O MISTÉRIO DAS MÁSCARAS DE CHUMBO

No dia 21 de agosto de 1966, Miguel e Manuel, dois técnicos em eletrônica de SP, foram encontrados mortos no topo do Morro do Vintém, RJ. Não havia nenhum sinal de agressão e, apesar de estarem mortos há quatro dias em plena mata fechada, nenhum animal havia encostado neles. Os dois traziam nas mãos estranhas máscaras de chumbo e o seguinte bilhete cifrado: “16:30hs está no local determinado 18:30hs ingerir cápsula, após efeito proteger metais, aguardar sinal máscara“. Foi o início de um mistério que persiste até hoje.

mascaras chumbo banner

A polícia descobriu que haviam feito diversas experiências espirituais na cidade (inclusive com explosivos) e estavam lendo livros sobre contatos extraterrestres (haviam feito muitas anotações sobre o livro A vida no planeta Marte, de Ramatis). Um detalhe serviu para aumentar o suspense: a maior parte do dinheiro das vítimas desapareceu, o que alimenta a hipótese de ter sido envenenamento. Só que não houve exame toxicológico porque as vísceras apodreceram no IML de Niterói. Misteriosamente o processo foi arquivado enquanto ainda estava na fase investigativa, e depois simplesmente desapareceu dos arquivos.

Os indícios apontavam para um possível ritual espírita com um final trágico. Só que o Espiritismo não tem de forma alguma rituais. Então, qual a ligação do bilhete, espiritismo e a experiência?

O meio Espírita é sempre frequentado por pessoas influentes (delegados, juízes, médicos) e ricas, e pelo visto os dois técnicos estavam envolvidos mais com a parte física da coisa (provar existência de espíritos e extraterrestres) do que doutrinária (pelos depoimentos, eles eram apenas curiosos, e a última coisa que um deles falou pra prima é que nesta viagem para o RJ iria descobrir de uma vez por todas se esse negócio de Espiritismo era verdadeiro). Os dois eram muito susceptíveis de pegar pela frente um charlatão que os envenenasse com qualquer lorota de disco voador e pegasse os 3 mil reais. Fim do mistério. Mas outros elementos complicam tudo:

A dona de casa Gracinda Barbosa tinha ido buscar as crianças próximo à rua Gastão Gonçalves, mesmo dia em que os técnicos subiram o Morro do Vintém, e eles viram um objeto oval de cor alaranjada, com uma linha de fogo nas bordas, “soltando raios em todas as direções”, enquanto pairava sobre o morro. Teve tempo de parar o carro e observa-lo cuidadosamente, enquanto o objeto subia e descia verticalmente durante uns três ou quatro minutos, emitindo um “raio azul” bem definido. Esta experiencia logo foi confirmada por um grande número de testemunhas diferentes, que não revelaram nada na época por medo do ridículo ligado ao caso de OVNIs. Todos os depoimentos situaram o objeto nas proximidades das vítimas, por volta da hora estimada da morte. Sobre isso o jornalista Mário Dias relata: “O mais interessante é que a menina desenhou no caderninho dela o objeto que ela teria visto no morro do vintém. Quer dizer, isso faz crer que a menininha não seria tão criativa naquele momento (nada ainda havia sido divulgado sobre os corpos).”

A hipótese UFO ganha força

É provável que a quantia de 3 mil reais (pro tempo de hoje) possa ter sido pra participar de uma experiência inusitada: acompanhar a descida de um disco voador. “Tecnicamente” é possível se comunicar com alienígenas pelos mesmos meios que os espíritas se comunicam com os mortos, porque os extraterrestres possuem grande poder telepático / mental e dominam a tecnologia dos planos vibracionais, e se utilizam de médiuns como canais de comunicação (chamam esse processo de canalização). Só que se comunicar com esses seres (assim como os espíritos) não é garantia nenhuma de boa procedência. Existem várias raças transitando pela Terra, algumas para estudo e monitoramento da raça humana, outras para exploração dos nossos recursos naturais e biológicos (os “Greys“). O bilhete encontrado com os corpos possui a letra de uma das vítimas, mas foi ditado por outra pessoa (com um nível de instrução maior, haja vista os termos utilizados). Um bloco de papel com algumas anotações também foi encontrado. Em uma folha havia fórmulas elétricas elementares, e vários códigos alfanuméricos que os detetives acharam que podia ser código de peças eletrônicas (mas isso não foi confirmado). E se os códigos forem coordenadas de pouso? E se as intruções foram dadas numa reunião espírita feita em casa, sem a orientação de guias espirituais? Também foi encontrado com eles um pedaço de papel alumínio azul e branco amassado, um pouco de papel celofane embebido numa substância química e um lenço com as iniciais AMS.

A cápsula ingerida podia ser de zinco ou dióxido de titânio, elementos que refletem a radiação (numa tentativa de preservar os órgãos internos), assim como a obviedade da máscara de chumbo, que é proteger os olhos. A ordem de proteger metais (talvez com o alumínio) também confirma a tese.

Mário Dias comenta: “A única coisa que quebrava a imagem que eles estavam dormindo era a decomposição dos corpos. As máscaras não estavam no rosto, mas próximo à mão direita de cada um. Com a morte, elas caíram naturalmente da mão.” Ou seja, não foi uma morte violenta. Eles perderam os sentidos antes de morrer, ou foram rapidamente fulminados. Que tipo de veneno agiria tão rápido? Com certeza eles retiraram os óculos de chumbo antes do tempo e morreram. Considerando que eles estivessem em grupo, é óbvio que os outros fugiriam do local (se avisassem à polícia ninguém acreditaria na história dos discos voadores e eles seriam incriminados). Outro detalhe intrigante, que o jornalista menciona: “Eu estive várias vezes no local e ali não mais nasceu grama. Recentemente eu estive lá em cima com o pessoal do Linha direta e vi que realmente ali não nasceu relva. Pode ter sido algum tipo de elemento que se desprendeu dos corpos quando houve a decomposição.”

É mais plausível (dentro deste contexto) a hipótese de radiação. O físico norte-americano M. McCampbell afirma que os UFOs emitem formas de intensa radiação, semelhante aos microondas, e que podem gerar emissões de um plasma luminoso de alta intensidade. No Canadá, o cidadão Stephen Michalak, movido pela curiosidade, se aproximou de um enorme UFO pousado no solo de Winnipeg. Suas roupas imediatamente se incendiaram e ele teve que ser hospitalizado por longo tempo, vítima de intensos sofrimentos. Ficaram marcas radiculares de uma estranha queimadura que não pôde ser tratada ou sequer identificada pelos diversos médicos e as várias clínicas que o examinaram! Peritos militares que estiveram no local do pouso encontraram o solo crestado e também uma intenso resíduo de radiação sob a forma de Radio-226. O Departamento de Defesa e a Real Polícia do Canadá declararam publicamente que não foram conseguidas quaisquer provas que pudessem constestar a história de Michalak. Aliás, o Ministério da Defesa negou-se a revelar maiores detalhes do caso, mesmo aos membros do Parlamento, sob a alegação que “Não é de interesse deste Ministério tornar público o relatório daquela suposta observação”.

De fato, a pele dos cadáveres possuía uma coloração rósea e aparentava possíveis queimaduras, mas a decomposição chegara a um ponto onde tal conclusão não era segura. Não que as naves extraterrestres façam isso de propósito. É o sistema de propulsão (anti-gravidade?) que resulta nesse campo magnético / radioativo.

A Arca da Aliança

Isso me lembra um caso registrado na Bíblia, em Êxodo:

Ao terceiro dia, ao amanhecer, houve trovões, relâmpagos, e uma nuvem espessa sobre o monte; e ouviu-se um som de trombeta muito forte, de maneira que todo o povo que estava no acampamento estremeceu. E Moisés levou o povo fora do acampamento ao encontro de Deus; e puseram-se ao pé do monte. Nisso todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele em fogo; e a fumaça subiu como a fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia fortemente. E, o som da trombeta cada vez mais forte, Moisés falava, e Deus lhe respondia.

E disse mais o SENHOR: Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá. Eis aqui um lugar junto a mim; aqui te porás sobre a rocha. E acontecerá que, quando a minha glória passar, pôr-te-ei numa fenda da rocha, e te cobrirei com a minha mão, até que eu haja passado. E, havendo eu tirado a minha mão, me verás pelas costas; mas a minha face não se verá.

E esteve ali com o SENHOR quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água, e escreveu nas tábuas as palavras da aliança, os dez mandamentos. E aconteceu que, descendo Moisés do monte Sinai trazia as duas tábuas do testemunho em suas mãos, sim, quando desceu do monte, Moisés não sabia que a pele do seu rosto resplandecia, depois que falara com ele. Olhando, pois, Arão e todos os filhos de Israel para Moisés, eis que a pele do seu rosto resplandecia; por isso temeram chegar-se a ele (radiação!).

arca da alianca

A Arca da Aliança era de madeira de acácia, toda forrada de ouro por dentro e por fora. Tinha quatro argolas e dois varais, que não poderiam ser retirados do lugar, e tudo revestido de ouro. O metal mais precioso e incorruptível, bem como a madeira mais incorruptível foram usados na construção da arca. Estudiosos dizem que, pela construção, dimensão e material empregado, ela poderia funcionar como uma bateria elétrica (dependendo do líquido que estivesse dentro da arca), um receptor de alta energia, tanto que era terminantemente proibido tocar-lhe sem uma autorização expressa para tal (e, muito possivelmente, equipado com proteções especiais), sob pena de se ser fulminado de imediato. Um dia, quando a transportavam, a Arca deu a impressão de ir cair ao chão. Um homem precipitou-se para a segurar, e morreu imediatamente fulminado.

Uma passagem da Bíblia confirma os malefícios que trazia a Arca, que talvez fosse até mesmo radioativa:

“Entretanto a mão do Senhor se agravou sobre os de Asdode, e os assolou, e os feriu com tumores, a Asdode e aos seus termos. O que tendo visto os homens de Asdode, disseram: Não fique conosco a arca do Deus de Israel, pois a sua mão é dura sobre nós, e sobre Dagom, nosso deus”.

1º Samuel 5

Por causa disto, os filisteus despacharam a Arca do Senhor para Gate, outra cidade filistéia, depois para Ecrom, sempre deixando ela atrás de si, um tremendo rastro de destruição. Resultado: Os filisteus tiveram que devolvê-la a Israel.

Sobre as duas vítimas da máscara de chumbo, seria interessante fazer uma exumação dos corpos pra buscar evidências de radiação nos ossos, muito embora ela já possa ter se dissipado.

O Misterioso Caso das Máscaras de Chumbo – Linha Direta

Referência:
Relato de um investigador de OVNIs francês;
Mistério das máscaras de chumbo segue sem solução 53 anos depois;
Um conto de Alfredo Alvarenga baseado no caso

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Jonathan
Jonathan
18 dezembro de 2013 8:18 am

Interessante caso, nunca tinha houvido falar; existe coisas estranhas que não tem explicações.

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