JUNG: SOBRE A VIDA APÓS A MORTE

Carl Gustav Jung, falando sobre a Vida após a Morte, opinava baseado em suas experiências pessoais – em seu livro Memórias, sonhos e reflexões – que os espíritos eram consciências autônomas que pararam no tempo e no espaço, após a morte do corpo. Não podem aprender nada de novo, não evoluem a não ser que a humanidade aqui, na Terra, também evolua. Subindo o nível de compreensão e consciência aqui, sobe-se lá, e essa seria a razão da interação Mortos x Vivos que tanto permeia as manifestações psíquicas / religiosas humanas. Vejamos esses trechos soltos do capítulo “Sobre a vida depois da morte“:

jung nuvem waking life

Ao menos uma parte de nossa existência psíquica se caracteriza por uma relatividade de espaço e de tempo. À medida que nos afastamos da consciência, esta relatividade parece elevar-se até ao não-especial e a uma intemporalidade absolutas. As figuras do inconsciente são também “ininformadas” e têm necessidade do homem ou do contato com a consciência para adquirir o saber. Parece, com efeito, que um saber sem limites está presente na natureza, mas que tal saber não pode ser apreendido pela consciência a não ser que as condições temporais lhe sejam propícias. O mesmo ocorre provavelmente na alma do indivíduo que traz consigo, durante anos, certos pressentimentos, mas só os conscientiza tempos depois.

Quando escrevi os Septem Sermones ad Mortuos, foram novamente os mortos que me propuseram questões cruciais. Voltavam – diziam eles – de Jerusalém porque não tinham encontrado o que procuravam. Isso me espantou muito nessa época porque, de acordo com a opinião tradicional, são os mortos que possuem o grande saber; com efeito, devido à doutrina cristã que supõe que no além olharemos as coisas face a face, a opinião acatada é que os mortos sabem mais do que nós: mas, aparentemente, as almas dos mortos só “sabem” o que sabiam no momento da morte e nada mais. Daí seus esforços para penetrar na vida, para participar do saber dos homens. Frequentemente tenho a sensação de que elas se colocam diretamente atrás de nós, na expectativa de perceber que respostas daremos a ela e ao destino. Parece-me que o que lhe importa a todo custo é receber dos vivos – isto é, daqueles que lhes sobreviveram e que permanecem num mundo que continua a se transformar – respostas às suas questões. Os mortos questionam como se não tivessem a possibilidade de saber tudo, como se a onisciência ou a oniconsciência apenas pudesse ser privilégio da alma encarnada num corpo que vive. Também o espírito dos vivos parece, pelo menos num ponto, avantajar-se ao dos mortos: a aptidão em adquirir conhecimentos nítidos e decisivos. O mundo tridimensional, no tempo e no espaço, parece-me um sistema de coordenadas: o que se decompõe aqui em ordenadas e abscissas, “lá”, fora do tempo e do espaço, pode aparecer talvez como uma imagem original de múltiplos aspectos ou talvez como uma nuvem difusa de conhecimentos em torno de um arquétipo. Mas um sistema de coordenadas é necessário para poder distinguir conteúdos distintos. Tal operação nos parece inconcebível num estado de onisciência difusa ou de uma consciência carente de sujeito, sem determinações espaço-temporais. O conhecimento, como a geração, pressupõe um contraste, um “cá” e um “lá”, um “alto” e um “baixo”, um “antes” e um “depois”.

Se há uma existência consciente após a morte, parece-me que ela se situaria na mesma direção que a consciência da humanidade, que possui em cada época um limite superior mas variável. Muitos seres humanos, no momento de sua morte, não só ficaram aquém de suas próprias possibilidades, mas sobretudo muito distantes daquilo que outros homens ainda em vida tornaram consciente, daí sua reivindicação de adquirir, na morte, esta parte da consciência que não adquiriram em vida.

O grau de consciência atingido, qualquer que seja ele, constitui, ao que me parece, o limite superior do conhecimento ao qual os mortos podem aceder. Daí a grande significação da vida terrestre e o valor considerável daquilo que o homem leva daqui “para o outro lado” no momento de sua morte. É somente aqui, na vida terrestre, em que se chocam os contrários, que o nível da consciência pode elevar-se. Essa parece ser a tarefa metafísica do homem – mas sem mythologein (mitologizar) apenas pode cumpri-la parcialmente. O mito é o degrau intermediário inevitável entre o inconsciente e o consciente. Está estabelecido que o inconsciente sabe mais que o consciente, mas seu saber é de uma essência particular, de um saber eterno que, frequentemente, não tem nenhuma ligação com o “aqui” e o “agora” e não leva absolutamente em conta a linguagem que fala nosso intelecto. Somente quando damos às suas afirmações a oportunidade de “amplificar-se”, através dos números, é que este saber do inconsciente penetra no domínio de nossa compreensão, tornando possível a percepção de um novo aspecto. Este processo se repete de maneira convincente em todas as análises de sonhos bem sucedidas.

Um mito muito divulgado sobre o além é constituído por idéias e representações a respeito da reencarnação. Num país em que a cultura espiritual é muito diferente e muito mais antiga do que a nossa, como a Índia, a idéia da reencarnação é, por assim dizer, natural e tão espontânea como entre nós a idéia de que Deus criou o mundo ou a existência de um spiritus rector (espírito diretor), de uma providência. De acordo com as características espirituais do oriental, a sucessão de nascimento e morte é considerada como um desenrolar sem fim, como uma roda eterna que gira sempre sem objetivo. Vivemos, discernimos; morremos e recomeçamos do início. Foi somente com Buda que aparece a idéia de um objetivo: o de superar a existência terrestre.

A necessidade mítica do homem ocidental exige a imagem de um mundo em evolução, que tenha um começo e um objetivo. O ocidental rejeita a imagem de um mundo que tenha um começo e um simples fim, da mesma forma que repele a representação de um ciclo estático eterno, fechado sobre si mesmo. O oriental, pelo contrário, parece poder tolerar essa idéia. Não há, evidentemente, consenso geral sobre qual seja a essência do mundo e os próprios astrônomos não puderam ainda chegar a um acordo a respeito desta questão. Ao homem do Ocidente o absurdo de um universo simplesmente estático é intolerável. É preciso pressupor-lhe um sentido. O oriental não tem necessidade alguma de tal pressuposto, pois que ele incorpora esse sentido. Enquanto o ocidental quer completar o sentido do mundo, o oriental esforça-se por realizar esse sentido no homem, despojando-se ele mesmo do mundo e da existência (Buda).

Eu daria razão tanto a um como a outro. Porque o ocidental me parece sobretudo extrovertido e o oriental introvertido. O primeiro projeta o sentido, isto é, coloca-o nos objetos; o segundo sente-o em si mesmo. Ora, o sentido porém está tanto no exterior como no interior. Não se pode separar a idéia da reencarnação da idéia do karma. A questão decisiva é saber se o karma de um ser humano é ou não pessoal. Se o destino preestabelecido com que um ser humano entra na vida é o resultado de ações e realizações das vidas anteriores, existe então uma continuidade pessoal. Na outra hipótese, um karma é, por assim dizer, apreendido por ocasião do nascimento; incorpora-se novamente sem que haja uma continuidade pessoal.

Duas vezes os discípulos perguntaram a Buda se o karma do homem era pessoal ou impessoal. Duas vezes ele se esquivou a responder evitando comprometer-se: conhecer a resposta, disse, não contribuiria para libertar o homem da ilusão do ser. Buda considerava que lhes era mais útil meditar sobre a cadeia dos nidanas, isto é, nascimento, vida, velhice e morte, causa e efeito dos acontecimentos dolorosos.

Não sei responder se o karma que vivo é o resultado de minhas vidas passadas, ou uma aquisição de meus ancestrais, cuja herança se condensou em mim. Serei, por acaso, uma combinação de vidas ancestrais e será que reencarno de novo essas vidas? Terei vivido, antes, como personalidade determinada e terei progredido o suficiente nessa vida ulterior para poder agora esboçar uma solução? Eu o ignoro. Buda não respondeu à pergunta e posso supor que ele próprio não tinha certeza.

Posso facilmente imaginar que já vivi em séculos anteriores e ao deparar com perguntas a que ainda não posso responder, supor que me é necessário nascer novamente, por não ter completado a tarefa que me foi imposta. Quando morrer meus atos me seguirão. É, pelo menos, o que imagino. Levarei comigo o que fiz, tendo a esperança, contudo, de não chegar ao fim de meus dias com as mãos vazias. Buda parece ter pensado assim quando procurava afastar seus discípulos de especulações inúteis.

Se admitirmos que há uma continuação no “além”, só poderemos conceber um modo de existência que seja psíquico, pois a vida da psique não tem necessidade de espaço ou tempo. A existência psíquica – e sobretudo as imagens interiores de que nos ocupamos desde agora – oferecem matéria para todas as especulações míticas sobre uma vida no além, e esta eu a represento como um caminhar progressivo através do mundo das imagens. Desse modo a psique poderia ser essa existência na qual se situa o “além” ou o “país dos mortos”. Inconsciente e “país dos mortos” seriam, nessa perspectiva, sinônimos.

Acho provável que existam igualmente no além certas limitações; mas as almas dos mortos só descobrem progressivamente onde residem os limites do estado de libertação. Em algum lugar, “lá”, reina uma necessidade imperiosa que condiciona o mundo e quer pôr um termo ao estado de existência no além. Esta necessidade criadora decidirá – assim penso – quais as almas que serão de novo mergulhadas na encarnação e no nascimento. Eu poderia imaginar que para algumas almas o estado de existência tridimensional seria mais feliz do que o estado “eterno”. Mas isso dependerá talvez do que elas tenham levado consigo como soma de perfeição ou de imperfeição de sua existência humana.

Pode ser que uma continuação da vida tridimensional não tenha mais nenhum sentido, uma vez que a alma tenha atingido certos degraus de inteligência; que esteja liberta da necessidade de retornar à Terra e que uma compreensão superior suprima o desejo de ver-se reencarnada. Então a alma escaparia ao mundo tridimensional e atingiria o estado a que os budistas chamam de Nirvana. Mas se ainda há um karma que deva ser cumprido, a alma recai no mundo dos desejos e retorna novamente à vida, talvez sabendo mesmo que falta alguma coisa para cumprir.

Não somos, de forma alguma, capazes de demonstrar que qualquer coisa de nós se conserva eternamente. Tudo o que podemos dizer é que existe uma certa probabilidade de que alguma coisa se conserve além da morte física. E o que continua a existir é em si mesmo consciente? Também não o sabemos. Se tivermos a necessidade de opinar sobre esse assunto, talvez possamos levar em consideração aquilo que é conhecido nos fenômenos de dissociação psíquica. Com efeito, na maior parte dos casos em que se manifesta um complexo autônomo, ele aparece sob a forma de uma personalidade, como se o complexo tivesse consciência de si próprio. É por este motivo que as vozes dos doentes mentais são personificadas. Este fenômeno do complexo personificado, eu o estudei em minha tese. Poder-se-ia, se quiséssemos, invocar tal fato em favor de uma continuidade da consciência. Em favor desta hipótese, podemos citar as surpreendentes observações feitas quando ocorrem graves colapsos ou desmaios profundos, oriundos de lesões agudas do cérebro. Nos dois casos pode haver percepções do mundo exterior, assim como intensos fenômenos oníricos, mesmo que se trate de uma profunda perda de consciência. Como a superficie cerebral, que é a sede da consciência, é posta fora de circuito durante a síncope, estes fenômenos ainda hoje permanecem inexplicáveis. Eles poderiam testemunhar em favor de uma conservação, pelo menos subjetiva, da aptidão da consciência – mesmo no estado de aparente inconsciência.

bandeira da espanha Ler em espanhol (por Teresa)

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Coringa
Coringa
7 junho de 2010 1:02 am

Dica de filme: PASSAGEIROS Após um trágico acidente aéreo, a jovem psiquiatra Claire (Anne Hathaway) é escolhida por seu chefe para atender dez sobreviventes. Enquanto ouve os relatos de todos e coleta informações do que pode ter acontecido Claire conhece Eric (Patrick Wilson), o mais enigmático dos passageiros, e se sente atraída. Os dois se aproximam de uma forma tão intensa que essa relação vai além do campo profissional. No decorrer do tempo, os outros sobreviventes começam a desaparecer misteriosamente e Claire acredita que Eric tem as respostas para esses estranhos acontecimentos devido a visões que ele mesmo diz ter.… Read more »

billy shears
billy shears
7 novembro de 2008 1:40 pm

Interessante, o fato de Jung especular que as almas desencarnadas estão no mesmo nível de conhecimento que tinham no momento do desencarne.

Mas se elas estão tão cheias de dúvidas quanto nós encarnados, pelo menos uma grande resposta elas já têm: que é a certeza de que ao morrer o corpo, o espírito permanece.

Resposta esta que as colocam na frente da grande maioria dos encarnados e aumentam suas responsabilidades sobre as interferências que possam vir a ter sobre o mundo físico, sobretudo sobre aqueles que não conhecem ou acreditam no mundo espiritual.

Coringa
Coringa
5 novembro de 2008 8:38 pm

“Conservai sempre a vossa mente nas Estrelas, mas deixai os vossos olhos verem os vossos passos para não cairdes na lama, por causa da vossa contemplação de cima” (do Caibalion) “Duas vezes os discípulos perguntaram a Buda se o karma do homem era pessoal ou impessoal. Duas vezes ele se esquivou a responder evitando comprometer-se: conhecer a resposta, disse, não contribuiria para libertar o homem da ilusão(?!) do ser…” A Verdade Absoluta foi definida como sendo as Coisas como a mente de Deus as conhece, ao passo que a verdade Relativa são as Coisas como a mais elevada razão do… Read more »

marcelo
marcelo
5 novembro de 2008 6:23 pm

Yis,

Olha o livro no amazon.com ou na livrariacultura.com.br. não sei se tem lugar para baixar. fico feliz que tenha te ajudado.

Coringa
Coringa
5 novembro de 2008 4:37 pm

Tvz não seja esta a ‘forma’ mais adequada ao contexto do que aqui está sendo discutido (e de forma muito produtiva, por sinal!) porém, diante do incognoscível, penso eu, podemos nos valer das mais diversas ‘linguagens’, quando estas nos ‘apontam’ possibilidades ou perspectivas/ângulos diferentes para a mesma questão, bastando somente ‘retraduzí-la’, posteriormente, à qualquer outro meio sistemático de comunicar idéias ou sentimentos, ou seja, à linguagem mais adequada ou preferível, para determinada circunstância. “Conservai sempre a vossa mente nas Estrelas, mas deixai os vossos olhos verem os vossos passos para não cairdes na lama, por causa da vossa contemplação de… Read more »

Fy
Fy
5 novembro de 2008 2:51 pm

Renato,

Parabéns e obrigado! Muito bom mesmo: um método de desconstrução ou desprogramação.
Vou ler com mais cuidado e tempo.
Aí te respondo.

– O texto do Adelino tb está ótimo.

Bjs

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
5 novembro de 2008 2:40 pm

Quando o artigo já existir na internet, favor utilizar apenas um link para o mesmo, em vez de colá-lo todo aqui.

adelino
adelino
5 novembro de 2008 2:17 pm
Renato Pinheiro
Renato Pinheiro
5 novembro de 2008 2:07 pm

…Continuação. Yourserlf in the shadow – Códigos inseridos na linha de montagem “Se for pra longe o homem-do-saco vai te levar embora hein?!” ou “Não abra isso senão o bicho papão te pega!”. Quem de nós nunca ouviu uma dessas pérolas disparadas a torto e a direito por pais em todo o canto? (até mesmo os nossos porque não?). A criança que já possui um elo com a realidade menos desenvolvida em consciência e consequentemente em ego próprio, ainda não distingui por percepção própria o perigo incauto ou ocultado pelas propriedades da forma, cor, textura, temperatura à níveis de relação… Read more »

adelino
adelino
7 novembro de 2008 2:07 pm

Ver abordagem de Ruper Sheldrake, bem interessante…
http://www.vivenciaemcura.com.br/conteudoscomplementares/o100macaco.htm

herbert
herbert
8 novembro de 2008 11:08 pm

eu acredito que tudo é um sistema baseado na evolução, e que esse sistema é perfeito, sempre vai levar você ao final do programa, resumindo, um ser evoluído, mas assim como um jogo, vc terá q passar todas as fases para evoluir, mas como um sistema o problema é escolha, mesmo a nível inconsciente é lhe dado alguma escolha sobre algo e mesmo sem ter total consciencia vc escolhará algo a fazer ou responder ao sistema, sempre qualquer sistema é binário, portanto vc pode escolher ir ou ficar, prosseguir ou estacionar, evoluir e regredir, mas tudo tem seu preço, mas… Read more »

Wilson
Wilson
11 novembro de 2008 11:06 pm

Olá, Meu nome é wilson, tenho 28, sou advogado, perdi meu pai recentemente, dia 24-09-2008, clamo e choro por ele todos os dias em meio de desespero na tentativa de vê-lo ou conversar com ele, mas nem se quer consigo sonhar com meu velho, mas as lembraças estão na minha memória todos os dias, sou catolico e sempre acreditei em um ser maior, um criador para tudo, espaço, planeta, seres-vivos, mas gostaria de reaver a fé em Deus, porque depois da morte de meu pai perdi por completo, sempre fui um filho muito apegado ao pai, será que é possível… Read more »

yis
yis
2 dezembro de 2008 5:14 pm

Fernando explique esse seu raciocínio, como você pode ter tanta certeza ?

fernando
fernando
29 novembro de 2008 1:38 pm

não existe vida no além. aliás, é muito provável que também este “além” não exista.

R. Psco
R. Psco
25 novembro de 2008 11:17 pm

É claro que dentro deste assunto, só podemos falar por suposição, dedução, indução… como ter absoluta certeza de algo que nem sequer compreendemos? Ninguém sabe e tem certeza de nada… Podem citar quem for… a certeza não existe! Em minha humilde opinião, nosso cérebro funciona como um dínamo de energia, ao morrermos e sendo este dispositivo paralisado, nossa energia vai sendo liberada, permanecendo mais tempo aglutinada conforme as crenças da criatura quando em vida. (Os ocultistas chamam a isto de cascões… são esses chamados espíritos que entram em contato com os médiuns, mas segundo o ocultismo a essência do ser… Read more »

Anônimo
Anônimo
12 novembro de 2008 10:13 pm

Agradeço o comentário de todos relacionado a minha pergunta. De fato todos nós temos problemas, mas evito de expor essa dor e ainda mais na internet, mesmo porque, não há médico, remedio ou palavras que confortem o que sinto neste momento. As palavras de cada um (Billy, Olin e dos demais) foram absorvidas pelo meu coração, mesmo que a internet seja algo na maioria das vezes perigoso atualmente (onde pessoas se aproveitam da fragilidade dos outros), não posso deixar de dizer que também tem o seu lado bom, a partir de depoimentos como de vocês (Billy, Olin e os demais)… Read more »

billy shears
billy shears
12 novembro de 2008 2:29 pm

Wilson, Entendo a sua dor. Com apenas 6 anos perdi meu pai que morreu prematuramente. Sofri muito a dor da perda deste ente querido que além de um pai muito amoroso e responsável, era um excelente ser humano. Tenho ótimas lembranças dele e ouvi muitas histórias contadas por pessoas às quais ele ajudou muito em vida. Durante minha infância sonhava muito com ele e sentia sua presença perto de mim. O que posso dizer é endossar as palavras já ditas pelos colegas e acrescentar que nesse momento ele também precisa do seu apoio e oração. Converse com ele e envie… Read more »

Olim
Olim
12 novembro de 2008 8:58 am

Wilson: Não poderia me furtar de dizer algo em relação ao seu comentário. Não sei qual será minha reação quando meus pais daqui partirem… Neste ano, supercomplicado, meu pai (que já sofre de uma depressão vai-e-volta há mais de 10 anos) foi diagnosticado com um linfoma… E ao longo deste ano passou por uma tremenda maratona de tratamentos, inclusive quimio… E hoje, esse véio guerreiro continua firme na batalha de continuar “vivo”, gerenciando a família, negócio, tocando a “vida”. Indo em minhas crenças particulares, acho que tudo nesta vida é eterno… Os pais são eternos, os filhos, as esposas, os… Read more »

Anônimo
Anônimo
12 novembro de 2008 3:22 am

Ola, Wilson. Conheço exatamente a dor que vc está sentindo. No meu caso perdi minha mãe, a quem também era muito ligado, e 3 meses depois perdi o meu pai. Foi uma pancada seguida de outra que me arrasou. Dor indescritível. A mente fica perturbada, surge a revolta, o sentimento de injustiça ou abandono por parte da religião e de Deus, mas estes sentimentos só nos derrubam ainda mais com reflexos inclusive para as pessoas que estão ao nosso lado e que estão também sofrendo. Como não sou espírita, não posso lhe responder ao que vc pergunta. O que posso… Read more »

Anônimo
Anônimo
12 novembro de 2008 12:58 am

Prezado Wilson, Não há do que desculpar-se! Estou certo que neste ambiente/site, as considerações q podem advir de tuas palavras, àqueles que te lêem agora, serão mais em função da inquietação ou ansiedade, pela impossibilidade de poder lhe dar um abraço amigo ou apoio próximo. Mas estou convicto Wilson, que na medida em que o tempo e seu próprio esforço lhe harmonizarem a mente e o coração, ainda confusos em decorrência das naturais aflições deste momento, terá você a certeza íntima da proximidade e presença de seu amado pai. Pois será através desta energia amorosa, quando do maior equilíbrio e… Read more »

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
11 novembro de 2008 11:16 pm

Wilson, ainda tá muito cedo pra vc ter algum tipo de contato com seu pai. Geralmente há um período de inconsciência após a morte, de reequilíbrio (e vc chorando do lado de cá não vai ajudar em nada a ele, ao contrário) e só depois chega a hora das “visitas”, em sonhos, que ajudam a se despedir dessa encarnação e rumar pra novas experiências. Sei que deve ser barra pra vc, mas se vc quiser mesmo ajudá-lo e favorecer o reencontro, se equilibre, só pense nele com uma saudade saudável, nunca uma invocação desesperada, mandando sempre bons pensamentos, onde quer… Read more »

Renato Pinheiro
Renato Pinheiro
5 novembro de 2008 2:03 pm

Fy, Sim vejo também que essa “genética” estrutural se propaga nesta forma física, dando correspondência tanto ao método científico metafísico, quanto o campo causal na observação da mente e do corpo de tempos em tempos. Segue um ensaio sobre sombra, memória coletiva que eu havia postado na voadores para elucidar meu modo de avaliar, e é metafísico mesmo. ——— Yourself in the shadow – Destruição dos conceitos básicos Durante nossas vidas encontramos várias pessoas que compartilham de um determinado modo ou outro coisas conosco, histórias, conhecimento, sentimentos tudo através de palavras e de gestos, na construção das ações. A primeira… Read more »

adelino
adelino
5 novembro de 2008 1:58 pm

Mortos, reencarnação? Pouco relevante… tudo está no campo da especulação e de uma eventual vida futura. A idéia de cuidarmos melhor de nossas vidas porque vamos reencarnar é apenas um pouco menos egoísta do que a idéia de não existir reencarnação. Continuamos não nos preocupando com o AGORA e com o todo e sim com o que está por vir e nós mesmos. A psique, tanto dos vivos quantos dos mortos, pode expressar-se tridimensionalmente. Quando vivemos, construímos e expressamos nossa psique e a psique de outros, conscientes ou incoscientementes. Quando morremos, nossa psique pode ser expressa e modificada através de… Read more »

Bono
Bono
4 novembro de 2008 6:19 pm

Um ser humano é um animal. Qualitativamente, tudo que um cachorro tem um ser humano tem.

marcelo
marcelo
4 novembro de 2008 6:11 pm

Yis,

Não tenha dúvida!
Se quiser ler algo bacana, tem um livro muito legal: Mystical dogs – Jean Houston

Paz

julio
julio
4 novembro de 2008 4:55 pm

AFFF, ele escreveu isso baseado em que , em achismos ?

Obvio né, Jung é cheio de achismos, os sonhos isso, o espirito aquilo, pode parar.

yis
yis
4 novembro de 2008 4:54 pm

Caras,vcs saberiam me dizer se animais, como por exemplo um cachorro, possue espirito e se ele teria alguma possibilidade de passar pro mundo dos mortos ?
ou eles definitivamente desaparecem ?
Sei que parece besteira, mas, é pq eu perdi a pouco tempo um animal que era muito querido pra mim…

^^
^^
4 novembro de 2008 1:55 pm

Também fiquei imaginando de onde ele “tirou” tudo isso? No texto ele fala muito o termo “me parece” isso, “me parece” aquilo outro…
Não sei, faltou algo mais visceral na relação que ele estabelece entre mito e inconsciente coletivo… Como os pagés por exemplo, que deliram, cantam e tremem inteiros ao se relacionarem com o outro mundo…
Eles vivem de os mitos deles, respiram aquela cultura.
No mais, esse livro, parece muito interessante,já comecei a ler e perdi, acredita? Quero lê-lo na íntegra para julgar melhor.

ACM
ACM
4 novembro de 2008 1:38 pm

Já que foi falado em mundo tridimensional, sinto o dever de citar leituras que tenho feito de canalizações de KRYON.
Confesso bastantes positivas em relação ao além túmolo.

..
..
4 novembro de 2008 9:51 am

Puerilidade disfarçada por palavras difíceis.

Marcia
Marcia
4 novembro de 2008 9:43 am

Ouvir as pessoas que estão partindo, especialmente as de idade avançada, é de fundamental importância. Em geral as pessoas dizem que os velhos ficam delirantes em seus momentos finais, e perdem algo importante, que nossa “cultura” insiste em ignorar.

Roger
Roger
4 novembro de 2008 8:01 am

se duas pessoas fossem psiquicamente iguais e morressem,mesmo que seus corpos fossem diferentes seriam a mesma pessoa no alem ?

yis
yis
4 novembro de 2008 6:45 pm

então quer dizer q possivelmente um animal(cachorro) transcenderá a outra dimensão igualmente um ser humano ??

marcelo
marcelo
4 novembro de 2008 7:09 pm

Para o Budismo Tibetano existem seis reinos, o animal e o humano são dois deles, de acordo com eles pelo o que é feito na atual vida todos os seres sencientes podem voltar numa próxima vida em qualquer um destes reinos, dizem ainda que a maios dadiva é renascer como um humano, porque é neste reino que poderemos ter contato com o dharma. Portanto um humano pode renascer como um animal assim como um cachorro poderá renascer no mundo dos humanos… Tem um texto sufi neste site que nos encontramos que acho muito inspirado… “Toda forma que vês tem seu… Read more »

Fy
Fy
4 novembro de 2008 7:25 pm

Acid: Com efeito, na maior parte dos casos em que se manifesta um complexo autônomo, ele aparece sob a forma de uma personalidade, como se o complexo tivesse consciência de si próprio. – Eliphas Levi, os Mestres Tibetanos, C. G. Young estão de acordo não só no que concerne `a Origem Subjetiva e Psicológica dos “DEMÔNIOS”, mas também à sua Existência Objetiva: Real. Gerados subjetivamente: eles se tornam Forças Independentes da “subjetividade-imaginação” que os criou. Em outros termos, eles são “criações mágicas”, porque a Magia é a Objetivação daquilo que se origina na Subjetividade. – A estes DEMÔNIOS que chegaram… Read more »

Fausto
Fausto
5 novembro de 2008 1:50 pm

O interessante é que Amit Gotswami chega exatamente nas mesmas conclusões através da teoria da física quantica. É um modelo “científico” que explica a interação entre consciencia e mundo físico.

Fy
Fy
5 novembro de 2008 1:26 pm

Renato, Excelente explicação. “Oras, o que não está sendo proposto ainda que não apesar a coletividade ter influência, a princípio, o verdadeiro poder de mobilidade de movimento e ação ainda é do indivíduo.” Concordo plenamente; – o q eu entendi [ tô tentando], é q estes “demônios/complexos” pessoais, são criados justamente à partir da “forma” como “cada” Indivíduo absorve não só os fatores influenciáveis externos; como suas próprias experiências pessoais. Dependendo da “capacidade” da resposta-emocional de cada um: [fator dependente de infinitos quisitos pré-determinantes] teremos uma gama de desequilíbrios psíquicos, mentais, físicos q podem produzir este “processo de criação”. Existem… Read more »

Jussara
Jussara
5 novembro de 2008 9:55 am

Muito bom o texto e os comentários! É a demonstração que existe uma linha entre os mundos, entre o bem e o mal, entre o nosso lado bom e nosso lado mau. É pena que as religiões cristãs não aceitem a reencarnação. Talvez nós cuidaríamos de nossos demonios de outra forma.

Renato Pinheiro
Renato Pinheiro
5 novembro de 2008 11:49 am

Fy, Jussara… Nesse caso, a predição exposta sobre tais demonizadores ou estruturas das quais os autores correspondentes avaliam, mesmo eles trazendo a informação de que estas estruturas são internas, ainda os mesmos autores não estipulam o senso objetivo. Então ficam, incompletos, e abertos pela nominação destas estruturas a qualquer hipótese externa de complementação. Em práxis: Se o individuo é instruido pelo coletivo e o coletivo é determinado por uma egrégora maior (hoje poderíamos determinar a mídia e a imprensa por exemplo) ainda sim esse individuo estaria (e está) sob a avaliação/julgamento/pagamento/recompensa/premiação da estrutura maior sob a perspectiva da coletividade.. Oras,… Read more »

Fy
Fy
5 novembro de 2008 9:05 am

Renato, pois é: este padre é mto louco.[super livro] Tanto q ele jamais se identificou, Mas, ao contrário; o q ele justamente desmistifica é o demoniozinho tradicional, entre outros mitos religiosos. E, é interessante a explicação dele, olha só: O “Demonio-Complexo”, não age ainda fora da vida psíquica do indivíduo, não tendo direito de cidadania na comunidade variegada e fantástica das “tulpas tibetanas “ ou demônios objetivos, que podem, às vezes afligir com golpes bem reais as vítimas de seus assaltos. O ruído desses assaltos, que todos ouvem, e as marcas nos corpos das vítimas que todos vêem, não se… Read more »

Renato Pinheiro
Renato Pinheiro
5 novembro de 2008 8:40 am

Fy preambulando complexos -> ““Um ser autônomo capaz de interferir nas intenções do ego” e que tem “vida mental própria” não é senão o que entendemos por: Demônio.!” ——- Oxeee então sou um Daimon e nem sabia! hyuahuahuahuahuahuahu!! Que punk!! Por via de discernimento pedagógico e literário, Jung delimitava os complexos por meio de estruturas simples que os formavam. Estas estruturas mais simples estão correspondidas nos arquétipos e nas representações do “Eu” que ele descrevia no ego, sombra, anima(mus) e no self. Só pra não confundir complexidade com os complexos! e nem mesmo com os demônios.. principalmente se virem como… Read more »

Jota
Jota
4 novembro de 2008 8:58 pm

“Para o Budismo Tibetano existem seis reinos, o animal e o humano são dois deles”. Respeito muito o budismo e a sabedoria oriental, mas tudo algumas coisas também são frutos de achismos, não há uma fonte ou uma base sólida na qual se sustente tais teses. O homem retornar ao corpo de um naimal proveito nenhum teria em sua caminhada evolutiva, ou teriamos que chamar de caminhada involutiva. Homens e animais podem ser feitos da mesma matéria, e certamente as pedras também o são, mas o fato de você estar lendo esse trecho deixa bem claro o quanto somos diferentes,… Read more »

yis
yis
4 novembro de 2008 7:59 pm

muito obrigado marcelo, suas palavras me ajudaram a ficar menos triste…
se não for abusar da sua boa vontade vc teria o link desse livro o Mystical dogs – Jean Houston pra download…
desde já agradeço de coração

Saindo da Matrix
Saindo da Matrix
4 novembro de 2008 7:41 pm

Pois é. No começo eu estranhei esse pensamento de Jung, mas matutando durante meses e relembrando minhas interações com espíritos, não está longe dessas conclusões não… Isso explicaria também o interesse mórbido que existem de espíritos mais “baixos” em fazerem trabalhos pra “mexer” na vida das pessoas, pois seria uma maneira de sentir-se vivo, atuante, participativo nesse sistema de coordenadas. De onde estão “eles” podem ver muito, mas esse “muito” das possibilidades não se traduz em “fato”.

Tarkovisky
Tarkovisky
5 novembro de 2008 1:40 am

O texto de Jung, em relação ao conhecimento, é coerente com a própria casuística espírita ou seja, nunca a comunicação com espíritos antecipou ou orientou para qualquer descoberta humana.

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