JUNG: PÃ ESTÁ MORTO

Colagem seletiva dos textos de duas palestras de Carl Gustav Jung, em 1934-35, sobre o inconsciente e sua relação com a espiritualidade:

Jung em armadura medieval (arte: Acid)

Não sou um teólogo; sou um médico e um psicólogo. Mas, como médico, tenho tido experiências com milhares de pessoas de todas as partes do mundo. Estudei cuidadosamente a psicologia delas, a qual é e deve ser o meu guia. De minha experiência com esses milhares de pacientes, convenci-me de que o problema psicológico de hoje é um problema espiritual, um problema religioso.

O homem de hoje está faminto e sedento de uma relação segura com as forças psíquicas dentro de si mesmo. Sua consciência, recuando em face das dificuldades do mundo moderno, carece de um relacionamento com condições espirituais seguras. Isso o fará neurótico, doente, assustado. A ciência disse-lhe que não existe Deus, que tudo o que existe é matéria. Isso privou a humanidade de sua floração plena, de sua sensação de bem-estar e de segurança num mundo confiável.

Na medida em que o homem moderno é compelido a voltar-se para si mesmo, tomado de dúvida e medo, ele olha para a sua própria vida psíquica, a fim de que lhe dê algo de que sua vida exterior o privou. Em virtude do atual interesse generalizado por toda a espécie de fenômenos psíquicos — um interesse como o mundo não conhecia desde a segunda metade do século XVII — não parece fora do alcance da possibilidade acreditar que estejamos no limiar de uma nova época espiritual; e que, das profundezas da própria vida psíquica do homem, nascerão novas formas espirituais.

Olhamos o mundo à nossa volta, e que vemos? A desintegração de muitas religiões. É geralmente admitido que as igrejas não estão dominando as pessoas como outrora, especialmente as pessoas educadas, que não sentem mais serem redimidas por qualquer sistema de teologia. O mesmo se vê nas antigas religiões institucionais do Oriente: o confucionismo e o budismo. Metade dos templos de Pequim estão vazios. Em nosso mundo ocidental, milhões de pessoas não vão à igreja. Só o protestantismo se desmembrou em quatrocentas seitas religiosas.

Contraste-se esse estado de vida e pensamento com o da Idade Média. Nesses séculos, quase toda a gente ia à missa todas as manhãs. A vida toda era vivida dentro da igreja ou à sua sombra, o que se converteu numa tremenda saída de energia psíquica. Em vez disso, temos hoje uma vida intricada e complexa, cheia de dispositivos mecânicos para a existência. Uma vida coroada de automóveis, rádios e filmes. Mas nenhuma dessas coisas é um substituto para o que perdemos. A religião dá-nos uma rica aplicação para os nossos sentimentos e emoções. Propicia significado à vida. O homem, na Idade Média, vivia num mundo significativo. Sabia que Deus tinha feito o mundo com um propósito definido; tinha-o feito a ele com um propósito definido: ganhar o céu ou o inferno. Isso fazia sentido. Hoje, o mundo em que todos nós vivemos é um manicômio. Isto é o que muita gente está sentindo. Algumas pessoas procuram-me para me dizer isso. Toda aquela energia que estava na origem do rico florescimento da vida emocional do homem durante a Idade Média, e que encontrou expressão na pintura dos grandes quadros religiosos, na escultura das grandes estátuas religiosas, na construção das grandes catedrais, apagou-se na insipidez e no tédio. Não se perdeu, porque é uma lei que a energia não pode perder-se.

Então em que se converteu? Para onde foi? A resposta é que está no inconsciente do homem. Pode-se dizer que desceu para um andar inferior.

O inconsciente

A ativação do inconsciente é um fenômeno peculiar dos nossos dias. Durante toda a Idade Média, a psicologia das pessoas era inteiramente diferente do que é hoje; elas não tinham a percepção de qualquer coisa fora da consciência. Antigamente, os homens nem mesmo sentiam que tivessem uma psicologia, como nós agora. O inconsciente era contido e mantinha-se dormente na teologia cristã. A visão de mundo resultante era universal, absolutamente uniforme — sem espaço para a dúvida. O homem tinha começado num ponto definido, com a Criação; todos sabiam tudo a respeito disso. Mas hoje, os conteúdos arquetípicos – de que antigamente as explicações da Igreja cuidavam de um modo mais ou menos satisfatório – soltaram-se de suas projeções e estão perturbando as pessoas modernas. Perguntas sobre para onde vamos e por que são feitas de todos os lados. A energia psíquica associada a esses conteúdos está sendo mais estimulada do que nunca; não podemos permanecer alheios a isso. Camadas inteiras da psique estão vindo à luz pela primeira vez. Por isso é que temos uma tão grande exuberância de “ismos”. Grande parte dessa energia é canalizada para a ciência, por certo; mas a ciência é nova, sua tradição é recente e não satisfaz as necessidades arquetípicas. A atual situação psicológica não tem precedentes; do ponto de vista de toda a experiência prévia, ela é anormal.

O homem civilizado, em seus sonhos, revela a sua necessidade espiritual. Quando a ciência moderna desinfetou o céu, não encontrou Deus. Alguns cientistas dizem que a ressurreição de Jesus, o nascimento no ventre de uma virgem, os milagres — todas essas coisas que alimentaram o pensamento cristão ao longo das eras, são belas histórias, mas inverídicas. Mas eu digo: Não esqueçam o fato de que essas idéias que milhões de homens alimentaram de gerações em gerações são grandes e eternas verdades psicológicas.

Examinemos essa verdade, tal como um psicólogo a vê. Aqui temos a mente do homem, sem preconceitos, imaculada, incorrupta, pura, simbolizada por uma virgem. E essa mente virginal do homem pode dar nascimento ao próprio Deus. “O reino do céu está dentro de vós”. Isto é uma grande verdade psicológica. O cristianismo é um belo sistema de psicoterapia. Cura o sofrimento da alma.

Mesmo depois que a consciência dele escutou por demasiado tempo à porta da moderna ciência materialista, o homem continuou apegado a essa verdade em seu inconsciente. Os antigos símbolos são hoje bons. Ajustam-se às nossas mentes tão bem quanto se ajustavam às mentes que os conceberam. Bem no fundo do inconsciente de cada um de nós estão todas as tentativas do Grande Ancião para expressar suas experiências espirituais.

Suponha-se que lhe peço para ficar em minha casa. Digo-lhe que ela foi bem construída, que é confortável; que a nossa vida é agradável; que você terá boa comida. Poderá nadar no lago e passear no jardim. Com essas convicções em mente, você decide vir hospedar-se e desfrutar de sua estada. Mas suponha-se que, quando o convido, lhe digo: “Esta casa não é lá muito segura. Os alicerces não são de confiança. Tivemos muitos tremores de terra nesta região e creio que eles ficaram abalados. Além disso, tivemos aqui doença. Alguém morreu recentemente de tuberculose neste quarto”. Em tais condições e com essas idéias em mente, você sentiria prazer em estar nessa casa?

Homem moderno x Homem medieval

Aquele homem medieval de que falei tinha uma bela relação com Deus. Vivia num mundo seguro, ou que ele acreditava ser seguro. Deus olhava por todos; premiava os bons e punia os maus. Havia a igreja, onde o homem podia sempre obter perdão e graça. Tinha apenas de entrar nela para receber uma coisa e outra. Suas orações e preces eram ouvidas. Era espiritualmente amparado.

Mas o que é dito ao homem moderno? A ciência disse-lhe que não existe ninguém para cuidar dele. E, assim, ele vive cheio de medo.

Durante algum tempo, depois que renunciamos ao Deus medieval, tivemos o ouro por divindade. Mas, agora, também ele foi declarado incompetente. Confiamos em exércitos, mas ameaça de gases venenosos derrotou-os. As pessoas já falam sobre a próxima guerra. Num mundo assim é muito natural que todos fiquem neuróticos. Mesmo que a casa onde vivemos seja realmente segura, se você tiver a idéia de que não é, você sofrerá. Sua reação depende inteiramente do que você pensa.

O mais tremendo perigo que o homem tem que enfrentar é o poder de suas idéias. Nenhum poder cósmico da terra destruiu dez milhões de homens em quatro anos. Mas a psique humana fez isso (na guerra de 1914-18). E pode voltar a fazê-lo. Só tenho medo de uma coisa: os pensamentos de pessoas. Tenho meios de defesa contra as outras coisas.

Vivo aqui em minha casa, feliz com minha família. Mas suponhamos que ela adquire a ilusão de que eu sou um demônio em pessoa. Poderei ser feliz com ela, nesse caso? Poderei estar seguro? Todos nós estamos sujeitos a contaminações coletivas.

Voltem o olho da consciência para dentro, a fim de ver o que aí existe. Vejamos o que se pode fazer em pequena escala. Se eu plantei corretamente uma couve, então servi o mundo nesse exato lugar. Não sei que mais posso fazer.

Examinem os espíritos que falam em vocês. Tornem-se críticos. O homem moderno deve estar plenamente cônscio dos terríveis perigos que residem nos movimentos de massa. Escutem o que o inconsciente diz. Prestem atenção à voz desse Grande Ancião dentro de vocês, que viveu tanto tempo, viu e experimentou tanto. Tentem compreender a vontade de Deus: a extraordinariamente potente força da psique.

Eu digo: Devagar. Devagar. Com cada bem chega um mal correspondente, e a cada mal corresponde um bem. Não corram depressa demais ao encontro de um, a menos que estejam preparados para encontrar o outro.

Não estou preocupado a respeito do mundo. Estou preocupado a respeito das pessoas com quem vivo. O outro mundo está todo nos jornais. Minha família e meus vizinhos são a minha vida — a única vida que posso experimentar. O que fica para além é mitologia jornalística. Não é de imensa importância que eu faça uma carreira ou realize grandes coisas para mim mesmo. O que é importante e significativo para a minha vida é que viva o mais plenamente possível para cumprir a vontade divina dentro de mim.

Essa tarefa dá-me tanto que fazer que não tenho tempo para qualquer outra. Deixem-me sublinhar que, se todos vivêssemos desse modo, não precisaríamos de exércitos, nem de polícia, nem de diplomacia, bancos e políticos. Teríamos uma vida cheia de significação e não aquilo que temos hoje: loucura.

O que a natureza pede da macieira é que produza maçãs, da pereira que produza peras. A natureza quer que eu seja simplesmente homem. Mas um homem consciente do que sou e do que estou fazendo. Deus dirige-se à consciência no homem. É essa a verdade do nascimento e ressurreição de Cristo dentro de nós. Quanto maior é o número de pensadores que se apercebem disso, mais perto estamos do renascimento espiritual do mundo. Cristo, o Logos — que quer dizer a mente, a compreensão, o brilho que rasga a escuridão. Cristo foi uma nova verdade acerca do homem.

Pã está morto

A latência é, provavelmente, a melhor condição para o inconsciente. Mas a vida saiu das igrejas e nunca mais voltará a elas. Os deuses não se reinstalarão em domicílios que abandonaram uma vez. A mesma coisa aconteceu antes, na época dos Césares romanos, quando o paganismo estava agonizante. De acordo com a lenda, o capitão de uma embarcação que passava entre duas ilhas gregas ouviu um grande som de lamentação e uma voz gritando: Pan ho megas tethneken (o Grande Pã está morto). Quando esse homem chegou a Roma, solicitou uma audiência com o imperador, tão importante era a notícia. Originalmente, Pã era um espírito secundário da natureza, principalmente ocupado em apoquentar os pastores; mas, depois, quando os romanos se envolveram mais com a cultura grega, Pã foi confundido com to pan, que significa “o Todo“. Passou então a ser o Demiurgo, o Anima mundi. Assim, os numerosos deuses do paganismo foram concentrados em um Deus. Então veio a mensagem, “Pã está morto”. O Grande Pã, que é Deus, está morto. Somente o homem permanece vivo. Depois, o Deus uno transformou-se em homem, e esse foi o Cristo; um homem para todos os homens. Mas agora também esse partiu, agora cada homem tem que conter Deus em si. A descida do espírito na matéria está completa.

bandeira da espanha Ler em espanhol (por Teresa)

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Skywalker
Skywalker
3 outubro de 2013 1:03 pm

Caros, Apesar de todos os motivos para desespero, desesperança e etc., entre eles este texto (muito lúcido e ao mesmo tempo nos colocando tão de cara com nosso “abismo” pessoal e coletivo), ontem, com fatos ocorridos em minha vida, tive a comprovação patente que a espiritualidade (dêem o nome que quiserem) atua a nosso favor qdo nos movimentamos no sentido do bem e da evolução (pessoal e/ou coletiva), com desprendimento e boa vontade. Prova patente tb do que alguém aqui chamou de “sophia perennis” e nada mais, nada menos, do que toda a essência dos Grandes Mestres (Buda, Cristo, Sócrates,… Read more »

...
...
12 maio de 2011 10:21 pm

Pers: “…Nós não podemos perceber a MATÉRIA ESCURA e Energia Escura que compõe 95% do Universo…” Como não? Você falou dela no seu comentário… Podemos não ENXERGÁ-LA com nosso “hardware”, mas nosso “software” a percebeu e projetou um upgrade para que pudéssemos estudá-la melhor. Acho que pensando dessa forma fica mais fácil compreender que o universo por si só é pura inteligência; Consigo imaginar um organismo unicelular desenvolvendo-se no decorrer de incontáveis gerações baseado num “feeling” (pois imagino que nesse nível não há auto-consciência) de que havia algo mais no universo que pudesse ser captado, sentido. E Jung é demais.… Read more »

Fellini
Fellini
12 maio de 2011 4:45 pm

Pers: não Fellini, eu sei o que vc está pensando, não é uma pessoa que estalou os dedos e criou a matéria, estou descrevendo características do ser essencial, que calha ser parecido com a noção que temos ao dizermos “consciência” Resp: Não, Pers, você não sabe o que eu estou pensando. Tanto não sabe que vou lhe surpreender: Isso que você chama de ser essencial – ou algoritmo, ou logos no caso do texto que linkei – ou seja lá o nome que se queira dar, de acordo com a minha experiencia e observação, pode se acessado. Estranho um ateu… Read more »

Lord Martin
Lord Martin
12 maio de 2011 1:42 am

Desculpem a sinceridade, não consigo terminar de ler direito a maioria dos comentários mais extensos. Quanto delírio! Uma coisa eu tenho a reconhecer. Essa erva é da boa!

Pers
Pers
11 maio de 2011 10:15 pm

Solius “o que vocês entendem por “consciência”? Hehe, a pergunta de 1 milhão de dólares. Não tem uma mais fácil não ? Assim como o tempo para Santo Agostinho, se não me perguntam, eu sei o que é, mas quando me perguntam, já não sei mais. Tentemos, não obstante. Podemos nos aproximar dela, dizendo que parece ser, afastando o que não parece ser. Por exemplo, é maleável, expansível, livre. Não é automática, legislada, rígida. Bem, até pode ser essas coisas, mas só se quiser, não intrinsecamente. “O Todo é consciência”, diz o princípio hermético. E faz muito sentido. É sui… Read more »

Solius
Solius
11 maio de 2011 9:07 pm

Caríssimos Pers e O.que.nada.sabe,

Mais uma perguntinha: o que vocês entendem por “consciência”?

🙂

Abraços!

Takeru Nid
Takeru Nid
11 maio de 2011 2:30 pm

PAN è cordeiro
mas uma vez um Cordeiro morto…

Lilika
Lilika
10 maio de 2011 6:51 pm

PAN está mais vivo do que nunca, só não vê quem não quer; Não VÊ, porém percebe…

Prozac, calmantes, meditação para relaxar, fuga para as religiões e para o misticismo…

PAN não é fácil, quem sabe SABE!!!

Quem não sabe tem ataques de Pânico…hihihi

Bjokas

Solius
Solius
10 maio de 2011 4:29 pm

Onanista, (tome tenência) 🙂

“O indivíduo que nasce com duas cabeças deve receber um ou dois batismos? O casal teve um ou dois filhos?”

Creio que você esteja se referindo à xifopagia (corrija-me com um exemplo se estiver errado). São dois filhos, e portanto deve haver dois batismos.

Takeru Nid
Takeru Nid
10 maio de 2011 4:14 pm

Sim esse poste tem alguma ligação com Game of Thrones?

o.que.nada.sabe
o.que.nada.sabe
10 maio de 2011 11:25 am

Pers

>>>Não parece correto dizer que um processo físico, por exemplo, o processo de combustão estelar, seja “informação”, é apenas um fato. <<< Gostei do texto que o Fellini indicou, só achei que o autor olhou na direção certa, mas não conseguiu chegar no ponto. Até chegou, mas não percebeu. Quando ele fala “A substância da realidade nada mais é, portanto, do que a realidade quando esta é percebida por algum processador de informação.”, que é a conclusão que a física quântica chegou, e que alguns místicos já tinham sacado. As conclusões que ele chega depois são eliminadas por essa afirmativa, porque não são mais informações em estado puro já forma processadas. Repara aquele trecho que a OriensFlumen postou sobre o Rumi, essa é a forma como o misticismo de uma forma geral entende o universo: as “letras” formando estrelas e galáxias, amores e saudades. O que são letras senão informação? Depois conclui: as letras não existem senão a tinta que as forma. É o que autor do texto falou: a informação só passa a fazer sentido quando algo a processa e ela só existe mediante esse “processador”. Mas o que é esse “processador” no fim das contas? Para a física quântica a hipótese mais aceita sugere que possa ser a consciência do observador, por que independente de como essa informação é capitada (radiotelescópio, microscópio, etc) a informação só é de fato “processada” quando observada pela consciência de alguém. De certa forma bate com o que é colocado pelo o misticismo, a diferença é que a ciência moderna entende por consciência é nossa consciência condicionada e presa à perspectiva do ego (o que eu acho estar representada pela gravura Newton do Blake, no vídeo que o Solius indicou). Porém, o que no misticismo é entendido como consciência é a consciência pura, incondicionada, Absoluta. Alguns podem até chamar essa consciência de “Deus” (O Antigo dos Dias), mais ainda sim é colocar a consciência incondicionada dentro de determinadas condições de existência. >>>Do mesmo modo que dois computadores ligados em rede e deixados em plutão não trocam informação, apenas trocam impulsos elétricos como fato físico.<<< Eles trocam “algo”, e independente do que seja esse “algo”, para ele entrar no terreno da consciência, para passar de “algo” desconhecido para conhecido é preciso que “apresente” algumas características (o que é conhecido pela razão é conceitualizavel), pelos conhecimentos que temos e pelos estudos que fizemos nós sabemos que esse “algo” nesse caso são impulsos elétricos, melhor eletromagnéticos. Mas antes disso, esse “algo” é informação, é uma linguagem. Aquele trecho que coloque sobre a linguagem no Deus existe, a meu ver explica bem essa questão. Quando você percebe “algo” e cria um conceito, você está transmitindo informações que esse “algo” lhe passou, você percebe um determinado fenômeno, processa as informações que este fenômeno lhe passou no ato da observação (forma, tamanho, textura, etc) e repassa esta informação através de um conceito, uma descrição. Essa “informação bruta” é o que Aristóteles chama de matéria prima. Agora, voltando a questão que coloquei sobre o que Jung fala da consciência, para qualquer informação percebida através dos sentidos, através de uma observação direta ou indireta, tanto de natureza material quanto imaterial, ou para qualquer informação obtida por um conteúdo psíquico que não se origine nos sentidos, chegar ao terreno da consciência, para esta informação ser devidamente “processada” por nosso intelecto, ela é antes processada em um sistema cognitivo inconsciente e nós não temos nenhuma garantia que durante esse processamento, tais informações não sejam de alguma forma “reorganizadas”, a conseqüência disto é que afirmar que existe um mundo exterior que é idêntico à representação criada pela psique, negar a existência desse mundo ou alegar que ele existe, mas é diferente da maneira como a psique o representa são afirmações metafísicas inverificáveis, porque TUDO O QUE TEMOS É A PSIQUE. Usando uma expressão emprestada de Santo Tomás de Aquino, Jung batizou essa condição de esse in anima, existência na psique. ______________________________ Solius Bom amigo, nesses assuntos tenho a mesma certeza de um apostador quando coloca suas fichas em um número e fica vendo a roleta girar esperando o resultado ;). Abraços

Martyn
Martyn
10 maio de 2011 9:56 am

é por isso q todo museu do mundo tem um elo perdido pra mostrar pros ateus…

museu desse plano…

Pers
Pers
10 maio de 2011 8:37 am

Fellini, Um outro equívoco daquele texto é a interpretação do darwinismo, equívoco aliás muito comum na imprensa. Pensa-se que o darwinismo explica a complexidade biológica, mas isso não é o fato. A complexidade biológica advém da capacidade de mutação do dna, e de suas formas originais. A seleção natural apenas descarta as espécies não adaptadas. Então, o surpreendente é que as formas vivas tenham tanta capacidade de transformação, que ao fim de eras, se transformem em espécies como os que vemos ao nosso redor, espécies inclusive que discutem sobre dna. Então, para fins de explicação da diversidade biológica, pouco importa… Read more »

Onanista
Onanista
10 maio de 2011 1:54 am

Sr. Solius – uma (ou duas) dúvida(s):

O indivíduo que nasce com duas cabeças deve receber um ou dois batismos? O casal teve um ou dois filhos?
:/

Fellini
Fellini
10 maio de 2011 1:15 am

Pers: Fellini, bom o texto. Resp: Sim, dá os fundamentos e questões básicas para quem não está familiarizado com o assunto e de forma didática chega até onde a questão emperra sem o uso de muito filosofêz. O interessante é como encontrei o texto: via o Mama Eris do guakito, que linkava um tal de Parrachia, que linkava o texto para este site que agora estou linkando aqui. Estava clicando a esmo e de repente, por coincidência, vi que o texto se encaixava com o debate de vocês. Será que estou seguindo algum algoritmo? E o que seriam as sincronicidades?… Read more »

Solius
Solius
9 maio de 2011 8:58 pm

Caríssimos Pers e O que nada sabe,

Permitam-me a pergunta: vocês possuem alguma certeza?
🙂

Abraços

...
...
13 maio de 2011 7:45 pm

“ô três pontinhos, não fui eu quem disse isso não. E Jung é ótimo mesmo, mas não pra tudo.”

Ops, mil perdões Pers! Falha minha…

Foi o.que.nada.sabe que falou da matéria escura.

E Pers, com certeza Jung não serve pra tudo, mas foi um cara acima da média. Eu diria, corroborando com o que disse, que com certeza prefiro uma mulher linda, cheirosa, durinha e inteligente para diversas outras coisas. 😉

Solius
Solius
14 maio de 2011 4:36 pm

Caríssimo Pers,

Tomemos a seguinte definição: consciência é a aplicação de um conhecimento verdadeiro ou falso (ou parcialmente) a algo.
Qual o seu parecer? É aplicável à experiência?

Abraço

Martyn
Martyn
2 novembro de 2011 11:56 am

— O Senhor esteja convosco. — Ele está no meio de nós. — PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João. — Glória a vós, Senhor. 17Quando Jesus chegou a Betânia, encontrou Lázaro sepultado havia quatro dias. 18Betânia ficava a uns três quilômetros de Jerusalém. 19Muitos judeus tinham vindo à casa de Marta e Maria para as consolar por causa do irmão. 20Quando Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada em casa. 21Então Marta disse a Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. 22Mas mesmo assim, eu sei que… Read more »

billy shears
billy shears
22 julho de 2011 11:10 pm

“O que a natureza pede da macieira é que produza maçãs, da pereira que produza peras. A natureza quer que eu seja simplesmente homem. Mas um homem consciente do que sou e do que estou fazendo.” Perfeito! Ouvindo aqui uma música do Pearl Jam, achei um paralelo com o refrão que diz: “Eu sei que nasci e sei que morrerei O entre é meu Eu sou meu” Somos também proprietários de nossos atos, o mal que causamos é nosso e por isso nos pertence. Seria bom conviver com o mal? Acho que não… afinal o objetivo de nossas vidas é… Read more »

Solius
Solius
16 maio de 2011 11:07 pm

Caro Pers,

Estarei lhe enviando alguns textos sobre o assunto por e-mail.

Abraço

Pers
Pers
16 maio de 2011 4:42 am

Solius, acho que a consciência não é um conhecimento nem a aplicação de um conhecimento. Consciência é o senso/sentido íntimo de existir.

Pers
Pers
16 maio de 2011 4:26 am

Fiat Lux, se me permite, há uma sabedoria milenar, dita sophia perennis, que permeia as culturas ao longo da história, que diz que a morte é apenas uma passagem, uma viagem. Amores não morrem.

Solius
Solius
16 maio de 2011 12:05 am

Caro Pers,

Peço o seu parecer sobre a definição e pergunto se você a percebe ajustada à experiência (por exemplo, quando você diz: “estou consciente de que há um teclado na minha frente, de minha humanidade, etc.”).

Fiat Lux
Fiat Lux
15 maio de 2011 11:48 pm

” Falar de morte hoje soa como uma ‘ofensa pessoal’.” Pois é Ike, é aí q a coisa pega. Ninguém quer tocar no assunto e eu acho q sou a unica na familia que pensa nessas questões com certa naturalidade. Vc acaba se tornando um esquisito mórbido aos olhos dos outros. Valeu Acid, vou ver suas dicas com atenção, algumas eu já conheço. Qto a cultura japonesa…rs acho q vc não se lembra, mas eu já falei aqui q sou nissei e meus pais são budistas. Não tenho certeza se o budismo e a cultura niponica tenham ajudado meu pai… Read more »

Ike, do âmago do vulcão.
Ike, do âmago do vulcão.
15 maio de 2011 3:57 pm

Fiat, me metendo no assunto: Como encarar a morte? Acho q/, pra começar, com dignidade, decência, respeito… A ‘preparação’ para a morte é que deveria começar desde cedo. As religiões e filosofias estão aí pra isso. Antigamente as pessoas até tinham medo de morrer; hoje, se evita até de falar que existe a tal da morte. A cultura da ‘alegria insana’, do ‘entretenimento incessante’, das ‘convicções lúdicas’ em que vivemos hoje nubla qualquer possibilidade de “encarar” essa questão com seriedade e realismo. Falar de morte hoje soa como uma ‘ofensa pessoal’. A maior barbaridade de nossa época é justamente vivermos… Read more »

Fiat Lux
Fiat Lux
15 maio de 2011 3:02 pm

Pergunto isso pq até bem pouco tempo eu me considerava jovem, mas hj preciso encarar q tenho 45 anos e o tempo nãp pára, o físico mostra os sinais e nem sempre o psicologico nos acompanha. Qdo nos apegamos a uma fé religiosa, acredito q ela nos consola qdo tb nos inspira à transitoriedade da vida e transcendencia do tempo e espaço. Não me apegar aos atributos materiais (blz/saúde física e estabilidade finaceira) tb fazem parte do pacote. Mas como lidar com isso qdo sentimos na pele a dor fisica , material e a incerteza de um futuro melhor ´para… Read more »

Fiat LUx
Fiat LUx
15 maio de 2011 2:50 pm

Acid (ou a quem interessar possa) vc já parou pra pensar em como uma pessoa q já atingiu uma idade considerável(70/80 anos) “estabelecida” pela sociedade como o fim da vida, se sente psico e emocionalmente perante a vida? Eu sei q na verdade a morte não escolhe idade, cor, classe social ou crença, para aparecer em nossas vidas, mas temos q admitir q a coletividade classifica os grupos de risco, baseados nas probabilidades e estudos cientificos. Vc já imaginou q seu blog tb pode ser lido por pessoas idosas q se encontram nesse “grupo de risco” e gostariam de um… Read more »

Maíra
Maíra
15 maio de 2011 1:21 pm

Coringa,
Obrigada pelas boas vindas e eu te agradeço por todas informações que você está apresentando nos comentários. Não tenho feito comentários, mas visito o site sempre.
Abraços

Coringa
Coringa
14 maio de 2011 10:36 pm

Valeu o feedback, Maíra…obrigado!

Bom vê-la aqui novamente, participando! 🙂

Abraço

Maíra
Maíra
14 maio de 2011 10:25 pm

Lord Martin,
Eu tb não consigo ler nenhum comentário grande, com exceção dos comentários do Coringa, que são sempre verdadeiras fontes de pesquisas. Sem querer ofender os outros comentaristas, é claro! Apenas falta-me a paciência…Eu mudei, como já disse aqui antes.

Ike, do âmago do vulcão.
Ike, do âmago do vulcão.
14 maio de 2011 9:02 pm

Bela colagem, destemido Acid… Um post que acredito, serve bem como ‘isca’ (No bom sentido, claro) para atrair leigos e desinteressados no psicólogo europeu. Pra ler, reler, refletir e comparar com nossa decadência atual. Agora não tenho mais desculpas pra postergar Jung. Posso estar enganado mas, geralmente quando os posts são acima da média os comentários rendem mais. É o caso aqui. Valeu. PS: É impressão minha ou esse Jung da távola redonda aí é a cara do ator Alan Arkin?! … Rafael, Acid… Sobre o ‘Além da linha vermelha’: O pior pra mim foi ter que aguentar o John… Read more »

Pers
Pers
14 maio de 2011 5:35 pm

Solius, vou te pedir pra redigiar a pergunta de modo diferente, porque não deu pra entender o que vc quis dizer.

Pers
Pers
9 maio de 2011 8:15 pm

Oqns, “certeza” ? Bem, eu diria convicção, mas talvez seja mais útil dizer que cada um faz suas apostas mal ou bem ancoradas, né ? —————- Fellini, bom o texto. A meu ver, numa leitura rápida, o que me parece equivocado nele é uma certa acriticidade no uso dos termos “informação” e “percepção”. Porque esses termos demandam complemento, informação a quem, percepção de quem. Não há esclarecimento sobre isso naquele mundo das verdades abstratas que ele desenha. Não parece correto dizer que um processo físico, por exemplo, o processo de combustão estelar, seja “informação”, é apenas um fato. Do mesmo… Read more »

Pers
Pers
13 maio de 2011 6:27 am

ô três pontinhos, não fui eu quem disse isso não. E Jung é ótimo mesmo, mas não pra tudo.

Fellini
Fellini
9 maio de 2011 1:03 pm

Pers e Nada Sabe,

Um artigo interessante e acessivel a todos que trata do assunto que vcs estão debatendo:

http://www.suasticazul.hbe.com.br/filosofia/substancia.html

Takeru Nid
Takeru Nid
6 maio de 2011 9:16 pm

Cê conseguiu resumir de uma forma interessante e coerente o estado da psiquê coletiva perante as mentiras (mentiras essas contadas várias veses que acabaram se tornando verdade, ou melhor um paradigma)desde os tempos de jung até hoje. Sem contar com o fator atual que o “mundo-midia não é mais necessário”

Tríplice
Tríplice
6 maio de 2011 8:11 pm

tá aí alguém que admiro… a leitura de Jung sempre dá uma ampliação de cosnciência. Ainda penso no divino como algo absoluto, tanto interno quanto externo, permeando a existência e a não-existência, todos os seres, todas as coisas, todas as vibrações. Entretanto,por experiência pessoal, sentir essa divindade em nós mesmos é a coisa mais sublime que podemos experimentar, pois nos permite o sentimento de unidade e completutide, onde não há nada além para ser, para pensar, para fazer; sentimento que não costuma ocorrer num modelo de adoração externa. Creio que o único inconveniente é confundir o divino em nós com… Read more »

Fellini
Fellini
6 maio de 2011 4:01 pm

Concordo com o comentário da(do) Lotus Eater. E complementando, penso que a concepção de Jung revelada no texto é um tanto pueril e utópica até infantil em relação a religião principalmente o cristianismo e lá pelo miolo do texto há um certo pessimismo e saudosismo por talvez já pressentir as vibrações dos tambores da guerra se aproximando. Mas no final do texto ela acerta o prumo: “Mas agora também esse partiu, agora cada homem tem que conter Deus em si. A descida do espírito na matéria está completa. “ E como ponto alto do texto: “Examinem os espíritos que falam… Read more »

Lotus Eater
Lotus Eater
6 maio de 2011 1:33 pm

É um preceito muito relevante, mas um tanto simplista. O conforto e segurança que o homem poderia vir a receber da religião há séculos atrás não aparenta ser, historicamente, tão milagroso quanto a prosa leva a crer. Trocando os miúdos o mundo ainda era caótico, bárbaro e injusto. A certeza de um propósito nunca impediu nenhum mal disciplinado ou criou um bem sem precendentes. Toda a evolução do pensamento e consequentemente do sentimento veio da dúvida. Se hoje projetamos nossa insegurança em rifles e cercas elétricas outrora o projetávamos em lanças e deuses belicosos. O vácuo sempre esteve lá. Eu… Read more »

Trunkael
Trunkael
6 maio de 2011 11:36 am

O Sidharta, me explica uma coisa aqui, ele parece defender deus e a religião o tempo todo, então o que ele quiser dizer com esse final?

Mas agora também esse partiu, agora cada homem tem que conter Deus em si. A descida do espírito na matéria está completa.

hairy potter
hairy potter
6 maio de 2011 11:02 am

http://www.metahistory.org/ Metahistory is a path beyond the received scripts of history and culture, toward a world free from enslavement to historical lies and unexamined beliefs. Humanity is a species endangered by its beliefs, and most of all, its religious illusion of superiority. To go beyond history is not solely a human prerogative, for the path ahead is not ours alone, but the way of all sentient beings. Closely aligned with deep ecology, and going deeper, this site develops open source spirituality that can reflect the innate sanity of humankind. It explores the question of what is a true planetary view,… Read more »

hairy potter
hairy potter
6 maio de 2011 11:01 am

Icke comete uma série de erros em sua pesquisa. Icke sataniza os reptilianos. Eles são apenas uma espécie superior a nossa e nos usam como recurso natural da mesma forma como fazemos com uma galinha Martyn, já ouvi falar dos kappas? São os reptilianos japoneses. Se alimentam de crianças. 😉 Mas podem se tornar servos de quem consegue fazê-los baixar a cabeça e derramar a água que trazem ali. Conhece a interpretação dos textos gnósticos feitas pelo “mitologista” John Lamb Lash? Temos nos textos gnósticos os seres inorgânicos que tomam forma como ou pré-natais (grays) ou draconianos (os reptilianos no… Read more »

Martyn Stubbs
Martyn Stubbs
6 maio de 2011 10:41 am

Acho que tudo depende de nós. É fato que vivemos numa prisão perceptiva criada pela mente do predador ou instalação alienígena. É fato que vivemos num universo predatório. Nosso desafio é ir além desta prisão perceptiva e superar a mente do predador. Temos em nossa genética a participação de diferentes raças alienígenas. Eu mesmo diria que sou do ponto de vista energético um híbrido de reptiliano com nativos indígenas, ou seja, um misto de raça estrangeira com legítimo sangue de raça originária da terra. Aliás esta mistura não é favorável aos predadores, eles não gostam de cães vira-latas ou mestiços.… Read more »

End Fernandes
End Fernandes
6 maio de 2011 9:10 am

“Escutem o que o inconsciente diz. Prestem atenção à voz desse Grande Ancião dentro de vocês, que viveu tanto tempo, viu e experimentou tanto. Tentem compreender a vontade de Deus: a extraordinariamente potente força da psique.”

Brother,

confesso que quando escolhi o nome do meu blog não tinha pesquisado sobre o que era o inconsciente, foi apenas por um senso comum sei la. Ou algo que eu achasse que significasse.

Porém, essa definição aí acima representa muito do que eu queria na época. =D

E, na verdade acredito até hoje!

Abraços

End Fernandes

demonho coisa ruim dos infernos
demonho coisa ruim dos infernos
6 maio de 2011 8:58 am

E agora, quem poderá nos defender? O Chapolim Colorado?
É realmente assustador viver nesse mundo sem uma religião mas como disse Jung, “Os deuses não se reinstalarão em domicílios que abandonaram uma vez”. Perdeu Playboy!
Não há Deus senão o homem, dizia Crowley. Pelo menos esse Deus, ou seja eu mesmo, é onipotente, oniciente e onipresente em mim. Nesse eu confio 😉

filmes espiritualistas.
filmes espiritualistas.
6 maio de 2011 8:53 am

Propaganda do meu blog:

http://filmesespiritualistas.blogspot.com/

Contém resenhas de filmes, séries, desenhos… de qualquer gênero que possuem como pano de fundo alguma crença espiritualista.

Martyn Stubbs
Martyn Stubbs
6 maio de 2011 7:25 am

Os Planejadores Originais então dispuseram-se a introduzir a sua própria versão de um plano que coincidisse com a época em que a frequência da Terra seria alterada, uma época em que os proprietários pereceriam se não mudassem sua própria frequência. Emoções são fonte de alimento. Existem seres cuja fonte de alimento é o amor, e os Planejadores Originais pretendem alterar a frequência da Terra para a frequência do amor. A fonte de alimento dos atuais proprietários, que é o medo, ansiedade, caos, fome e desânimo precisa ser removida. Adivinhem quem está removendo esta fonte de alimento? http://pistasdocaminho.blogspot.com/2009/12/familia-da-luz-mensageiros-do-amanhecer.html … Lembrem-se que… Read more »

Skywalker
Skywalker
12 março de 2018 7:57 pm

Realmente de deixar desnorteado, esse texto… li e reli várias vezes, em várias épocas, e… Acid e colegas leitores do blog, o que poderia ficar no lugar que a religião ocupava, e amparar o ser humano nessa época em que vivemos??

As tantas possíveis opções (o próprio Jung menciona algumas, nesse discurso que permanece incrivelmente atual, em 2018!!) não dão conta, são rasas, incompletas… aí reside a crise atual de todos nós, como indivíduos, como grupos e como Humanidade…

Anônimo
Anônimo
17 março de 2018 10:49 pm
neutrinos aqui
neutrinos aqui
17 março de 2018 9:32 pm

Caro Skywalker, se observamos bem, o homem vem caindo vertiginosamente no campo intelectual e moral, ou seja, no âmbito espiritual, desde o medievo, sendo atualmente amparado somente pelos resquícios religiosos e por um progresso científico e tecnológico manipulado e controverso, e cercado cada vez mais de violência física e moral. O que poderia ficar no lugar que a religião ocupava na sociedade? A resposta é: nada. E qual a outra saída para a sociedade? No âmbito natural, não há. Todo o quadro atual piorará até que a situação se mostre insustentável e seja colocado entre nós um sujeito que há… Read more »

Solius
Solius
6 maio de 2011 10:49 pm

Acid, “Deus se fez em nós, com Jesus. Isso é um ensinamento irrefutável” Isto não está bem expresso. Mas se quer dizer que Ele era apenas mais um homem que nos serviu como exemplo, é isto uma imprecisão. “mas as religiões insistiram em “endeusá-lo” e” E Jesus é Deus. Está suficientemente claro nos Evangelhos, nas Epístolas, nos escritos do primeiro, segundo, terceiro, etc., séculos. “tomá-lo como aquele que zela por nós (como a mãe)e” Um papel também atribuído a Virgem Maria, a verdadeira mãe neste sentido, medianeira, co-redentora. “em quem despejaremos nossos “pecados” mediante confissão.” Isto não procede. O sacrifício… Read more »

maverick
maverick
7 maio de 2011 10:40 am

Ótimo texto! Dá muito pano pra manga…

Anônimo
Anônimo
9 maio de 2011 12:48 pm
Rafael
Rafael
9 maio de 2011 12:24 pm

Ow Acid você ja viu um filme chamado “Além da Linha vermelha”??Um filme muito bom e que daria um otimo post….

Anônimo
Anônimo
9 maio de 2011 11:19 am

o.que.nada.sabe,

a seleção natural garante que nossa percepção é no mínimo melhor do que a de cameras digitais,microfones,computadores etc…

os seres vivos com menos percepção morreram…

por exemplo: Nós não podemos perceber a MATÉRIA ESCURA e Energia Escura que compõe 95% do Universo http://pt.wikipedia.org/wiki/Mat%C3%A9ria_escura mas isso não quer dizer que não vemos nada,descobrimos outras partículas fundamentais http://pt.wikipedia.org/wiki/Modelo_padr%C3%A3o

Nós só sobrevivemos porque essa projção não é deturpada…

o.que.nada.sabe
o.que.nada.sabe
9 maio de 2011 9:54 am

Pers,

>>>Não se trata então, sob esse aspecto ontológico, de um construto, nem de num miasma psicológico coletivo junguiano .<<< De onde vem essa certeza? Será que o que você entende por “aspecto ontológico” também não é um “construto”? Nas palavras do Jung: “...a consciência não tem uma relação direta com qualquer objeto material. Percebemos apenas ‘imagens’ que nos são transmitidas indiretamente, através de um aparato nervoso complicado. Entre os terminais dos nervos dos órgãos dos sentidos e a imagem que aparece na consciência se intercala um PROCESSO INCONSCIENTE... A conseqüência disto é que aquilo que nos parece como uma realidade imediata consiste em imagens cuidadosamente elaboradas...” por um PROCESSO INCONSCIENTE. “e isto a despeito do fato de haver uma imensidade de coisas na mente que não derivam dos dados dos sentidos”. Como podemos demonstrar a correspondência entre a suposta realidade objetiva e a realidade subjetiva da consciência? Como podemos demonstrar que o chega a nossa consciência não foi de alguma forma “adulterado” durante esse processo inconsciente? Como podemos afirmar que a realidade como um todo também não é “construto”?

Martyn
Martyn
9 maio de 2011 8:45 am

A antiga fórmula conhecida como Assunção de Forma-Deus foi revivida na Aurora Dourada e foi continuada na O.T.O, sob símbolos fálicos. Esta fórmula evoca as shaktis (poderes) latentes nos elementos, nas bestas ou nos “deuses” que representavam aspectos da mente subconsciente do homem incorporados em formas simbólicas. A transição do mortal para imortal é conseguida por um ato de vontade criativa, e a arma mágica (Baqueta ou Falo) é a erétil chama impetuosa comum na besta e no homem. O deus Mentu33 ou Min era a forma itifálica de Hórus; de Min é derivada a palavra Man (Homem). Mentu tomou-se… Read more »

Pers
Pers
9 maio de 2011 6:53 am

Lex, certo, há um construto “deus” em cada cultura, e até em cada pessoa. Ponto pacífico. Mas, e quanto ao referente, aquilo que está por trás, a base da existência ? Porque, afinal, existe ou não existe. Não se trata então, sob esse aspecto ontológico, de um construto, nem de num miasma psicológico coletivo junguiano (que pode explicar muita psicologia mas não o aspecto ontológico da coisa), nem de um velhinho mágico de livro sagrado. Se eu vejo efeitos inteligentes, pressuponho causa inteligente, real realíssimo. Se eu tenho evidências de um mundo espiritual, pressuponho um substrato ético do universo, não… Read more »

Toad
Toad
9 maio de 2011 2:32 am

Eu acho o Jung menos noiado do que do Freud mas, ainda acho melhor sem religião.

Tm gente q ao invés de ver quais foram as falhas, acha q tm q fazer mais tres orações por dia pra dar certo XP

Pedro
Pedro
9 maio de 2011 2:24 am

Cara.. sou seguidor assiduo do seu trabalho, e gostaria muito de sua opiniao, por favor me responda por email. Na frase Pã está morto me veio uma provocação ao Deus está morto de nietch.. Interpretei da seguinte forma.. Pã(pra mim penso em dionisio tambem, posso estar falado bosta) o homem sem o mistico, sem o grande misterio não funciona mais,sem a vida simbolica consciente e nossa sociedade pos moderna eh a prova disso.. assim como abandonamos deus (segundo nietch) atraves da razão, talvez chegou a hora de abandonar a vida dionisica proposta pelo hedonismo da vida moderna.. na verdade abandonar… Read more »

Kallikrates Wallace
Kallikrates Wallace
8 maio de 2011 10:28 pm

Para mim, tudo se resume numa única impressão.

A HUMANIDADE TERMINOU SUA INFÂNCIA.

Lex, Zen e peripatético...
Lex, Zen e peripatético...
8 maio de 2011 9:22 pm

A história (seja social, seja individual) é uma construção. Um construto: Em ciência se da este nome para um conceito teórico não observável. Exemplos de contrutos são “personalidade”, “amor”, “medo”. Tais conceitos são usados na liguagem comum, mas para se tornarem um construto científico necessitam de uma definição clara e de um embasamento empírico. O mesmo se dá com “Deus”. Cada um vai falar como se falasse de uma mesma coisa (objeto/sujeito), mas não estarão nunca… amenos que se delimite o que cada um entende por “Deus”… Deus de Jung “migra” da teologia para a espiritualidade para a psicologia… porquê… Read more »

Pers
Pers
11 maio de 2011 7:56 am

Solius, sobre certeza, é um assunto longo e difícil, a epistemologia, que envolve inevitalmente a ética. Estou meio sem tempo conversar com propriedade sobre isso. Mas é um assunto importante, mesmo. ——— Oqns, acho que é por aí mesmo. Normalmente se diz assim: “ok, ainda não temos uma boa explicação da consciência como epifenômeno da matéria, mas a ciência progride e em breve teremos”. É uma assertiva comum. Nesses casos, uma boa pergunta é : “Mesmo que não se tenha a resposta, como seria uma possível resposta à pergunta ‘o que é a consciência em termos puramente materiais ?'” E… Read more »

Lotus Eater
Lotus Eater
8 maio de 2011 12:54 am

Acho que entendi o negócio de “sair do colo da mãe”, se foi no sentido de que ao passar a ignorar a religiosidade o homem deixou de amadurecer em certos âmbitos da psique, só que na época em que religião era ainda um fator irrevogável da vida essa falta era reconhecida por tal, no passo que hoje é comum que o espiritual seja inconcebível como razão de qualquer aflição. Em todo caso, ainda acho que o modo como o ponto foi apresentado por Jung foi um tanto simplista, sendo que reconhecer o problema e resolvê-lo são dois “causos” diferentes. Agora… Read more »

RAoní
RAoní
7 maio de 2011 11:13 pm

Bom Texto!O mundo realmente esta uma loucura, e as vezes fico pensando onde isso tudo vai acabar…

eduardo b
eduardo b
7 maio de 2011 9:12 pm

Precisamos todos despertar nosso Cristo interno, seguindo seus ensinamentos….

Nantilde
Nantilde
7 maio de 2011 5:41 pm

Não adianta , não consigo ser crítica em relação a Jung. O texto é de uma beleza tão grande que chega a ser comovente. Além disso, quase setenta anos depois de escrito é de uma atualidade impressionante. Obrigado, Acid pelo post.

maluco
maluco
7 maio de 2011 4:59 pm

ahhh… Pã e Jesus não morreram… eles e nós somos um… “eu sou a luz das estrelas, eu sou a cor do luar”…

Anônimo
Anônimo
14 março de 2018 11:30 am

“Mas agora também esse partiu, agora cada homem tem que conter Deus em si. A descida do espírito na matéria está completa.”

Muito bom mesmo Skywalker e atual!

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