provas(agora eu não quero mesmo acreditar, haha)… É meio assustador, eles podem me ver mas eu não os vejo, existem os ruins, os que aparecem e assustam… sem falar que é meio triste viver assim, morrer e talvez reencarnar como… Read more »

TRInITY
TRInITY
23 abril de 2006 12:58 am

Tiza, esse texto faz justamente uma crítica à uma visão distorcida sobre o que é o amor:o amor romântico.Concordo com você que o amor é muito mais que isso e acho que o que mais confunde as pessoas é subdividir o amor em românticos, platônicos,etc .Tá certo que no texto isso não está claro, mas tenta explicar como a idéia do “amor romântico” surgiu e permacene.A busca por um tipo de amor que não existe acaba destruindo muitos relacionamentos e principalmente, nos impede de enxergar o óbvio, entre os outros tipos de amor que já inventaram. Deu pra entender o… Read more »

hkmerton
hkmerton
22 abril de 2006 12:30 pm

Esse Peterson é um barato… Ainda ñ consegui entender bem se ele tá falando sério ou sacaneando: Esperar os alienígenas?! Assim como?? Mas achei legal a sinceridade dele quando reconhece ter medo. De qqer modo, o coment dele me fez pensar uma coisa: Já que desde o início do blog o pensamento do Acid foi mudando, evoluindo, se aprimorando, na medida em que novos horizontes eram descobertos e coisas novas eram assimiladas(como acontece com todos nós), e como ele(o Acid) queira ou não, é um formador de opinião, seria válido adicionar um post fazendo um breve resumo sobre Quem é… Read more »

rhurter
rhurter
29 abril de 2006 10:10 am

you are capitalist?

bru
bru
4 maio de 2006 1:49 am

parabéns, adorei esse texto sobre o amor!

Jorge anderson
Jorge anderson
4 maio de 2006 6:40 pm

Muito legal você postar um texto de uma pessoa tão especial como Krishnamurti. É até corajoso citar um texto assim pois ele cria mais dúvidas do que respostas e muitos não gostam de pensar ou questionar apenas sugar informações de outros.
Valeu!!!
Jorge Anderson/RJ

Anônimo
Anônimo
4 setembro de 2014 2:17 am

Brilhante documentário, Acid!

O Desafio da Mudança. É realmente esta a questão, não é mesmo?

Abraço

Coringa
Coringa
23 junho de 2008 2:44 am

Sobre Estar Sozinho (Por Flávio Gikovate) Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o início deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor. O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar. A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século. O amor romântico… Read more »

norma lira
norma lira
15 agosto de 2007 11:38 am

Depois de tudo ler e ficar na dúvida de qual seria a conclusão do texto, chego ao final satisfeita e com mais certeza do que eu acredito, pois sem querer, sem perceber, e sem acreditar, o autor concorda com o que JESUS CRISTO pregou e com o que a PALAVRA DE DEUS, QUE ESTÁ NA BIBLIA SAGRADA DIZ: I Corintios, 13 “O amor é dom supremo” Entre todos, versículo 8 “O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo linguas, cessarão; havendo CIÊNCIA, passará; porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. Quando, porém, vier o que é PERFEITO, então,… Read more »

Olim
Olim
1 agosto de 2007 9:35 pm

Despedir-se para Unir-se, em contrário a permanecer “unido” na solidão da posse de outrem…

Anônimo
Anônimo
1 agosto de 2007 9:28 pm

Amar pode ser também despedir-se de si mesmo -o ego-, que pode implicar indiretamente em uma outra coisa, idéia, ideologia, seita, pensamentos, gurus ou pessoa…

http://www.youtube.com/watch?v=87XDG3Tdbqw

leandro viana
leandro viana
4 julho de 2006 3:53 pm

gostei do blog… vou viajar aqui pelas páginas
achei enquanto tentava ver meu blog no google, digitando palavras-chave do meu último texto
esse texto é interessante… mas não é de sua autoria, é?
de qualquer modo, é raro achar um blog/site pessoal interessante nesse mundo. principalemente quando a maioria é de posse feminina (feminilidade fútil).
abraços

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
4 julho de 2006 3:53 pm

Como diz o título, o texto é do Krishnamurti.

Tuikan
Tuikan
11 junho de 2006 5:07 pm

Já li muitos textos do Krishnamurti, e quanto mais o leio mais o compreendo não compreendendo. Ele desafia todas as nossas crenças (condicionamentos) e não aponta nada. Só se consegue entendê-lo em um outro plano diferente da mente. Seu pensamento são ao mesmo tempo puro e aparente paradoxos. Assim é também quando responde à questão sobre o que é o amor. Quem pergunta isto é porque não ama. É o genial é que ele vai demonstrando isto com a classe que só os grandes mestres possuem. O Paradoxo: só serei amorosa quando não desejar mais o amor, apesar dele ser… Read more »

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
22 abril de 2006 11:02 am

Peterson, vc tem lido mesmo o blog? Onde é que tem esse negócio de alienígena? Só se for no post de 1º de abril…

Vou ver se faço um post explicando o resto. Estou muito enferrujado na arte de escrever…

Peterson
Peterson
22 abril de 2006 5:06 am

Cara, eu tenho 2 dúvidas que não tem nada a ver com esse post. Poderia me responder? 1- Descobri seu blog esses dias e estou lendo desde o começo. Ainda estou na metade de 2003, mas você pensa que esse mundo tá cheio de espiritos não reencarnados, que estamos aqui para evoluir de encarnação em encarnação, cada vez acumulando mais conhecimento para se tornar um “desperto” pra que alienigenas possam vir te buscar desse mundo de sofrimento para um lugar melhor? É isso? Me explica, por favor… 2- Como ser um “desperto” e ser feliz, mesmo sabendo que a mente… Read more »

Neo_cortex
Neo_cortex
20 abril de 2006 9:10 pm

Krishnamurti…Pensador, incomodo, chato…Genial!!!!!

TRInITY
TRInITY
20 abril de 2006 7:52 pm

Nossa um tópico sobre o que é o amor?! Engraçado que é o tipo de tópico em que há muito sobre o que refletir, discutir, compartilhar e ao mesmo tempo dificil de achar as palavras e chegar a alguma conclusão. Ah achei esse texto bastante completo no que diz respeito às questões levantadas sobre o amor!Assim como no amor, será que há o que discutir, defender, afirmar, declarar e acrescentar?Todos já deveriam saber o que ele é, mas há distorção do que é amor.Deveria ser encarada como algo meramente experimental. “Mas ainda assim o amor permanece um fenômeno desconhecido. E… Read more »

Hugo
Hugo
20 abril de 2006 7:07 pm

Hum, este último parágrafo é muito interessante…

Dani
Dani
25 abril de 2006 11:04 am

Como diria Renato Russo… “Quem inventou o amooooor, me explica por favoorr”

Lígia Tavares
Lígia Tavares
25 abril de 2006 3:58 pm

O AMOR É DEUS. PORTANTO, NÃO TEM DEFINIÇÃO.

Dani
Dani
25 abril de 2006 5:42 pm

A Íris disse lá em cima : “que todos os seres já são a concretização do ideal divino”
Ouvi há algum tempo que Deus está no nosso interior o que também nos torna Deus, Deus e eu somos um só, logo eu tenho Deus no meu interior e acabo virando Deus também, então se o Amor é Deus e eu tb sou Deus, logo eu tb sou Amor??? 😆

Íris
Íris
25 abril de 2006 7:14 pm

Sim, Dani, é isso mesmo. No entanto, o Ideal Divino está latente no homem como uma semente. Por ter livre-arbítrio, o indivíduo escolhe o que ele quer ser. Infelizmente, na maioria das vezes isso ocorre inconscientemente. Este é o sentido de “maya” ou ilusão: a separatividade. Enquanto acreditarmos que somos separados da natureza – ou “apêndices” da sociedade, como acreditam os materialistas – viveremos lutando uns com os outros… mas a opção é de cada um. Sempre haverá uma “resposta” ou solução.

Bruno H.
Bruno H.
25 abril de 2006 8:38 pm

A matéria é energia com ‘baixa’ vibração. Se você aumentar vibração da matéria ela se torna mais sutil, vai mudadno de estados físicos. Até que, de tanto vibrar, ela se torna energia ‘sem’ massa, luz. Se essa energia se alterar ainda mais, vai se refinando até se tornar a matéria pela qual são feitos os pensamentos…
Os ‘corpos sutis’…os ‘mundos sutis’.
Então, você continua refinando ainda mais essa energia e mais…e mais…até que ela, finalmente, se purifica em amor.
Pra mim, o amor é o barro de Deus.

Íris
Íris
25 abril de 2006 9:34 am

Osho disse certa vez que o Diabo foi criado na tentativa de limitar Deus. No intuito de dizer o “que” Ele era foi criado um adversário para que pelo menos pudéssemos saber o que Ele não era… e algo semelhante acontece com o amor. Livros, revistas e uma série de publicações dizendo “como conquistar uma mulher ou um homem”… que podem até “funcionar”, mas ninguém realmente se importa como conquistar a si mesmo.

“O Reino de Deus está dentro de Vós.”

bardo
bardo
20 abril de 2006 10:47 pm

Longo este texto… Mas o Amor é sempre um tema fascinante.

Destaque para a parte em que fala de confusão proposital sobre o que é o Amor (como o conceito da Igreja).

Boas visões do tema são a de Camões (grande parte de seus Sonetos) e de Sócrates/Platão em “O Banquete”. 😉

tiza
tiza
21 abril de 2006 12:31 am

Amor é assunto difícil ,mas discordo de ;”O homem que não sabe o que é paixão, jamais conhecerá o amor, porque o amor só pode existir quando a pessoa se desprende totalmente de si própria.” Paixão(sofrimento)pode resultar em Amor , mas justo se,e somente se a pessoa conseguir se desprender de sí mesma pelo amor, à ela agregado com sabedoria. A paixão é uma arrastão , uma química que supõe e se delicia num certo descontrole, é uma saída de sí com certeza ,mas por atalhos designados ainda pelos desejos fantasiosos ou não e por isso mesmo podem ser destrutivas… Read more »

Maik
Maik
21 abril de 2006 2:04 am

Jesus falou tão abertamente sobre o amor, Sai Baba também, será que é tão difícil compreênde-lo assim? ou melhor, senti-lo?
Não sei não.

Shaolin Monk
Shaolin Monk
22 abril de 2006 12:29 pm

A essência do Amor está em descobrir que nosso Eu Verdadeiro é Deus. Deus não pode odiar a Si próprio, quando compreendemos que nossa essência é Deus e que todos também o são, só conseguiremos amar, pois que está é a Verdade sobre Deus (Amor). Não é possível compreendermos totalmente as coisas de Deus, utilizando-se apenas da mente dos cinco sentidos, se quero ver as coisas do ponto de vista de Deus, devo me elevar louvando-me como filho de Deus. Deus é Luz e não há nEle treva alguma, Seus olhos são tão puros que não podem ver o mal… Read more »

Thiago
Thiago
22 abril de 2006 11:46 am

Como posso dizer, o amor, indizível… …então a própria palavra amor é uma forma de criar um signo que represente vários sentidos apreendidos do mundo pelos nossos ancestrais, até chegar na sua definição síginica: amor. porém a verdade está além do dízível, se ela o é, então ainda não chegamos ao seu entendimento, apenas na sua percepção e padrões de significados para a nossa comunicação e consrução coesa da sociedade. Quero ler mentes, quero ser as mentes e elas a mim.

Bruno H.
Bruno H.
24 abril de 2006 2:36 pm

(Off Topic) Nina Paley, uma americana que desenha tiras de banda desenhada diárias para jornais, resolveu enveredar pela mitologia indiana. A história que escolheu, tirada do Ramaiana, conta as desventuras de Sita, a encarnação terrena da deusa Lakshmi, personificação da castidade e da pureza. Sita, casada com Rama, personificação do deus Visnu, guerreiro e herói, é raptada por demónios, salva por Rama, abandonada por ele, acabando por voltar ao seio da Terra. Nina Paley, fruto de provações de índole pessoal que têm a ver com a sua passagem pela Índia, resolveu adaptar o mito indiano mas tendo como fundo musical… Read more »

tiza
tiza
22 abril de 2006 2:01 am

Desculpe-me mesmo TRInITY,
sinceramente peço perdão pois não sei com que intuito vc colocou essa leitura complementar, mas esse texto é um verdadeiro culto à leviandade .. Sem profundidade, sem alicerces, só convence e convém a quem ama a matrix e suas medíocres armadilhas e as denomina liberdades. O Amor é bem mais do que isso,é justo o sair fora desse jogo de enganos. Espero que compreenda com o coração o que realmente pretendo dizer com esse comentário.

Íris
Íris
22 abril de 2006 5:06 pm

“Não vê que não sou eu que modifica o amor? Ele está aí como a minha pele, meus cabelos, minha cor. O amor é um estado de minha alma…” (Krishnamurti) Este relato foi dado quando sua segunda mãe Annie Besant faleceu, segundo ele próprio acusaram-no de ser um indivíduo frio por não manifestar nenhuma tristeza. Acredito que este pensamento também está de acordo com o Bardo Todol, a “arte” que ensina que ao morrer o indivíduo deve cercar-se de amigos, uma morte serena sem a “culpa” por estar partindo. Na Índia, alguns cumprimentam-se dizendo “nemastê”. No Japão, há devotos de… Read more »

Bruno H.
Bruno H.
21 abril de 2006 12:36 pm

Versinho:

O amor é uma flor roxa…

🙂

pIU
pIU
22 abril de 2006 6:21 pm

Amo todos vcs

tiza
tiza
21 abril de 2006 10:50 am

Maik , olhe para as coisas como andam ou como não andam ,e sinta se o Amor,embora tão bem explicado,
é compreendido e se ele nortea o dia a dia de nossas vidas…Falar dele é fácil , decidir por ele também , difícil é viver segundo o amor a que se propõe sem as torpes limitações que se enferrujam em nós.

TRInITY
TRInITY
21 abril de 2006 4:01 pm
Tulio
Tulio
24 abril de 2006 11:22 pm

Que TIRO esse texto. Se amor já era uma coisa complicada, fica mais ainda – apesar da tentativa do sujeito de acalmar o desespero que cria ao longo do texto… 😀

Ainda vou ter uma certa dificuldade em digerir o porquê de o amor não ser tanta coisa e de ser tanta outra coisa (de acordo com o ponto de vista dele). Ainda assim, por instigar tanta reflexão, vale mto a leitura.

Agradeço por manter o blog, cara.

Posts Relacionados

Comece a digitar sua pesquisa acima e pressione Enter para pesquisar. Pressione ESC para cancelar.