AMOR PLATÔNICO

Você pensa que amor Platônico é ficar apenas desejando aquela pessoa linda da escola que você sabe que nunca vai botar as mãos? Pense novamente. Após a leitura deste artigo, você nunca mais vai encarar o Amor da mesma forma.

Entrevista com Renée Weber, por Scott Minners, extraída do livro A visão espiritual da relação Homem & Mulher; Ed. Teosófica

Todos já ouvimos falar de amor platônico e presumimos que ele está relacionado com a filosofia de Platão. O que é isso, exatamente?
O amor platônico é o mais incompreendido de todos os conceitos de Platão. As pessoas, que em sua maioria não conhecem a obra de Platão, pensam que amor platônico significa amor ascético ou assexuado. Isso não é verdade. Em O Banquete, Platão apresenta o amor sexual como um ato natural, mas com raízes infinitamente mais profundas.

No pensamento de Platão existe um princípio cósmico sobre o amor?
Sim. Para Platão o amor é um princípio cósmico. Ele afirmou que o amor é uma escada com sete degraus, que vão do amor por uma pessoa até o amor pelas realidades superiores do universo. Todo o livro O Banquete, sua mais importante obra sobre esse assunto, é dedicado ao amor em seus diversos aspectos. Ele diz que, mesmo que eu me apaixone por uma pessoa, atraído por qualidades, fixar-me exclusivamente nessa pessoa é permanecer no primeiro degrau de uma escada que possui muitos outros.
O passo inicial nessa escada, para a maioria das pessoas, ocorre através do amor físico. Platão diz que o ser humano busca a imortalidade através da pessoa amada, por meio da procriação. Entretanto, fixar-se nesse primeiro degrau é permanecer parado, em comparação a tudo o que uma pessoa pode vir a ser.
Isso não quer dizer que Platão negue o corpo ou o amor físico. Ele apenas afirma que, se eu deixar de ampliar esse relacionamento e não subir até os outros seis degraus, vou permanecer estagnado. Os passos seguintes são um desdobramento natural da condição humana.

Aonde mais o amor pode levar? Como ele pode crescer até dimensões maiores?
O diálogo completo de O Banquete é a resposta de Platão a essa pergunta. No livro, diversas figuras da sociedade ateniense estão reunidas discutindo a natureza, o sentido e as implicações do amor. Elas fazem várias descrições de amor, todas unilaterais, embora não falsas, até chegar a vez de Sócrates. Uma das pessoas disse que o amor nos faz adotar atitudes nobres para sermos merecedores do amado. Outra afirmou que o amor é uma espécie de frenesi e loucura, e outros, como Aristófanes, classificaram-no como a busca da nossa outra metade.
Você poderia perguntar como é que a nossa “outra metade” se extravia. Segundo Platão, Aristófanes disse que todos as pessoas têm corpos duplos e dupla face. Haveria três tipos de humanos no mundo. Na figura homem/homem, o corpo todo era formado por figuras masculinas. Um outro tipo seria composto por elementos femininos, e por último haveria o masculino / feminino.

Seria um ser andrógino?
Sim, uma figura andrógina, com uma metade feminina e outra masculina. Trata-se, na verdade, de uma fábula, um mito encantador, destinado a revelar um ponto muito profundo. Segundo Aristófanes, esses seres duplos cometeram transgressões contra os deuses; como castigo, foram divididos ao meio. Sob essa perspectiva, o amor é literalmente a busca da outra metade.
Essa fábula tem implicações muito abrangentes em termos da metafísica e da ética de Platão. É um outro modo de afirmar que não somos seres completos, e que os movimentos do amor são uma busca de complemento.

Platão diz que o amor “é uma loucura que é dádiva divina, fonte das principais bênçãos concedidas ao homem.”
Exatamente. Ele tem uma visão muito exaltada do amor entre os sexos e, na verdade, não quer que subestimemos o seu alcance e significado. Acho que ele emprega o termo loucura para se referir ao primeiro degrau, porque, sob a influência da paixão física, perdemos de vista perspectivas e prioridades. A alma anseia tanto pelo contato com a outra pessoa que perde o juízo.
Quando você está apaixonado, é como se o universo estivesse concentrado na outra pessoa. Isso não é necessariamente falso. Platão diz que, em certo sentido, o universo realmente está nessa pessoa. Você só precisa transformar essa dimensão e ver não apenas a pessoa, mas o universo nela.

Mas, no primeiro nível da escada, esse seria apenas um tipo de amor com motivação pura ou incluiria também uma relação amorosa normal, com suas doses de motivação egoísta?
Essa é uma pergunta vital para compreender a ótica de Platão sobre o amor. Tudo o que ele disse em O Banquete – ao amar uma pessoa você está amando o universo e vice-versa – relaciona-se ao amor genuíno, sem egoísmo. Ele jamais apóia o relacionamento físico apenas como meio de obter prazer.

Seria correto dizer que, para Platão, o relacionamento sexual significa mais que um impulso instintivo, porque poderia colocar a pessoa na senda do amor autotranscendente?
Sim, mas com a ressalva que você acabou de levantar: desde que seja uma paixão genuína, carinhosa e abnegada. Em todos os diálogos de Platão, o uso do outro simplesmente para uma gratificação egoísta se dissocia dessa senda; é uma cilada, um perigo, não é amor e não levará a lugar algum.
O amor platônico é tão amplo e universal que, embora comece como amor pela forma bela, termina como o amor pela própria beleza, um princípio eterno do universo. Você é levado, de um modo muito natural, a perceber que todas as formas belas são dignas de amor, se torna sensível a todas elas. Platão emprega constantemente o termo beleza; a beleza das idéias toma-se tão ou mais real que a beleza física.

Ao universalizar o conceito de beleza manifestada na forma, Platão a vincula ao amor?
Amor e beleza estão ligados. Você vê beleza quando está amando. À medida que progride, você sente por todas as formas belas a espécie de exaltação que experimentou quando se apaixonou pela primeira vez. Quando permite que o amor o leve para a frente, você sai do particular em direção ao múltiplo.
Em seguida, você vê que a beleza da mente é mais maravilhosa que a beleza da forma. Platão afirma que você se apaixona pela qualidade da mente de uma pessoa mesmo que sua forma física não seja tão graciosa. Essa é uma progressão do concreto para o imaterial, sob a influência e inspiração do amor.

Esse é o passo número dois?
Não. O passo número dois é amar todas as formas físicas belas. O terceiro passo é amar a beleza da mente, independente da forma física à qual ela está associada.

E qual é o passo seguinte?
O quarto passo da escada do amor é a ética – o amor pelas práticas belas. Envolve integridade, justiça, bondade, consideração – características que também contêm beleza e impelem ao amor. É um passo mais abrangente e universal. Ele conduz ao degrau número cinco, que é o amor pelas instituições belas.
Esse quinto estágio diz respeito ao modo como a sociedade funciona quando suas instituições estão em equilíbrio e harmonia. Trata-se de amor pelo governo, pela cultura e por tudo que a obra A Republica cita como exemplo de instituições belas. O bem comum é o interesse primordial, não o bem do indivíduo, do núcleo familiar ou mesmo da pequena comunidade.
Desse ponto, a alma ascende para o sexto degrau da escada do amor. Ele é uma curva gigantesca para o alto, em direção ao universal e ao abstrato. A isso Platão chama “ciência”, ou seja, conhecimento e compreensão. No sexto passo você se apaixona pela ciência, que articula não só as leis que governam o indivíduo, a família e a sociedade, mas algo que transcende o meio local. A beleza da ciência é universal, como o Teorema de Pitágoras.

Ou como a biologia da Terra?
Exatamente. E como o universo de Einstein, que inclui o cosmo inteiro. A ciência apresenta beleza, harmonia e ordem. Você pode se apaixonar por isso tão profundamente quanto por um homem ou por uma mulher. Os grandes cientistas como Einstein, Kepler, Galileu e Newton afirmaram que, ao articularem as leis do universo, estavam estudando a lógica, a ordem e a beleza da mente de Deus.
Giordano Bruno, filósofo e cosmólogo executado pela Inquisição em 1600, preferiu ser queimado na fogueira a negar seu insight científico de um universo infinito e interligado. Ele manifestou uma paixão tão profunda pelas leis do universo que defendeu sua visão assim como um homem defenderia a mulher amada de uma agressão. Preferiu a morte à negação desse amor. Isso é amor verdadeiro.

E o sétimo degrau?
Sócrates fala sobre ele em O Banquete. Você sabe que algo importante está para ser dito quando ele começa a falar, alegando que aprendeu tudo com uma sacerdotisa sagrada chamada Diotima. Nesse ponto, Platão prepara a audiência para esperar algo importante e profundo, e não nos desaponta.
Diotima afirma existirem os mistérios menores e maiores do amor. Os mistérios menores são os quatro primeiros degraus. Mas, ao explicar como ascendemos na escada, ela se detém; há uma espécie de momento solene no discurso. Ela diz a Sócrates: “Esforça-te, por favor, por estar o mais atento possível.”
Sempre que um personagem de Platão diz isso, você sabe que ele vai articular um ensinamento esotérico. É um momento cercado de grande solenidade, onde o autor chama a atenção para algo importante.
Os mistérios maiores do amor (os degraus cinco, seis e sete) evoluem na direção da visão universal. Diotima afirma que, entre os passos seis e sete, passamos quase imperceptivelmente do mundano para as realidades superiores do universo. Platão emprega a palavra subitamente. Depois de passarmos por todos os degraus, ocorre, no sétimo passo, uma diferença de gradação; subitamente você vê não a manifestação da beleza, mas a beleza em si. Esse é o ponto alto dos sagrados mistérios. O amor se expressa como a manifestação eterna da beleza em si. Você se apaixona pela essência que torna belas todas as coisas.
Segundo o discurso de Diotima, em O Banquete, “apenas em tal comunhão, mirando a beleza com os olhos da mente, o homem será capaz de suscitar não projeções de beleza, mas realidades (pois ele entronizou não uma imagem, mas uma realidade), produzindo e nutrindo a verdadeira virtude para tornar-se o amigo de Deus, um ser imortal.”

Isso soa como um contato visionário com uma realidade ou verdade suprema.
É uma espécie de visão. É como ver o sol na alegoria da caverna, em A República. Depois de viver de costas para o sol e ver apenas sombras na parede, subitamente você vê a luz! É uma fusão com a forma amada, a integralidade; é uma espécie de imortalidade.
O amor mundano e físico é o início da busca da totalidade. O final é a visão do que está por trás do universo, do que o faz girar. Portanto, no sétimo degrau da escada do amor, apaixonar-se é unir-se à origem do ser. É uma espécie de doutrina mística do amor, e esse é o amor platônico. Trata-se de um ponto de vista comovente e inspirador, que transcende enormemente a idéia de ficar de mãos dadas com alguém.

Platão diria que o amor está no centro da vida universal?
Sim. Em O Fedro, ele utiliza uma outra metáfora para mostrar essa mesma idéia de amor, oscilando entre o mortal e o imortal, entre o específico e o universal, entre o concreto e o abstrato. Nessa obra, os amantes são impelidos a buscar regiões mais elevadas, formas mais puras de amor. Por isso, criam asas. As asas permitem que eles voem até a borda do universo, onde eles vêem as formas eternas, ou seja, a essência das coisas temporais.
Em seguida Platão expõe outra metáfora: a da carruagem puxada por dois cavalos, um branco e outro negro. O garanhão negro representa o amor egoísta, quando uma pessoa usa a outra para a autogratificação. Uma pessoa comandada pelo cavalo negro clama pela satisfação imediata dos seus desejos, sempre orientada pelo egoísmo. Se esse garanhão sombrio governa, ele perturba o equilíbrio da manada. Esse tipo de amor não conduz ao amor universal.
São afirmações como essas que revelam a tendência ascética de Platão. Ele adverte contra o tipo de amor excessivo, desequilibrado e autocentrado. Isso não é amor, em absoluto; é apenas amor-próprio. Mas se a pessoa ama verdadeiramente, o cavalo branco ajuda a governar, de forma que todo o grupo – o cavalo branco, o cavalo negro e o cocheiro – possa ascender em direção à “borda do céu” e visualizar as verdades eternas. O cavalo branco fornece equilíbrio com seu bom senso, integridade, altruísmo e interesse pelo outro.

O cavalo negro seria um símbolo dos sentidos físicos, enquanto o branco seria aquilo que está além dos sentidos?
Essa é a idéia, em termos gerais.

E o condutor do grupo? O que ele simboliza?
Ele representa a alma e a visão da alma, o bom senso, a pureza, o desejar espiritual. O amor pode ser a própria carruagem, o veículo para nos conduzir a uma nova dimensão do ser e proporcionar vislumbres de outros estados de consciência, no próprio ato do amor.
Atualmente poderíamos dizer que Platão sustenta uma união sexual intensa e profunda como a antecipação do êxtase da união com a realidade espiritual divina que está por trás do universo. É a imortalidade do homem simples. É uma manifestação, mesmo que reduzida, da união divina. Por isso, os seres humanos certamente valorizam a experiência do amor e do sexo. Por meio de um amor sexual intenso, cada um de nós experimenta por breves momentos a autotranscendência e a abnegação.
No degrau número sete da escada, essa autotranscendência, que era breve e momentânea, transforma-se no estado natural onde passamos a habitar o tempo inteiro. O “eu” desapareceu no segundo plano. No primeiro plano passaram a brilhar as verdades eternas, o bem e a beleza, entendidos como indissolúveis e evidentes para a alma capaz de vê-los.

bandeira da espanha Ler em espanhol (por Iván Lavilla)

Referência:
Eros, a Força do Amor na Paideia de Platão

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Lucas
Lucas
11 junho de 2023 10:35 pm

Amor Radical ou Emoções Baratas?

https://www.youtube.com/watch?v=CWVtnIt1P3M

Imigrante®
Imigrante®
13 abril de 2005 9:09 pm

Lindo, fantástico, simplismente inaplicável neste mundano!

Vanessa
Vanessa
14 abril de 2005 8:45 am

Muito legal !!!!!

Beta
Beta
27 abril de 2005 2:32 pm

Muito bom….
Amei de verdade!Lí o livro mais me restaram muitas dúvidas que agora consegui esclarecer….

Soraia
Soraia
29 abril de 2005 4:20 pm

Muito esclarecedor…
ameeeeeeeeeiiiiiiii!!!! 😉

jussara
jussara
1 junho de 2005 5:37 pm

..muito incrível, gostei, p/ eu o amor tem essa conotação espiritual
de Platão… é só me realizei porque encontrei uma pessoa que vê
o amor dessa forma.
assim -” Como é possível alguém sentir tanta falta de outro alguém? Tão especial, qto tu é,?.
no mínimo sinal de bom gosto…”

jorge
jorge
22 janeiro de 2007 7:21 pm

Bom, um comentário que não vi aqui e que ao meu ver é obvio: poderíamos trocar o sujeito ‘Platão’ por um sujeito que viveu mais ou menos na mesma época e vislumbrou tudo isso de forma plena como o próprio Platão: ‘Siddartha Gotama’. Além mais, acho que poderíamos citar ‘Jesus Cristo’ como mais um “iluminado” ou “belo”. “Esforça-te, por favor, por estar o mais atento possível.”

Lucas Oliveira
Lucas Oliveira
8 julho de 2016 10:20 pm

Metta

A Filosofia e Prática do Amor Universal

Por

Acharya Buddharakkhita

Tradução

Davi Coêlho

luzdodhamma.blogspot.com.br/2013/03/metta-filosofia-e-pratica-do-amor.html

Lucas Oliveira
Lucas Oliveira
8 julho de 2016 10:20 pm

Como Praticar a Meditação da Bondade Amorosa (Metta) A prática da meditação da bondade amorosa ou da boa vontade é um instrumento excelente para quebrar as barreiras, assim como para restaurar a humanidade e a bondade quando sua mente se sentir como um campo de batalha. Os benefícios também são de treinar novamente a sua mente para não se importar com o estresse mais facilmente quando sua mente está mais calma e mais feliz, e criar soluções mutuamente benéficas aos desafios que você pode estar encarando. A relevância da prática da meditação da boa vontade é simplesmente que ela pode… Read more »

Lucas Oliveira
Lucas Oliveira
1 março de 2017 8:36 pm

Crouching Tiger, Hidden Dragon – Complete Soundtrack OST by Tan Dun

https://www.youtube.com/watch?v=mTpkMbWLupI

Lucas Oliveira
Lucas Oliveira
22 março de 2017 1:12 am

CoCo Lee – A Love Before Time (English)
youtube.com/watch?v=5tP5hknskAU

Um Amor Antes dos Tempos
letras.mus.br/coco-lee/22402/traducao.html

Lucas Oliveira
Lucas Oliveira
3 dezembro de 2016 2:31 am

Ah! Mainha deixa o ciúme chegar
Deixa o ciúme passar e sigamos juntos
Ah! Neguinha deixa eu gostar de você
Prá lá do meu coração não me diga
Nunca não

vagalume.com.br/caetano-veloso/nosso-estranho-amor.html

Lucas Oliveira
Lucas Oliveira
3 junho de 2016 4:47 pm

Você é Linda!

Gosto de você, porque você é linda.
Então, mesmo comigo ou não.
Você continua Linda…
e eu continuo gostando de você.

 andy
andy
11 abril de 2005 12:52 am

pra ler todu fmz bjs.

Andrei Punt el
Andrei Punt el
6 abril de 2005 2:02 am

Parabéns Acid, belo post. Platão é um mestre, que soube tornar doce a essência da filosofia socrática e da tradição solar.

Liza
Liza
4 abril de 2005 9:29 am

Vendo-se sob essa aspecto, o Amor e o Sexo formam uma química exata para o deslumbramento do Amor Verdadeiro e Ideal. Uma verdadeira comunhão.

tiza
tiza
4 abril de 2005 10:36 am

“Não ame todos em um ; mas antes um em todos .”
Manhãs de abril,tardes de maio,
noites de junho,òtimas leituras.
Eu amo muito tudo isso…Valeu !

Arthur Costi
Arthur Costi
4 abril de 2005 10:53 am

Fantástico!! Amor pela beleza, pelo abstrato, isso é fantástico!

Anônimo
Anônimo
4 abril de 2005 11:40 am

Lindíssimo texto Acid! Que maravilhoso começar a semana com isso. Desde que me entendo por gente, o “conceito” e minha vivência particular do termo AMOR, sempre foi essa “qualidade da mente de uma pessoa(ou ser) mesmo que sua forma física não seja tão graciosa… Você se apaixona pela essência que torna belas todas as coisas”, já até disse em algum post daqui, que meu esposo se apaixonou por mim, e vice versa, pela mente e não pelo corpinho… Acredito que o termo “Belo” é a “Perfeição de todas as coisas”, e sendo perfeito, atingiu ao ápice = percepção divina que… Read more »

Fabiana de Lins
Fabiana de Lins
4 abril de 2005 11:53 am

“BELA COMO O MOTIM DOS POBRES TUA TESTA DELIRA PORÉM EM TEUS OLHOS BEBO CORDURA TUAS AXILAS SÃO NOITE PORÉM TEUS PEITOS DIA TUAS PALAVRAS SÃO DE PEDRA PORÉM TUA LÍNGUA É CHUVA TUAS COSTAS SÃO O MEIO DO MAR TUA RISADA É O SOL ENTRANDO NOS SUBÚRBIOS TEU CABELO AO SOLTAR-SE É A TEMPESTADE NOS TERRAÇOS DA AURORA TEU VENTRE A RESPIRAÇÃO DO MAR A PULSAÇÃO DO DIA TE CHAMAS TORRENTE E TE CHAMAS PRADARIA TE CHAMAS PREAMAR TENS TODOS OS NOMES DA ÁGUA PORÉM TEU SEXO É INOMINÁVEL…” Noite em Claro [Otavio Paz] uma declaração de amor absolutamente… Read more »

JJR
JJR
4 abril de 2005 1:51 pm

Ainda assim prefiro o discurso de Alcebíades!!!

Parabéns…belo texto!

Felipe
Felipe
4 abril de 2005 4:52 pm

Que bonito.
O amor é mesmo um fenômeno superestimado nessa onda, digo, ronda.

Radical Chic
Radical Chic
4 abril de 2005 5:38 pm

Engraçado que discuti uma vez com um amigo, estudante de filosofia, o tal “amor platônico”. Eu não li “O Banquete” até o fim, achei difícil demais na época que ele me emprestou (acho que eu tinha uns 18 anos). Mas o pouco que li deu pra discutir com ele…rs Não vejo o amor platônico como esse amor apresentado na música do Lulu. Acho que é algo superior… encontro de almas. É como se o amor que vc sente por aquela pessoa se expandisse a ponto de todo o mundo ficar mais colorido, mais bonito, melhor. É o encontro que faz… Read more »

Andréa Patrícia
Andréa Patrícia
4 abril de 2005 8:10 pm

Radical e Acid, eu li esse livro da Dion Fortune e emprestei para a Espuminha. Muito bom memo! Recomendo! Ela explica como podemos nos desenvolver espiritualmente na companhia do ser amado, como isso acontece, quais são os planos. Adoro esse livro!

O post ficou muito bom, meu filho. Explicou o que é o tal amor platônico. Platão é um dos meus filósofos favoritos sem dúvida!

Estou nos primeiros degraus *rs* Um dia eu chego lá.

Beijos

Muita Luz!!!

Lorena Lima de Araújo
Lorena Lima de Araújo
1 julho de 2021 11:44 am

11 anos se passaram Andrea Patrícia,
Em até degrau você se encontra hoje? Em 2021? *~*

Rogério Pires
Rogério Pires
5 abril de 2005 11:03 am

Bom dia Acid…muito bom o post…posso publica-lo em meu site?…claro que dando os devidos créditos…um grande abraço…

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
5 abril de 2005 11:31 am

Claro, Rogério. Afinal, foi do livro “A visão espiritual da relação Homem & Mulher” mesmo…

Patricia
Patricia
5 abril de 2005 12:22 pm

O livro da Dion Fortune é, de fato, bastante esclarecedor. Ele mudou muito minha visão sobre amor e relacionamentos. Aproveito, se o Acid permitir, para deixar aqui tb um texto do prof. Huberto Rohden, que eu acho que contribui para o tema. Adeus Alma Querida (do livro De Alma para Alma). “Se, no caminho do teu saara, encontrares uma alma que te queira bem, aceita em silêncio o suave ardor da sua benquerença – mas não lhe peças coisa alguma, não exijas, não reclames nada do ente querido. Recebe com amor o que com amor te é dado – e… Read more »

Anay
Anay
4 abril de 2005 9:09 am

Nossa!!! Que coisa linda para começar o dia, e a semana!!

Valeu Acid!

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