ANANDA

Assisti a um documentário sobre o Livro Tibetano dos Mortos (Uma filosofia de Vida – 1994) há algum tempo e fiquei com aquelas informações na cabeça, meio sem ter como concatená-las por falta de pontos de contato com a cultura local. Minha visão espírita do assunto estava ainda muito solidificada, o que é ruim pra qualquer buscador interessado em apreender a Verdade tal qual ela se apresenta (ou seja, de muitas maneiras). Aquela coisa consoladora da pessoa que morre ser recebida pela família, amigos, que nem no final de Titanic, é uma crença muito legal, pode até acontecer, mas na prática fico pensando: em sendo assim, com tanto acolhimento entre encarnações (para aqueles que não foram parar no umbral), a evolução do espírito não deveria ser mais rápida e efetiva? Se a maioria pode reencontrar-se com seus afetos e desafetos, certamente haverá mais perdão, aprendizado, CONSCIÊNCIA, que vai ser retida, em algum grau, na mente (e no espírito) ao reencarnar.

A menos que não seja assim…

O ser humano é uma entidade mais separada do TODO que unida. Vive sua vida individualista mais do que vive sua vida em família, ou sociedade. Não seria natural que, sem as amarras do corpo físico, continuasse a buscar seus próprios interesses/desejos?

Então li um e-mail do Enki, lá na lista Voadores, que me fez juntar as pecinhas e passar a compreender essa nova abordagem da reencarnação, mais budista/hinduísta, menos colorida e otimista:

REENCARNAÇÃO

Escrito por Enki

Quando um ser está pra reencarnar, a questão de “amigos ou inimigos” não é levada em conta, ao que parece. Já ajudei por várias vezes no astral no processo de reencarne e desencarne, e o que pude perceber é que o que norteia a consciência nessas situações são as carências emocionais que ela possui.

O processo de construção da mente é muito interessante. A essência, ou o Fundamento Original do Ser, como gosto de dizer, parece estar sempre emanando SENTIMENTO. Isso é inerente a esse Fundamento. O Sentimento emanado é sempre o mesmo, mas nós damos alguns nomes em separado para algumas percepções: amor, felicidade, contentamento… Mas há uma palavra em sânscrito que é a soma desses sentimentos, a experiência de todos ao mesmo tempo e de forma indiferenciada: Ananda.

Há ainda uma definição mais completa para esse Fundamento Original do ser, ou Atman: SAT – CHIT – ANANDA.

SAT é o sentido de Existência, de Realidade Suprema, inquebrantável, sem segundo, não dual e sempre a mesma.

CHIT é o sentido de Consciência, de lucidez plena, onisciência e sabedoria.

ANANDA é o princípio que é ao mesmo tempo o Amor, a felicidade e o contentamento, vivenciados ao mesmo tempo.

Sendo essas três coisas o que constitui o Fundamento do Ser, nada lhe falta, nada lhe é desejado. No entanto, sabe-se lá quando, um desses três parece sofrer uma mudança, alterando o equilíbrio. Quando isso ocorre, surge o processo que chamo de “densificação da Consciência”. Esse processo é uma busca incessante para que as três “partes” voltem a se perceber como uma só.

De forma bem simplista, o processo começa a ficar em desequilíbrio quando o sentido de onisciência é perturbado.

Nesse momento começa a germinar a dualidade. Não que ela já não exista, mas o processo de “distanciamento” da unidade começa a se efetivar. É como se a Consciência observasse, hora ou outra, um “vulto” de um objeto, para logo em seguida ter o foco da Unidade novamente. É complicado tentar explicar isso… (risos)

Com o passar do tempo há um aumento no tempo de retorno ao foco da Unidade, mas ele ainda ocorre. Nesse ponto o sentido de Ananda está quase perdido. Como analogia podemos usar a imagem que a pessoa está sem fôlego, desesperada, mas que no último instante consegue respirar. É assim que o Fundamento Original se comporta nessa fase. Num determinado momento, esse “tempo de distanciamento” parece ser mais real, e as diferenciações começam a se tornar mais reais também, visto que a Consciência vai se distanciando, também, do princípio de Existência. Assim, SAT – CHIT – ANANDA aparecem apenas como uma caricatura do que realmente são. É aqui que o “reino de Maya” começa. Maya é o fator limitante. Ela é composta de 5 “capas” ou véus: o tempo, a necessidade, o apego, o conhecimento relativo e a “parte”, ou forma (espaço).

É a partir daí que a Consciência se torna dependente. Obviamente, dependente de si mesma. Mas ela já não sabe disso.

Como disse no início, a Consciência emana, invariavelmente e por natureza, sentimento (Satchitananda). Quando esse sentimento passa pelo “prisma da densificação”, o que é compreendido volta a se tornar sabedoria (o ajuste do foco). Essa compreensão vai se tornando cada vez mais demorada, visto que o “prisma” vai fazendo com que mais e mais objetos apareçam. Quando esses objetos atingem um “ponto de saturação” (quando a Consciência já não se reconhece como tal), ela passa a criar um mundo próprio (Maya), com instrumentos próprios. É ai que surge o Espírito (Purusha) e a Matéria (Prakriti). Aqui começa a individualidade.

O espírito seria como a própria presença de SAT, uma lembrança recorrente de nosso Fundamento Original. É nesse sentido que Ramakrishna dizia sempre aos seus discípulos: “Lembre-se Sempre!”. Muitas vezes ela falava isso “do nada”, no meio de um assunto qualquer… ou depois de um silêncio interminável… O espírito é o o sujeito consciente que vivencia a realidade objetiva.

Já a Matéria seria um conjunto de ferramentas ou mecanismos que tem como propósito servir de base para a experiência da Iluminação, ou, como os antigos textos hindus dizem, “voltar para casa”. Prakriti é a realidade objetiva exclusiva de cada sujeito consciente. Pra simplificar, não vou falar de todas as ferramentas que constituem Prakriti, mas apenas citá-las.
São elas: Buddhi, o intelecto; Ahamkara, o ego; Manas, o que processa (por hora chamaremos de “mente”, para facilitar) e Chitta, a memória. Esses quatro compõem o que chamamos de “instrumento interior”. Infelizmente cada um deles reservaria uma explicação detalhada que no momento não posso dar. Explico no curso de meditação. Mas há um pequeno texto no meu site chamado “As quatro funções da mente“. Apesar de ser um texto simples, dá pra mostrar o básico sobre o assunto.

Junto com esses instrumentos interiores, os instrumentos exteriores (Chakras e sentidos corporais) formam aquilo que chamamos de realidade relativa, ou ilusória.

Como já foi dito, o propósito de toda essa manifestação é servir de campo de experiência ao Espírito (Purusha) para que ele volte a se perceber como Unidade (Satchitananda). No entanto, como o nosso sentido de onisciência está “nublado”, não conseguimos identificar com clareza a presença essencial do SER no mundo que vivenciamos. Dentro desse processo de experimentação (chamado vida), a Consciência busca aqui e ali por sensações que, para ela, são lembranças remotas, porém reais, de sua natureza original.

Cada sentimento emanado pela Consciência vai se densificando até o ponto de ser identificado pelo Purusha como emoções, e essas criam os instrumentos internos para que o Purusha possa experimentar a realidade objetiva, individualizada. Assim, são as emoções que geram aquilo que chamamos de mente, e não o contrário.

Esses impulsos emocionais são emanados pelo Espírito (Purusha) e codificados pelos Chakras para serem realizados como realidade aparente, ilusória. Os Chakras são, de fato, portais da Consciência. Assim, cada Chakra apresenta a propriedade de nos mostrar a Realidade Única, como realidade aparente e específica a um tipo de vertente emocional. Como os Chakras funcionam todos ao mesmo tempo, essa variações emocionais são processadas todas ao mesmo tempo.

Quem processa essas informações é o que chamamos de Chakra Frontal, no ponto entre as sobrancelhas. Em verdade, ele é a causa principal de nossa ilusão. Mas ao mesmo tempo, pode nos ajudar a nos libertar dela. Sendo o Chackra que processa as informações, ele está ligado ao princípio Manas do instrumento interior.

Mas o que ele processa? Pensamentos? Não. Ele processa apenas flutuações, percepções. No Yoga chamamos isso de Vritti. O pensar (ato de criar, manifestar) está ligado ao Chakra Bindu, responsável pelo aspecto de Buddhi do instrumento interior. Infelizmente não posso explicar nesse texto as diferenças entre pensar e sobrepor percepção, pois o texto vai ficar maior do que já está. Faço isso no curso de meditação.

ANANDA
Quem assistiu ao filme Donnie Darko vai entender mais facilmente este post… ou vice-versa. Na foto, um Vasana em ação

Mas o ponto principal está sediado no Chakra sexual. É lá que as impressões emocionais advindas do Espírito são gravadas. Nesse local está o que os yogues chamam de Karmashaya (o repositório de Karmas). O Chakra sexual está relacionado ao aspecto de Chitta do instrumento interior. Quando as impressões emocionais são fortes, criam um desejo mais duradouro. Essas emoções que se tornam desejos são chamadas no yoga de Vasanas (desejos sutis, tendências). Essas emoções armazenadas no Chakra sexual emanam a todo instante tendências e essas são captadas e processadas pelo Chakra frontal (os Vrittis).

Por falta de coordenação entre as 4 funções do instrumento interior, o que é processado pelo Chakra frontal acaba não sendo discernido (e muitas vezes percebido conscientemente) pelo Chakra Bindu. Ou seja, a Luz da Consciência não traz clareza ao objeto, pois o foco da visão interior (Chakra frontal) está sujo pelos desejos e suas tendências (Chakra sexual).

Assim, como a experiência não é compreendida, os impulsos contidos em Chitta vão buscar outras formas de serem vivenciadas e discernidas, levando ou não à compreensão. Se a compreensão e sabedoria forem o fruto da experiência, diminui-se a distância aparente que se criou entre SAT, CHIT e ANANDA.

Caso contrário, a experiência é repetida. Essa experiência pode ser repetida de várias formas, com roupagens diferentes, mas com a mesma essência emocional. Ela pode ser vivenciada num corpo material ou fora dele. Desde que a Consciência esteja individualizada, ou seja, imersa no jogo de Purusha e Prakriti (espírito e matéria). Acima disso não há Karma e, portanto, individualidade.

A Consciência, até onde pude perceber, não se lembra em si de pessoas ou fatos, mas sim de sentimentos emanados e não compreendidos, densificados sob a forma de emoções. Mesmo porque a Consciência é única, sem segundo. Como poderia lembrar de algo além de si mesma? O que faz isso parecer ocorrer, parecer real é o princípio do ego, presente em todos os Chakras, excetuando o coronário. O ato de encarnar, por si só, é ilusório. Mas deixa isso pra lá… (risos)

São carências emocionais que norteiam o processo reencarnatório. Foi nesse sentido, até onde pude compreender, que o Cabral usou o modelo de “arquétipos” para explicar a reencarnação.

Assim, se uma Consciência precisa passar por uma experiência específica, ELA cria as condições para isso. Isso é inerente a ela. É natural ao seu estado. O que levamos de uma encarnação para outra são as nossas compreensões em forma de sabedoria e justamente o seu oposto: as carências emocionais. O conhecimento ordinário morre com o cérebro. A sabedoria (e a falta dela) está gravada no espírito.

Sei que esse é um assunto que vai longe. Vale lembrar que essa é a minha visão, fruto do meu entendimento e experiências pessoais. Vale para mim, não necessariamente para os outros…

Muita Paz,
Enki.

O corpo (Rupa), ó monges, não é o Eu.
Se o corpo, ó monges, fosse o Eu, então o corpo não estaria sujeito a doenças, e nós poderíamos dizer: “Que meu corpo seja assim, que meu corpo não seja assim”.
Sensação (Vedana), ó monges, não é o Eu. (pelo mesmo motivo)
Percepção (Sanna) não é o Eu. (pelo mesmo motivo)
Os Sankharas não são o Eu. (pelo mesmo motivo)
A Consciência (Vinnana) não é o Eu. (pelo mesmo motivo)

Buda – Mahavagga, I, 6, 38

bandeira da espanha Ler em espanhol (por Monica Aliss)

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Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
8 julho de 2008 1:47 pm

Ou, para ser mais preciso, nos distanciamos da Consciência de que SOMOS Deus.

Nicolinni
Nicolinni
14 julho de 2008 6:26 pm

Nacredito! Rola fofoca no astral tb?

Agora que falou, acho que te vi por lá. Vc é uma menina que dorme de camisolinha roxa e calcinha fio dental de crochê?

Fala sério, ae…

billy shears
billy shears
14 julho de 2008 7:43 pm

Não. Vc errou. Na verdade, tenho que confessar: Eu sou o Papai Noel e to falando sério.

Dí
14 julho de 2008 10:00 pm

Na minha alma há respostas que só poderei exteriorizar se eu mesma fizer as perguntas certas…

Várias perguntas afloram enquanto eu leio os textos deste blog. De muitas formas estão me ajudando a compreender e aceitar o Deus em mim… mas é dificil, perante minhas incontáveis imperfeições…

Obrigada pelas perguntas

H K Merton
H K Merton
15 julho de 2008 10:45 am

Defina “somos Deus”, por favor. Somos nós os Criadores do Universo (pluriverso?)? Somos nós onipotentes, oniscientes, onipresentes? Somos perfeitos? Acredito que exista, sim, uma centelha divina em cada um nós (embora pareça que alguns dos nossos irmãos por aí vieram sem essa ‘pecinha’…). Ou, mais especificamente, penso muito parecido com Thomas Merton: No centro de nosso ser, existe um ponto como que vazio, intocado pelo pecado e pela ilusão, um ponto de pura Verdade, uma Centelha que pertence inteiramente a Deus… Este pontinho “de nada” e de absoluta pobreza é a pura Glória de Deus em nós… É como um… Read more »

H K Merton
H K Merton
15 julho de 2008 10:54 am

Aí atrás eu quis dizer “acho que Deus é isto e ainda mais”.

Eu passei por uma experiência de Samadhi uma vez e o que senti foi a integração da energia que fluía de dentro de mim com a Energia que afluía de fora para dentro de mim… A partir daí entendi que Deus está dentro e fora, em cima e em baixo, Ele não se limita de nenhuma maneira.

Mais uma vez, esta é apenas a minha percepção das coisas.

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
15 julho de 2008 11:35 am

Minha idéia de Deus é muito inclusiva, a não exclusiva. Quando nos conectamos a Deus (ou ao Divino) é que percebemos que aquilo tudo que sentimos (ou intuímos) só funciona se o sistema estiver interligado, sustentado, e nós somos um dos nós da rede. E é como se esse nó pudesse dizer eu sou uma rede, e o colega ao meu lado também o é. Sozinho, não sou uma rede, assim, sozinhos não somos Deus, mas Deus está em nós assim mesmo.

Dí
15 julho de 2008 10:10 pm

A expressão “somos Deus” no comentário foi usada para indicar que Deus é onipresente, está conosco, está no meio, é tudo e todos, é o tempo, é infinito, está em nós….. não consigo expressar em palavras….mas em nenhum momento a perfeição de Deus foi questionada ou diminuída por sermos parte dele, e ele parte de nós…

Fy
Fy
16 julho de 2008 11:01 am

Solius : [- Minha idéia de Deus é muito inclusiva, a não exclusiva. Quando nos conectamos a Deus (ou ao Divino) é que percebemos que aquilo tudo que sentimos (ou intuímos) só funciona se o sistema estiver interligado, sustentado, e nós somos um dos nós da rede. E é como se esse nó pudesse dizer eu sou uma rede, e o colega ao meu lado também o é. Sozinho, não sou uma rede, assim, sozinhos não somos Deus, mas Deus está em nós assim mesmo.] Acid – Simples: tão de verdade – tão definitivo. Sem decretos, sem disputas, sem impérios… Read more »

H K Merton
H K Merton
16 julho de 2008 11:53 am

Somos ‘nós’ da grande rede, cada um de nós. Gostei dessa resposta! É um jeito interessante de se tentar entender e explicar o que não poderia ser completamente entendido ou explicado, com o nosso atual grau de compreensão. Mas mesmo assim ainda permanece em aberto a questão da Origem, a Fonte de Força da rede… Essa rede intrincadíssima e harmoniosa, com zilhões de interconexões, pontos de junção e etc… Ela precisa ter uma origem, e como todo sistema, tb precisa de uma fonte de comando central para subsistir. Essa fonte de Energia é o que chamo Deus. Que, repito, está… Read more »

Marcel
Marcel
16 julho de 2008 2:08 pm

Olá H K Merton, Deus para mim está em todo lugar. Está nas pedras e nos riachos; no sol e nas estrelas; no vento e nas ondas do mar; obviamente está em nós também. Acontece que uma pedra não pode ser outra coisa além de uma pedra. E o mesmo princípio é válido para tudo o que há na natureza, a não ser pelo ser humano – que é dotado de livre arbítrio. Seguindo esse raciocínio, vemos que uma flor não pode desrespeitar os desígnios de Deus deixando de ser florescer – ou tornando-se outra coisa. Mas o ser humano… Read more »

Coringa
Coringa
16 julho de 2008 3:42 pm

“(…) É de admirar que, conquanto a minhoca só exista como uma coisa humilde, criada, e tendo a sua existência na Mente do TODO, Ele, O TODO, esteja imanente na minhoca e nas partículas que a formam.
Haverá talvez um mistério maior que o Tudo n’O TODO, e O TODO EM Tudo?”

Do Caibalion

H K Merton
H K Merton
17 julho de 2008 9:33 am

Muito bom, Marcel.

Coringa,

Se eu pinto uma tela e faço um belo quadro, eu estou neste quadro, porque fui eu que o fiz. Deixei algo de mim nele, poderia-se dizer que eu “sou” o quadro.

Mas isso não é literal, e nem poderia ser. Quanto aos seres humanos, dotados da consciência do Bem e do Mal, a história é diferente.

Coringa
Coringa
17 julho de 2008 12:24 pm

Mas será que existe o bem e o mal? Ou seriam estas apenas humanas ‘classificações’, para compreender CAUSAS E EFEITOS de uma realidade ÚNICA, na qual estamos imersos!?

Paulinha
Paulinha
17 julho de 2008 1:11 pm

Acid, Merton e Marcel: maravilha de comentário!!!
Essa história de “Somos Deus”, me lembra quando eu não tinha noção de que Deus também estava em mim , e quando escutei essa frase fiquei com uma felicidade!! Nossa. Deus esta em mim!
E foi num encontro no parque da Jaqueira que escutei um rapaz falando tanto de que “somos deuses”, mas era um culto tão grande a si, que no final do discurso, ele disse ser ateu. RsRs

Abraços!

Marcel
Marcel
17 julho de 2008 4:24 pm

“E foi num encontro no parque da Jaqueira que escutei um rapaz falando tanto de que “somos deuses”, mas era um culto tão grande a si, que no final do discurso, ele disse ser ateu. RsRs” (risos) Olá Paulinha!! Pois é, existe muito desse tipo de discurso por aí!! Os adeptos de Nietzsche, principalmente, adoram dizer isso, falando com todo o prazer do mundo: “Deus está morto! Nietzsche o matou!!” Bem…. cada um na sua, né? Mas lhe confesso que perigoso também é o inverso disso. Já vi um religioso falar que Deus é tão grande, mas tão grande, que… Read more »

billy shears
billy shears
14 julho de 2008 6:06 pm

Nicolinni, to sabendo da tua experiência. Outro dia, durante sono, a fada dos dentes contou-me sobre o teu lance com o Papai Noel. E aí, já marcou a data do casamento com o bom velhinho? rsrs

Nicolinni
Nicolinni
14 julho de 2008 5:34 pm

“Já ajudei por várias vezes no astral no processo de reencarne e desencarne”… Toda pesquisa é válida, todo questionamento é permitido e toda fé tem que ser respeitada, mas isso daí já é muita cara de pau… Se vale sair falando qualquer coisa assim, sem a mínima preocupação com o que pode ou não ser provado ou pelo menos evidenciado, sem o menor pé no chão, eu vou falar da minha própria experiência também: outro dia eu estava dormindo e aí saí do meu corpo e aí quando dei por mim eu tava passeando por cima das nuvens com o… Read more »

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
11 julho de 2008 4:56 pm

Italo escreveu: “Ja tive indicios,dentro de meu grupo familiar,de gente que nasceu pra pagar o que fez em outra vida…” E esse “pagar” não seria uma “experiência específica”? Lembrando que o blog não é budista, ou espírita, ou católico. É um blog aberto ao conhecimento, e estamos aqui tateando no escuro em busca de respostas que possam nos levar á luz. Sabemos “tanto” e, ao mesmo tempo, tão pouco a respeito da morte. Cada doutrina tem suas explicações, mas a soma delas só nos deixa mais confusos e iseguros. O hinduísmo não nasceu de um dia para o outro. Ele… Read more »

Junior 7
Junior 7
8 julho de 2008 2:03 pm

Depois desse comentário do Acid, podem parar de procurar conhecimentos, tudo esta nesta frase.

Abraços!

Laine
Laine
8 julho de 2008 1:41 pm

“De forma bem simplista, o processo começa a ficar em desequilíbrio quando o sentido de onisciência é perturbado”.
Ou seja, quando nos distanciamos de Deus.

Fy
Fy
8 julho de 2008 6:07 pm

”Assim, se uma Consciência precisa passar por uma experiência específica, ELA cria as condições para isso. Isso é inerente a ela. É natural ao seu estado.” – Fazendo um paralelo com a Cabala, me lembrou o Caminho que une Netzach com Tipharet: Netzach: a Vitória: a emanação da Energia Vital aos sentimentos : instintos, emoções em geral. Tipharet: a Beleza, o Centro, o Sol. – O 24º Caminho é a “Consciência que Faz Aparecer” – Chama-se assim porque dá uma aparência a todas as aparições criadas, de forma “apropriada” a sua estatura. Sepher Yetzirah Em outras versões é a Inteligência… Read more »

Test Pilot Yui
Test Pilot Yui
8 julho de 2008 7:00 pm

Quase achei que a imagem fosse do “Segredo do Abismo” o_O…

Bem, eu considero que pesquisas no campo da memória e seu armazenamento podem nos trazer surpresas. Falta diagnosticar com precisão as relações entre sistemas, principalmente a percepção de sistemas desconhecidos que vão se tornando conhecidos com o tempo.

Renato Pinheiro
Renato Pinheiro
8 julho de 2008 8:33 pm

Buenas.. Acid.. hahuahuahu bacana! Ando estudando o Surangama Sutra.. é o método do Buda anterior a Ananda instruí-lo, esse método é conhecido como o Wu-wei .. aquele lance de apontar o dedo para a lua e tals! Se eu tirar todos os blá blá blás.. do honorável Um do mundo.. e das encheções da bola do Buda.. percebo que a técnica é supimpa.. é óbvia, é direta e tão produtiva quanto ritos de repetição! Levo apenas a lembrar que sim.. somos Deus, porém em grandissísima parte coletiva de consciências.. um Deus inconsciente.. o arquétipo “fundamental” sem noção da sua existência… Read more »

Marcel
Marcel
8 julho de 2008 8:51 pm

Quando lia alguns sobre psicanálise e também sobre a psicologia junguiana, sempre tive para mim que o que eles chamam de TRANSFERÊNCIA nunca foi uma coisa instituída e criada pelos pais (ou objetos parentais), mas sim que ela se deve em primeira ou última instância a Deus (ou o Indivisível, o Absoluto, ou qualquer outro nome). Desse modo, pai e mãe (e/ou outros) fazem o papel de intermediários que receberão a transferência arquetípica que há na alma (ou no Ser) do recém-nascido. Cada um que vem ao mundo traz uma configuração própria de Arquétipos (mais ou menos energizados) que irá… Read more »

Milton
Milton
8 julho de 2008 10:25 pm

Caro Acid,
sempre foi dito: morra todos os dias. Daí, depois de ter lido o livro muitas vezes percebi que sua prática se dá enquanto em vida, pois quem morreu, se leu, leu, senão vai ficar para a próxima.
Quando percebi comecei a utilizar as instruções nas minhas próprias experiências, usando as idéias (não as figuras) e identificando o processo. Foi bom…
Parece simplista, deve ser porque a mente é simples também….
Abraços

pacceli
pacceli
9 julho de 2008 7:42 am

parabens pela matéria, saindodamatrix surpreendendo novamente

czar
czar
9 julho de 2008 9:11 am

Esse texto foi no âmago da questão. Excelente!

Fy
Fy
9 julho de 2008 10:27 am

ANANDA é o princípio que é ao mesmo tempo o Amor, a felicidade e o contentamento, vivenciados ao mesmo tempo.

E é uma palavra linda tb.
Gostosa de falar.

A língua bate no céu da boca- igual ao Alá do Guaco.( saudades!)

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
9 julho de 2008 11:11 am

E teria sido meu nome de batismo, se eu tivesse nascido mulher.

MárcioSilva
MárcioSilva
9 julho de 2008 12:19 pm

Ah! Então o verdaddeiro nome do Acid é Anando… bonito!

Mcnaught
Mcnaught
10 julho de 2008 11:23 am

Se eu fosse apostar em um nome para ele eu diria Bruno rs. Não me perguntem o pq, ninguém entenderia a resposta rs. Outra dica de filme um tanto a ver com Donnie Darko é: Stay. Nome no Brasil é: A Passagem. Quem curte filme do tipo difícil de entender e que após a segunda e a terceira vez as coisas vão se esclarecendo, vai gostar. O filme fala sobre aquela situação de pós morte. Sim, pessoas que foram dadas como falecidas e voltaram, ou em coma, etc… no dvd tem entrevista com essas pessoas. Mas, o filme pouco usa… Read more »

Anônimo
Anônimo
11 julho de 2008 3:59 am

BARDO THODOL SEGUNDO BARDO O Teatro Mágico Oh, bem nascido, escuta atentamente: Estás agora no teatro mágico dos heróis e dos demônios Figuras mitológicas e super-humanas Demônios, deusas, guerreiros celestiais, gigantes. Anjos, Bodisadvas, anões, cruzados. Duendes, demônios, santos, bruxos, extraterrestres. Espíritos infernais, duendes, cavaleiros e imperadores. O Deus Loto da dança O grande homem velho, a divina criatura, O trampista, o metamorfo, O domador de feras, A mãe das deusas, a bruxa. O deus da lua, o errante. A totalidade do divino teatro de figuras representando o cume da sabedoria humana Não tenhas medo deles Estão dentro de ti Tua… Read more »

italo
italo
11 julho de 2008 4:30 pm

espera,espera…o Enki disse que so encarnamos pra passar por uma esperiencia especifica???So pra experimentar como eh ser um padre,uma prostituta??Eu não concordo muito com isso….Ja tive indicios,dentro de meu grupo familiar,de gente que nasceu pra pagar o que fez em outra vida……e que acompanha o grupo desde muito tempo…Outra coisa:Quando minhas dois avós morreram ,as duas falavam que tinham visto vultos de gente conhecida.Uma delas chegou a voltar de um coma e comentar que ia morrer….porque uma amiga dela ja falecida tinha falado pra ela que o tempo dela ja tinha passado,tava na hora de ir ..Meio sinistro,não?? Respeito suas… Read more »

Anônimo
Anônimo
3 novembro de 2012 6:54 pm

Hermes perguntou: – As almas podem morrer? Respondeu a voz de Osíris: – Sim, muitas perecem na descida fatal. A alma é filha do céu e sua viagem é uma prova. Se, em seu amor desenfreado pela matéria, ela perde a lembrança de sua origem, a centelha divina que nela estava, e que teria podido tornar-se mais brilhante do que uma estrela, volta à região etérea como átomo sem vida – e a alma se desagrega no turbilhão dos elementos grosseiros. 120 A estas palavras, Hermes estremeceu. E uma tempestade rugidora o envolveu com uma nuvem negra. As sete esferas… Read more »

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