COMO MANTER-SE MOTIVADO, MESMO NA ADVERSIDADE?

Por Caciano Camilo Compostela, Monge Rosacruz

COMO MANTER-SE MOTIVADO

Aos 57 anos de idade, quando sofria sangramentos inexplicáveis, ulceras, artrose, reumatismo, hidropisia, tremores e no auge de uma obesidade tão aguda que a impedia de locomover-se, Helena Blavatsky surpreende! Quando todos imaginavam que ela nada mais tinha a oferecer, que estava velha, cansada e abatida pelas dores da vida, pela “má fama”, pelas ferrenhas inimizades, pelas tantas derrotas e desventuras, ela escreve definitivamente seu nome na História do Esoterismo ao publicar sua maior obra: A Doutrina Secreta!

Em 1888, Madame Blavatsky renasce das próprias cinzas e, mais uma vez, demostra sua capacidade de auto-Superação, sua força de Vontade.

A Doutrina Secreta, publicada no Brasil em seis volumes, ainda é literatura obrigatória para quem deseja aprofundar-se no fascinante mundo de ligações e interligações da mística Oriental e Ocidental. Entretanto, o que nos chama realmente atenção aqui, é o espírito de absoluta força, poder e resiliência na personalidade de H.P.B.

Não, a vida não é feita apenas de selfies glamourosas, de momentos fantásticos, viagens exóticas e quanto maior a Luz que se ouse emitir, maiores serão as sombras igualmente projetadas.

É sumamente importante que tenhamos uma Missão de vida, que saibamos qual é a Vocação de nosso coração e trabalhemos incansavelmente em sua direção. Sem um norte, melhor, um Oriente, caminhamos a esmo perambulantes, desorientados, e inconstantes como o vento. Isto é Motivação (do Latim, Movere), é a razão, o objetivo, o motivo que nos move numa determinada direção.

Madame Blavatsky, em uma de suas cartas à clarividente Annie Besant, afirmou:

“O vento balança os galhos, mas o tronco permanece imóvel”.

Helena Blavatsky
blavatsky1

Ou seja, as circunstâncias não podem derrubar uma Vontade forte e determinada; enquanto a vontade débil, indecisa, instável, raquítica e vacilante cai à primeira dificuldade.

Para manter-se de pé, firme nos Objetivos e Metas desenhadas, é necessário alinharmos aspectos internos e externos:

Internamente: Significa sermos capazes de silenciar, nos distanciar dos outros e dos papéis pré fabricados para (re)descobrirmos nosso destino.
Externamente: Significa estarmos conectados com lugares, situações, ensinamentos e pessoas que, de fato, acrescente em nossas vidas.

O automotivado não depende de estímulos alheios. Ele é o que é porque encontra dentro dele mesmo todos os motivos para fazer o que tem que ser feito. Ele age. Faz o que deve ser feito quando chega o momento de fazê-lo. Não esperemos que o momento seja favorável, ou que as condições estejam adequadas para começar; simplesmente arregacemos as mangas e façamos!

Uma história que sempre conto em minhas palestras pelo país é que, quando Helena Blavatsky chegou aos Estados Unidos da América (numa viagem de 3º classe), ela não tinha amigos, nenhum dinheiro, e o pior, quase não falava Inglês. Ela simplesmente foi, sem esperar “as situações favoráveis” e o Universo a recompensou.

Não é raro conversar com pessoas jovens que se acham velhas, no fim da linha; que brigam com o cônjuge e se consideram fracassadas; pessoas que, por uma deficiência ou outra, se acham incapazes, imprestáveis, infelizes. Quando se tira os olhos do Alto, da Missão, do Todo, a vida fica tão curta, tão pequena, tão frágil que realmente parece não haver saída; mas o Universo permanece o mesmo, infinito, vibrante e abundante em oportunidades.

Perde-se muito tempo e energia com gente que não vale uma vela acessa, projetos de vida que não são nossos, expectativas alheias, discussões inúteis e ambições desnecessárias que impedem o Sol da Verdadeira Vontade brilhar.

Falhar, falir, errar é perfeitamente humano; a única coisa indigna é desistirmos antes mesmo de começar.
É bem mais louvável o indivíduo que morre tentando do que o que vive desistindo.

In Lumem Lumine,
C.C.C.M.R+C

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Coringa
Coringa
7 março de 2015 10:50 pm

Conversando com Helena Blavatsky: http://www.filosofiaesoterica.com/ler.php?id=907#.VO04Lbtv81I O que é preciso fazer, então, para alcançar o verdadeiro autoconhecimento? R: “A primeira condição para obter autoconhecimento é tornar-nos profundamente conscientes da nossa ignorância; sentir com cada fibra do nosso coração que somos incessantemente auto-iludidos. O segundo requisito é a convicção ainda mais profunda de que tal conhecimento ― um conhecimento seguro e intuitivo ― pode ser obtido pelo esforço. O terceiro e mais importante é uma determinação indômita de obter e enfrentar esse conhecimento. O autoconhecimento desse tipo não pode ser alcançado através do que normalmente se chama de “auto-análise”. Ele não é… Read more »

Neilson
Neilson
27 fevereiro de 2015 9:54 pm

Que legal, estava lendo o livro O plano Astral de C.W. Leadbeather, aí fiz uma pausa para dar uma olhada no SM, para minha surpresa um post sobre H. B. 🙂

Nana
Nana
27 fevereiro de 2015 8:39 am

Nossa! Procurando esta obra em 3,2,1…

Coringa
Coringa
25 fevereiro de 2015 11:02 pm

Sobre sua vida e obra, disse Blavatsky [*1]:

 “Fiz apenas um ramalhete de flores do Oriente, e não acrescentei nada meu senão o laço que as amarra. Algum dos meus amigos poderá dizer que não paguei todo o preço por esse laço?”

(Helena Blavatsky, Ísis sem Véu, vol. I, p. 42)

 Caramba, que mulher!! 🙂

—————————
[*1] http://bit.ly/1Bev431

Anônimo
Anônimo
25 fevereiro de 2015 10:37 am

Valeu por mais essa mensagem Acid =]

Anônimo
Anônimo
24 fevereiro de 2015 9:45 pm

Acid, vc pode apagar o link acima,, postei no lugar errado.

Valew!

Anônimo
Anônimo
24 fevereiro de 2015 9:06 pm
Anônimo
Anônimo
30 março de 2015 8:17 am
Anônimo
Anônimo
30 março de 2015 8:25 am

* Gandhi )

Bob
Bob
30 março de 2015 9:13 pm

Importante trecho da matéria indicada pelo anonimo Sobre Gandhi e H. Blavatsky (http://bit.ly/1EWJqSV) : “Estes ensaios (…) mostram com um só olhar quanta semelhança há entre as principais tradições religiosas da Terra, no que diz respeito aos aspectos fundamentais da vida. Todos os nossos conflitos mútuos surgem de aspectos não-essenciais. Os textos (…)serão amplamente recompensados se pessoas que pertencem a diferentes religiões estudarem outras tradições religiosas além das suas, tendo a mesma reverência e o mesmo respeito pelas grandes religiões do mundo que ela demonstra em seus ensaios. Um conhecimento compreensivo e um respeito pelas grandes religiões do mundo é… Read more »

Pedro
Pedro
28 fevereiro de 2015 4:49 pm

Acho esta um alicerce duma vida com algum intuito.

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