UM POUCO DE (TRISTE) HISTÓRIA

Estou profundamente triste com essa guerra no Oriente Médio entre Israel e o mundo árabe. Guerras sempre são cruéis e estúpidas, mas geralmente encontramos um lado pra apoiar, outro pra chamar de vilão e protestar contra ele em praça pública… Mas não nesse caso. É muito fácil tomar partido do lado mais fraco, como a imprensa vem fazendo, e esse lado é nitidamente o Líbano, que não tinha lá muito a ver com o conflito mas cuja população está pagando o pato pela omissão que permitiu que o grupo terrorista que rima com “Rebolar” usasse a fronteira deles pra atacar Israel. Mal, muito mal, Líbano…

Quem é que gosta de tomar mísseis Katiucha na cabeça sem fazer nada? Aposto que qualquer outro país faria o mesmo… só que destruir indiscriminadamente prédios residenciais e atacar comboios de refugiados não é bem o que qualquer país chamaria de retaliação justa. Mal, muito mal, Israel…

Só que o “Rebolar” não tem uniforme, não tem nacionalidade, não tem cara de bandido. Está inserido no meio da população e usa-a como esconderijo. Mal, muito mal, “Rebolar”…

Mas, ao mesmo tempo que tenta combater os terroristas explodindo os civis junto com eles, Israel está criando toda uma nova geração de combatentes libaneses, civis que outrora eram neutros em relação a Israel, e que agora têm os motivo deles pra sentirem ódio mortal e se alistarem do lado que combate os invasores.

Onde esse ódio todo começou? Provável resposta: Primeira Guerra mundial. Com as humilhações impostas pela Europa Ocidental à Alemanha, por conta dos obscenos pagamentos de guerra aos vencedores (Tratado de Versalhes), a moeda alemã teve de ser brutalmente desvalorizada, até não valer mais nada. Chegou uma época em que o preço era medido pelo PESO das notas! Fome pipocava. Mulheres trocavam seus corpos por comida. Estrangeiros, banqueiros e industriais se esbaldavam com a desvalorização do dinheiro e a economia destroçada. Muitos desses (ou pelo menos os mais visíveis para a população revoltada) eram judeus. Por que judeus? Por que eles são competentes e inteligentes para os negócios, oras. Um povo sem terra, sem posses fixas, precisando fugir ou migrar de um país pra outro por conta das perseguições, obviamente desenvolveu uma cultura baseada no capital e nos negócios, especialmente ouro, que é portável e aceito no mundo todo, todos os dias do ano. Pois os alemães viram no judeu um vilão. Não só o judeu, mas o francês, o inglês, todos os que impuseram as humilhantes e continuadas sansões à Alemanha derrotada. Foi nesse caldeirão de revolta e desgosto que cresceu Adolf Hitler, que representou como ninguém as aspirações do povo alemão daquela época (ou você acha que ele chegou ao poder por acaso?). Como disse antes, todo alemão daquela época tinha uma rusga com judeus, entre OUTROS povos. Mas Adolf tinha um ódio visceral (não muito bem explicado até hoje… desconfia-se que a mãe dele tenha tido um caso com um judeu, mas pouco se sabe do passado familiar de Hitler). E atiçou artificialmente essa rusga do povo até transformá-la em ódio puro, promovendo coisas como o pretenso “documento” O Protocolo dos Sábios do Sião, estudos pseudo-científicos que “provavam” a superioridade da raça ariana (enquanto os judeus eram considerados uma sub-raça propensa a trazer doenças e retardo mental a quem se misturasse com ela) e qualquer coisa que fizesse os judeus parecerem perversos. Usando a máquina de propaganda para fazer uma verdadeira lavagem cerebral no povo, encrustou nos soldados que os judeus eram menos que humanos, e daí toda a atrocidade cometida indiscriminadamente contra eles na 2ª guerra, que já conhecemos muito bem (assistam A Lista de Schindler, que mostra o que aconteceu de verdade, e olhe que ainda deixou de mostrar coisas bem piores!!). Ao desarmar toda a população da Alemanha, Hitler tornou a perseguição aos judeus um trabalho fácil para a máquina de guerra alemã.

UM POUCO DE (TRISTE) HISTÓRIA. Hitler

O extermínio sistemático de judeus e a expansão dos territórios ocupados pela Alemanha na Europa fizeram com que os judeus perdessem seus lares e vagassem sem destino pelos outros países. Afinal, não existia um território judeu naquela época (Israel tinha deixado de existir 1.900 anos antes), muito embora houvesse desde 1917 um projeto para assentar o povo judeu na Palestina, que era administrada desde o fim da 1ª guerra pela Inglaterra (que tem a mania de administrar os territórios dos outros… Pergunte aos argentinos).

Mas, como os judeus perderam sua terra? Primeiro, veremos no Velho Testamento (a única fonte de consulta restante) como eles a conseguiram:

O patriarca dos hebreus, Abraão, morava na cidade de Ur, na Caldéia, e recebeu a ordem de Deus: “Deixa teu país, tua parentela e a casa de teu pai, para o país que te mostrarei. Eu farei de ti um grande povo, eu te abençoarei, engrandecerei teu nome; sê tu uma bênção!” (Gênesis 12:1-2). Obediente, Abraão foi à Canaã (onde hoje se localizam o Estado de Israel e a Jordânia) e seus filhos e netos constituíram a base do povo judeu, os “filhos de Israel”. O nome Israel (que significa “aquele que luta com Deus“) vem da luta que o neto de Abraão, Jacó, teve com um anjo de Deus. Os 12 filhos de Jacó deram origem às 12 tribos de Israel.

De acordo com a Bíblia, José, um dos filhos de Jacó, foi vendido como escravo pelos irmãos e levado para o Egito, então dominado pelos hicsos. Junto aos hicsos, o escravo José ganhou prestígio e tornou-se figura importante no governo do faraó. Por esta época, uma grande seca obrigou os hebreus a deixarem a Palestina. Liderados por Jacó, eles chegaram ao Egito por volta de 1700 a.C. Só que, com a expulsão dos hicsos, em 1580 a.C., os hebreus perderam seus privilégios e foram escravizados pelos egípcios. O território que era de Israel ficou centenas de anos “sem dono”, e as tribos de Cananeus e Filisteus se fixaram naturalmente por lá.

Liderados por Moisés, os hebreus fugiram do Egito, e (segundo a Bíblia, no livro Êxodo) conduziu a marcha de 40 anos (!) através do deserto para voltar a conquistar a terra prometida (Canaã). Obviamente não encontraram moleza, pois os Cananeus não iriam simplesmente embora só porque o antigo dono (que eles nem conheciam) voltou. Brigas e mais brigas se seguiram, com todas as atrocidades contidas no Velho Testamento “autorizadas” ou mesmo ordenadas por Deus. Tais guerras duraram vários séculos, e o povo hebreu sofreu e fez sofrer pra caramba.

Pra resumir, em 70 d.C. os hebreus foram expulsos de Jerusalém, pois se negaram a render culto ao imperador romano, Tito, e organizaram revoltas. Nesse período Jerusalém foi destruída. Esse acontecimento ficou conhecido como diáspora (dispersão dos judeus pelo mundo). Em 136 da nossa era, os judeus foram definitivamente expulsos da região (segunda diáspora) pelo imperador Adriano. Novamente a terra ficou “sem dono”, e os Palestinos se fixaram naturalmente na região.

E voltamos à Segunda Guerra Mundial. Com o fim da guerra, a pressão para que os judeus tivessem seu próprio lar (iniciada em 1896) atingiu níveis gritantes, que permitiram em 1948 à recém-criada Organização das Nações Unidas (ONU, cujos poderes do ocidente sobre o oriente eram nitidamente superiores) estabelecer definitivamente os judeus no território palestino, dividindo-o em dois. A título de compensação, os palestinos receberiam mensalmente uma quantia em dinheiro para se manterem (especialmente porque Israel ficou com a maior parte do território e acesso ao mar, enquanto os palestinos ficaram partidos em três pedaços SEM COMUNICAÇÃO, o maior deles banhado pelo Mar Morto… que é literalmente MORTO). Os árabes não gostaram nada disso, e no mesmo ano eclodiu a Guerra da Independência, onde uma liga militar de cinco exércitos de países árabes invadiu a região destinada a Israel, por não concordarem com a partilha de território tal como havia sido delineada pela ONU (e também visando ganhar algum território pra eles).

Humilhados e atacados na 2ª guerra, os judeus desta vez estavam determinados a não se deixarem vencer novamente. E, com apoio bélico e financeiro (hoje estimado em $3 bilhões ao ano) dos EUA, foram à luta. Como já devem ter percebido, quando os judeus pegam em armas tendem a exagerar um pouco, e liderados pelo general Ariel Sharon, não só eles venceram os inimigos em 1948 como também em 63, e desta vez tomaram para si pontos estratégicos dos territórios palestinos. “Questão tática de defesa”, devem ter dito. Mas, o que deveria ser temporário e negociável, como uma área isolada e neutra, se tornou – na manobra mais condenável e indesculpável de todo o conflito – áreas de ocupação, com assentamentos judeus (casas com famílias) permanentes em pleno território palestino (especialmente as poucas terras produtivas que eles tinham), numa clara afronta à soberania Palestina acordada pela ONU (vejam o mapa). Como os EUA possuem direito de veto na ONU (ou seja, mandam naquilo lá), Israel nunca sofreu sanções por isso.

O bloqueio das cidades e das aldeias palestinas provoca até hoje um desemprego sem precedentes, que atinge 50% da população! Isso gera mão-de-obra barata, pra quem pode pagar… Ou seja, na prática os palestinos são as empregadas domésticas dos israelenses, humilhados da mesma forma que os alemães foram em 1920 e vivendo em guetos, como os judeus de 1940 (Tsc tsc tsc. As pessoas não aprendem mesmo com a história). Quando o mesmo Ariel Sharon, então primeiro-ministro Israelense, percebeu a M&$%@ que é ter esses assentamentos, tentou remover ALGUNS e fazer um muro dividindo as fronteiras. Os protestos dos colonos israelenses foram tão intensos, a pressão política e social tão grande, que o general “durão” muito convenientemente teve um AVC, entrou em coma e está vegetando até hoje. Bad karma…

Obviamente os países árabes assistem a tudo isso com grande tristeza e revolta, afinal, mais do que uma opressão territorial, eles encaram também como uma opressão religiosa (e é aí que mora o perigo!). Daí para recrutar guerrilheiros nos países árabes doidos pra se juntar a facções como o Hezbollah e o Hamas é um pulo! Eles estao certos? MAS DE FORMA NENHUMA!!!! Mas, quem (como, ou o quê) vai convencê-los do contrário, quando há tanta injustiça acontecendo e o mundo fica calado?

A coisa é tão gritante que Michael Moore, no livro Stupid white man: Uma Nação De Idiotas, deu uma sugestão a Yasser Arafat (então líder palestino) pra acabar com a guerra, e é com ela que eu encerro o post, que procurou ser isento, mas justo (na medida do possível) em um assunto onde não há heróis nem vilões:

Quero propor algo tão revolucionário que vai enlouquecer qualquer direitista israelense e fazer todos os pacifistas daquele país correrem para ficar do seu lado.

Minha proposta não é novidade alguma. Não envolve exércitos, dinheiro ou resoluções da ONU.
É ridiculamente barata. Já foi experimentada várias vezes em muitos países — E NUNCA FALHOU. Não requer ódio ou armas. Na verdade, é toda baseada na inexistência de armas. É a chamada desobediência civil não-violenta em massa.

Funcionou para Martin Luther King Jr. — seu movimento antiviolência provocou um fim abrupto à segregação nos Estados Unidos. Funcionou para Gandhi — ele e seus compatriotas indianos colocaram o Império Britânico de joelhos, sem disparar um tiro sequer. Funcionou para Nelson Mandela — ele e o Congresso Nacional Africano acabaram com o apartheid sem uma revolução violenta.
Se funcionou para eles, acredite em mim, pode funcionar para você.

Claro, você ainda pode vencer por meio da violência. Os vietnamitas provaram que podiam derrotar a nação mais poderosa do mundo. E, olhe para nós — passamos oito anos atirando nos “Redcoats” e emergimos do tiroteio como um grande país! Então parece que a matança realmente funciona. O único problema é que, depois que ela termina, você fica com a cabeça meio confusa e demora um pouco para aprender a depor as armas (225 anos se passaram e nós ainda não aprendemos). Mas, se você quiser tentar a abordagem não-violenta, não só menos pessoas vão morrer — você vai conseguir seu país!

É assim que funciona:
1. Apenas acomodem seus traseiros. Simples assim. Vocês deitam seus corpos — em geral uns poucos de milhares deles estendidos na estrada já são suficientes — e não se mexem nem revidam quando tentarem removê-los. Em vez de deixar Israel fechar as fronteiras de Gaza e da Cisjordânia, vocês as fecham. Marcham pacificamente até o ponto de encontro e ficam lá. Nenhum israelense vai poder chegar aos assentamentos. Nenhum israelense vai poder transportar bens e recursos naturais da sua terra para Israel. Não há veículo israelense que eu saiba que seja capaz de atravessar montanhas de pessoas (nem mesmo pneus para neve funcionam!). Claro, eles podem tentar, e uma parte de seu povo ficará ferida ou morrerá. Ainda assim, não se movam. Apenas sentem-se. O mundo estará observando — especialmente se vocês abraçarem o maravilhoso mundo das relações-públicas e avisarem a mídia sobre seus planos. (Confie em mim, a CNN vai atender ao seu chamado) E no final haverá muito menos palestinos mortos do que se você continuar com a sua estratégia.

2. Convoquem uma greve geral. Recusem-se a trabalhar para os israelenses. A economia deles é baseada no trabalho semi-escravo oferecido por vocês. Acabem com isso. Quem vai fazer todo o trabalho de merda se não forem os palestinos? Outros israelenses? Duvido! Eles precisam de vocês e da sua disposição em se matar por salários irrisórios. Reparem como os acordos serão fechados rapidamente quando todos os árabes se recusarem a trabalhar. Claro, eles vão tentar acabar com vocês. Vão cortar sua água e sua comida, fechar suas estradas — mas vocês precisam ficar firmes. Estoquem matérias-primas, ataquem de forma não-violenta e nunca desistam. Eles desistirão. Há alguns anos, mais de um milhão de israelenses compareceram a uma manifestação do “Paz Agora” em Tel Aviv. Foi uma visão surpreendente. E significa que vocês palestinos têm um milhão de aliados — um terço do país — na nação que consideram sua inimiga. Um milhão de “inimigos” virão em sua ajuda se vocês protestarem de forma não-violenta. Tentem! Entre o seu povo e o deles, vocês superarão o número de israelenses que querer jogar os palestinos no mar.

Infelizmente, sei que sua inclinação é continuar a derramar sangue. Acha que isso vai trazer sua libertação. Não vai. Vai transformá-lo naqueles que agora matam seu povo. E, se você ainda não percebeu uma coisa sobre Israel, vou dar uma pista mais clara: eles não irão a lugar algum. Pelo amor de Deus, homem. Seis milhões de judeus foram massacrados pela civilização mais avançada do mundo. Você acha que eles vão deixar um punhado de pedras e carros-bomba impedirem sua sobrevivência? Eles vivem num mundo em que estão isolados e sozinhos. Não desistirão até que você ou o resto da Terra aniquile seu último cidadão. É o que você quer? Que o último judeu desapareça do planeta? Se for isso, você precisa de ajuda especializada — e terá de passar por cima de mim antes de tocar em mais uma criança israelense.

Mas se, como eu suspeito, você preferir a paz e a quietude em lugar da guerra e do exílio, então deve depor as armas, deitar-se no meio da estrada e… esperar. Sim, os israelenses espancarão muitos dos seus. Arrastarão suas mulheres pelos cabelos, atiçarão os cães para cima de vocês, e poderão até queimar suas casas (além de outros truques que aprenderam conosco, norte-americanos). VOCÊS NAO DEVEM REVIDAR! Acredite em mim: quando as fotos de seu sofrimento nas mãos desses brutos espalharem-se pelo mundo, haverá tal clamor que o governo israelense não terá mais como continuar com a opressão.

Bem, ai está. Se você quiser, eu me juntarei ao seu protesto não-violento. É o mínimo que posso fazer depois de ajudar a financiar as balas e bombas que vêm assassinando seu povo.

Sinceramente,

Michael Moore

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Aleski
Aleski
25 agosto de 2006 2:54 pm

Acid,
Gosto dos teus textos faz um tempão, mas preciso dizer duas coisas, primeiro é que o Sharon não morreu e segundo é que o “Rebolar” é um partido político legalmente constituído, tanto quanto o Llkud.

Last edited 3 anos atrás by Acid
marc
marc
17 agosto de 2006 5:35 pm

Acho que Israel tem o direito de se defender, mas confesso que fico chocado com a desproporção na resposta, mas não moro lá então é dificil opinar, so achei estranho Israel ter entrado em acordo, já que essa decisão vai fortificar mais ainda o “Rebolar”. agora entao ja vi noticias de guerra fabricada, já que os soldados sequestrados estavam em territorio libanez. uam vez vi um cartaz da 2ª guerra com um judeu amarrado e vendado, e recentemente vi uma foto de um palestino vendado em um buraco sob a mira de um soldado israelense, foi bem chocante. Nao sei… Read more »

Bruno H.
Bruno H.
15 agosto de 2006 11:04 am

Sinceramente, eu acho que o ataque de Israel ao Líbano (“Rebolar”), tem, além de tudo, intenção de dar um aviso ao Irã (que está muito ‘saidinho’) de que não continue com o programa nuclear.

Andreia
Andreia
16 fevereiro de 2007 9:06 pm

Se você ler Hitler vol. 1 do Joaquin Fest, vai ver que o ódio que Hitler tinha conta judeus (e outros grupos), não veio do “além”, lendo sua biografia, você perceberá que ele esteve num contexto, que propiciava o anti-cemitismo, associado a diversos fatores … não é uma critica, so uma sugestão, e o livro é bom mesmo.

Sandro
Sandro
16 agosto de 2006 10:35 pm

Vc nao poderia escolher hora melhor pa escrever isso. E escreveu muito bem, apenas expondo fatos que se encerram em conclusões que cada leitor deve tirar. No entanto, algo que muito me chamou atenção foi o fato de propor que nao há mocinho, nem vilão. As pessoas estão muito acostumadas a sempre escolher um e outro, quando na verdade nao percebem que nem sempre é assim, como ocorre no caso citado. Talvez seja um problema cultural, decorrente de um país de terceiro mundo, mas nem sempre existe um vermelho e um amarelo, as vezes pode existir um laranja em toda… Read more »

Luiza
Luiza
16 agosto de 2006 9:30 pm

Claudia sabedoria pode advir do conhecimento ou não. há aqueles q não estudam e são puros de coração em sua fé. o que se faz por aí não me cabe julgar. Tento julgar apenas a mim e claro, me manisfesto quando reconheço a intolerância disfarçada. acho que o conhecimento ( e fundamentalmente o auto-conhecimento) é um caminho de crescimento pessoal, mas não é só. como já li aqui, é necessário transformar o conhecimento em sabedoria. enfim, não julgar o que cada um faz com seu conhecimento adquirido e seus poderes mágicos é para mim de muita sabedoria. ah os umbandistas… Read more »

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
16 agosto de 2006 2:17 pm

Clara Luz das Estrelas:
Já me sugeriram isso antes, mas não tem muito sentido, já que o texto só fica completo com aquela caixinha explicativa (que não dá pra mandar por email). Além do que é uma porta aberta pra o site ser atacado por vândalos…

Liane:
Money! So they say
Is the root of all evil today.
But if you ask for a raise it’s no surprise that they’re
giving none away.
(Pink Floyd)

Liane
Liane
16 agosto de 2006 12:04 pm

Tanto assunto e lenga lenga , diz logo que é tudo dinheiro .Adoro ver pessoas altruistas com o biscoito dos outros . Então é assim , o irmão mais velho toma o biscoito do mais novo e oferece ao amigo .. Realmente é um alicerce de paz , o natural seria que israel fosse um estado americano tendo os EUA cedido espaço territorial .. Mas isso é muito dificil sabe porque ?? Sem guerra eu não vendo armas e todo tipo de quinquilharias para quem quiser compra-las .. Se não há mercado não há produção , e por conseguinte empregos… Read more »

Claudia
Claudia
16 agosto de 2006 11:46 am

Luzia Trata-se apenas de falta de compreensão exata sobre os termos. Não creio que uma possa ser melhor que a outra, aliás conheço bem as doutrinas afro-brasileiras e gosto muito delas. Porém a palavra espiritismo retrata uma doutrina codificada por Allan Kardec que exige, entre outras coisas, muitos estudos para que seja bem compreendida e nenhum ritual. Isso não quer dizer que seja vivenciada, mas para se compreender Espiritismo é preciso estudo constante, o que não vemos no Espiritualismo. Um dos problemas que temos se refere a falta de profundidade sobre os assuntos e daí as confusões. Não existye kardecismo,… Read more »

Clara Luz das Estrelas
Clara Luz das Estrelas
16 agosto de 2006 11:39 am

Olá, Acid,

Acompanho o Saindo da Matrix a bastante tempo. Grata pela boa vontade de disponibilizar artigos sempre inspiradores. Mas esse realmente faz uma análise muito boa. Gostaria de enviar esse artigo para amigos. Daí, vai uma sugestão: não seria possível criar no site mecanismos para envio dos artigos?

parabéns!

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
16 agosto de 2006 11:27 am

Oh, de fato Darwin e Newton não eram judeus (mea culpa), mas Newton não só falava hebraico como teve grande interesse no judaísmo (além do nome, claro):
http://www.madsci.org/posts/archives/aug98/899681680.Sh.r.html

Acho que vem daí a confusão.
Obrigado pela correção 🙂

PS: Mas que Super-homem é judeu, isso tenho quase certeza.

Titanico
Titanico
16 agosto de 2006 8:23 am

“Se queres paz, te prepara para a guerra. Se não queres nada, descansa em paz…”
Engenheiros do Hawai.

Luiza
Luiza
18 agosto de 2006 2:16 am

Lua Nua também dou bibliografia pra vc estudar teologia dentro da umbanda e fora dela se vc quiser e descobrir que nao é a fé que se professa que faz de vc um amante do conhecimento ou nao. Pureza de coraçao, fé e amor nao se aprende, se sente. O conhecimento puramente racional acrescenta muito, mas nào é tudo. será tão difícil se livrar de rótulos e generalizaçoes? (dizer q umbandista nào estuda é o mesmo q dizer q judeus sào assim, arábes sào assado) Que fique claro que esse post não é somente pra lhe dizer, e a Claudia… Read more »

Claudia
Claudia
18 agosto de 2006 11:29 am

Luiza Pensamos da mesma forma. É exatamente isso – apenas uma questão de nomes, nada mais. Quem é melhor que quem ou qual é melhor? Como afirmar? Quem somos nós se quase nada detemos da verdade? E acredito que seja exatamente como colocou – pode ser que nessa tenhamos vindo apenas com alguns propósitos que não são ligados ao estudo ou então que sejam apenas ligados às ciências… cada encarnação um novo dia de aula e em cada dia de aula aprendemos coisas diferentes. Creio que cada um está em um estágio tal e dentro de suas possibilidades deve buscar… Read more »

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
11 setembro de 2006 2:53 pm

Se eles são nossa unica esperança, posso adiantar que nós estamos lascados. Num certo momento da 2a guerra mundial, a União Soviética era a única esperança do mundo. Venceu (graças a Deus), mas resultou em décadas de paranóia, revoluções, chacinas em nome do Estado e sofrimento. Não existe “lado bom”.

Aleski
Aleski
25 agosto de 2006 3:25 pm

Eu preciso conversar com vc um pouco mais e te contar que sou judia, que não faz muito tempo um skinhead me atacou num ônibus, que participo das ações em favor da paz no Libano aqui na minha cidade e tenho amigos libaneses e palestinos que estão perdendo suas famílias no conflito. Eu mesma tenho uma tia e dois primos em Israel. Por isso eu tenho sofrido bastante e não só por isso, mas coincidentemente também estou em depressão junto com você.

Fábio Floripa
Fábio Floripa
24 agosto de 2006 12:02 am

Acid,

Realmente, estou com o Michael Moore. Alguém famoso certa vez escreveu algo como “a guerra só tem perdedores”. Vendo daqui do Brasil, fica difícil entender pq essa matança, há mais de 3000 anos… bem, já temos por aqui uma “guerra civil” bem braba para lidar… e eu ainda estou com Michael Moore, com Gandhi, com Mandela, King…

Lua Nua
Lua Nua
21 agosto de 2006 9:07 pm

Claudia

Agora eu ri muito de toda essa confusão. Tive que reler o que eu mesma escrevi para entender o que você falou.

E sabe de uma coisa? “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”, falou, sabiamente, Fernando Pessoa.

Beijos

Luiza

E que a paz seja selada.

Beijos

waking onion
waking onion
21 agosto de 2006 2:57 pm

Prezados,
não vejo motivo para que se discuta algo no Brasil, que dista em quilômetros e cultura, séculos das raízes do tema. Parece-me um tanto quanto “brincar com fogo”, ou, no mínimo, buscar “estopa para tocha”, neste caso com profunda desonestidade.
É sabido que somos um país de imigrantes mas do tipo que foram, não se esqueçam, “convidados a se retirar” de nossos países de origem. Portanto temos todo o direito de isenção opinativa e de ação.
A busca pelo primeiro mundo, creio eu, deve se manter nas guias das qualidades; esqueçamos as desavenças.
Prefiro a guerra das cervejas.

Ionilda
Ionilda
21 agosto de 2006 12:04 pm

Na gula insaciável dos ideais a utopia vira loucura e se uma outra sociedade pensar diferente dos que se consideram PODEROSOS, exterminá-la é o normalmente praticado. LAMENTO AS GUERRAS que simplesmente extrapolam os egos dos seres que querem ser históricos e se transformam em INSANOS! Nos colocam sempre em desvantagem. COVARDES de todas as ordens e estrelas lavam o planeta de sangue e querem ser conhecidos como HEROIS!

Rogério
Rogério
18 agosto de 2006 6:32 pm

Bom artigo, mas cortou alguns lances históricos não muito sabidos sobre a 2ª Guerra, principalmente sobre quem financiou Hitler e por que. Pesquise sobre as ações do Vaticano na época e talvez algumas dúvidas sejam desfeitas e as coisas se “encaixem”.

Abraços.

Claudia
Claudia
18 agosto de 2006 11:55 am

Aff! Que “confa”. Me perdoe a bagunça em sua casa, Acid. Vamos ver se eu consigo ajeitar a casa depois do rolo que eu mesma fiz: Luiza, É – realmente creio que você não compreendeu o que eu escreví. Apenas queria te dizer que os nomes são diferentes – que existe uma diferença entre espiritismo e espiritualismo e isso não fui eu quem criei – já existia muito antes de mim. E não estou generalizando. Não afirmo que nenhum Umbandista estuda. Mas sabemos que a Umbanda não têm em seus fundamentos a necessidade do estudo e aí é diferente do… Read more »

Claudia
Claudia
18 agosto de 2006 11:46 am

Lua Nua

Me perdoa, mas troquei os nomes.

Achei que estivesse lendo um texto da Luiza e só depois fui averiguar quem assinou.

Me perdoe a desatenção. O texto acima é destinado à vc, mesmo sem saber que para vc que escrevia.

(olha o mico…hehe)

abração

Neide
Neide
16 agosto de 2006 4:23 am

Parabens pela bela pagina !!!

“Nao ha caminho para a paz .
A PAZ e o caminho.”
Mahatama Gandhi

Anônimo
Anônimo
16 agosto de 2006 3:32 am

Darwin e Newton judeus??
Que papagaiada!!!
Vai estudar!!

Regina
Regina
16 agosto de 2006 2:29 am

Acid,
Sempre acompanhei os seus blogs e artigos e aguardava ansiosamente o seu retorno.
Sou agnóstica, mas se Deus existir mesmo, talvez não vá para o pior lugar, pois se nunca O amei ou exaltei, jamais cometi atrocidades ou injustiças em nome Dele.

whocares?
whocares?
15 agosto de 2006 2:50 pm

Ótimo post ! Seja bem-vindo novamente. Ou seríamos nós, leitores, bem-vindos novamente a sua casa?

será que tem tradução desta mensagem para o árabe? Porque não tentar divulgá-la?

Claudia, muito legal ! Eu concordo contigo sobre o ‘arrastão Divino’. A coisa tá muito desandada.

Sou ‘apoca’ mesmo, ué. O Chefe tem que destruir tudo pra gente ver quem manda, e aí podermos reconstruir algo mais justo do que vemos hoje.

um abração a todos…

José Mariano (Portugal)
José Mariano (Portugal)
15 agosto de 2006 8:09 am

Excelente artigo!!

Joel Orbitt
Joel Orbitt
15 agosto de 2006 1:52 am

O Sr. Michael Moore tem razão.

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
15 agosto de 2006 1:38 am

Não aceitarei de forma alguma comentários racistas ou ofensivos para qualquer um dos lados envolvidos.

Claudia
Claudia
17 agosto de 2006 8:21 am

Luiza Entendo a sua posição. Mas não creio que tenha compreendido a minha. Não é uma tradição dentro da cultura Umbandista o estudo sistematizado. Isso eu sei e conheço porque antes de estudar Kardec era Umbandista. Apenas isso. Mas também não vejo nisso algum problema e nem creio que isso seja algo que vá deixar alguem com menor valor moral. Conheço pessoas maravilhosas em todas as religiões… e também conheço outras nem tanto, inclusive no espiritismo. Porém afirmarmos que estudo não têm importância é um erro. Erro porque a falta de compreensão filosófica pode nos levar a uma fé cega.… Read more »

neo_cortex
neo_cortex
17 agosto de 2006 1:46 pm

Ótimo Post, muito bem elaborado e redigido.

É,a ignorância e a selvageria humana parecem não ter limites, veja este vídeo:
Conexões mais lentas:
http://quesabemosnos.blogspot.com/2006/08/earthlings-terrqueos.html
Conexões mais rápidas:
http://video.google.com/videoplay?docid=-5923245618644065423

Por favor divulgue!

Ariane Santana
Ariane Santana
17 agosto de 2006 5:52 pm

Textos com fundamentos são de uma penetração absurda! Esse site fez falta. Esse texto ajuda as pessoas de bem a ter fontes para argumentar e convencer aqueles que acham que, apenas não fazer o mal já é fazer o bem. Quanta curiosidade. Quanta influencia o bem nos trás. Parabéns Acid. Seu site voltou belo e prazeroso! E que Deus ouça nossas orações. A violência está demais! 😉

Abdull Goldstein
Abdull Goldstein
17 agosto de 2006 10:58 pm

até parece que foram os muçulmanos e palestinos que assassinaram trezentas crianças libanesas nesse “conflito”…
ah, se elas fossem “israelitas”
ah, se fossem elas “americanas”

uma criança israelita vale quantas libanesas? trezentas?? Que dá mais ???

até parece que são os muçulmanos e palestinos que os invasores…

as cruzadas, os cruzados e suas barbaridades (!!) estão completando mil anos de agressão e usurpação às pessoas que vivem na região que chamamos Oriente Médio

e, mesmo assim, depois de mil anos, ainda há pessoas que perguntam porquê esses “árabes” são tão “radicais”…

Lua Nua
Lua Nua
18 agosto de 2006 12:00 am

Claudia Invejo (na boa forma de falar e não na má) sua calma, sua didática, sua paciência e sua luz. Só pode mesmo ter vindo de quem estudou e acreditou em Kardec. Luiza sabedoria pode advir do conhecimento ou não E de onde vem o conhecimento, se não do estudo? Quanto aos que não estudam e são puros de coração, coroados de sabedoria… Não estudaram nessa encarnação, talvez não precisassem, vieram prontos. Mas prontos como? Estudados, creio eu. A matéria perdemos no tempo; a cultura, não. Sinto muito, mas o umbandista não estuda. Os centros funcionam muito mais como pronto-socorros… Read more »

Karla
Karla
15 agosto de 2006 8:38 am

caracoles….estou completamente sem fôlego depois disso!!!!
Direto & no ponto .

H K Merton
H K Merton
15 agosto de 2006 9:58 am

Retorno inspirado…

Parabéns! 💡

lex
lex
16 agosto de 2006 1:43 am

Gasshô!!!
feliz retorno com chave de ouro…

Luiza
Luiza
15 agosto de 2006 11:14 pm

Claudia
umbandistas são umbandistas, tem gente q chama de espírita ou espiritualista, pura questão semântica. Não há porque lamentar a confusão, não há porque não querer ser confundida. O que vale é a fé e o amor no coração de cada um.
A tolerância com a crença alheia começa aí.
Muito axé!

BRUNO SAL
BRUNO SAL
15 agosto de 2006 4:46 pm

” Há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe nossa filosofia.”
(Hamlet, da peça: Hamlet, de William Shakespeare)

Cris
Cris
15 agosto de 2006 3:42 pm

Olá, Acid. Muito oportuno este post. Não acho que os problemas começaram na Primeira Guerra. Como vc mesmo diz no post, a região é historicamente uma área de conflitos, desde a época do velho Testamento. A sugestão do Michael Moore é ótima…. Me fez pensar se seria possível fazer isso no Brasil. Não sei, mas acho que não seria a solução. Que absurdo o sequestro do repórter. Do jeito que vai daqui a pouco estão explodindo prédios. Adorei o artigo, vc voltou inspirado. Acho importante esse tipo de post, pq como podemos pensar em evolução espiritual com o mundo desse… Read more »

Cláudio
Cláudio
15 agosto de 2006 3:28 pm

Amigos,

Gostaria apenas de acrescentar a indicação de leitura da reportagem da SuperInteressante sobre o Nazismo. O fato que deve ser lembrado é que o ódio aos judeus, longe de ser uma exclusividade alemã, foi fruto de uma época. O antisemitismo estava em voga, inclusive no mundo científico.
No mais, ali não tem mais certo ou errado mesmo… No final das contas, tá todo mundo errado! Vendo os acontecimentos sobre isso que penso “putz… será que eu vim cair no planeta certo?”
Abraços,

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
15 agosto de 2006 2:06 pm

Puxa, fui eu que matei o Sharon, mesmo!! HAhahaha! Só percebi hoje que ele ainda tá vivo… ou quase. Claudia, de fato a rixa entre árabes e judeus é beeeem antiga, e hoje se ensina nas escolas a um odiarem o outro (!) 😯 Sim, Bruno, obviamente tem o dedo dos EUA para que se intimide o Irã, afinal eles vêm tentando há tempos controlar a produção de armas nucleares por meios políticos, sem sucesso, e agora só sobra mesmo o método militar… se Israel conseguir provocar suficientemente o Irã pra que ele parta pra luta, veremos os EUA entrando… Read more »

Tiago ML
Tiago ML
15 agosto de 2006 11:15 am

Concordo com Bruno H. Acho que tem um teatro se formando por trás com intenções de atingir o Irã.

Claudia
Claudia
15 agosto de 2006 10:44 am

Olá, Amigo. (posso te chamar assim?) Teus posts encerram grande sabedoria, sempre. Acid, sou casada com um judeu. E também sou Espírita. Espírita, apenas. (quando digo Espírita apenas quero dizer que sigo os postulados de Kardec… as pessoas confundem Espiritualismo – religiões afro brasileiras – com Espiritismo, infelizmente). Em nossa casa a convivência com a religiosidade é muito pacífica, assim como qualquer opinião pessoal extra fé. Tenho familiares que residem em um Kibutz, na região do Golan. Para ser mais explícita, tenho lá um cunhado, uma cunhada e mais três sobrinhos, com um quarto a caminho. Sim, ficamos aflitos com… Read more »

Marcio
Marcio
15 agosto de 2006 10:33 am

Acid,

Estou lendo e adorando! Mas… Sharon morreu mesmo, ou você que o matou?

Lua Nua
Lua Nua
18 agosto de 2006 12:05 am

Puxa Acid,

Não foi pra isso que vim aqui.

Vim para falar que acompanhei seu pedido de reorganização do seu espaço, depois as brincadeiras com o pirata, que depois disso li tudinho e meu último post no Lua Nua tem você ( http://aluanua.blogspot.com/2006/08/palavras-de-uma-mulher-libanesa_16.html ).

Obrigada por me fazer, ao menos, começar a entender o porquê de Israelense brigar com libanês, que não gosta do árabe, que mata o iraniano que odeia o iraquiano e etc e tal… Esse “mio da fiada” eu nunca tinha pego.

Valeu garoto!!!

Beijos

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