JUNG: LIVRO DE JÓ, ALQUIMIA E SINCRONICIDADE

Retirado do livro “C. G. Jung: Entrevistas e Encontros”, de William McGuire e R.F.C. Hull (Ed. Cultrix)

Entrevista do Prof. Mircea Eliade com Jung, em 1952:

JUNG: LIVRO DE JÓ, ALQUIMIA E SINCRONICIDADE. Jung como Deus e o Diabo, numa queda de braço

Eliade: Aos 77 anos de idade, o Professor Carl Gustav Jung nada perdeu de sua extraordinária vitalidade, de seu surpreendente espírito juvenil. Ele acabou de publicar, um após outro, três novos livros: sobre o simbolismo de Aion (Tempo), sobre Sincronicidade, e Resposta a Jó, o qual já deu origem a reações sensacionais, especialmente entre os teólogos.

Jung: Esse livro sempre esteve em minha mente, mas aguardei 40 anos para escrevê-lo. Fiquei terrivelmente chocado quando, ainda criança, li o Livro de Jó pela primeira vez. Descobri que Javé é injusto, que é mesmo um malvado. Pois permite-se ser persuadido pelo diabo, concorda em torturar Jó por sugestão de Satã. Na onipotência de Javé não existe consideração pelo sofrimento humano. São abundantes os exemplos da injustiça de Javé em certos escritos hebraicos. Mas não é esse o ponto; o ponto que interessa é a reação do crente à injustiça. A questão é a seguinte: Existe na literatura rabínica qualquer prova da existência de reflexão crítica ou de uma reconciliação desse conflito na Deidade? Num texto tardio (Talmud babilônbico), Javé solicita a bênção do sumo sacerdote Ishmael, e Ishmael responde-lhe: “Seja a Tua vontade que a Tua misericórdia suprima a Tua ira, e que a Tua compaixão possa prevalecer sobre os Teus outros atributos…

O Todo-Poderoso sente que um homem verdadeiramente santificado é superior a Ele.

É possível que tudo isso seja uma questão de linguagem. Pode ser que aquilo a que chamamos a “injustiça” e a “crueldade” de Javé sejam apenas fórmulas aproximadas e imperfeitas para expressar a transcendência total de Deus. Javé é “Aquele que é”, de modo que está acima e além do bem e do mal. Ele é impossível de ser apreendido, compreendido, formulado; por conseguinte, é misericordioso e injusto simultaneamente. Isto é uma maneira de dizer que nenhuma definição pode circunscrever Deus, nenhum atributo esgota as suas potencialidades.

Eu falo como psicólogo e, sobretudo, estou falando do antropomorfismo de Javé e não de sua realidade teológica. Como psicólogo, digo que Javé é contraditório, e também penso que essa contradição pode ser interpretada psicologicamente. A fim de testar a fidelidade de Jó, Javé concede a Satã uma licença quase ilimitada. Ora, esse fato não está isento de consequências para a humanidade. Eventos muito importantes são iminentes no futuro por causa do papel que Javé se sentiu obrigado a atribuir a Satã. Diante da crueldade de Javé, Jó está silencioso. Esse silêncio é a mais bela e a mais nobre resposta que o homem pode dar a um Deus onipotente. O silêncio de Jó é já uma anunciação do Cristo. De fato, Deus fez-se homem, tornou-se Cristo a fim de redimir a sua injustiça para com Jó.

Javé errou mas reconheceu o erro. Será Jó sabedor disso? De qualquer modo, a posteridade percebeu o conflito doloroso causado pela imoralidade de Javé. Há a história de um sábio muito piedoso e devoto que não suportava ler o Salmo 89. Jó está certamente consciente da injustiça divina e, assim, está mais consciente do que Javé. É a superioridade sutil do progresso do homem em consciência moral, em face de um Deus menos consciente. Essa é a razão para a Encarnação.

O grande problema em psicologia é a integração de opostos. Encontramo-lo em toda a parte e em todos os níveis. Em Psicologia e Alquimia tive ocasião de me interessar pela integração de Satã. Pois enquanto Satã não for integrado, não haverá cura para o mundo nem salvação para o homem. Mas Satã representa o mal – e como pode o mal ser integrado? Só existe uma possibilidade: assimilá-lo, ou seja, elevá-lo ao nível da consciência. Isso é feito mediante um processo simbólico muito complicado, o qual é mais ou menos idêntico ao processo psicológico de individuação. Em Alquimia, chama-se a conjunção dos dois princípios. De fato, a Alquimia assumiu e levou por diante a obra do cristianismo. Na concepção alquimista, o cristianismo salvou o homem, mas não a natureza. O sonho do alquimista era salvar o mundo em sua totalidade; a pedra filosofal foi concebida como o filius macrocosmi, o que salva o mundo, ao passo que o Cristo era o filius microcosmi, o salvador apenas do homem. A finalidade suprema do opus alquímico é a apokatastasis, a salvação cósmica.

Estudei Alquimia durante 15 anos, mas nunca falei sobre isso a ninguém; não desejava influenciar os meus pacientes ou meus colegas de trabalho por sugestão. Mas, após 15 anos de pesquisa e observação, impuseram-se-me conclusões inelutáveis. As operações alquímicas eram reais, só que essa realidade não era física, mas psicológica. A Alquimia representa a projeção de um drama cósmico e espiritual em termos de laboratório. O opus magnum tinha duas finalidades: o resgate da alma humana e a salvação do Cosmo. Aquilo a que o alquimista chamava “matéria” era, na realidade, o Eu (inconsciente). A “alma do mundo” (anima mundi), que foi identificada com o spiritus mercurius, estava aprisionada na “matéria”. Por essa razão é que o alquimista acreditava na verdade da “matéria”, porquanto a “matéria” era, na realidade, a própria vida psíquica do alquimista. Mas era uma questão de libertar essa “matéria”, de salvá-la – numa palavra, de descobrir a pedra filosofal, o corpus glorificationis.

Esse trabalho é difícil e repleto de obstáculos; o opus alquímico é perigoso. Logo no começo encontramos o “dragão”, o espírito ctônico, o “diabo” ou, como os alquimistas lhe chamavam, a “escuridade”, o nigredo, e esse encontro produz sofrimento. A “matéria” sofre até ao desaparecimento final da escuridade; em termos psicológicos, a alma encontra-se nas vascas da melancolia e da angústia, travando uma luta com a “sombra”. O mistério da conjunção (coniunctio), o mistério central da Alquimia, visa precisamente a síntese dos opostos, a assimilação da escuridade, a integração do diabo. Para o cristão “despertado” isso constitui uma experiência psíquica muito séria, pois trata-se de um confronto com a sua própria “Sombra“, com a escuridade, o nigredo, que permanece à parte e nunca pode ser completamente integrado na personalidade humana.

Ao interpretar-se o confronto do cristão com sua Sombra em termos psicológicos, descobre-se o medo oculto de que o diabo seja mais forte, de que Cristo não tenha conseguido conquistá-lo completamente. Caso contrário, por que se acreditava e ainda se acredita no Anticristo? Por que se aguardava e continua se aguardando a vinda do Anticristo? Porque só depois do reino do Anticristo e só depois do segundo advento do Cristo o mal será finalmente conquistado no mundo e na alma humana. Em nível psicológico, todos esses símbolos e crenças são interdependentes; é sempre uma questão de lutar com o diabo, com Satã, e de conquistá-lo, ou seja, de assimilá-lo, integrando-o na consciência. Na linguagem dos alquimistas a matéria sofre até que o nigredo desapareça, quando a aurora será anunciada pela cauda do pavão (cauda pavonis) e um novo dia nascerá, o leukosis ou albedo. Mas nesse estado de “brancura” não se vive, na verdadeira acepção da palavra; é uma espécie de estado ideal, abstrato. Para insuflar-lhe vida, deve ter “sangue”, deve possuir aquilo a que os alquimistas chamam o rubedo, a “vermelhidão” da vida. Só a experiência total da vida pode transformar esse estado ideal do albedo num modo de existência plenamente humano. Só o sangue pode reanimar o glorioso estado de consciência em que o derradeiro vestígio de escuridade é dissolvido, em que o diabo deixa de ter uma existência autônoma e se junta à profunda unidade da psique. Então, o opus magnum está concluído: a alma humana está completamente integrada.

Eu sou e continuo sendo um psicólogo. Não estou interessado em qualquer coisa que transcenda o conteúdo psicológico da experiência humana. Nem sequer pergunto a mim mesmo se tal transcendência é possível, visto que, em qualquer caso, o transpsicológico tampouco é de interesse para o psicólogo. Mas no nível psicológico tenho que ocupar-me das experiências religiosas que possuem uma estrutura e um simbolismo que pode ser interpretado. Para mim, a experiência religiosa é real, é verdadeira. Apurei que, através de tais experiências religiosas, a alma pode ser “salva”, a sua integração acelerada e estabelecido o equilíbrio espiritual. Para mim, como psicólogo, o estado de graça existe: é a perfeita serenidade da alma, um equilíbrio criativo, a fonte de energia espiritual. Falando sempre como psicólogo, afirmo que a presença de Deus é manifesta, na experiência profunda da psique, como uma coincidentia oppositorum, e toda a história da religião, todas as teologias dão testemunho do fato de que a coincidentia oppositorum é uma das mais comuns e mais arcaicas fórmulas para expressar a realidade de Deus. A experiência religiosa é numinosa, como Rudolf Otto a designa, e, para mim, como psicólogo, essa experiência difere de todas as outras de um modo que transcende as categorias ordinárias de espaço, tempo e causalidade. Recentemente, empenhei-me no estudo da sincronicidade (em poucas palavras, a “ruptura do tempo“), e estabeleci que se assemelha estreitamente às experiências numinosas em que espaço, tempo e causalidade são abolidas. Não aplico qualquer juízo de valor à experiência religiosa. Afirmo que um conflito interno é sempre a fonte de profundas e perigosas crises psicológicas, tão perigosas que podem destruir a integridade de um homem. Esse conflito interno manifesta-se psicologicamente nas mesmas imagens e no mesmo simbolismo testemunhados por toda e qualquer religião no mundo, e utilizados também pelos alquimistas.

Por isso me interessei pela religião, por Javé, Satã, Cristo, pela Virgem. Entendo muito bem que um crente veja algo muito diferente nessas imagens do que eu, como psicólogo, tenho o direito de ver. A fé de um crente é uma grande força espiritual, é a garantia de sua integridade psíquica. Mas eu sou médico e estou interessado em curar os meus semelhantes. A fé e somente a fé já não tem poder – infelizmente! – para curar certas pessoas. O mundo moderno está dessacralizado; por isso está em crise. O homem moderno deve redescobrir uma fonte mais profunda de sua própria vida espiritual. Para tanto, é obrigado a lutar com o diabo, a enfrentar sua própria sombra, a integrar o diabo. Não há outra escolha. É por isso que Javé, Jó, Satã, representam situações psicologicamente exemplares; eles são como paradigmas do eterno drama humano.

Eliade: Jung descobriu o Inconsciente Coletivo – quer dizer, tudo o que precede a história pessoal do ser humano – e aplicou-se a decifrar as suas estruturas e a sua “dialética”, com vistas a facilitar a reconciliação do homem com a parte inconsciente de sua vida psíquica e a conduzi-lo no sentido da integração de sua personalidade. Ao invés de Freud, Jung toma em consideração a história: os arquétipos, essas estruturas do inconsciente coletivo, estão carregados de história. Já não é uma questão, como quer Freud, de uma “espontaneidade natural” do inconsciente de cada indivíduo, mas de um imenso reservatório de lembranças históricas, uma memória coletiva na qual é preservada, em essência, a história de toda a humanidade. Jung acredita que o homem deve fazer maior uso desse reservatório; o seu método analítico dedica-se, precisamente, a encontrar os meios adequados para usá-lo.

Jung: O Inconsciente Coletivo é mais perigoso do que dinamite, mas existem métodos para manipulá-lo sem maiores riscos. Depois, quando se desencadeia uma crise psicológica, estamos em melhor posição do que qualquer outro para resolvê-la. Temos sonhos e devaneios; tratemos de os observar. Poderíamos quase dizer que todo o sonho, à sua própria maneira, contém uma mensagem. Ela não só nos diz que algo está errado nas profundidades do nosso ser, mas também nos oferece uma solução para sair da crise. Pois o Inconsciente Coletivo que nos envia esses sonhos já possui a solução: nada se perdeu da toda a experiência imemorial da humanidade, toda a situação imaginável e toda a solução parecem ter sido previstas pelo Inconsciente Coletivo. Basta apenas que observemos cuidadosamente. A análise ajuda a ler corretamente essas mensagens.

Eliade: Foi observando seus próprios sonhos – que ele tentou em vão interpretar nos termos da psicanálise freudiana – que Jung foi levado a pressupor a existência do inconsciente coletivo. Isso aconteceu em 1909. Dois anos depois, começou a dar-se conta da importância de sua descoberta. Finalmente, em 1914, ainda em consequência de uma série de sonhos e devaneios, ele compreendeu que as manifestações do inconsciente coletivo são, em parte, independentes das leis do tempo e da causalidade. Como o Professor Jung amavelmente me permitiu que falasse desses sonhos e devaneios, os quais desempenharam um papel capital em sua carreira científica, eis um resumo deles.

Jung: Em outubro de 1913, enquanto viajava de trem de Zurique para Schaffhausen, ocorreu-me um estranho incidente. Ao atravessar um túnel, perdi a consciência de tempo e lugar, e só fui acordado uma hora depois, quando o condutor anunciou a chegada a Schaffhausen. Durante todo esse tempo fui vítima de uma alucinação, de um devaneio. Estava olhando para o mapa da Europa e vi como, país por país, começando com a França e a Alemanha, a Europa era tragada pelo mar, até ficar submersa. Pouco depois, todo o continente era um lençol de água, com exceção da Suíça; a Suíça era como uma alta montanha que as ondas não podiam alcançar. Vi-me sentado na montanha. Mas então, olhando mais atentamente à minha volta, percebi que o mar não era de água, mas de sangue. Flutuando sobre as ondas havia cadáveres, telhados de casas, madeiras calcinadas.

Três meses mais tarde, em dezembro de 1913, e novamente no trem que me levava a Schaffhausen, repetiu-se o mesmo devaneio, de novo ao entrar no túnel (Dei-me conta, subsequentemente, de que era como uma imersão no Inconsciente Coletivo). Como psiquiatra, fiquei preocupado, imaginando se eu não estaria a caminho de “fazer uma esquizofrenia”, como dizíamos na linguagem desses tempos. Finalmente, alguns meses mais tarde, tive o seguinte sonho: Vi-me nos mares do sul, perto de Sumatra, no verão, acompanhado de um amigo. Mas soubemos pelos jornais que uma terrível onda de frio tinha varrido a Europa, como não havia notícia de que tivesse ocorrido antes. Decidi ir até Batávia e embarcar num navio de volta à Europa. O meu amigo disse-me que pegaria um veleiro de Sumatra para Hadramaut, e daí continuaria sua viagem através da Arábia e Turquia. Cheguei à Suíça. Em meu redor só via neve e mais neve. Uma vinha enorme estava crescendo algures; tinha muitos cachos de uvas. Acerquei-me e comecei apanhando as uvas, distribuindo-as por um magote de gente que me rodeava mas que eu não podia ver.

Três vezes esse sonho se repetiu e, finalmente, fiquei deveras intranquilo. Eu estava justamente nessa época preparando uma conferência sobre esquizofrenia, para ser lida num congresso em Aberdeen, e não me cansava de repetir para mim mesmo: “Estarei falando de mim mesmo! Muito provavelmente enlouquecerei depois de ler a conferência”. O congresso teria lugar em julho de 1914 – exatamente o período em que, nos meus três sonhos, via-me viajando pelos mares do sul. A 31 de julho, imediatamente após a minha conferência, soube pelos jornais que eclodira a guerra. Finalmente entendi tudo. E quando desembarquei na Holanda, no dia seguinte, ninguém era mais feliz do que eu. Agora tinha a certeza de que nenhuma esquizofrenia me ameaçava. Compreendi que os meus sonhos e as minhas visões me chegavam do subsolo do Inconsciente Coletivo. O que me restava agora fazer era aprofundar e validar essa descoberta. E isso é o que estou tentando fazer há 40 anos.

Eliade: Jung ficou satisfeito ao receber uma segunda explicação desse sonho pouco depois. Os jornais não tardaram em noticiar que um capitão da Marinha alemã, de nome von Mücke, que tinha cruzado os mares do sul num veleiro, de Sumatra para Hadramaut, se refugiara na Arábia e daí alcançara a Turquia.

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Geninha
Geninha
10 dezembro de 2022 9:17 pm

Quando Deus responde a Jó!

kiabo azul
kiabo azul
26 agosto de 2011 11:00 am

ô geninha… cuidado para não se perder e cair no buraco negro do condominio. rs Vc não será sugada p/ outra dimensão, mas poderá torcer o pé.

Geninha
Geninha
27 outubro de 2022 3:14 am
Reply to  kiabo azul

Em Gênesis não há o negro e o branco. Há a escuridão e a luz. Vênus é a luz matu-tina.

Eu moro na alameda Vênus, mas apenas moro. Minha luz não foi suficiente pra dissipar a escuridão.

É quase mágico… o momento que Adão reconhece Eva.

Geninha
Geninha
25 agosto de 2011 2:14 pm

Esses dias pensava nos meus delírios com o universo (final fantasy). Hoje moro em um universo particular, na “Alameda Vênus”, ao entrar no condominio e ver todas as placas com indicação para as ruas com os nomes dos planetas é quase impossível não lembrar dos devaneios…

Toda loucura com significado tem sua razão.

Não vejo em Jung uma mente a frente de seu tempo, é uma mente em si mesmo.

Vc já escreveu sobre o fime de “Alexandre”? É uma boa pedida para falar de Jung/mitos… Acho que tem uma linguagem bem fácil…

Abraços!

Dr. Hoffman
Dr. Hoffman
24 agosto de 2011 2:57 pm

Post totalmente elegante !!

Essa da mescalina é nova, mais um que entrou no mundo psicoledico.

Toad
Toad
24 agosto de 2011 6:20 am

Valeu mesmo pela resposta, mas li a sua resposta, olhei o mapa e ñ entendi novamente, kkk! Acho q eu preciso de vitaminas.

Toad
Toad
22 agosto de 2011 9:54 am

Entendi melhor, dualidade e tals. XD

Takeru Nid
Takeru Nid
21 agosto de 2011 8:28 pm

Ô Acid eu notei que agora tem uma coluna do SDM no TDC, quando você começará a postar conteúdo para lá?

Geninha
Geninha
26 agosto de 2011 12:31 pm

Ah.. Kiabo… Moro no paraíso, tem buraco negro não. 🙂 “ O universo tem um destino de felicidade. O homem deve reencontrar o Paraiso.” (Bachelard) (voltando a falar do post) Voltei para reler o texto, e o sentido e ter certeza da impressão que tive: Jung que ser superior a até mesmo sobre sua ideia de Deus(Javé). Ele tem uma incrível mania de grandeza. Ainda ontem reli o livro de Jó, não gosto desse livro… Dessa ideia do desapego a matéria… (filhos esposa e corpo de Jó foram antingidos para purificação de seu espírito) Aqui a história de Buda é… Read more »

Geninha
Geninha
14 abril de 2022 7:53 pm
Reply to  Geninha

Não fiquei em silêncio, fiz o aborto aos 18 anos, em 1994. Pelas minhas contas estava próximo do 3° mês, pela imagem… 60 dias. Cytotec. E acredito que só pode falar sobre, quem fez. Quem passou pela experiência. Os danos psicológicos que o aborto causa. Está cheio de relatos na internet. Mas o que da ibope é a hipocrisia de vocês de levar uma santa do pau oco pra falar de aborto no BP. Isso é transformar maldade em virtude, você não se calar diante seus erros, seus fracassos, suas derrotas e assumir as consequências. Vitória todo mundo tem pra… Read more »

Rafael
Rafael
31 agosto de 2011 10:00 am

É exatamente a idéia “Deus” o ponto X da questão. Como Jung via “Deus” como o Todo ou o “desing” criador, a idéia “Deus” bondoso, barbudinho sentado no trono cercado de anjinhos, cai por terra na visão do livro de Jó, como em quase todos os escritos bíblicos. A tentativa é de desmontar o maniqueísmo de que há um “Deus” bonzinho luntando com um “Deus/Diabo”. Se “Deus” é “Deus”, que tem o diabo na história?rsrs… no máximo, como no livro de Jó, vai bater-papo com o barbudinho, que é quem tem o poder, nesse tipo de visão, não é mesmo?… Read more »

Marco Aurelio
Marco Aurelio
31 agosto de 2011 10:10 am

Uma das coisas que percebi quando li pela primeira vez o livro de Jó é que nos é revelado que o mundo é redondo!!! “O Todo-Poderoso sente que um homem verdadeiramente santificado é superior a Ele.”Jung pirou! Ele é o terapeuta do Todo-Poderoso? Deus se consulta com ele? Já está até falando por ele? Francamente esta frase ele pegou pesado na pretenção. “Como psicólogo, digo que Javé é contraditório, e também penso que essa contradição pode ser interpretada psicologicamente.” Como crente eu digo que o SENHOR, criador de todo universo e do próprio homem deve estar muito além do alcance… Read more »

Geninha
Geninha
14 março de 2019 12:14 am

Ah, encontrei onde li:

“Jó está silencioso. Esse silêncio é a mais bela e a mais nobre resposta que o homem pode dar a um Deus onipotente.”

Continuo discordando…
Mesmo que só agora entenda o que Jung quis dizer.

Geninha
Geninha
13 março de 2019 10:21 pm

Voltando a ler.

De onde eu tirei “o silêncio de Jó?” .
O silêncio foi de Deus. Kkkk

O q estava pensando 🤔.
Acho q devo ter lido errado.

Revendo….

Coringa
Coringa
6 setembro de 2011 10:15 pm

Atiçou minha curiosidade, Renato 😛

É possível dar uma palhinha do conteúdo ou uma abordagem com base no teu conhecimento a respeito?

Obrigado!

abs

Renato
Renato
6 setembro de 2011 8:23 pm

Pra quem se interessar em fazer uma incursão pelo chamado “Livro Vermelho” de Jung, vejam este curso de 20 horas que o IJEP está promovendo. Fiz a pós em Psicologia Junguiana com eles e foi uma experiência muito boa.

666 Bs
666 Bs
5 setembro de 2011 6:54 am
Raoní
Raoní
4 setembro de 2011 12:03 am

De boa, o post mais chato do Acid desde que comecei a ler o blog…heheh.Apesar de ter achado algumas partes interessantes, demorei a me animar a ler por inteiro.O texto não é nenhum pouco envolvente no meu ponto de vista.Não me leve a mal Acid.Continuo lendo e gosto muito do blog e sempre estou a espera de um novo post para ler, mas assim como sempre elogio desta vez espero que entenda como uma critica construtiva.

Abraço

Daniel
Daniel
2 setembro de 2011 6:20 pm

O mais interessante da teoria junguiana do inconsciente coletivo é a confluência de toda a tradição cabalística judaica para o seio de uma interpretação cristã do mundo, na qual o messias, ainda aguardado pelo povo judeu, realiza seu “papel de louco” (vide arcano 0 do taro), retornando à vida como é esperado de todo aquele que busca sua iluminação pela eliminação, ou superação, como preferirem, do carma. Ou seja, se a cabala tem o objetivo de proporcionar ao homem sua libertação, por meio da contemplação das vias de evolução possíveis, magicamente, ou pela transmutação dos elementos, como quiserem também (como… Read more »

Rafael
Rafael
31 agosto de 2011 11:14 am

Marco Aurélio, até onde você não percebeu que Jung, ao dar essa entrevista, disse que estava falando da figura de Javé construída a nível psicológico (como arquétipo) e não no Javé / Deus teológico? Como ele disse, o teológico não lhe diz respeito… o Javé aqui é o conceito/ idéia construída sobre… Começou novamente a confusão “mental x material/físico”… é tão difícil assim entender parábolas e metáforas? Credo…

rafael
rafael
21 agosto de 2011 11:21 am

acho importante que o autor começe a gravar videos sobre seus temas, e não se mantenha somente em escrever.
imagens valem mais que palavras …
e a internet esta ai pra isso.

Martyn
Martyn
20 agosto de 2011 10:52 pm

só pra lembra q o inconsciente coletivo ta cheio de inveja TB… tentem não poluir e naum ficar poluído.

cada vez mais consciente
cada vez mais consciente
20 agosto de 2011 7:09 pm

Grandes poderes requerem grandes responsabilidades.

sentinela
sentinela
18 agosto de 2011 11:34 am

No livro CARL GUSTAV JUNG MEMÓRIAS SONHOS REFLEXÕES ele fala dessas experiências sobre suas visões, sobre vida após a morte e sobre a sua vida.

Muito Bom, o post.Serviu para consolidar as ideias espaças que perambulavam em minha mente.

BrunoMais
BrunoMais
18 agosto de 2011 9:10 am

Yoa, Acid , arrebentou com o post, A bíblia ainda é um grande compêndio de sabedoria holística e mitológica!
E Jung.. Jung é o nosso professor em psicologia metafísica 😀
[ ]’s

Geninha
Geninha
17 agosto de 2011 3:13 pm

Eu queria tanto ler, mas estou sem tempo…

O Livro de Jõ nos ensina o amor verdadeiro, a orar pelos amigos “apesar dos pesares”… serã que jung orou;pediu por Freud?

Hum… 🙂

Abraços!

Martyn
Martyn
17 agosto de 2011 3:24 am

a crítica não é só pq não quer entender Jung … é pq quer esconder. >>> “Porque neste momento, eles estão correndo um grande risco. A humanidade está em um contato muito rápido e qualquer um pode se informar. Ou eles enchem nossa cabeça, bombardeando-nos dia e noite com todo o tipo de sugestões, ou haverá alguns que perceberão e avisarão aos outros”. “O que aconteceria se pudéssemos repelir a essas entidades?” “Em uma semana recuperaríamos nossa vitalidade e estaríamos brilhando novamente. Mas, como seres humanos normais, não podemos pensar nessa possibilidade, porque isso implicaria em ir contra tudo aquilo… Read more »

Anônimo
Anônimo
17 agosto de 2011 2:48 pm

E eu então que dei de cara com esse texto bem na hora que tava assistindo o programa do Jô….

aiiiiiii

rsrs

Leo
Leo
17 agosto de 2011 2:03 pm

É.. E exatamente igual ao colega acima, falando em Jó e sincronicidade, ontem a noite eu estava lendo o livro de Jó com intuito de estudo filosófico sobre o mesmo…rs… não tô nem acreditando que hoje saiu um post desses….

Anônimo
Anônimo
17 agosto de 2011 2:00 pm

Muito bom!! Jung é f*da!!!

Jester
Jester
17 agosto de 2011 10:26 am

Já que falou-se da Sincronicidade, ontem a noite estava lendo sobre Jung e a Sincronicidade.
Sem comentários.
🙂

Marcio
Marcio
18 agosto de 2011 12:17 pm

Oi Acid, não aguentei e coloquei seu post no meu blog (bem legal)
Existe um documentário sobre Jung fabuloso “Dal profondo dell´ anima”

http://nemdeusesnemastronautas.blogspot.com/2011/06/dal-profondo-dell-anima.html

Altamente indicado p/ vc e seus leitores…

um grande abraço…

Toad
Toad
18 agosto de 2011 7:47 pm

Perdão pela burr… pela lentidão…

É q eu entendo o q é inconsciente coletivo, tals, mas ñ entendi a conclusão desse texto… Se alguém tiver paciência pra explicar. XD

Não é preguiça d pensar, nem qrer me aproveitar dos neurônios alheios, eu li duas vezes, tentei entender a mensagem mas ñ consegui.

Rafael
Rafael
19 agosto de 2011 8:30 am

O que creio ser mais interessante na história do Livro de Jó é que ele realmente integra os opostos, ele praticamente acaba com a dualidade “Deus x Diabo”. No finalzinho do livro, para quem tem paciência de ler, Jó praticamente identifica “Deus” como o “Todo” o “Uno” ou “Senhor de Tudo”, mesmo de todas as suas amarguras. Recorda, como no Gita, que virtudes e defeitos, bem e mal, são graduações de uma mesma característica, como duas faces de uma mesma moeda e isso é toda a dualidade: duas faces da unidade que é a moeda. Como um ditado que não… Read more »

uma certa consciência
uma certa consciência
20 agosto de 2011 6:39 pm

Façamos então como o solitário mais perseguido do Universo,planeta;como queiram,Cristo Jesus,amemos sobretudo o conhecimento,a reflexão(oração)e a paz.

inconscientes do coletivo
inconscientes do coletivo
20 agosto de 2011 6:17 pm

Sem falar nos podres poderes.

inconscientes do coletivo
inconscientes do coletivo
20 agosto de 2011 6:14 pm

Nada a dizer,sem voz e sem vez.Imprensados,dizem que de forma elaboradamente marrom;mas contestemos,é descaradamente negra e perversa;e também impossibilitados de nos locomovermos por conta dos inúmeros mortos vivos que não sabem aonde vão.Sem esquecer que não vamos muito bem com à Mídia.Muito dominadora.Quer nos impor à força idéias inaceitáveis e absurdas.

Martyn
Martyn
20 agosto de 2011 9:22 am

Jung não era santo… tb gostava de um baratinho.

Coringa
Coringa
20 agosto de 2011 2:21 am

O Livro Vermelho e O Santo Graal do Inconsciente (Parte 2/2): Seja qual for o caso, em 1913, Jung, que tinha então 38 anos, perdeu-se na sopa de sua própria psique. Ele foi assombrado por visões perturbadoras e ouviu vozes interiores. Lidando com o horror daquilo que algumas vezes viu, ele se preocupava com alguns momentos em que se considerava “ameaçado por uma psicose” ou “por uma esquizofrenia”, segundo suas próprias palavras. Mais tarde, ele iria comparar este período da sua vida – este confronto “com o inconsciente”, como ele dizia – com uma experiência de mescalina. Ele descreveu suas… Read more »

Coringa
Coringa
20 agosto de 2011 2:15 am

O Livro Vermelho e O Santo Graal do Inconsciente (Parte 1/2): Esta é uma história sobre um de um livro escrito a 100 anos atrás. Encadernado em couro vermelho, e que passou o último quarto de século escondido em um cofre de banco, na Suíça. O livro é grande e pesado e seu título está gravado com letras de ouro que dizem “Liber Novus”, que em latim significa “Novo Livro”. Suas páginas são feitas de papel creme, é bastante colorido e cheio de pergaminhos, com pinturas de criaturas sobrenaturais e diálogos com deuses e demônios, escritos à mão. É fácil… Read more »

Rafael
Rafael
19 agosto de 2011 10:54 am

Desculpe a intromissão, mas vale a pena relembrar que Jung foi um grande estudioso do ocultismo e do misticismo, como pode ser percebido em toda a sua obra, basicamente retirada da Alquimia. Toda sua obra é adaptada desses estudos, mas isso não tira o seu valor. Apesar da Alquimia ter significados físicos, psicológicos e espirituais, ele soube como nenhum outro antes dele, explicar seus processos a nível psicológico. Apesar de todas as peças estarem no mundo desde sempre, isso não tira o mérito de quem as juntou e formou o quebra-cabeças, ao menos a nível psicológico…

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19 agosto de 2011 10:10 am

Acid me responda uma coisa, esse “inconsiente coletivo”,não seria a mesma coisa que ‘arquivos akáshicos”, se sim Jung apenas “plagiou” sabedorias mais antigas.

Rafael
Rafael
17 agosto de 2011 9:51 am

Demorou a aparecer um post novo, mas valeu a pena. Esse post foi espetacular! Jung é simplesmente transcendental…

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