AMOR, RAZÃO E NATUREZA

O post de hoje é exclusividade de Titânico e Tiza, que trocaram algumas idéias sobre o Amor, e eu, que não me atrevo a comentar sobre o que não sei, resolvi pegar estas maravilhosas dissertações pra mim e pra vocês.

Titânico começa:

Nesses dias alguém me perguntou o que eu achava do amor. Eu simplesmente não soube explicar. Isso porque sempre acreditei que esse sentimento, como sendo o mais sublime, não era possível ser vivenciado no estágio em que estamos. Muitas pessoas, espiritualistas na verdade, dizem que amam com uma facilidade tremenda, mas suas atitudes não correspondem ao que “pregam”: Outro dia, uma mulher estava querendo me convencer que eu teria que não simplesmente “respeitar” as pessoas da minha família (leia-se tios, tias, avôs, primos, etc), mas teria que amar a tudo e todos, sem distinção. Essa mesma pessoa já tinha feito dois ou três abortos, acabou com um projeto em que estávamos desenvolvendo apostilas para o Centro que frequentamos e não aceita ir em nossos estudos porque, segundo ela, “precisa ensinar e não aprender”.

Por essa e outras me pergunto qual é o conceito de amor para essas pessoas… contra muitas opiniões, costumo dizer que conseguimos ser, no máximo, solidários… como a caridade requer desprendimento total, não somos caridosos nada… temos momento de solidariedade, e só. Assim como diz o Paulo Miklos, do Titãs: “não existe o amor, apenas provas de amor“. No máximo, conseguimos provar o nosso sentimento agindo… palavras vãs não mudam nada. Vejo muitas pessoas que são grandes intelectuais, inteligentíssimos, mas na parte moral ficam bem lá atrás.

Estou escrevendo e misturando tudo isso, por uma razão: quando essa pessoa me perguntou sobre o Amor, eu lembrei do Capítulo XVII e XVIII do Purgatório da Divina Comédia. Lá, como Dante tem muitas dúvidas, Virgílio (autor da poesia épica latina, Eneida), que é o guia de Dante durante o Inferno e Purgatório, faz uma descrição maravilhosa do amor e suas nuances… essa talvez, seja uma das melhores definições que já vi:

Canto XVII-XVIII

– Jamais existiram criador nem criaturas sem amor natural ou sem o amor racional que o ânimo busca. O natural nunca erra. O outro poderá errar, ao escolher mal o objeto de seu amor, por excesso, ou por falta de vigor. O amor que se fixa no bem supremo, ou nos bens secundários com moderação, não pode ser causa de mal. Mas quando pende ao mal ou busca o amor com mais ou menos força do que se deve, emprega a sua criação contra o criador. E assim, poderás entender como o amor é ao mesmo tempo a semente de toda virtude e de todo ato que merece punição. Como o amor nunca pode querer mal a si próprio, nem pode querer mal àquele que o criou, o mal que se ama é o mal a seu próximo, e este se divide em três modos:

Os primeiros só admitem a própria glória, mesmo que isto signifique a ruína do próximo (orgulhosos, soberbos);
Depois há os que preocupam-se com a possibilidade do outro crescer e acumular mais fama e poder que eles (invejosos);
Finalmente, existem aqueles que, por injúria sofrida, explodem em ira, e só pensam em revidar o mal causado (iracundos).

Esses três tipos de amor pervertido vistes sendo purgados lá embaixo. Agora, veremos os que buscam o bem, mas de modo faltoso. Cada um imagina vagamente, algum bem que deseja, e se deixa levar pelo desejo de encontrá-lo. Se o amor que vos impele a essa meta é lento e preguiçoso, é nesta cornija que vós o expiarás. Há outro bem que não traz felicidade, pois não vem da boa essência que é fruto e raiz de todo o bem verdadeiro. O amor que perde ao tender a esse bem em excesso é purgado acima, nos próximos três terraços (melhor dizendo, são três círculos, a saber: avareza, gula e luxúria). Não falarei deles agora. Tu os descobrirás quando lá chegarmos.

– Então presta atenção – respondeu-me – e terás esclarecido o erro dos cegos que decidem ser guias. A alma, que é criada com capacidade de amar, move-se para o que lhe dá prazer. Vossos sentidos extraem do mundo real uma imagem que é exibida internamente. É esta imagem que atrai a alma. E se ela é atraída, à imagem então se inclina, e esta inclinação é o amor, que faz parte de vossa natureza. E assim como o fogo se move para as alturas, buscando a sua própria natureza, da mesma forma vossa alma busca a coisa amada e não descansa até encontrá-la e dela usufruir. Podes agora entender como estão enganados aqueles que acham que qualquer amor é, em si, coisa louvável. Talvez assim pensem por acharem que sua essência é sempre boa, mas nem todo selo é bom, ainda que boa seja a sua cera.

– Teu discurso me esclareceu muitas dúvidas – respondi-lhe – mas ao mesmo tempo acrescentou outras. Se o amor vem de uma fonte externa, a alma não pode ter culpa em aceitá-lo e não pode ser, por essa razão, julgada culpada em segui-lo.

– Eu só posso te explicar aquilo que minha razão puder compreender – respondeu Virgílio. Além da razão, terás que buscar o auxílio de Beatriz, pois se trata de obra da fé. Toda essência, esteja ela ligada ou não à matéria, tem a sua própria virtude, que não é percebida a não ser por seus efeitos, como o verde de uma planta revela-nos a sua essência viva. Não é, portanto, possível saber a origem das vossas inclinações ou do vosso instinto. Esses desejos inatos não são, portanto, nem condenáveis nem louváveis. Mas, para manter vossos instintos sob controle, tens uma virtude inata que, munida da razão, vos aconselha. É neste princípio que repousa o vosso poder de julgamento, que é capaz de rejeitar o mau amor e acolher o bom. Aqueles que, através do raciocínio, investigaram este assunto profundamente, perceberam essa liberdade inata e a partir dela, deixaram suas doutrinas morais e éticas no mundo. Então, posto que por necessidade surja em vós qualquer amor, em vós também está o poder de dominá-lo. Essa é a nobre virtude que Beatriz entende por livre arbítrio. Lembra-te disto quando tu a encontrares.

Entra em cena a Tiza:

Impressiona-me que, nesses dias de tantas facilidades e descompromisso, surjam questionamento em jovens sobre o amor verdadeiro. Este assunto nos remete às dúvidas de alguns quanto ao amor de Jesus e Madalena. Poderia ter pregado o verdadeiro amor, Aquele que por ninguém houvera se apaixonado? Caberia particularidades no amor Divino à ponto de personifica-lo em uma, entre tantas as mulheres? Seria deste amor que Ele veio falar? Seria, por acaso, do amor à família?

Existe uma palavrinha milagrosa que se chama Misericórdia, e esta é a chave do Amor. “Ide e entendei, eu quero a misericórdia, e não o sacrifício”. Os pares humanos ainda se formam sob carências, sob necessidades materiais, sob afinidades, sob diferenças, sob aparências, sob tantas quantas são nossas fraquezas e forças; e ainda e sobretudo sob o que fazemos diante das fraquezas e forças de nossos companheiros de jornada. Pisoteamos? Invejamos?, Adulamos? Distinguimos? Privilegiamos? Abusamos? Exploramos? Cuidamos? Curamos? Sacaneamos… Como encaramos nossas diferenças? Como elos ou como armas?

Nossas escolhas amorosas são feitas muito antes que a puberdade se manifeste, que o corpo anseie, que o desejo nos traia. Elas são feitas desde a mais tenra idade, numa crescente compilação de dados, de impressões, experiências, sonhos, desejos, necessidades que, combinados, fazem o coração saltar em êxtase quando nos deparamos com o grande amor de nossas vidas. O que vai definir a escolha boa ou ruim vai depender de como você catalogou seus dados, trabalhou seu ser, de que espírito estava imbuído ao construir seu perfil, com que inspiração pode contar, contar e nutrir-se. Tornou-se revoltado? Tímido? Galante? Arrogante? Exibido? Tarado? Complexado? Carente? Ermitão? Somando genética e educação, poderemos desviar mais ou nossos olhos das imposições sociais a que todos estamos sujeitos, poderemos nos armar contra ou a favor do que a massificação exige, poderemos amar o que convém e reconhecer o que não convêm; porque a confusão existe neste estágio de nossas vidas, nossa luta maior é contra o engano, contra valores vãos…

Mas é difícil e laboriosa nossa ascensão aos céus do amor perfeito. Falta-nos coragem, falta-nos discernimento, falta-nos paciência, falta-nos principalmente guias exemplares, e ainda que existam, existe toda uma estrutura a ser derrubada para que os possamos ver sem as ilusões e rótulos que nos norteiam; afinal, este mundo não dá trégua a quem procura vencê-lo, e tem suas armas para fazer desacreditar-se da verdade.

Existe um amor primeiro que nos concede auto-estima, pouca ou muita, ou exemplarmente equilibrada. Ela começa no berço, na perfeita condução de nossa educação e crescimento. Numa mesma família, marcas diferenciadas são deixadas em cada membro da mesma, porque existe algo de único em cada um, de bom e de ruim, que é meta individual vencer, mas que um bom orientador espiritual muito ajudaria. O exercício da misericórdia começa no lar, no questionamento sincero de todos para com todos no que há de bom e no que há de erro: “O que você quer?”. Os olhos mais profundos sabem a resposta, sem nem mesmo questionar, e amam, porque está a seu alcance a percepção da alma sem máscaras, e pode mesmo ensinar a querer o que deve ser querido: isto é Misericórdia.

Amor incondicional, antes de significar não exigir condições, é desprezar as condições aparentes e fornecer condições para que o outro se supere e chegue aonde é de seu destino chegar. Fazer alguém sorrir, levantar, acreditar em si e em suas infinitas possibilidades, pra mim é parte do Divino. Mas a “estrada é longa e o caminho é deserto, e o lobo mal passeia aqui por perto…” e decepções são inevitáveis, salvos os presenteados pela sorte, justo por estarmos todos à caminho… Assim, temos amores que nos traem, nos esquecem, nos magoam… mas como bem canta o Chico, “amores serão sempre amáveis” e o perdão, mesmo sem que o outro peça, ou volte, ou reconheça o erro, é o extremo do amor… O outro será sempre responsável por suas opções, já não é tarefa nossa a partir de então.

A psicologia, assim como muitos livros de auto-ajuda, são facas de dois gumes na medida em que procuram deixar fluir todo o “eu” sem filtros “verdadeiros”, e incentivar a solidificação deste como personalidade ou gênio. Alguns amigos “analisados” tornaram-se um ego ambulante, altamente irritáveis diante de qualquer adversidade ou simples opinião alheia. Não existem pessoas boas e pessoas más. Existe em todos nós a dualidade do que flutua e do que se esconde. É trabalho de pescador aprofundar-se, romper recifes, superar ondas, desencastelar corações e almas, aprisionadas em questões mal resolvidas, mal entendidas, mal ensinadas, mal aprendidas nesta “Matrix”. O primeiro passo é reconhecer que as coisas não andam nada bem, senão não seriam precisos tantos manuais para o amor, tanta droga, tanto álcool, tanta troca.

Acreditá-las imutáveis e calar vozes que nos alertam para os erros é opção calcada quase sempre na imagem narcísea da superfície das águas. Se o espelho fosse nosso melhor amigo, como ditam as modas, ele não refletiria com o passar do tempo nossa decrescência física. O amor é mais, a vida é mais, todos somos mais ao envelhecer, senão toda filosofia é vã, todo aprendizado inútil, todo amor fugaz. Amem profundamente os idosos em geral, a exemplo dos orientais e indígenas.

Se neste quadro de parcas cores tentarmos definir o amor, a missão será impossível, a confusão certa, a banalização desumana, as lágrimas e dores serão atribuídas ao amor. O amor liberta o que de divino existe em nós, quem ama verdadeiramente é livre, mas é de outra liberdade, diferente da que nos faz fantoches de nossos caprichos e ilusões, ou de caprichos e ilusões do ser amado que estou falando; a alforria das sombras, afinal, para uma perfeita visão do outro e perfeito encontro de almas ainda neste corpo em qualquer idade; Justo merecedor de todo amor, carinhos, afagos, cuidados, beijinhos e muita paixão…

Volta Titânico, desta vez para um dueto com a Tiza:

Como bem disse a Tiza, talvez sejamos modelados desde cedo para essa questão do amor, isso porque nossa educação e caráter podem ajudar a definir se teremos pouco ou muito orgulho, vaidade, egoísmo ou, ao contrário, se teremos desprendimento, amizade, lealdade…

Pra que vocês tenham uma idéia, um dos requisitos do casamento é a fidelidade; Por outro lado, um dos requisitos da União Estável é a lealdade…. qual será que é mais importante? Entendo como fidelidade mais a parte física mesmo, de chegar a consumação de fato da infidelidade, embora haja muito controvérsias sobre isso. Agora, a lealdade me parece muito mais abrangente. Isso porque a lealdade tem a ver com a honra, cumplicidade, amizade… Vejam que esse assunto é complexo demais, mas, de qualquer forma, prefiro a lealdade à fidelidade.

Isso poderia estar dentro do “amor racional” de Dante, pois escolhemos as pessoas através do que elas têm de bom, pesando com o que elas podem trazer de “ruim”… olhando, raciocinando, medindo…

A maior parte das pessoas que casam rápido se separam na mesma velocidade, isso porque ainda não foi possível ter o “amor natural” e, tampouco, o “amor racional”. Se vc não conhece a pessoa direito, não será “racional” vc casar, ao passo que também não se deu o tempo de se desenvolver ou brotar o “amor natural”. Poderíamos, talvez, classificar isso como paixão, por ser arrebatadora, rápida, destruidora, etc. Claro que não deve ser encarado como regra

Em um outro enfoque, o da família em si, vemos mais o “amor natural” pela convivência, amizade, trocas, brigas, discussões… Esse não pode ser racional, pois nós precisamos um do outro para viver, para se ajudar, para aprender… Esse “amor natural” vem também como intrínseco da alma, pois intuitivamente sabemos que precisamos um do outro. Essa parte da proteção entre todos faz com que tenhamos uma confiança maior, sem que seja necessário nós testarmos racionalmente cada membro da família.

O amor pelos amigos, de acordo com este raciocínio, precisa ser racional, ou seja, testado. Pesando boas ou más coisas, pensamentos, anseios e sonhos, tentamos ver se o resultado sai com honra e lealdade, ou com caracteres mais ou menos ruins. Só que o maior problema nesse caso é que, junto com a racionalidade em si, precisa-se utilizar um pouco da intuição, o que, na verdade, começa a tornar subjetiva essa análise. Isso porque, com nossa falta de condições morais, no atual estágio evolutivo em que estamos, não raro nossas “contas” e intuições nos traem, fazendo com que depositemos nossa confiança na pessoa errada. Outrossim, se temos ideais elevados e boas aspirações, maior a capacidade de sabermos escolher. Só que, como a maior parte de nós não se encontra num nível “bom”, com que tipo de pessoas iremos nos afinar / confiar?

Nesse âmbito, acredito utilizarmos, durante muito tempo, o “amor racional”. Isto porque, qualquer coisa que a pessoa faça que nos magoe, não importa que ela tenha feito 90% de coisas boas, não raro perdemos a amizade, e não raro também ambos se tornam inimigos, gerando os obsessores encarnados ou desencarnados. Nessa parte nossa razão falha duas vezes: uma por não saber escolher os amigos, outra por não enxergar que, por mais que o amigo tenha feito uma coisa desagradável, ele pode ter feito todas as outras de forma correta. Nesse caso, falta-nos raciocínio para sabermos somar e subtrair, para alcançarmos um resultado que, não raro, ainda será positivo.

Outro “amor natural”, que talvez seja o mais voltado para nossos sonhos, é o amor pelos ideais. Ah, que maravilhoso conseguirmos atingir nossas metas, desejos, aspirações!

Ditoso foi Sócrates, que, na Apologia de Sócrates, para não ir contra o que ele tinha pregado durante toda a vida, aceitou a morte! Na obra Fédon (ou “Da Alma“) ele aceita continuar debatendo os assuntos com seus amigos, mesmo sabendo que, se ele continuasse conversando, talvez teria que tomar duas ou três doses de sicuta para morrer! Esse “amor racional” de Sócrates pode também ser confundido com seu “amor natural”, isso porque ele achava lógico trabalhar pela sabedoria, acreditando também ser lógico existir algum tipoo de continuidade após a morte do corpo físico. Mas, essa confiança e racionalização de seus ideais podem e devem se confundir com o “amor natural”, ou seja, ele só fez tudo aquilo pelo amor que ele sentia pela sabedoria, seja deste ou do outro mundo… acredito eu que fosse sim o amor del pela Divindade, pois tem uma passagem em que ele diz:

Uma espécie de cárcere, eis onde vivemos nós, os homens, e nosso dever não é nos libertarmos a nós mesmos nem nos evadirmos… São os deuses que nos têm sob sua guarda, e nós, os homens, somos parte da propriedade dos deuses.

Platão; Fédon

Muitos filósofos podem dizer que esse amor dele não era pela Divindade com entendemos, mas acho que fica bem clara essa passagem.

Talvez um tipo de “amor natural” que muitos de nós podemos ter um vislumbre aconteça dentro de um Templo, Casa de Oração ou Igreja… creio que muitos já tiveram uma idéia do que é a percepção do livro Profecia Celestina, quando o camarada lá se sente parte integrante e vivo do Universo. Por mais que seja momentânea, imperfeita e rápida essa percepção, acho que ela dá uma idéia do que seria o “amor natural” por todos, ou o chamado Amor incondicional. Isso deve ocorrer porque entramos em sintonia com nosso Eu Divino, através da própria manifestação da Divindade, o que muitos chamam de DEUS e eu prefiro chamá-Lo de PAI CELESTIAL. Se mantivéssemos essa vibração por mais tempo, conseguiríamos nos tornar Espíritos Perfeitos de uma forma mais rápida, porque nesta fase obtemos uma disposição (ainda que momentânea) para ajudar os outros, compreender, perdoar, enfim… amar.

Acredito que aquele que conseguiu unir o “amor racional” e “amor natural” em uma só substância, chamada de “Amor incondicional”, foi o Mestre Nazareno. Ele amou sua família (por mais que tivesse sido incompreendido por eles), amou seus amigos (por mais que o tivessem traído), amou seus adversários (por maior que tivesse sido a dor física e moral que o tivessem feito sofrer) e amou ao Pai Celestial acima de tudo, pois cumpriu de forma fidedigna a missão que precisava ser cumprida, indo contra todas as adversidades e aceitando todas as situações como parte do que deveria ensinar a nós naquela época.

Como exemplos mais próximos de nós temos os já tão falados: Gandhi, Madre Teresa, Chico Xavier, Francisco de Assis, etc. Embora respeite e admire todos esses acima, meu carinho especial vai para o saudoso e querido Chico…

Tiza pega a bola quicando e chuta pro gol:

O amor é o Bem Absoluto, fonte, caminho, ideal perseguido por todas as virtudes , sem deixar de sê-la em excelência de liberdade.

“Virtude e dever são duas coisas diferentes. O que fazemos por dever (coerção), não fazemos por amor, que é livre”

Kant

Algumas de nossas experiências éticas nada tem a ver com moral, porque não precisam de suas obrigações. No amor não cabe a palavra dever, mas existem atitudes virtuosas. Só necessitamos de moral em falta de amor, por isso precisamos tanto de moral. O dever nos constrange a fazer aquilo que, se o amor estivesse presente, já teria livremente se consumado.

Máxima do dever: “Age como se amasses“. Segundo Kant, este amor que está incluído nas ordens da moral se chama amor prático. Amar ao próximo significa praticar de bom grado todos os seus deveres para com ele. Não nascemos virtuosos, nos tornamos (mas não sei bem se é 100% assim).

O amor não é um mandamento, é um ideal (“um ideal de santidade“, sublinha Kant). Nos tornamos virtuosos pela educação, pela polidez, pela moral, pelo amor. Agir polidamente é agir como se se fôssemos virtuosos. Agir moralmente é agir como se amássemos. Agir com ética é fazer o que se quer, por pouco que se ame. A moral nos liberta da polidez, consumando-a, pois o homem virtuoso não precisa agir como se o fosse. O amor por sua vez consuma a moral, e dela nos liberta. Somente quem ama não precisa agir como se amasse. É o Espírito dos Evangelhos: “Ame e faze o que quiseres” (Sto. Agostinho), pelo que Cristo nos liberta da Lei, não abolindo-a, como queria estupidamente Nietzsche, mas consumando-a (“Não vim para revogar, vim para cumprir…“), isto é, confirmando-a e inscrevendo-a para sempre no fundo dos corações.

“A moral vem mais do sentimento que da lógica , mais do coração que da razão e nós só sentimos necessidade dela pelo pouco amor que nos resta”.

André Comte-Sponville

Referência:
Pequeno Tratado das Grandes Virtudes: O Amor

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tiza
tiza
11 novembro de 2005 6:50 pm

Daniel ,assim só fazendo uma vaquinha pra vc cruzar o oceano…. (lí a letra de sua música ) “O Amor não aceita comandos, é ELE quem comanda “. Quando a gente fala de escolhas, nem sempre falamos de escolhas conscientes.Pode ser um processo invisível mas programado por e para você,durante sua vida sob colagens de influências, em seu subconsciente sempre antenado mesmo sem vc saber conscientemente, em esferas superiores e em suas particulares e mais encobertas vontades e verdades; bem ou mal resolvidas.É mais ou menos como se forma um sonho , e muitas vezes é esta mesma a sensação… Read more »

Fy
Fy
12 março de 2012 9:31 am

Nudez essencial

Eu acredito que a maior expressão da intimidade é desnudar a alma. Que, principalmente para isso, há que se ter coragem. Podemos viver uma vida inteirinha sem conseguir perder esse tipo de recato.

Puxa Paula, q coisa incrível vc escreveu!

Isto deveria ser publicado.

bj
Fy

Lígia
Lígia
12 novembro de 2005 8:31 am

Tiza, pensei no que você disse e acho que tens razão. Escolher a quem amar também é uma limitação indigna do Amor em seu sentido pleno, mesmo que seja escolher amar todas as pessoas. E, amar as pessoas fraternalmente parece menos assustador do que ir além e amar também sexualmente. Se tudo no Universo é energia, o Amor também é, embora talvez a mais sublime. E lidar com energias é complicado, desconhecido e até perigoso. Mas o certo é o Amor é tão maravilhoso que toda forma de amor vale a pena! E que valor teria o Universo inteiro se… Read more »

tiza
tiza
12 novembro de 2005 4:24 am

Acid,vou adaptar um pouquinho aquele seu bonito Provérbio Chinês: “Os amores não acontecem em contradição com a natureza da lógica perfeita do Universo, mas só em contradição com o que sabemos da natureza da lógica perfeita do Universo.” Segundo os gregos entusiasmar-se é ter um Deus dentro de sí.Só que os gregos eram politeístas ,e assim sendo a pessoa entusiasmada era a pessoa possuída por um dos deuses e por causa disso, poderia transformar a natureza e fazer as coisas acontecerem. Assim se vc fosse entusiasmado por Ceres (deusa da agricultura), seria capaz de fazr acontecer a melhor colheita, e… Read more »

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
12 novembro de 2005 2:32 am

Sabe, Tiza, talvez eu tenha aprendido alguma coisa sobre o Amor no seu sentido mais amplo, o das relações com o mundo e com as pessoas. E, se tenho praticado aqui e ali, não é porque saiu do meu coração, porque meu primeiro pensamento é sempre o mais ordinário (no sentidido de rasteiro) possível. Mas aí entra a lógica e a prudência, que me diz pra seguir o caminho menos complicado (que nem sempre é o mais fácil, na maioria das vezes é o contrário). Poisé, eu sempre me pauto pela lógica. Mas aí entra o amor por outra pessoa,… Read more »

Stranho
Stranho
12 novembro de 2005 2:03 am

É pra ser um elogio:
Me sinto em casa aqui…
🙂

tiza
tiza
12 novembro de 2005 1:32 am

Lígia , tudo na paz ? Sinto a dúvida comum a todos nós de sua procura. Embora simples faceta do Sublime ,o Amor de um casal que por ele se une ,não é em nada diferente em substância ,nem tão pouco em qualidade se Bem entendido.O que o diferencia é a intenção , a função,a finalidade ,o objetivo particular mas também muito especial deste Amor;a constituição de um lar , de uma família .A procriação,o sexo não é coisa pequena , é tão divina que gera vidas. O que distingue o remédio do veneno é a dose e a real… Read more »

S
S
11 novembro de 2005 11:31 pm

… Putz, Lends, toda a minha solidariedade, amigo.

LENDS
LENDS
11 novembro de 2005 11:30 pm

Eu fico pensando agora , o que fazer ?? Continuo falando com essa menina pela suposta amizade que ela diz que sente??? OU simplesmente me imponho e deixo ela para la ..??? Sabe ela disse para mim que é natural que pessoas se beijem …. Mas não é natural ter um amigo e beija-lo na boca esporadicamente ….isso é distorção …..principalmente por que ela tem namorado …. Ela faz o namorado de palhaço por que ainda ama o ex namorado , isso é ruim , mas não justifica trair o sentimento alheio …..isso causa sofrimento , angustia ….. Eu fiquei… Read more »

Lígia
Lígia
11 novembro de 2005 8:40 pm

Deixem-me explicar melhor: Penso que o amor apaixonado entre um homem um uma mulher (entre 2 homens ou 2 mulheres nem se fala, hihihi)é um amor doente, com febre, sofrendo alucinações e delírios. O Verdadeiro Amor não existe no planeta Terra que é um planeta inferior, povoado por seres inferiores (desculpem-me), nos quais me incluo. No máximo aqui podemos tentar exercitar o amor pelo livre-arbitrio, pra tentar aprender e compreender, hihihi. Assim, podemos começar escolhendo tentar amar nossa família (conseguir é outra coisa) tentar amar aquele vizinho chatííííssimo, etc. Esse é o amor por escolha. Jesus, o mestre do Amor,… Read more »

Daniel
Daniel
11 novembro de 2005 6:23 pm

Respondendo a uma dúvida sem nome mais ali em cima: não, amor a gente definitivamente não escolhe. Todas as vezes que eu escolhi a quem amar me dei muito mal. Amor é aquilo que acontece e que te deixa sem palavras. Como disse o Drummond, é aquela vontade de ficar juntos que chega a apertar o coração. É ver aquela pessoa na sua frente e sentir um tremor, uma espécie de êxtase que te deixa abobado. Foi assim quando a conheci, e nunca mais na minha vida, mesmo que eu tenha tomado dúzias de caminhos diferentes, consegui me afastar dela.… Read more »

Bruno H.
Bruno H.
11 novembro de 2005 5:19 pm

Hehehe
O amor é uma dor.

Anônimo
Anônimo
11 novembro de 2005 3:52 pm

ae lends

hehehehhehehe cuidado hein….num vai entra em depressao hehehehehe

cara…tem milhares de mulheres por ai cara…num encana por causa dos outros naum mano…eu tb era assim cara…desencana q ja era hhehehehe…tem varias minas….ai é capaz de um dia a mina te ve com outra e querer vir correndo atrais…hehehehhee

Mulher gosta de provocar cara

fica de boa hehehehehe

tiza
tiza
12 novembro de 2005 12:16 pm

Lígia seu pensamento foi profundo e verdadeiro. “Quem o conseguir, conhecerá a natureza íntima de Deus. NOSSA! Que profundidade !” Amor verdadeiro entre casais não faz o outro sofrer, se isto ainda acontece é porque ainda caminhamos para o aperfeiçoamento , e uns errinhos aqui e alí , acontecem sim , mas Deus que é Amor Perfeito, que tem em sí a infinita (“Deves perdoar 70×7 vezes respondeu..”) e eterna capacidade do perdão , a misericórdia ,nos perdoa sempre , se reconhecermos o erro e não persistirmos nele por Livre-arbítrio. A gente custa muito pra entender , aceitar e viver… Read more »

LENDS
LENDS
12 novembro de 2005 5:11 pm

Escute , realmente preciso de uma ajuda a nivel de conselho cara … Numa boa , passaram-se 3 dias desde que falei com a garota , e venho me sentindo meio enrolado .. Eu acho que essa menina , realmente é assim mesmo , talvez ela tenha feito isso só para me deixar ligado nela , gostando dela ….para mostrar as pessoas que ela é cobiçada … Eu acho que nunca mais poderei ter uma amizade de fato com essa menina , ela sempre senta do meu lado ….tudo que eu falar para ela, mesmo a nivel de conselho e… Read more »

Mestre Paco
Mestre Paco
9 março de 2012 4:12 pm

Legal esse texto da Ana Jacomo.
Localizei o blo dela e encontrei isso em seu perfil:

“Meu nome todo é Ana Cláudia Saldanha Jácomo. Nasci no Rio de Janeiro, onde moro, na madrugada chuvosa de uma segunda-feira de março. Coincidência ou não, é de madrugada que meus textos costumam nascer. Quando isso acontece é como se fosse manhã de céu azul altas horas da noite. Escrever é o meu trabalho mais lúdico. Meu jeito preferido de prece. Minha maneira predileta de levar o coração pra pegar sol.”

Paula
Paula
8 março de 2012 7:12 pm

Falando em amor e em se entregar: feliz dia das mulheres! Que o feminino no seu equilíbrio entre sensibilidade e firmeza esteja sempre com cada mulher e cada homem desse blog. Nudez essencial Eu acredito que a maior expressão da intimidade é desnudar a alma. Que, principalmente para isso, há que se ter coragem. Podemos viver uma vida inteirinha sem conseguir perder esse tipo de recato. Desnudar a alma e mostrar para o outro: isso aqui sou eu. Isso aqui também sou eu. E isso e isso e isso. Isso que você não imagina nem em sonho, acredita, sou eu… Read more »

maclau
maclau
26 agosto de 2007 11:12 pm

Eu nem sei se devemos fazer tantas considerações a respeito do amor. Creio que não escolhemos a quem amar (se fosse assim eu não teria me apaixonado por um sujeito que mora em Floripa!- estou em Sampa… Escolheria um que morasse numa cidade vizinha…).Mas, o amor que temos dentro nós e que acredito que nasce conosco e que, portanto é nosso, busca aquele alguém especial… e, o amor, ousado como quê, não se importa com distâncias, com horários e todas essas coisas que temos em grande conta. Ele não enxerga quaisquer obstáculos. E acho que isso é bastante racional.

Anônimo
Anônimo
21 novembro de 2006 10:08 pm

À pessoa linda que indicou este post! Maravilhoso o raciocínio… No caso do amor romântico, tbém acho a LEALDADE mais importante que a fidelidade. Respeitar as regras do jogo que os dois estabeleceram é o que mais importa. Ainda acho que a AMIZADE é um dos tipos mais lindos de Amor… E espero um dia viver na prática esse amor incondicional que vcs falam, embora seja um longo caminho…tenho muito a aprender. Há pessoas como vc, PESSOA LINDA, que realmente tentam por em prática a compreensão necessária para construir uma amizade. Pessoas que, de modo generoso, pesam a situação inteira.… Read more »

::Ana:: (pazamor)
::Ana:: (pazamor)
24 novembro de 2005 5:38 pm

Nossa, sem palavras p/ esse post… muito boas as abordagens acima… Titanico, meu amigo… parabens… muito boa… que lindo isso…

Susie Sun
Susie Sun
14 novembro de 2005 8:46 pm

Quem aprendeu a emitir a própria Luz Às sombras não temerá Pelas trevas caminhará também Sem se procupar Luz é Amor Amor é Luz O Amor a tudo abrange Envolve A escuridão sempre dará passagem Podendo inclusive Às próprias sombras encantar… (Susie Sun) Para queles que estão sinceramente preocupados em aprender a emitir a própria luz, isso só é possível quando tivermos aprendido a amar de fato, e amor se aprende, para nós longa ainda é a jornada desse aprendizado, estudemos, estudemos então, e a cada novo aprendizado pratiquemos, afinal AMOR É LUZ, LUZ É AMOR “Through the Eyes of… Read more »

Anônimo
Anônimo
14 novembro de 2005 12:19 pm

Veja esse video:
http://www.clubedovendedor.com.br/secao/cdv003/CDV003002/filmes/fernanda.wmv

Pena que é de baixa qualidade, mas a mensagem é demais.

tiza
tiza
14 novembro de 2005 4:22 am

Este trecho da carta aos Coríntios é lindo …Bela lembrança ,Susie. Intensidade (desconheço o autor) “É a intensidade com que você vive que faz a sua vida realmente valer a pena! É a sua decisão de acreditar que o seu poder pessoal está dentro de você – e nunca no outro – que faz com que o amor se transforme num caminho para a sua evolução e não num jogo onde ganha quem está “sempre por cima”… Isso é uma grande perda de tempo! Um enorme desperdício de energia, sentimento e possibilidades. Olhe para o outro e enxergue nele, de… Read more »

Anônimo
Anônimo
13 novembro de 2005 11:35 pm

LENDS, primeiramente ame-se a si mesmo, seja duro ou insensível se preciso, mas respeite e ame tua “essência”, mesmo que ela seja de natureza egóica…
Vc tem sorte, tua relação é próxima e esta relação platônica vai ser absorvida pelo tempo, apesar da dor…Mas passa!

Daniel
Daniel
13 novembro de 2005 11:28 pm

Tiza, obrigado pela força, eu até poderia ter ido visitá-la mas preferi não, eu quis deixar acontecer e deixá-la livre, sem pressão. Mando e-mails, falamos pelo Skype, mas sinto que estaria forçando a barra indo até lá. Ela talvez venha agora no final do ano e deixarei que ela escolha, sem imposições, quando quiser me ver. É claro que eu queimo de vontade de ir lá de uma vez, mas com o tempo a gente aprende a ser mais paciente. E a música é relamente muito linda, ainda mais cantada pelo Madredeus, você tem que ouvir pra ver o quão… Read more »

Lígia
Lígia
13 novembro de 2005 11:59 am

Lends, o que vc está sentindo é o seu orgulho ferido. Quanto antes vc esquecer essa garota melhor pra vc. O remédio que pode curar seu coração é perdor e esquecer. Como disse a Tiza: há pessoas que não sabem amar aos outros. São as pessoas egoístas, que só pensam em si mesmas. Estando bom pra elas é o que conta. O que o outro está sentindo não lhes importa a mínima, aliás, isso nem lhes passa pela cabeça. Isso é bom pra vc aprender a valorizar outras garotas, diferentes dessa. Será que vc nunca agiu assim com ninguém?

Susie Sun
Susie Sun
14 novembro de 2005 12:53 am

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios, e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres , e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é… Read more »

LENDS
LENDS
11 novembro de 2005 3:14 pm

hehehe , falei com a menina ontem e levei um puta toco , voltei pra casa com a bateria descarregada ….triste para todo céu e para toda terra … EU estava me apaixonando, e foi bom terminar antes de começar , me sinto triste e aliviado …. Nosso amor é uma cria inexata , um oceano , um livro mal lido , uma saudade precoce …..Sou as dores desse parto solitario , apenas as ruinas de cada dia … A menina , brincou comigo ….e ainda diz que me ama como amiga , amigos não se beijam de lingua por… Read more »

tiza
tiza
11 novembro de 2005 12:59 pm

Amor Um senhor de idade chegou a um consultório médico,para fazer um curativo em sua mão onde havia um profundo corte. E muito apressado pediu urgência no atendimento, pois tinha um compromisso. O médico que o atendia, curioso, perguntou o que tinha de tão urgente para fazer. O simpático velhinho lhe disse que todas as manhãs ia visitar sua esposa que estava em um abrigo para idosos, com mal de Alzheimer muito avançado. O médico muito preocupado com o atraso do atendimento disse:- Então hoje ela ficará muito preocupada com sua demora? No que o senhor respondeu: – Não, ela… Read more »

Bruno H.
Bruno H.
10 novembro de 2005 11:39 am

Não dá para explicar o que é fome, sede ou sono…usando palavras.
Também não da pra explicar o que é o amor.

Mas você já sentiram sede, né não?

Stranho
Stranho
10 novembro de 2005 2:51 am

Muito bom! Dei uma boa viajada em minhas próprias concepções agora… Alguns trechos das belas dissertações me fizeram lembrar de algumas coisas que estudei a pouco tempo na faculdade. “A alma, que é criada com capacidade de amar, move-se para o que lhe dá prazer. …E se ela é atraída, à imagem então se inclina, e esta inclinação é o amor, que faz parte de vossa natureza. …vossa alma busca a coisa amada e não descansa até encontrá-la e dela usufruir.” A descrição de amor que aparece no trecho do Purgatório da Divina Comédia é muito semelhante àquilo que Freud… Read more »

tiza
tiza
10 novembro de 2005 11:06 am

Stranho ,bom dia, ” o amor me parece algo mais sublime do querer, do que desejar, do que fazer escolhas. Eu não saberia como defini-lo também, mas acho que sua definição se aproxime de algo como a síntese de todo o bem… Amar é ser perfeito mesmo que só por um momento… sei lá… Mas foram só viagens minhas…” Se foi viagem , foi das boas.É justo disto que a gente precisa. Consciência de que nossos relacionamentos não devem , em nenhum grau , desafiar , esquecer-se ,negligenciar o Amor primeiro que se desdobrou em tudo que existe. “..e os… Read more »

Titanico
Titanico
10 novembro de 2005 7:53 am

Bom dia a todos… Só posso agradecer ao Acid, por fazer com que alguns mails fossem assim, de forma clara e sintética, organizados para o post… como eu já lhe falhei, a organização ficou excelente! Tiza… o que posso dizer pra vc? Vc tem razão quando diz que já debatemos por detalhes aqui mesmo neste site. Só que, o grande diferencial, foi termos visões diferentes mas agindo em conjunto rumo a Unidade. Divergimos? Bastante… Concordamos? Nem sempre… Aprendemos? Muito… Vivemos? A cada dia… Somos amigos? Com certeza… Nos esqueceremos? Jamais… E é exatamente nisso que reside a maior virtude: vivermos… Read more »

tiza
tiza
10 novembro de 2005 2:57 am

Titã ,sabe,vendo a gente junto (estou morrendo de vergonha,juro !), fiquei lembrando de como a gente já debateu aqui no começo por nossas pequenas diferenças.”A gente” ficava meio bravo..né? Essa é principalmente pra vc…..bjos tiza É PRECISO AMAR (espírito Joanna de Ângelis) Diante de qualquer situação, é necessário amar. Desamado, se deve amar. Perseguido, é preciso amar. Odiado, torna-se indispensável amar. Algemado a qualquer paixão dissolvente, a libertação vem através do amor. Quando se ama, se é livre. Quando se ama, se é saudável. Quando se ama, se desperta para plenitude. Quando se ama, se rompem as couraças e os… Read more »

tiza
tiza
10 novembro de 2005 2:32 am

Acid , muito estranho ler vc afirmar que não pode comentar sobre o “Amor”. O Amor é a raiz , sobre a qual cresce firme mas flexível o caule do entendimento, daonde brotam os ramos das virtudes,que florescem em consolos e exemplos e ações para muitos . Muita gente se beneficia ,cresce( ou não,é sempre opcional o preparo do solo de cada um por sí mesmo ) gratuitamente, com a leitura deste seu Blog e das muitas dicas aqui postadas por vários leitores. “Nem só de pão vive o homem “. Não seria uma extrema “caridade” a simples idéia da… Read more »

S
S
10 novembro de 2005 12:37 am

Ué, mas se você mudou, se estamos todos convivendo melhor, é isso que eu disse 🙂 Se o motivo é material, espiritual ou o que for, é só uma questão de ponto de vista. Fato é: estamos todos melhor assim.

LENDS
LENDS
10 novembro de 2005 12:28 am

Eu fico sempre observando o macro e o micro , e é logico que o macro não existe …… O macro é apenas uma consequencia das pequenas coisas , como se fosse o quebra cabeça montado , revelando uma imagem …. Por que digo isso ??? Na minha faculdade tivemos um problema com um professor de matematica financeira ….Eu fiz a mesma coisa que faço nesse blog , eu critiquei a faculdade por ser tão mal organizada , e julguei pela turma ,a mal versação dos nossos proprios direitos de ter uma aula ministrada por um professor mais competente ..… Read more »

LENDS
LENDS
10 novembro de 2005 12:14 am

Não não amigo acima , foi só mudar a onda de comentarios copias de livros , pensamentos repetitivos para eu e muitos outros quisessemos participar de alguma coisa do blog , inclusive inserindo um comentario offtopic no penultimo post sobre relacionamentos …. Se vc acha que limparam-se as vibrações do blog , eu até respeito sua opinião …. Mas por exemplo , eu sou o velho marcelokha assim como um duzia de outros nicks que entram aqui para observar o blog , sempre em busca de alguma coisa que ajude no cotidiano ….. Então eu achei conveniente entrar com um… Read more »

S
S
9 novembro de 2005 9:53 pm

Que coisa bonita, não? Como funcionam as vibrações, como funciona a energia, como as engrenagens do universo se movem invisíveis como um relógio. Foi só a vibração do blog (e do Acid, suponho) mudar que sumiram os vândalos, calaram os agressivos e surgiram, como primavera, comentários e posts fabulosos.

“Beijos n´alma”. Que bonito, Tata!

Parabéns ao Acid, primeiro, e a Tiza e Titânico, unidos pelas iniciais e pela grandeza de seus corações.

Tata
Tata
9 novembro de 2005 8:37 pm

Olá, eu estou encantada com o blog, será que poderia linkar?
Beijos n’alma

Cláudio
Cláudio
9 novembro de 2005 6:48 pm

Show de bola!!! ficou muito legal!!! E viva a nova boa onda de textos e comentários no blog!!!

Parabéns a todos!

Abraços e muita Luz!

Titanico
Titanico
10 novembro de 2005 12:32 pm

Fala Stranho… concordo com vc. O ideal é que fizéssemos somente isso: envolver o sentimento em tudo. Mas, nós não agimos assim… exemplo: deveríamos nos alimentar somente para a subsistência do corpo físico. No entanto, quem nunca exagerou na comida? Da mesma forma, acredito que relacionamentos devem sempre envolver sentimentos… é que algumas pessoas levam isso somente pelo lado da satisfação física também. Acho que a grande maioria das pessoas bem intencionados, embora sabedoras das responsabilidades, já tiveram relações que não envolviam um sentimento pleno (até porque, na visão que tenho, não estamos ainda em condições de viver plenamente muitas… Read more »

Samir
Samir
10 novembro de 2005 12:51 pm

Para mim o amor verdadeiro é aquele onde conseguimos anular o ego para vivificar o próximo; não em favor do ego dele mas da sua Vida-Essência. Se for para “salvar” o outro, mesmo aquilo que pareça ser cruel será na verdade expressão do mais sublime amor.

Kelen
Kelen
11 novembro de 2005 10:33 am

Eu nunca tinha lindo uma abordagem tão perfeita e tão concordante com as minhas convicções sobre esse assunto. Eu não fui capaz de traduzir em palavras o que penso, mas vc foi além das minhas expectativas. Parabéns 🙂

tiza
tiza
11 novembro de 2005 1:06 am

A música para mim é a mais perfeita tradução de universalidade, e de forma única e sublime despe do intangível véu ,o Amor, colocando as letras aos seus pés. Soneto de fidelidade Composição: Vinicius de Moraes / Capiba De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento E assim quando mais… Read more »

tiza
tiza
11 novembro de 2005 12:08 am

Às vezes é bem menos conturbado… O Amor Carlos Drummond Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida. Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você esta esperando desde o dia em que nasceu. Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento,perceba: existe algo mágico entre vocês. Se o primeiro e o ultimo pensamento do… Read more »

tiza
tiza
10 novembro de 2005 11:48 pm

Isto também acontece. Crônica de Amor Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não-fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece a razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz,pela maneira que os olhos piscam, pela… Read more »

Renan
Renan
10 novembro de 2005 10:58 pm

LENDS,

Um abraço pra ti, cara.

Valeu!!

S
S
10 novembro de 2005 10:19 pm

“que escolhemos quem amar.” Não, não mesmo. Escolhemos AMAR: escolhemos manter o coração aberto e os olhos receptivos à beleza das pessoas, à beleza da vida. Enquanto ainda crescemos, nos aperfeiçoamos, nosso amor se manifesta de maneira bem apegada, pessoal. Não escolhemos quem: o amor flui de acordo com nossos sonhos, nossas ilusões, os percalços e os caminhos que precisamos passar. Quanto mais cresce e amadurece nosso coração, nosso amor se torna mais maduro. O amar, a tolerância, se torna maior do que nossos desejos e implicâncias, e esse próprio amar nos leva a situações mais fluidas, mais maduras. Mas… Read more »

Anônimo
Anônimo
10 novembro de 2005 9:35 pm

Bem… Eu concordo com a maioria dos comentários… Mas eu gostaria de realmente pedir uma ajudinha porque me parece que vcs são pessoas aptas a me auxiliar. A Lígia emitiu uma opinião que é justamente o que me pôe em conflito interno sobre as coisas em que acredito: “O Amor Verdadeiro é aquele que escolhemos pelo livre-arbítrio.” Não sei se interpretei mal o que ela quis expressar, mas entendi que escolhemos quem amar. É justamente o contrário disso que eu acredito, que não há uma escolha, há algo que simplesmente já existe… Por isso espero… Se é questão de escolha,… Read more »

Daniel
Daniel
10 novembro de 2005 6:05 pm

Muito legal esse post! Estou passando por uma experiência que está me ensinando muito. Depois de anos e anos de amores diversos, casos, três casamentos e uma viuvez, vivendo amores egoísticos, raivosos, profundos e intensos sim, mas possessivos e egóicos, eu de repente pareço estar finalmente compreendendo mais o que é o amor. Na verdade eu sempre soube o que era, só não conseguia defini-lo. Ele sempre esteve dentro de mim. Eu a conheci quando tinha dez anos de idade e desde lá sou apaixonado por ela, só que a vida tomou outros rumos, tanto eu como ela casamos, ela… Read more »

Bob
Bob
10 novembro de 2005 5:26 pm

“O amor existe por causa do amor, e nada mais. Ele é espontâneo e espalha felicidade. Tudo é permeado pelo amor. O amor pode conquistar tudo. O amor altruísta, puro, genuíno, leva o homem a Deus. O amor egoísta e limitado prende o homem ao mundo. Incapaz de compreender a natureza sagrada e pura do amor, o homem de hoje é uma presa das preocupações intermináveis, causadas por seu apego aos objetos mundanos. O dever primordial do homem é entender a verdade sobre o princípio do Amor. Uma vez que ele entenda a natureza do amor, ele não se perderá.”… Read more »

Kerion
Kerion
10 novembro de 2005 5:21 pm

Caramba, esse post juntamente com os comentários que se seguiram me emocionaram, não to mentindo!!
Eu não consigo definir o que é o Amor, mas aprendi muito lendo os comentários dos amigos que postaram sua idéias…
acredito que como foi dito acima, sinto o que é amor quando o vivencio… e acho que o amor, na sua mais pura expressão é o amor que não espera resposta.

Titanico
Titanico
10 novembro de 2005 2:30 pm

Fala Lígia… a música que vc tá falando acho que é “Epitáfio” dos Titãs.

Lígia
Lígia
10 novembro de 2005 1:12 pm

Penso que o Amor Verdadeiro não é tanto aquele que sentimos vibrar em nós espontaneamente. Este pode ser desejo, emoção, impressão, satisfação pessoal, etc. O Amor Verdadeiro é aquele que escolhemos pelo livre-arbítrio. Sou livre quando “escolho amar as pessoas como elas são” (alguém já disse isso, Renato Russo?)Sou livre qundo posso escolher a quem amar e amo verdadeiramente porque sou livre.

x-builder
x-builder
9 novembro de 2005 6:34 pm

Achei interessante a primeira abordagem do Titanico: “Titânico começa: Nesses dias alguém me perguntou …” Eu acho o seguinte…. Todos nós temos nossos podres, nossas fraquezas, afinal somos imperfeitos. Contudo, mta gente de várias religiões usam determinadas virtudes para mascarar os defeitos, talvez para dar uma satisfação à sociedade. Primeiro que nenhuma religião vai nos salvar, pois todas elas são muletas para uns ou um suporte bem saudavél para outros, isto vai depender da intenção real de cada um. Por isto devemos encarar nos mesmos e aceitarmos nossos limites, fraquezas, imperfeicoes (é o que se chama de humildade, tá no… Read more »

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