RESET MENTAL

Gostaria de falar sobre um processo interessantíssimo que ocorre com as pessoas quando elas se deparam com algo que simplesmente não pode ser explicado racionalmente: o reset do cérebro, que volta a um momento anterior ao “choque” e, apesar do fato estar registrado no cérebro (não se constitui um lapso temporal, e sim uma negação) a pessoa evita a todo custo tocar no assunto, como se desejasse que aquele momento nunca tivesse existido.

Isso ocorreu com quase todos os meus parentes e amigos a quem eu pude mostrar os OVNIS aqui em casa. Eu já havia falado pra eles antes, e até então meus familiares tiravam a maior onda da minha cara, sempre perguntando com tom jocoso se eu tinha visto muitos ETs, coisa e tal. Até que, com o tempo, tive a sorte de poder mostrar a todos eles, dia após dia, certas coisas no céu que mostravam inegavelmente que o que eles viam eram de fato algo que não podia ser feito pelo homem. O que acontecia com cada pessoa, nessa hora, era muito engraçado. Um silêncio perturbador se seguia, a pessoa ficava com um olhar perdido, e depois de uns 10 minutos falava qualquer outra coisa banal, como se nada tivesse acontecido. A partir de então quase nenhum deles sequer mencionou o assunto OVNI. Esse aspecto não foi notado primeiramente por mim, mas por um amigo que, sempre que tocava em algum assunto esotérico com os colegas, percebeu que eles tinham esse reset e mudavam pra qualquer outro assunto banal, como falar sobre o tempo ou algum programa de TV (pode ser que fosse apenas preguiça mental, mas preferir “Domingão do Faustão” a um assunto fantástico que se mostra desafiador diante de argumentos sensatos é muita alienação!).

Isso aconteceu no primeiro dia da viagem pra Chapada Diamantina. Estávamos chegando na cidade de Mucugê (que só dias depois soube com os guias que é uma área de forte incidência ufológica) quando uma amiga notou que uma das estrelas estava se movendo. Ela alertou todo mundo do ônibus (cerca de 20 pessoas) dizendo que era um OVNI. Começou a balbúrdia “Ah, é um avião” ao que ela respondeu com segurança que aviões piscavam. Então disseram “Ah, é o ônibus se movendo”. Então fizemos perceber a todos que aquela luz estava se movendo em relação a outras estrelas fixas no horizonte. Nesse momento a luz parou no horizonte, e aí não restava dúvidas de que aquilo era um OVNI. Tive a nítida impressão de estarmos sendo observados por aquilo, já que estávamos todos com a atenção mental voltada para o OVNI, e aí então aconteceu o reset geral. Todos no ônibus se calaram e procuraram suas cadeiras pra se sentar, como se nada estivesse acontecendo. Até mesmo eu olhei para o objeto (que já tinha voltado a se mover) mais alguns minutos e depois o esqueci. Ninguém (repito, ninguém mesmo) mencionou o episódio durante os dias que se seguiram.

Passei as outras noites procurando coisas no céu, sem sucesso. Mas, dias depois deste episódio, tive um forte pressentimento de que naquela noite veria algo. Chegamos no hotel e rapidamente troquei de roupa para ir lá fora. Avisei a minha amiga (a mesma que viu o OVNI no ônibus) de que iria ver algum OVNI e ela perguntou “você tem certeza de que quer mesmo ver?” e desejou boa sorte. Óbvio que ela não correria o risco de ser abduzida, mas eu estava disposto a correr qualquer risco. Fui pra frente do hotel, no meio da estrada deserta e sem luz, e esperei escurecer. Vi um daqueles OVNIS “básicos” que eu vivia filmando aqui em PE e pouco depois algo que parecia um avião, pois piscava em vermelho e depois branco, para de vez em quando dar uma forte piscada azulada. Só que eu o perdi de vista quando resolvi mudar de posição. Pensei então “era um avião” e fiquei mais meia hora olhando o céu. Então vejo o “avião” de volta, em uma nova posição, rondando as montanhas sem ir realmente pra lugar algum. Comecei a achar aquilo esquisito, e só tive a certeza de que não era um avião quando ele desapareceu novamente, para reaparecer tão somente mais meia hora depois, desta vez bem mais próximo de mim e depois desaparecer por completo, bem na minha frente.