Um belo documentário de Michael Moore. Me diverti muito com a forma bem-humorada com que o autor expõe o ridículo do norte-americano fanático, mesmo tratando de um assunto tão sério. Os momentos mais marcantes foram a entrevista com Marilyn Manson e o desconcertante silêncio de Charlton Heston, que funcionou como uma tácita sentença contra tudo o que ele acredita.
Quando do massacre na escola, a sociedade norte-americana iniciou uma caça às bruxas, e incriminaram o filme The Matrix (por causa do nome do “clubinho” dos assassinos, que era A máfia da Capa preta) e Marilyn Manson, simplesmente porque eles ouviam suas músicas! O surpreendente foi ver Marilyn como um cara centrado, culto e com o domínio da situação que ele criou para si. Pelo visto desta vez as forças das Trevas pegaram um diplomata para representá-lo no Show-Biz, e não um tapado como Ozzy Osbourne.
Aqui uma transcrição de partes de sua entrevista:
Eu compreendo muito bem porque é que eles me escolheram. Porque é fácil pôr a minha cara na TV. Porque, no fim de contas eu sou aquele de quem têm medo. Eu represento tudo aquilo que os amedronta, porque digo e faço o que quero.
Quando você vê TV é bombardeado com medos: catástrofes, AIDS, mortes. E nos comerciais: Compre creme. Compre Colgate. Se tiver mau hálito ninguém fala contigo. Se tiver espinhas as garotas não fodem contigo. É uma campanha de consumismo e medo. A idéia global é de manter as pessoas no medo, porque assim elas consomem. Eu acho que tudo se resume a isto.
Pergunta: Se você tivesse algo a dizer aos alunos de Columbine, o que lhes diria?
– Eu não diria nada, simplesmente ouviria o que eles tinham para dizer. Acho que foi isso que as pessoas não fizeram.
Com essa Marilyn conquistou meu respeito (respeito, não admiração).
Atualização (2021):
É bom lembrar que Marilyn continua sendo um ser das Trevas.
Essa parte do medo/consumismo é reiterada por um dos “maiores” filosofos/escritores do séc XX: Robert Anton Wilson.
O consumismo atinge as pessoas pq ele é justamente a parte mais “verdadeira” no meio das falsas histórias de medo exagerado e desestruturação usadas para encher linguiça… RAW as chama de FNORDs… teóricos da comunicação de “fait divers”…
eu escrevo d forma mto críptica… acho q nem eu entendi mais o q acabei d escrever. d forma mais simples acho q ficaria:
histórias sobre medo e afins: FNORDs, fait divers, exageros…
apelo ao consumo: VERDADE – algo q é inerente aos humanos – a busca pelo melhor para si.
funciona principalmente pq tem retorno – é marketing, afinal.
Sem sadismo,apenas escrupulos.
Diria aos alunos:
Usem Colete e apos o primeiro tiro atire-se ao chão.
M.Manson, o “mister superstar” é uma pessoa de intelecto aprimorado,isso é notavel no seu jogo de midia e publicidade´,o “mal” sobre encomenda.
Excelente matéria sobre esse assunto. Vale a pena ler. Máfia do sobretudo, videogames, góticos, solitários e até mesmo o rock and roll. Aproveitaram o massacre para meter o pau em tudo que eles (os adultos) não entendem. Quando não entendem eles costumam odiar, rejeitar, não aceitar as coisas, não aceitar uma maneira diferente de viver. Querem a maneira a qual foram criados. A polícia e a imprensa mentiu a respeito dos garotos. Isso mesmo, o povão adora acreditar em tudo que vê na t.v. e em tudo que lê nos jornais. Em tudo o que os pastores pregam. “A verdadeira… Read more »