KARMA E O PECADO ORIGINAL

Vou aproveitar a pergunta da leitora Eliá (Elias em hebraico, né?) pra falar um pouco sobre o Karma, esse troço que mais parece uma punição, quando na verdade nada mais é que a ação e sua consequência:

Esse negócio de pecado original ainda está entranhado no subconsciente das pessoas (ou seja, a Igreja Católica fez muito bem o seu dever de casa em aterrorizar as pessoas para uni-las em torno de uma instituição, como fez George Bush com o 11 de setembro). Mas parte da culpa também é dos hindus, com sua cultura de castas, onde os sacerdotes (brâmanes) usaram o conceito de karma para manter as pessoas acomodadas em suas classes sociais (ou seja, um membro da casta de catador de lixo vai permanecer sempre como catador de lixo, assim como seus filhos, pois esse é seu Dharma (missão de vida), consequência do Karma (ação) em vidas passadas, e se seu filho nasceu nesta casta, é porque é o Dharma dele também (e por isso o aspecto religioso é tão propagado na Índia, pois é a BASE da sociedade)!

Esse negócios dos hindus me revolta mais até que os roubos dos políticos no Brasil, pois moldou um país inteiro (bilhões de habitantes) com a desgraça da segregação social (há infinitas castas, como se fossem profissões. Tem até castas de programadores!) e impossibilidade de alguém aprender e progredir, apenas aperfeiçoar aquilo que sua família fazia durante gerações. Pode-se notar a influência cultural brâmane no Mahabarata, onde o certo (virtuoso) é dar muitos presentes em ouro aos brâmanes sempre que possível… desgraçados… ficava pensando no que Jesus diria disso, até que li no Evangelho Aquariano uma passagem onde Jesus estava na Índia e começava a criticar, através de suas parábolas, o sistema de castas (dá-lhe, Yeshua!!). Ele saiu de lá fugido, segundo o livro…

Voltando ao assunto (o pecado original), Adão e Eva (assim como a queda de Lúcifer) são alegorias da lembrança espiritual do degredo de almas de outros planetas para este (a ronda planetária, que Blavatsky menciona), quando muitos espíritos – que aceleraram o progresso aqui – precisavam manter sempre fresco na memória, de alguma forma, o porque de estar aqui e o que precisavam fazer (religar-se a Deus, ao Cosmo, ou a Unidade / fraternidade, chame como quiser)! Então, sim, esses espíritos nasceram na Terra com Karma a “saldar”. Mas já chegamos num ponto onde o débito original já está mais do que pago, onde o conhecimento está mais do que difundido, e se gente de outros sistemas continuam aqui é porque continuam fazendo novas besteiras que não tem nada a ver com o banimento original, ou então porque gostaram daqui, ou sentem necessidade de repassar o conhecimento que adquiriram durante milênios (tão sonegado no passado, envolto nos mistérios das sociedades esotéricas) para todos. Karma… ou Dharma, quem sabe?

O que temos atualmente são almas do próprio planeta Terra (com milhares de anos de evolução, apanhando e aprendendo), de outros sistemas planetários (para auxiliar na transição e evolução), um resto dos banidos (como falei acima) e espíritos provenientes da natureza (que passaram por todos os estágios evolutivos – mineral, vegetal, animal irracional, elemental – para chegar ao humano). Esses últimos são os que “estreiam” no corpo limpinhos, sem máculas. Mas basta passar por uma experiência não muito feliz para errar. Afinal, quem não erra? Mas não significa que toda e cada pessoa irá sofrer uma desgraça na vida por causa disso. O importante aqui é o aprendizado. Pode-se “saldar seu karma” apenas com a compreensão. Nesse ponto lembro sempre da parábola de Jesus:

Qual dentre vós é o homem que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhes pedirem? Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós a eles; porque esta é a Lei e os profetas.

Mateus 7:9-12

Agora, há sempre aqueles pirralhos que em vez de pedir preferem roubar. Não podem reclamar se levarem umas boas palmadas.

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